O blog reproduz trechos da entrevista do ex-Ministro da Cultura, Calero, que vai ajudar a derrubar o Michê:
- No momento da conversa, o Presidente estava sozinho. Entrei rápido, e ele falou: "Marcelo, a decisão do Iphan nos causou bastante estranheza. Não foi uma decisão correta e me causou dificuldades operacionais".
- Me chamou muito a atenção o termo "dificuldades operacionais".
- O Temer disse que as dificuldades operacionais decorriam do fato de o Geddel ter ficado muito irritado.
- Falou da ministra Grace Mendonça, "que tem conhecimento jurídico muito bom e poderia resolver a questão de um modo bom pra todos" - ele usou esse termo!
- Queria que eu criasse uma chicana para que o caso fosse enviado à AGU.
- Não sei se a ministra Grace sabia ou não.
- no final, na despedida, me chamou a atenção a declaração que ele, Temer, fez: "Marcelo, a política tem dessas coisas, dessa pressão". Ele falou como se estivesse dando conselho ou ensinamento a alguém que acabou de entrar na política!
- Não fui desleal. O servidor público não pode ser cúmplice.
- Começaram com essa boataria do Palácio do Planalto de que eu deliberadamente fui ao encontro para gravar o Temer.
- Isso é um absurdo! Só serve para alimentar essa campanha difamatória e desviar o foco.
- Eu jamais entraria no gabinete presidencial com um ardil sorrateiro assim.
- O que fiz foi por sugestão de alguns amigos da PF: nos momentos finais, para me proteger e dar lastro probatório a tudo o que falei no depoimento, fiz algumas gravações telefônicas, com pessoas que me ligaram.
- Inclusive uma do Temer, bastante burocrática, protocolar, na qual evitei induzir o Presidente a produzir provas contra si.
- Não gravei nenhuma outra conversa com o Presidente.
- Todas as minhas gravações foram feitas por meio telefônico.
- Foram 3 encontros com Eliseu Padilha.
- Autoridades da República perdendo tempo com um assunto paroquial!
- A última ligação que recebi a esse respeito foi do Secretário Jurídico da Casa Civil - novamente insistindo pra eu mandar o caso à AGU!
- Pensei: "o Presidente queria que eu interferisse no processo!"
- Não posso dizer se gravei ou não conversas com Padilha e Geddel.
- Não desejava isso para mim, nem para o Governo.
- Eles acharam que eu faria qualquer negócio pra preservar o cargo. Jamais faria isso!
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