Dizem que falo de amor, sem ter vivido
Que não conheço um abraço, um gemido
Também disseram que rio do nada e as flores são meu berço
Deixaram recado na minha porta dizendo que sou louca e só amo o desconhecido
Me chamaram de demente
Gargalharam dos meus poemas
Disseram serem tortos e que não escrevo nada
Disseram que meu olhar não fala e que minha boca mente, descaradamente
Riram de mim quando dancei na chuva... quando escalei o vento
Debocharam dos meus medos, vaiaram meus desejos
Pois é, disseram que minha cama não tem dono e meu quarto não tem paredes
Acusaram-me de leviana
Comentaram sobre minha roupa, meu corpo e cabelo
Ironizam do meu jeito de ver o mundo, de ouvir os pássaros, de subir na lua... rindo, nua
Jogaram meu nome na lama, cantando meus segredos
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