O blog abre 2017 com uma carta da leitora Maria Eduarda Paschoalini, de 15 anos. Duda simboliza a esperança de dias melhores no País, depois do golpe de 2016, liderado por políticos corruptos contra a presidente honesta, que foi também a primeira mulher a ocupar a presidência da República; "Não desistiremos, nem temeremos nunca", diz ela; "É claro que o sol vai voltar amanhã. Mas enquanto o sol não volta, não nos acostumemos com a escuridão, não permitamos que eles matem nossa fé e esperança. Dias melhores virão. Não há escuridão que dure indefinidamente. Só não podemos desistir!"
Por Maria Eduarda Paschoalini
Sei que tenho apenas 15 anos, mas amo o Brasil 247 por bater com os meus ideias e direto leio, por indicação do meu professor de filosofia, Leonardo Almeida.
Fiz um texto e gostaria que vocês lessem. Obrigada! A foto, pela qual eu me refiro no texto, é uma minha com a Beatriz Cerqueira.
2016 está acabando e eu prometi que iria postar esta foto algum dia. Este ano não foi nada fácil. Vieram panelaços, “manifestações” e processos. Vieram “Fora, Dilma”; “Tchau, querida”; “Comunista de iPhone...”.
Veio Bolsonaro, Cunha, Renan, Aécio. Com eles e sua farsa incrivelmente planejada, veio Temer. Veio um impeachment sujo, sem nenhum crime comprovado. Veio golpe. E não para por aí. Vem a PEC, Reforma da Previdência...Mas não. Nós não tememos e nem iremos temer.
Tudo ficou bem claro de como cada um é, como a mídia é manipuladora e o ódio que todos eles têm pela esquerda.
Agora, sim, podemos entender o porquê de Dilma não saber negociar com Eduardo Cunha e seu congresso. Isso não é defeito, é virtude. Não é que ela não sabia governar, ela simplesmente não cedia às piores jogatinas de um congresso medíocre, que nós elegemos e que, hoje, temos que reconhecer que está ali para fazer um negócio e não uma política pública. Isso tinha mesmo um dia que mudar. Ela apenas não brincou do jogo que chamam, distorcidamente, de fazer política.
E você, Beatriz, não cansou de se calar. Gritou, gritou muito. Fez com que sua voz se tornasse eco em cada coração valente que existe. Lutou. Com todas as forças e garras. Enfrentou gás de pimenta e bomba. Enfrentou ataques e processos. Haja processos nisso tudo. Mas sempre com uma força inexplicável, fazendo verdadeiro o significado da palavra “guerreira”. Os bandidos as chamam de burras, os covardes as chamam de inflexíveis. Os jornais as chamam de incompetentes e os manipulados as chamam de “mais umas”. Mas vocês não são “mais umas”. Vocês são únicas. Únicas em um mundo só de mediocridade, em que o lucro prevalece o social.
De que fibra vocês são feitas? Enfrentaram a opressão, a tortura. Enfrentaram passeatas, xingamentos, manifestações.
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