Professor A sobre a carta de Ciro

Ciro é hoje o Brizola de 89

O Blog do Briguilino tem o prazer de reproduzir texto publicado originalmente no Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim. Confira abaixo:
"Achei a carta do Ciro uma saída por cima do clima de derrota que se criou com o episódio de Pernambuco. Não se fez de coitado, condenou a estratégia do PT sem hostilizar o eleitorado do PT, deu lição de sangue frio, ao insistir que o inimigo é o Alckmin e anunciou sucinta e claramente pontos relevantes do seu programa, mostrando de que lado está. 
O inimigo é Alckmin
Não são posições novas, mas não adianta repeti-las nas entrevistas, porque os entrevistadores não as questionam ou criticam, o que daria margem a que ele expandisse, até mesmo pra seus apoiadores, a lógica de seu programa. 

O que tem ocorrido é que, por mais provocante que sejam as colocações do Ciro nas entrevistas, estas seguem o mesmo padrão, independente do tempo da entrevista: seu temperamento, sua relação com Lula/PT, a declaração sobre a Patricia Pillar. 

A paciência com que ele tem aguentado essas banalidades e provocações não têm sido suficientes para mostrar aos entrevistadores que, se ele fosse um destrambelhado, já teria mandado os entrevistadores que, mesmo depois da resposta, voltam aos assuntos, à... 

A carta é correta inclusive pela maturidade e controle com que faz a crítica à direção do PT, liga a crítica à situação do país, revelando que as atitudes da oligarquia petista são mais prejudiciais ao Brasil do que a ele, Ciro, e aponta, como líder de seus apoiadores, o caminho politicamente correto a seguir: não ofender os eleitores do PT e manter firme as críticas à direita. 

Ou seja, achei muito ajustada ao momento emocional específico, envolvendo dissensões dentro do PT e do PSB, e tentação ao desânimo no PDT.

Aliás, já estão dando por certo que ele foi desidratado. Não há base para sustentar isso, como a altíssima porcentagem de eleitores ainda na expectativa revela. 

Sem mencionar que, para mim, pelo menos, é um mistério o estado de espírito do eleitorado petista e, agora, do PSB, diante do que vem ocorrendo. 

Só novas e confiáveis pesquisas poderão ajudar na avaliação dessa etapa do processo.
Prof. A"
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