O führer tupiniquim e seu ministro da injustiça na proa do Pequod, por Fábio de Oliveira Ribeiro

Sérgio Moro aceitou ser o Ministro da Injustiça do Sieg Heil Führer Jair Bolsonaro. Alguns jornalistas ficaram espantados com esse fato. Outros requentaram as palavras do juiz dizendo que nunca entraria para a política. Os mais perspicazes lembraram que o escândalo da Lava Jato, usado indevidamente por Sérgio Moro para condenar e prender injustamente Lula, beneficiou eleitoralmente Jair Bolsonaro (político que pertencia ao PP, ou seja, ao partido que recebeu mais propinas oriundas da Petrobras).
No GGN - LuisNassifonline - fiz várias reflexões sobre as ações do juiz Sérgio Moro: https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/vidas-paralelas-sergio-moro-e-cabo-bruno
A única coisa que me ocorre dizer agora é a seguinte: não fiquei nenhum pouco surpreso. Bolsonaro é Moro assim como Temer é Cunha.
O Sieg Heil Führer eleito e o juiz da Lava Jato compartilham pelo menos quatro coisas em comum:

  1. Bolsonaro e Sérgio tem uma predileção imensa para produzir controvérsias e até escândalos a fim de permanecer em evidência na televisão;
  2. ambos são defensores da tortura (o presidente eleito prefere os métodos antigos utilizados pela Ditadura Militar; o futuro ministro da injustiça transformou a prisão temporária por tempo indeterminado num instrumento de tortura para obter delações contra o PT);
  3. os dois odeiam profunda e irracionalmente o PT (Bolsonaro demonstra isso publicamente fazendo discursos em favor de um genocídio; Moro prefere ser discreto, mas foi capaz de cometer o crime de grampear a presidente da república e vazar o áudio para a Rede Globo);
  4. tanto o juiz quanto o político usam uma curiosa variante da Língua Portuguesa em que as regras gramaticais ou são contornadas ou simplesmente violadas.
Bolsonaro, que fez uma fortuna duvidosa na política, diz que pretende combater a corrupção. Sérgio Moro corrompeu os princípios constitucionais do Direito Penal para reprimir o PT deixando corruptos de outros partidos (PSDB, PP, PMDB e DEM) livres para curtirem a vida numa boa. O Sieg Heil Führer abusou do discurso anti-petista para chegar à presidência surfando na onda de ódio ao PT que o juiz ajudou a criar elevando a perseguição seletiva dos líderes do PT à perfeição quando condenou e prendeu Lula por causa de um crime que não é descrito na Lei com base em provas que deveriam levar à absolvição do réu.  
Moro é Bolsonaro. Eles são simbiontes, produtores e produtos do anti-petismo. Portanto, é natural que ambos governem juntos. Suponho que p objetivo principal da união deles será apenas um: jogar o PT na ilegalidade para que a repressão contra os petistas possa se tornar mais intensa, mais cruel e, obviamente, muito mais violenta.  Roland Freisler foi o juiz predileto de Hitler. Sérgio Moro agiu de maneira a se transformar no Freisler do Sieg Heil Führer Jair Bolsonaro.
O juiz da Lava Jato e o Führer do Reich tupiniquim estão ligados desde os princípios dos tempos como Ahab e Starbuc https://www.youtube.com/watch?v=1OB5iaWsVyU. Eles também perseguirão uma baleia branca até seus derradeiros suspiros. A partir de janeiro o Brasil se transformará no Pequod da dupla Jair Bolsonaro/Sérgio Moro. O resultado desta transformação é imprevisível. Mas uma coisa é certa: a desgraça de um será a desgraça do outro assim como o sucesso de ambos ficou inevitavelmente interligado pelo ódio comum que ambos devotam ao PT. Die Jagd über alles.
Vida que segue, voltas que a vida dá (...) "mas de repente as coisas mudam de lugar e quem perdeu pode ganhar"...

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