Juntam salteadores, aproveitadores, fisiológicos e pilantras de toda espécie e, quando todos esperam que chamem isso de caverna de Ali-Babá, eles colocam a tabuleta na porta: “Imprensa”. Nunca foram vistos como coisa nossa. A julgar pelo resultado do DataFarsa mais recente, firmaram-se como Cosa Nostra.
Nos últimos três meses e meio, saltou de 71% para 91% a quantidade de brasileiros que declaram não ter um meio de comunicação para chamar de seu. É o pior resultado desde que o instituto passou a produzir esse indicador, há 45 anos. Como não consegue elevar a estatura dos donos dos veículos de comunicação, o brasileiro rebaixa-lhes dramaticamente o pé-direito.
É como se, em tempos de privataria, as pessoas passassem a enxergar rádios, jornais, revistas e tvs como meros paraísos fiscais —100% financiados pela sonegação. Nessa matéria, o que já é ruim pode ficar muito pior. Apenas 6 famílias que tomam conta do botim.
Em termos ideológicos, são todos iguais. Querem enriquecer a custa do Estado brasileiro e nada mais. Todos sem exceção dedicam-se a fazer negócios escusos.
Enquanto a regulamentação dos meios de comunicação não vem, só há duas providências possíveis: pelo lado dos governos, deixar de pagar a bolsa pig. O descaramento, quando é muito, prejudica os negócios. Pelo lado do leitor, o aperfeiçoamento da pontaria. Educação e informação honesta ajudam. Juntas, levam fatalmente ao à plenitude da consciência crítica.
Paródia de um texto do jornalista(?) Josias de Souza
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