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Fatos do dia: Força Nacional, Ciro e Barroso, por Luis Nassif

Jornal GGNO ministro da Segurança Raul Jungmann convocou a Força Nacional contra manifestantes em Brasília, mesmo tendo a Polícia Militar e Polícia Civil ao seu dispor. Mais uma tentativa de colocar lenha na fogueira das eleições, visando algum ato futuro contra a democracia?
 
O candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, provavelmente, jogou fora sua maior chance de conquistar a cadeira do Planalto quando recusou o posto de vice na chapa com Lula, onde a proposta era que assumisse a liderança, aproveitando o poder de transferência de votos, assim que se confirmasse a estratégia do judiciário pela inteligibilidade do ex-presidente. 
 
Agora que a tática petista começa a se mostrar vitoriosa, com Lula crescendo na preferência popular e muitos analistas confirmando a concretização da possibilidade de transferência de votos para o ungido Fernando Haddad, Ciro entra em guerra contra o PT, denunciando a chapa  Lula - Manuela d’Ávila - Haddad como fraude.
 
Eleições em Minas. Tribunal Regional Eleitoral cassa a possibilidade de Márcio Lacerda questionar os resultados do seu partido, o PSB, que fez um acordo no estado com PT impedindo sua candidatura. O resultado fortalece Fernando Pimentel (PT), ganhando mais tempo de televisão e possibilidade de se fortalecer no embate contra Antonio Anastasia (PSDB). 
 
Bastião combalido da democracia. O Supremo Tribunal Federal configura-se hoje como o último ponto de defesa da democracia no Judiciário. Os destaques vão para Gilmar Mendes, com seu destemor, Dias Toffoli, assumindo uma postura mais corajosa e Ricardo Lewandowski, mantendo sua coerência tentando impedir os abusos do poder que representa. Os três tornaram-se a única garantia de legalidade que se tem dentro da cúpula. 
 
Bônus. O jornal Folha de S.Paulo e o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) realizaram um debate com a participação do ministro Luis Roberto Barroso. Este fez um discurso afirmando que a salvação do Brasil está na reforma política, defendeu o parlamentarismo como modelo para facilitar a retirada de um presidente do poder, haja vista o trabalho que Dilma deu. O ministro se disse ainda favorável ao voto distrital misto, como garantia contra a imposição do poder econômico. 
 
Participou do encontro o cientista político Fernando Limongi respondendo às avaliações de Barroso que, na verdade, o sistema político brasileiro foi prejudicado pelo próprio Judiciário. A constituinte criou, propositalmente, um Executivo com mais atribuições para ganhar governabilidade, porque já se percebia, desde aquela época, que o Congresso brasileiro tinha o impulso de amarrar os poderes do presidente. Segundo Limongi, o primeiro lance recente do Judiciário desestabilizando o equilíbrio de forças entre os poderes aconteceu na CPI do Bingo, quando desfez uma decisão do Executivo que batia de frente com outra decisão do Congresso. A segunda vez foi em 2006, quando declarou inconstitucional a "cláusula de barreira", que impedia a criação de pequenos partidos. 
 
Ou seja, dois exemplos em que o Supremo entrou e liquidou com o equilíbrio que a Constituição tinha instituído entre os poderes Legislativo e Executivo. 
 
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Imagens: Raul Jugmann, Ciro Gomes e Luis Roberto Barroso. EBC
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