O Estadão diz que a "página oficial" de Dilma Rousseff está acusando Aécio Neves de, ainda menor de idade (ele nasceu em março de 1960) estar ocupando cargo nomeado na Câmara dos Deputados.
É o site da Câmara, disponível para todos, mesmo os seletivos repórteres do Estadão, se quiserem ao menos ir lá dar uma olhada: está aqui, meus caros.
E não foi o primeiro, porque antes, sempre segundo a Câmara, ele já tinha tido antes uma boquinha no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, onde seu outro avô, beneficiário do golpe de 64, Tristão da Cunha, imperou por mais de uma década!
Se um fato é real, documentado, não é "fulano diz que". É fato e pronto, não importa quem diga ou de quem se diga.
Sem querer ensinar jornalismo aos meus colegas do Estadão, o trabalho correto, profissionalmente era procurar a Câmara, indagar sobre as informações, recolher os documentos e publicar.
A Câmara, inclusive, dá-se ao trabalho de registrar as origens daquilo que publica: "Gabinete do Deputado Aécio Neves, o livro " A construção da democracia", da própria Câmara, escrito por Casimiro Neto, publicado em 2003, e o Sistema de Informações Legislativas (SILEG) – Módulo Deputado."
Está lá, com todas as letras:
"Dentre suas atividades profissionais e cargos públicos destacam-se: economista, BDMG; oficial de gabinete, CADE, Ministério da Justiça, Rio de Janeiro, RJ, 1977; Secretário de gabinete parlamentar, Câmara dos Deputados, 1977-1981; secretário particular do governador Tancredo Neves, MG, 1983-1984; Secretário Particular para Assuntos Especiais, Presidência da República, 1985; diretor de loterias, CEF, Brasília, DF, 1985-1986.
Foi, também, presidente da Comissão do Ano Internacional da Juventude, Ministério da Educação e Cultura, 1985."
"Boquinhas" e "bocões" desde rapazote, quando ele próprio admite que levava a vida a pegar onda nas praias do Rio.
Entre 1977 e 1986, uma década de contracheque sem trabalhar, nomeado por favoritismo político, apenas por ser "neto".
Se isso não é "mamata", o que seria uma mamata?
Com a palavra Arnaldo Jabores, Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino e outros campeões da moralidade: o que acham deste "Bolsa-Vovô?
Por Fernando Brito - Tijolaco
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