Parafraseando Fernando Brito - Tijolaco

Volto animado na manifestação (em Fortaleza) muito mais que pelo número imenso de pessoas – há quem fale em tantos mil, há os que falem em mais tantos mil – pelas características de quem lotou a (Praça do Ferreira).

Não contei pessoas, olhei pessoas.

Os "coroas" como eu, se tanto, éramos 10%. Garotada, a juventude, aqueles moleques sobre os quais, orgulhosamente, pensamos serem nossos filhos.

De alguma forma o são, porque são os proprietários , mais que herdeiros, da liberdade que construímos com sacrifício.

Ela é deles, não nossa, que já cuidamos dela mais como patrimônio do que como fruição.

Havia, também , mais negros em quaisquer 10 metros quadrados que se escolhesse do que em toda a Avenida Paulista no domingo.

Bem como nós somos: brancos, negros, amarelos, índios, com licença até para uns "cor-de-abóbora"  de cabelos azuis.

Não havia zumbis, não vai provocadores, ninguém queria bater em um ou outro que, a caminho das barcas, passasse repetindo o que a Globo diz.

Havia gente livre e gente livre é dura de enfrentar.

Não são zumbis.

As pessoas livres pensam, ouvem e agem.

Diferentemente, é claro.

Justamente porque não são zumbis.

Os zumbis se dissolvem com a luz, tal como foram criados com a treva.

E a luz é a liberdade, a tolerância, a diversidade que nos une na mesma condição de cidadãos deste pais.

O povo brasileiro, como todos os povos, referencia-se em líderes.

A parcela elitista do Brasil  encontrou o seu, Sérgio Moro.

Mas a excluída, oprimida, humilhada  começou a reencontrar o seu.

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