Operação milagre


"Acalme-se e tenha uma boa pontaria, você vai matar um homem e não ganhar a guerra", disse o médico e guerrilheiro Che Guevara segundos antes de sua morte, para um então jovem e nervoso sargento do exército boliviano, Mário Terán.
Che morreu mas deixou seu legado, a revolução cubana venceu e deu ao mundo um modelo exemplar e humano de medicina. A Bolívia permaneceu desigual e Mário Terán envelheceu na miséria e no ostracismo.
Em 2017 o governo cubano decide colocar seus melhores oftalmologistas para percorrer todo o continente latino americano (exceto o Brasil por proibição do CRM) para fazer, de graça, todo o tipo de cirurgias nos olhos de pessoas que não tem condições de pagar por isso.
A chamada "Operação Milagre".
Do México à Argentina, de Chiapas ao Ushuaia, milhões de pobres são atendidos por mãos cubanas, pessoas simples, algumas que sequer tinham ficado na presença de um médico alguma vez na vida, estão agora, frente a frente, com oftalmologistas, que passam a ter que atender não apenas doenças relacionadas à visão, mas todo o tipo de patologia.
Eis que no dia 1 de Outubro de 2017, há pouco mais de 2 semanas, um senhor pobre, cego, descalço, num vilarejo do interior do Paraguai, é ajudado por seus netos a ser atendido por alguns voluntários cubanos que chegaram na cidade.
O senhor era Mário Terán, o antirrevolucionário boliviano que décadas antes tiraria a vida de Che Guevara. Sem previdência, sem aposentadoria, abandonado pelo capitalismo e pelos então generais que lhe fizeram atirar em Che, e que após um simples procedimento de retirada das cataratas, volta a enxergar, e vai poder passar o que ainda resta de seus dias com um pouco mais de dignidade.
Quem venceu o combate afinal? Mário Terán, que apesar de vivo, vive como um fantasma ou Ernesto Guevara de La Serna, que apesar de morto, vive enquanto uma ideia?
Via Grupo de WhatsApp Justiça Sem Partido
Recebido por e-mail
Vida que segue

Um comentário:

  1. A coisa mais linda é ver esse terrorista morto!!!!

    ResponderExcluir