Revista Fórum: a mentira da meia-entrada

O humorista Dedé Santana, que se celebrizou no programa Os Trapalhões, disse ter sido usado para a defesa de um discurso contra o fim da meia-entrada para estudantes em eventos culturais durante encontro de sertanejos com Jair Bolsonaro, que aconteceu na última quarta-feira (29) no Palácio do Planalto.

"É um absurdo dizer que eu estava lá pra defender isso. Eu nem estava sabendo", disse à coluna de Mônica Bergamo, na edição desta sexta-feira (31) da Folha de S.Paulo.

Dedé afirma ter sido convidado para o encontro há cerca de um mês e achava que a reunião seria com artistas de diversas áreas, não só sertanejos. "Fui lá para falar sobre o circo. E o Bolsonaro disse que quer me escutar."

Fake

Parte dos artistas sertanejos que apareceram em lista da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) como se tivessem participado de atividade junto do presidente Jair Bolsonaro foram retirados em atualização divulgada nesta quinta-feira (30). Alguns dos citados foram às redes sociais condenar a menção e classificaram a informação fornecida pelo governo como notícia falsa.

Matheus, da dupla Matheus e Kauan, foi um dos que não gostou de ver seu nome na lista. "Aqui nos EUA tentando tirar umas férias em paz com a família e um monte de gente mandando mensagem e propagando notícias falsas. Gente, kauan tb está aqui nós não fomos a lugar nenhum defender causa alguma e pra falar a verdade ficamos sabendo do que está acontecendo agora! não acreditem em tudo que leem na internet!", publicou.

O cantor Hungria publicou um vídeo rebatendo a Secom. "Tá rolando fake news de que eu estava num evento político, não sei se a favor ou contra a meia-entrada. Meu dia foi totalmente corrido, sou homem para declarar tudo o que faço. Espero que vocês não acreditem em notícias falsas. Não sei do que se trata, não faço questão de saber. Não estive em evento nenhum, se alguém falar que eu tive, pede pra mandar foto, porque evento grande tem que ter foto", declarou.

Na lista apresentada inicialmente pelo governo, estavam presentes mais 30 artistas do sertanejo. Segundo a Folha de S. Paulo, a versão atualizada cortou 22 nomes, acrescentou quatro e terminou com 18.

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