Para a - imunda, corrupta, golpista e entreguista - mídia brasileira, a eleição não importa; é o PFL - Partido da Faria Lima - quem deve governar
Brasília viveu uma noite de chamas e depredação, a presidente do TSE encaminhou seu voto suspendendo o Orçamento Secreto – o que significa libera nada menos que dobrar a verba disponível para investimentos públicos em 2023, com mais cerca de R$ 20 bilhões – e a Folha escolhe disparar um editorial contra “O pior do PT”, onde diz que a mudança na Lei das Estatais foi feita “a fim de facilitar a nomeação de um companheiro de campanha eleitoral para o comando do BNDES”, no caso Aloysio Mercadante.
O Globo, na mesma toada, vai até além. acrescenta expressamente que o problema é o pensamento de Mercadante, não a sua qualificação para o cargo:
“Mercadante é péssima escolha para presidir o BNDES. Isso ficou evidente no discurso em que Lula anunciou seu nome. Ele disse que, sob Mercadante, economista de ideias desenvolvimentistas, o Brasil voltará a se industrializar. Também afirmou que acabaria com as privatizações. A primeira afirmação é uma quimera, a segunda um retrocesso absurdo.
Curioso que nada era absurdo quando se tratou de nomear um companheiro de “baladas” dos filhos presidenciais para o cargo.
Embora seja muito discutível que a lei, como é atualmente, vede a nomeação de Mercadante – como demonstra Leonardo Sakamoto, no UOL – e ainda mais questionável que participação em campanha eleitoral possa servir como impeditivo para que se assuma cargo público, convenhamos que o jornal deveria estar tratando do que é, de fato e não como suposição, ameaça à democracia a ao bom uso do dinheiro público.
No entanto, chega a ser triste olhar as capas dos três mais importantes jornais do país e ver o espaço que os nossos “campeões da moralidade” dão ao princípio do fim do mais escandaloso desvirtuamento do uso do parco dinheiro público do Brasil.
A decisão de Rosa Weber mal merece uns espacinhos nas primeiras páginas de O Globo, do Estadão e da própria Folha, assim como é mínimo o destaque dado ao anúncio de que Lula, assim que empossado, vai pegar sua malinha de mascate e viajar para a China e para os EUA para obter não apenas mercados para o Brasil mas para chamar ao país os investimentos capazes de retomar nossa economia.
Não importa que a maioria dos brasileiros, ao votar em Lula, não tenha sufragado uma linha privatizante de governo, não importa que o país precise, desesperadamente, que as suas forças vivas se unam para não deixar que o governo assim eleito seja refém de uma articulação fisiológica do Congresso que o maniete diante dos deveres que tem com a população. não importa que grupos fascistas marchem até contra a sede da Polícia Federal para agitações até para que o governo escolhido pelo povo assuma, no dia 1°.
Parece que o Brasil vive sob o império de um partido único na mídia: um novo PFL, desta vez, o Partido da Faria Lima, o que nunca tem votos, mas deve sempre governar.
“Quando um porco “toma” um castelo, o porco não vira rei.
ResponderExcluirÉ o castelo que se transforma em um chiqueiro”.