Numa creche pública

O sujeito narra com emoção:

Uma das crianças comentou com os amiguinhos: " Sucrilhos com Danone é uma delícia".

Todos sabiam o que era sucrilhos e o que era Danone.

Eventualmente na vida, experimentou algo semelhante de boa ou má qualidade. Até porque, em certas épocas do ano, é " de boa fé" compartilhar o que comem o ano inteiro. Desde que , os " miseráveis" não "disputem" a mesma prateleira no mesmo local.

Cada um no seu lugar. Afinal, caridade é diferente de justiça social.

A maioria das crianças, que acharam essa " junção" incrível e inviável, pediram para a "professora", " tia", o embutido de dia das crianças.

A " tia" comovida , perguntou para uma mãe se não poderia arcar com os "danones", ela sem pestenejar disse sim. O restante, daria um jeito com as outras mães.

As mães que se propuseram a ajudar, declinaram, não julgo o motivo.

A esposa do sujeito, exclamou que: ok, arcamos com tudo!

O sujeito, a esposa, a família, é abastada a este ponto? NÃO!

Mas era uma ação possível, na verdade , possível e necessária.

Pediram anonimato, especialmente para que o filho, não soubesse do feito.

Nesta mesma creche, o sujeito presenciou uma "mãe Boliviana", dividir um pão de queijo entre suas duas filhas, saiu em prantos.

A miséria está aí. E chegou ao ponto , por um curto período , de não estar presente no Brasil.

Bela atitude do sujeito e sua companheira, mas sem política comprometida, isso é história bonitinha para dar feliz natal.

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