[Joel Neto: No futebol, juiz e bandeirinhas desonestos. No dia-a-dia, juiz e procuradores parciais e seletivos, como os responsáveis pela operação vaza a jato]
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Nos esportes e diversas áreas da atividade humana precisamos de ter árbitros, julgadores. E temos que necessariamente entregar a eles um poder para que o usem nessa condição, evidentemente de forma honesta, imparcial, equânime, justa enfim. Nada pode ser pior que quando um juiz usa esse poder que lhe foi confiado para ser parcial, as vezes até desonesto. É simplesmente abjeto, repulsivo, nojento.
Isso não é futebol.
Neste fim de semana vi o vídeo da partida Chelsea x Barcelona na disputa da seminal da Copa dos Campões da Europa, em 2008 (esporte retrô). A partida empatou 1 x 1 e o Barça foi campeão.
Nunca neguei minhas simpatias pelo Barça e não gosto de times que pertencem a ricaços, têm dono, como é o caso do Chelsea. Essa coisa de mercado, mercadoria, não deveria mexer em algo tão sagrado, como nossos times de futebol. Ultrapassou os limites.
No entanto, em vez de ficar contente pelo Barça, fiquei revoltado com o que vi, achei que o Chelsea é que merecia a vitória. E só não ganhou porque o juiz passou a mão, cometeu um assalto, aproveitou-se de sua condição e no mínimo abusou do direito de errar. Houve quatro pênaltis indiscutíveis contra o Barcelona que o homem não deu, duas bolas na mão dentro da área, com o zagueiros mais parecendo o Cristo Redentor, de braços abertos. Será que não foi intencional, doloso? Ficarei pensando o resto da vida, pulga atrás da orelha, apesar do homem ter fama de ser bom juiz.
Ao final os jogadores do Barcelona comemoraram efusivamente, o que também me revoltou. Deveriam fazê-lo discretamente. Imagino a revolta dos jogadores e da torcida do Chelsea, que por educação e civilidade têm que engolir a desfeita. Claro, o juiz poderá ser punido, mas o estrago será irrecuperável.
Acho que uma das soluções nesses casos é esperar que as pessoas, mesmo as que ganham, sejam justas, maduras, equilibradas, repudiem juízes que favoreçam sua cor. Juiz é função muito séria e se quem disputa precisa que eles sejam venais, parciais, está muito mal acompanhado. E parcialidade, por venalidade, incompetência, torcida, não for punida, como será no futuro, sem confiança nos juízes? Aos perdedores nessas condições, resta o direito de tentar expor a sacanagem e o sacana, ainda que no futuro.
João Sucata
No futebol, juiz e bandeirinhas desonestos. No dia-a-dia, juiz e procuradores parciais e seletivos, como os responsáveis pela operação vaza a jato]
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