Sabe, aqueles dias em que, estando na net, ainda que despretensiosamente, nos deparamos com uma obra de arte humana ou mesmo, da natureza, como belas flores, lindas paisagens ou ainda, majestosas montanhas? Pois bem, desta feita fui beneficamente escolhido para receber na tela do meu computador um texto que me deixou, por horas a fio, pensando e repensando, tanto que, incontido, decidi trazer para meus leitores, e, o estou fazendo, com alguns comentários.
Vejamos: "Existe um ditado árabe que diz: "Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras!" Isso porque, antigamente, as tamareiras levavam de 80 a 100 anos para produzir os primeiros frutos. Atualmente, com as técnicas de produção modernas, esse tempo é bastante reduzido, porém o ditado é antigo e sábio.
Conta-se que certa vez um senhor de idade avançada plantava tâmaras no deserto quando um jovem o abordou perguntando: "Mas por que o senhor perde tempo plantando o que não vai colher?". O senhor virou a cabeça e, calmamente, respondeu: "Se todos pensassem como você, ninguém colheria tâmaras". Ou seja, não importa se você vai colher, o que importa é o que você vai deixar... Cultive, construa e plante ações que não sejam apenas para você, mas que possam servir para todos e para o futuro.
Nossas ações hoje, refletem no futuro".
De verdade, a profundidade do assunto enseja pensamentos que nos deixam perplexos e ao mesmo tempo, com gosto de quero mais e mais, pensar. É comum ler e ouvir o seguinte: "Aquilo que plantamos é o que vamos colher". Outra, "Podemos escolher o que plantar, mas seremos obrigados a colher o que plantamos". Entendo que, no texto acima a profundidade do que está imanente é muito mais evidente, pois, enquanto os ditos anteriores refletem o comportamento humano como consequências do que fazemos, para nós mesmos, no texto em questão, ignora-se o sujeito, o indivíduo e se presta a lembrar nosso compromisso com os outros, isto é, se para você aquilo não serve, veja se não servirá para tantos outros.
Tenho comigo, que se a humanidade tivesse sido preparada para atender primeiro o que serve e beneficia os outros, com certeza, receberíamos muito mais benesses e primordiais comportamentos dos outros para cada um de nós. Imaginemos, por instantes, uma cena, onde as pessoas receberam para um almoço, garfos maiores do que um metro, tendo que utilizar-se deles como se fora normal. É evidente que os mais espertos, em seguida, encontrarão os meios para saciar sua fome: Cada um servindo ao outro. Os que se negarem a pensar de igual maneira, morrerão de fome e, provavelmente, se matarão de raiva ou descontentamento, fazendo do garfo uma arma.
Não sei, mas volto automaticamente ao princípio evangélico de Jesus que diz: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Este é o mandamento que vos deixo".
É incrível este mandamento, lembrando que Jesus proferiu no jantar –ceia- na noite de quinta-feira que antecedeu sua paixão e morte, lembrando, talvez, que muitos que gritariam a favor de sua crucificação, seriam muitos daqueles que ele mesmo havia curado e atendido.
Precisamos evoluir muito. Penso que muitas igrejas exigindo outras "provas" de seus membros, acabam empalidecendo o mandamento de Jesus.
Bom dia e melhores semanas "PLANTANDO TÃMARAS, MESMO SABENDO QUE PODEMOS NÃO COLHER SEUS FRUTOS".
Professor e Campista. e-mail: bncantelli1@gmail.com
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