Oscar Sales da Cruz: Movimento de rua e barulho de panelas no Brasil, hoje

Malgrados os ingentes esforços da aliança PSDB/DEMO/GRANDE MÍDIA, partidos hoje fundidos num só, o PT sagrou-se vencedor em quatro pleitos para a Presidência da República: LULA 2002/2006, DILMA 2010/2014. Essa Aliança tinha suas baterias voltadas para o PT desde antes quando LULA se lançou candidato pela primeira vez em 1989. Era favorito, mas foi derrotado graças a um “golpe baixíssimo” que a Globo tomou pra si a missão de aplicar dando a vitória ao candidato das elites Fernando Collor de Melo. Este, superestimando seus poderes de presidente, tantas e tantas aprontou que resultou apeado do poder pela força do povo. Assumiu o vice Itamar Franco. Pelos seus ares nacionalistas, Itamar logo desagradou às oligarquias que, juntamente com seus parceiros, Mídia à frente, encetaram uma campanha, sórdida como de praxe, para desqualificá-lo perante a Nação. Foram muitas as iniquidades cometidas contra ele e a todas resistiu com altruísmo. Não obstante, pouco antes de morrer fez um desabafo sobre um fato que o magoou profundamente: - “... De repente, até parece que foi o doutor Cardoso [FHC] que assinou a medida provisória [do Plano Real]”. “... FHC deixou o governo em março e o Plano Real foi em julho de 1994. Ele tinha assinado a cédula [como ministro da Fazenda] e eu errei deixando que assinasse. Constitucionalmente, não podia”, lamentou Itamar, afirmando, ainda, que. - “Para mim, Ricúpero [Rubens, ministro da Fazenda] é o principal sacerdote do Plano Real. Mais tarde tivemos ajuda, e grande, do ministro Ciro Gomes. Naquele momento, isso é o que o povo brasileiro não sabe se for ler a história do real […],”
O ex-presidente finalizou o depoimento com uma frase perturbadora para FHC: “Ele entende de economia tanto quanto eu. Talvez eu entenda mais”. (Confira o artigo original no Portal Metrópole : http://www.portalmetropole.com/2015/02/em-video-antes-de-morrer-itamar-franco.html#ixzz3ZIa75v2X).

Com essa usurpação, o “muso” da política neoliberal dos EUA, no Brasil, virou xodó da Grande Mídia e por ela é mimado com tratamento privilegiado até hoje. Assim, devidamente blindado, com todos os malfeitos que abundaram nos seus dois períodos de governo engavetados, intitulando-se guru da direita, sai a oferecer seus préstimos, mesmo além-fronteiras, por onde houver conspiração contra governos de esquerda. No momento, agrega à sua ocupação de “não ter-o-que-fazer” à missão de insuflar incautos a ir para as ruas pedir o impeachment da Dilma; mas para lá não vai; fica de camarote acompanhando a cobertura feita pela Globo, sua cúmplice, que nesses eventos tem a tarefa de, sem nenhum pudor, animar o espetáculo e multiplicar o número de participantes. Escusado dizer que seus sequazes, Serras, Aécios, Nunes e quejandos, são seus coadjuvantes nesse mister. Envolto na sua “canastrice” se põe a dar entrevista dizendo que é contra o impeachment... “Porque agora não é o momento”. Mas conclama: “Vão pras ruas!”. Revela, assim, o seu caráter e o daqueles que querem “fazer sangrar o PT”.

E lá se vão, pelas ruas, em bandos, os “conectados” a proferir em brados as mais absurdas ofensas à Dilma, ao Lula, e ao PT. Aqui e ali uma faixa pedindo a volta da ditadura numa conotação grave que tanto pode significar alienação mental, baixos instintos ou mesmo interesses escusos de alguns antidemocratas saudosistas. Agora, grave mesmo é que as verdadeiras cabeças pensantes desses movimentos não estão aqui. Aqui, estão nossas riquezas e os que não têm pejo de entrega-las de mão beijada por “trinta dinheiros” seja para quem for desde que os ajudem a acabar com o Lula –prevenindo 2018-, Dilma e consequentemente o PT. Mas, outros interesses escusos estão em jogo. Os nomes de dois dos patrocinadores se bastam para elucidar a razão desses movimentos protestatórios: Soros e Koch; referências de muito dinheiro ( muitas vezes mais que os “trinta” que compram mentecaptos, políticos vendilhões da Pátria, e sabujos por natureza).

O Soros, sim, o George, patrão do Armínio Fraga (ex-quase-ministro do Aécio), que aproveitando o estardalhaço que fizeram as ações da Petrobras despencarem aproveitou a oportunidade e meteu a mão em um bocadão delas. E ainda deu uma dica: - “... É o melhor momento para adquiri-las”. Em matéria do Estadão, de 19/12/2014, pinçada do Google, consta que: “... Soros fechou o terceiro trimestre com 5,1 milhões de ações e opções de compra da Petrobras. No período anterior, ele tinha 2,4 milhões de papéis, também acima dos 2 milhões do primeiro trimestre, de acordo com dados enviados pela Soros Fund Management, que administra cerca de US4 28 BILHÕES, para A Securities and Exchang Commission (SEC, que regula o mercado de capitais norte-americano). Bem verdade, ele sabe o que representa nossa petroleira no mercado mundial: os que são contra o Governo, aqui, não estão nem ligando para isso.

Sobre os irmãos Koch encontra-se, também na internet, a manchete : “Irmãos Koch, magnatas do petróleo e financiadores da extrema-direita nos EUA, inspiram os “meninos do golpe” no Brasil”. Nesta mesma matéria, do Outras Palavras via O Escrevinhador, mostra-se, num pedaço da Folha Corrida desses irmãos, um roubo de 5 milhões de barris de petróleo de uma reserva indígena que gerou multa de 25 milhões de dólares do governo americano; mais uma multazinha de 1,5 milhão de dólares desta vez por interferência em eleições na Califórnia; e outra mais, de 30 milhões de dólares, por 300 vazamentos de óleo. Além dessa especialidade em malfeitorias as Koch Industries têm como principais atividades a exploração de óleo e gás, oleodutos, refinação e produção de produtos químicos derivados e fertilizantes. Essa matéria bem mostra a relação dos magnatas dos EUA com os grupos MBL, EPL, Vem Pra Rua e congêneres que provocam alvoroço nas ruas e barulho de panelas em apartamentos de bairros de ricos ou de classe “metida- a- rica”, onde muito se deve aos benefícios proporcionados pelo governo do PT. Fica fácil deduzir que o principal interesse dos Brother nessa empreitada é a Petrobras robustecida pelo pré-sal.

O quadro, acima descrito, mostra alguns dos impulsionadores e o combustível que alimentam os protestos contra a DEMOCRACIA hoje no Brasil.



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