Da RBA - Em entrevista exclusiva ao Seu Jornal, da TVT, o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), autor do mandado de segurança impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF), que deteve manobras do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para abrir processo de impedimento contra a presidenta Dilma Rousseff, diz que os que tramam o golpe são "moralistas sem moral", e que quem vai "pôr freio" à escalada golpista vai ser "o Supremo Tribrunal Federal e o povo brasileiro".
"É engraçado isso, a presidenta Dilma sendo julgada por um presidente da Câmara dos deputados que tem contas na Suíça, que mente na CPI e, em breve, estará encarcerado", critica o deputado Wadih, em entrevista à repórter Marina Vianna, que diz ainda que mais da metade dos deputados que subscreveram o pedido de impeachment da presidenta Dilma tem ou teve problemas com a Justiça. "Uma presidenta da República eleita por milhões de brasileiros pode vir a ser julgada por esse tipo de gente", lamenta.
No Tribunal de Contas da União (TCU), outra frente dos que tentam cassar o mandato de Dilma, segundo o deputado, "o relator do processo recebeu propina de uma empresa", referindo-se ao ministro Augusto Nardes. Wadih diz ainda que o órgão "não tem nada de tribunal", composta por apaniguado políticos, e que julgam à revelia da técnica jurídica.
Por fim, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde corre ação de impugnação da chapa vencedora nas eleições presidenciais passadas, Wadih diz que o ministro Gilmar Mendes "não se comporta como juiz" e é "militante do PSDB".
Contudo, o deputado Wadih Damous, que já foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (AOB-RJ), diz que Dilma "saiu do canto do ringue", disposta a fazer a defesa do seu mandato. "Quando ela disse que 'moralistas sem moral não podem predominar no país', ela acertou".
"Eles não têm qualquer idoneidade para atacar a honra de uma mulher honesta, de reputação inabalável. Podemos questionar até o governo dela, eu particularmente tenho muitas críticas, sobretudo quanto à política econômica, mas daí a dar um golpe... Vamos para lá para enfrentar isso e vamos colocar essa turma no seu devido lugar", conclui Damous.
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