Um dia para comemorar?

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7 DE JUNHO DE 2023

Nesta quarta 7, o Brasil celebra o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. Não há, porém, motivos para comemorar. Embora a ferocidade do bolsonarismo no poder tenha se dissipado – ao menos por ora – a boa prática do ofício segue ameaçada.

Com a saída de Jair Bolsonaro e o retorno de Lula ao poder, o Brasil subiu dezoito posições no ranking mantido pela ONG Repórteres Sem Fronteiras. A expectativa é de retomada da normalidade nas relações entre o Estado e a imprensa. A realidade, contudo, impõe um prognóstico mais pessimista.

Desde o brutal assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira, há um ano, em meio a uma investigação sobre o avanço de invasores ilegais sobre o Vale do Javari, pouco mudou. Um relatório recente da RSF contabilizou, de lá pra cá, 62 casos de ataques contra jornalistas na Amazônia, incluindo ameaças de morte, atentados a sedes de veículos e decisões arbritrárias em processos judiciais. 

Esta realidade não se restringe à floresta. Em todos os cantos do Brasil, redações depauperadas resistem à pressão cada vez mais ostensiva do poder, onde quer que ele se manifeste. Da velha intimidação dos governos às ameaças físicas e virtuais de violência. Do lawfare que amordaça e sufoca economicamente à tirania das big tech, donas de uma fatia cada vez maior da atenção do leitor e do bolo da publicidade. Os desafios são múltiplos e cada vez mais complexos. 

Também nesta semana, marcam-se os 10 anos do início das jornadas de junho de 2013.

CartaCapital acompanhou atentamente esse fenômeno, do início dos protestos pela passagem à posterior captura do fervor das ruas pela extrema-direita – que, anos depois, descambaria na injusta derrubada de um governo democrático e na prisão, por quase dois anos, do maior líder popular deste País. 

Essa história, só agora, começa a ser passada a limpo. Os fatos se acumulam e confirmam a posição histórica solitária de CartaCapital, sempre firme na defesa dos princípios democráticos e de um Brasil soberano e livre das desigualdades.  

Liberdade de imprensa é também a liberdade de nadar contra a corrente. De estimular o pensamento crítico. De se erguer contra a apatia de ideias que é marca da imprensa corporativa brasileira. Há quase trinta anos, CartaCapital resiste e cumpre bravamente este papel.

Esperamos honrar, por mais e mais décadas, os ensinamentos do mestre Mino Carta, respeitando sempre a verdade factual e a sua inteligência.

O futuro do bom jornalismo, porém, depende cada vez mais do apoio direto e entusiasmado de leitores como você. Se você acredita nesta missão, considere contribuir, da forma que puder, para que CartaCapital siga lutando por um Brasil verdadeiramente justo e democrático.

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Um comentário:

  1. Dia Nacional da Liberdade de Imprensa!!!!!!!! KKKKKKKKKKKKKKK

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