Depois firmar acordo judicial e converter-se num delator premiado, o presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, revelou que a construtora pagou propina para obter contratos na obra da Ferrovia Norte-Sul. Contou aos investigadores da Operação Lava Jato que, também neste caso, as empresas formaram um cartel. Beneficiaram-se das propinas partidos políticos e agentes públicos.
O depoimento do empresario foi relatado pelo repórter Renato Onofre. Ele conta que, na Norte-Sul, a Camargo obteve contatos de R$ 1 bilhão.
Depois de tornar-se delator, Avancini deixou a cadeia, em Curitiba, e passou a usufruir de prisão domiciliar. Ele terá de prestar novos depoimentos para esmiuçar os delitos que se escondem sob os dormentes da ferrovia.
Uma obra que começou com uma uma licitação de fantasia, denunciada em 1987 pelo repórter Janio de Freitas.
É mais uma prova de que, em matéria de corrupção no Brasil, nada se cria, nada se transforma, tudo se corrompe.
Que diga Josias de Souza
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