Mãe é máquina, nem é gente!
Não importa quantos beijos e abraços você deu no seu filho(a), se um dia você dar um tapa... você não é gente!
Não importa quantas noites de sono você ficou cantando para ele(a) e ninando ele(a), se um dia você der um grito... Você não é gente!
Pouco interessa quantas vezes você atravessou a cidade durante cinco dias no vai e volta de prontos socorros com seu filho doente, insatisfeita com diagnósticos, no dia que você deixar ele com a cunhada, mãe, madrinha... para poder sair um tempinho sozinha ou com as amigas... NOSSAAA... Você não é gente!
Não interessa quantas vezes você fez suco, fez sopa de legumes, fez purê de frutas... O dia que você falar que deu iogurte... Você não é gente!
Não importa quantas vezes você orou e chorou, e agradeceu do fundo da alma pela vida do filho (a), pela saúde do filho (a), pela benção de ser mãe. O dia que você reclamar... Você não é gente!
As inúmeras vezes que você acertou, que você se doou, que você se manteve ali se dedicando não valem absolutamente NADA perante um ato que julgam errado.
Mãe não pode gritar, não pode perder a paciência, não pode querer dormir, não pode reclamar da maternidade, não pode chorar, não pode mandar biscoito na lancheira, não pode oferecer fórmulas porque os peitos estavam pingando sangue, não pode se queixar de bagunça, não pode querer sumir...
Se reclamar da maternidade é ingrata e não merecia ser mãe.
Se chorar é fresca e mole.
Se quiser um tempo exclusivo para si mesma é desnaturada.
Mãe não adoece nunca, não sente dor nunca , não fica triste nunca, não se esgota NUNCA.
Afinal de contas:
Mãe é máquina, nem é gente!
Texto - Lisah
As Crônicas da Lisah
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