É o que sugere um editorial a propósito da liberdade de expressão.
Nele, os Marinhos atacam, furiosamente, a regulação da mídia. E se colocam na posição de campeões do "jornalismo independente, que não vive de verbas oficiais".
Pausa para gargalhar, e um segundo a mais para lembrar Wellington: quem acredita naquilo acredita em tudo.
Cada tijolo da Globo é, de alguma forma, produto de verbas oficiais – e mais incontáveis mamatas e privilégios que a empresa ganhou na ditadura militar e preservou intactos, numa aberração, nestes anos todos de democracia restabelecida.
Um macaco teria erguido um império nas condições dadas a Roberto Marinho pela ditadura em troca de apoio político.
Financiamentos diversos, publicidade copiosa dia após dia, complacência na cobrança de impostos – em suma, foi um empreendimento que é o oposto do que prega o capitalismo real. Não havia risco. Estava tudo garantido. Leia mais>>>
Ministro-Chefe da CGU (Controladoria Geral da União), um dos grandes gestores do Estado brasileiro, co-responsável, ao lado do ex-Ministro Nelson Machado, por grandes reformas no âmbito da Previdência Social, Valdir Simão está na linha de frente do caso Lava Jato. Repousa nele a esperança de um encaminhamento que permita a punição dos culpados, mas sem paralisar a economia brasileira - como está ocorrendo.
Diz ele que o modelo ideal é aquele que permitiria ao final separar as punições, responsabilizando os sócios sem liquidar com a empresa. Ou levando-os a vender o controle da companhia e a ressarcir a Petrobras, ou ainda permitindo a administração temporária da empresa por um time profissional.
Ao final, punem-se os culpados mas a atividade da empresa fica preservada.
Simão tem noção dos chamados valores intangíveis de uma empresa, o conhecimento acumulado, o conjunto de empregados, a estrutura comercial, tecnológica, os pequenos negócios que gravitam em torno dela, a importância para seu entorno, como municípios que dependem quase exclusivamente de uma grande empresa.
Mas reconhece a falta de compreensão da opinião pública. A aprovação da recuperação judicial - pela qual se substitui a falência por um acordo no qual os credores principais assumem a gestão da empresa - também foi uma construção lenta, devido à visão de que empresas precisam ser punidas. Leia mais>>>
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