Com anos de blindagem total da mídia, tratou de criar sua própria crise, uma reforma radical no ensino paulista, fechando escolas, remanejando alunos, sem nenhuma consulta à sociedade, aos professores e aos maiores afetados, os alunos.
Esse monumento à insensibilidade política despertou os adolescentes para uma bandeira objetiva: a defesa da SUA escola. Não foi necessário a mídia insuflar, pelo contrário, não se intimidaram com as nítidas armações iniciais – de figuras anônimas vandalizando escolas para tentar comprometer o movimento com a baderna.
Através das redes sociais, deram provas emocionantes de responsabilidade cívica e maturidade.
Em plena era da Internet, na qual qualquer celular tem sua câmera de filmar, cada veículo tem seus próprios vídeo-repórteres, um Secretário de Segurança despreparado e autoritário tratou de colocar a tropa de choque da PM na rua para bater em crianças.
Assim como Aécio Neves, Alckmin se guia apenas pelas manchetes de jornais. E as manchetes refletem o que se passou no dia anterior.
No primeiro dia, uma imprensa partidarizada tratou de desqualificar as manifestações. Mas a enchente de vídeos mostrando a cara dos "subversivos", a mensagem de paz da rapaziada, em contraste com a truculência da tropa de choque, virou o jogo, desmontou a tentativa de partidarizar as manifestações.
Alckmin é lento nas avaliações. À noite, os telejornais já mostravam a mudança de postura da velha mídia. Hoje os jornais amanheceram com visível mudança de postura em relação às manifestações.
Mais uma vez, a tropa de choque foi para a rua agredir a molecada.
Agora à tarde, a rendição. A maturidade, o bom senso, a responsabilidade cívica da rapaziada venceu a decrepitude de homens públicos sem noção.
O governo Dilma é definitivamente ruim. Mas pense-se o que seria do país submetido a um conjunto de crises tendo Alckmin como mediador. Teria o condão de despertar saudades de Dilma.
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