Os barões da mídia devem estar se perguntando: como a gente bate tanto em Lula e ele aparece na frente nas pesquisas, como mostrou a Vox Populi divulgada ontem?
O pesadelo aumenta de tom quando se pensa que, na época de campanha, Lula vai aparecer na televisão, para todo o país, com sua própria versão dos fatos.
E nos debates: alguém pode imaginar Lula no meio de Aécios, ou Alckmins, ou Marinas?
São cenários que apavoram os donos da mídia.
Eles serão forçados a reflexões.
Um fato inescapável é que não basta acusar. Não, pelo menos, quando se trata de Lula. É necessário haver qualidade, consistência nas acusações, e você não encontra nada disso contra Lula.
Ao contrário: o que se viu resvalou muitas vezes o humorismo, como os pedalinhos do mítico sítio de Atibaia. Ou a própria ignorância: duvidaram da existência das palestras de Lula, mesmo com ele sendo sabidamente, depois do segundo mandato, um dos conferencistas mais requisitados e mais caros do mundo.
Mas o erro maior foi a frequência dos ataques. Foram tantos, e tão intensos, que acabaram perdendo a força original.
Em muitos brasileiros — descontados aqueles para os quais o PT é demoníaco — começou a aparecer uma incômoda sensação de perseguição, de vale tudo para acabar com Lula. Muita gente, paradoxalmente, pode ter pensando: "Esse cara deve ter virtudes para ser tão massacrado pelos ricos."
Entra aí a imagem de Lula como mártir.
E entram também aí as posições de liderança de Lula nas pesquisas — e seu favoritismo claro para 2018.
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