Investimentos da Caixa com banco chinês podem ser muito além dos US$ 50 bi

O fundo de investimento em infraestrutura, a ser criado pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), poderão ser ampliados além dos US$ 50 bilhões anunciados nesta terça-feira (19), dependendo do interesse dos chineses nos projetos brasileiros, afirmou Miriam Belchior, presidenta da Caixa.
Segundo Miriam, o memorando de entendimento do acordo não expressa um valor total de recursos do fundo. "O presidente do banco chinês, nas reuniões conosco, manifestou a possibilidade de US$ 50 bilhões de recursos para isso. [Mas] o próprio presidente do banco chinês se referiu que esse poderá ser o ponto de partida. Dependendo dos projetos existentes e do interesse nestes projetos, o valor poderá ser ampliado", explicou.
O acordo é um dos mais importantes fechados durante a visita oficial do primeiro-ministro da República Popular da China, Li Keqiang, avaliou Miriam Belchior, porque permite que o Brasil continue trilhando o caminho da melhoria da infraestrutura brasileira, que tantos empregos tem gerado e tem sido a tônica do governo da presidenta Dilma Rousseff.
O dinheiro deve ser direcionando para o financiamento de projetos de rodovias, ferrovias, aeroportos, habitação, energia e agricultura e podem abranger outras áreas posteriormente.
A Caixa e o ICBC terão 60 dias, a partir desta terça-feira, para a criação de um grupo de trabalho paritário entre as duas instituições, para definir as condições de internalização desses recursos no País e começar a discutir a pauta de projetos que poderão ser financiados por eles, detalhou Miriam Belchior.
Um dos setores que poderá ser beneficiado é o da habitação popular. Miriam ressalvou, no entanto, que, "aqui no Brasil, nós estamos já discutindo várias outras alternativas para voltar a melhorar as condições de financiamento de habitação. Isso porque estamos com um problema na captação de recursos da poupança, que é fundamental para financiar habitação popular", disse. E completou: "Mas nós, o Banco Central e o Ministério da Fazenda estamos discutindo um conjunto de ações que vai permitir regularizar esse fluxo de financiamento".

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