Cunha manda, Câmara, Senado e STF obedece

O "gângster-mor do Brasil,  Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, articula com os gerentes dos partidos pró-impeachment a rejeição de medidas provisórias e projetos enviados ao Congresso pela presidente Dilma Rousseff. Faz chantagem  contra o Senado. Para os Senadores aprovarem rapidamente o golpe contra a presidente da República.

Em privado, o corrupto Cunha acusa o presidente do Senado, Renan Calheiros, de retardar deliberadamente a deposição de Dilma. Insinua que o senador opera a serviço do Planalto. Em público, o ladrão Cunha declarou: "Se a Câmara aprovou por 367 votos a autorização para o processo que implica no afastamento da presidente, não há nenhuma condição de negociar qualquer coisa ou analisar qualquer projeto do governo nesta Casa, a não ser para derrubar."

A pauta do plenário da Câmara está completa de proposições do governo. Entre elas quatro medidas provisórias. Uma delas cria um seguro de crédito para as exportações. Outra destina ao pagamento da dívida pública o dinheiro recebido pelo BNDES como resgate de empréstimos feitos com verbas do Tesouro.

A terceira medida provisória carrega dois temas de grande apelo econômico e até eleitoral: ampliação do prazo para o financiamento para compra de caminhões; e liberação de novos financiamento para produtores que foram à breca por causa da seca. A última MP já inclu;ida na pauta pauta abre um crédito extraordinário de R$ 316 milhões em favor do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Há mais e pior: o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa espera que Câmara e Senado marquem uma sessão do Congresso para aprovar a revisão da meta fiscal de 2016, já estourada. Se essa matéria não for apreciada até 22 de maio, o governo terá de fazer um corte cavalar em seus gastos. Coisa de parar a máquina. "É mais uma razão para o Senado votar rapidamente" o impeachment, diz o bandido Cunha. Pergunto:

- E o Brasil, como fica? No que ele responde:

- Não quero nem saber, pode se lascar, eu gosto é de mandar e ver meus capachos deputados, senadores e ministros do STF obedecer.

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