247 - A colunista Mônica Bergamo publica, na edição dominical da Folha de S. Paulo, uma importante entrevista com o advogado Antonio Figueiredo Basto. Importante porque antecipa quais poderão ser os próximos passos da Operação Lava Jato. E o que ele deixa transparecer é que o alvo é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Essa é uma organização criminosa ligada a um projeto de poder. Há alguém por trás disso tudo", diz o advogado, afirmando que seu cliente seria um "mero operador".
Quem seria esse alguém? – pergunta a jornalista.
"Alguém aqui garantiu isso tudo. Se eu cortar o homem que tá aqui em cima, ou essa mulher, se eu cortar essa cabeça, o resto embaixo some", disse ele.
Homem ou mulher? – tenta saber a jornalista.
"A Dilma, não. O Beto [Alberto Youssef] sempre diz que ela não está envolvida com corrupção, isenta a Dilma totalmente".
E Lula?
Segundo Mônica Bergamo, Figueiredo Basto, que disse ter votado em Aécio Neves (PSDB-MG) e declarou ser amigo do também tucano Beto Richa, desconversou. Novas revelações sobre a Lava Jato, disse ele, serão feitas em novo depoimento, agendado para o dia 30 de março.
Basto deu ainda um conselho para a presidente Dilma. Segundo ele, "ela deveria se desvincular imediatamente do PT, porque PT significa atraso e corrupção".
O advogado assumiu, ainda, uma postura ideológica contrária à esquerda. "A esquerda não gosta de pobre. Gosta é de sinecura, de empreguismo", disse ele, que defendeu também os manifestantes do dia 15 de março. "A elite branca toca esse país há mil anos. Ela carrega esse país nas costas sozinha".
Figueiredo Basto, que orienta os movimentos de Youssef, parece ter uma agenda. E não se trata do impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas sim inviabilizar o PT e a volta de Lula em 2018.
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