Democratas X O Pior Governo da História | Manual das Eleições #12

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QUINTA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2022

Lula e ex-candidatos a presidente. O apelo pelo voto útil, que ganha força nesta reta final, acendeu um alerta na campanha de Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert )

Da esquerda à direita

Em nome do combate ao extremismo de Bolsonaro, Lula agrega aliados e busca liquidar a fatura eleitoral em primeiro turno

por Alisson Matos

Faltando dez dias para o primeiro turno da eleição, o ex-presidente Lula conseguiu um feito que, ao longo dos últimos anos, parecia improvávelformou-se a tão desejada frente ampla em torno de uma nova candidatura sua à Presidência. Um movimento, guardadas as devidas proporções, comparável ao das Diretas Já na década de 1980.

O mais recente simpatizante a demonstrar apreço pela ideia é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, mesmo sem citar o petista, pediu voto 'em quem tem compromisso com o combate à pobreza'.

No texto, o tucano afirma que a melhor opção é alguém que 'defende direitos iguais para todos', 'se orgulha da diversidade cultural' e 'está empenhado na preservação de nosso patrimônio ambiental'.

FHC não está só. Até um dos autores do pedido que culminou na queda de Dilma Rousseff, Miguel Reale Júnior, constatou o óbvio: "É fundamental para a vida brasileira que se elimine o mais rapidamente possível os riscos que se corre com a candidatura do Bolsonaro".

O jurista também explicitou seu apoio ao petista. "Já votei no Lula contra o Collor, em 1989, em uma situação similar, e acho que estamos em um momento crucial de escolha", disse a CartaCapital. "É fundamental salvaguardar o País."

Também aderiram à campanha x-candidatos a presidente. Nos últimos dias, Luciana Genro, Marina Silva e Henrique Meirelles reforçaram o coro pela derrota de Jair Bolsonaro já no primeiro turno.

"Compomos aqui uma frente antifascista, essa é a verdade", afirmou Genro. "O projeto de Bolsonaro, apesar de não ter conseguido ser implementado na sua totalidade, é um projeto fascista."

Também engrossam o cordão figuras próximas de Ciro Gomes. É o caso da deputada Tabata Amaral, que defendeu liquidar a fatura da eleição antes do segundo turno. "Precisamos colocar a democracia em primeiro lugar e convencer o maior número de pessoas a votarem já no primeiro turno na única chapa que tem condições reais de derrotar Bolsonaro". 

O apelo pelo voto útil, que ganha força nesta reta final, acendeu o sinal de alerta na campanha de Bolsonaro. Passados o funeral da Rainha Elizabeth II e o discurso na ONU, o ex-capitão parece não ter mais capacidade de geral algum fato novo que reverta o cenário atual.

Outra vítima da frente ampla é o próprio Ciro, que corre o risco de ter o seu pior desempenho em uma disputa pela Presidência. Os recorrentes ataques ao PT não surtiram efeito eleitoral, mas foram úteis às campanhas de Bolsonaro e Moro

Caso seja confirmada a vitória de Lula no primeiro turno no dia 2 de outubro, Bolsonaro terá deixado o seu único legado: reunir os democratas contra o pior governo da história do País.

A eleição começou e as fábricas de fake news já funcionam a todo vapor. As ameaças são grandes – e o papel da boa imprensa, ainda mais importante. 

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