Mostrando postagens com marcador Brasil. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Brasil. Mostrar todas as postagens

Brasil ocupa 3ª posição em ranking para investimentos estrangeiros entre 2010 e 2012

O Brasil superou os Estados Unidos é ocupa agora o terceiro lugar em um ranking de países prioritários para investimentos estrangeiros no período entre 2010 e 2012, segundo um levantamento anual divulgado pela Unctad - agência das Nações Unidas para o comércio e o desenvolvimento -.
O Brasil pulou do 4º lugar, no ano passado, para o 3º lugar no ranking.
A China se manteve no topo, seguida pela Índia, que passou da 3ª para a 2ª posição.
No ano passado, quando subiu de 5º para 4º lugar, o Brasil já havia ultrapassado a Rússia.
Impacto da crise
A pesquisa anual da Unctad, realizada desde 1995, ouviu 236 companhias transnacionais e 116 agências de promoção de investimentos para perguntar sobre suas perspectivas em relação aos investimentos entre 2010 e 2012.
Os dados mostram que o impacto da crise econômica global foi maior sobre os investimentos programados para os países desenvolvidos do que para os países em desenvolvimento.
Nove dos 15 países apontados no ranking dos destinos prioritários dos investimentos nos próximos anos são nações em desenvolvimento. Os países do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China, os grandes países em desenvolvimento) ocupam quatro dos cinco primeiros lugares do ranking.
A China, que era apontada no ano passado como destino prioritário por 98 entrevistados no ano passado, foi citada por 107 neste ano. O número de citações da Índia aumentou no mesmo período de 59 para 72.
O Brasil pulou de 44 citações como destino prioritário em 2009 para 70 neste ano, enquanto a Rússia manteve o mesmo número de um ano para outro – 36.
No mesmo período, as citações aos Estados Unidos caíram de 81 para 69, as da Grã-Bretanha caíram de 31 para 27 e da Alemanha de 28 para 24.
Apesar disso, os países desenvolvidos ainda deverão ser a principal origem esperada dos investimentos no período entre 2010 e 2012.
Segundo o levantamento, as principais origens dos investimentos no período deverão ser os Estados Unidos, seguidos de China, Alemanha, Grã-Bretanha e França.
Otimismo
A maioria das companhias e agências ouvidas no levantamento se disse otimista em relação à recuperação mundial e ao crescimento dos investimentos no período – 58% disseram esperar um crescimento nos investimentos até 2012 em relação ao nível de 2009.
Questionados sobre o nível de pessimismo ou otimismo em relação ao ambiente para investimentos, apenas 13% dos entrevistados se disseram otimistas para 2010, mas 47% se disseram otimistas para 2011 e 62% para 2012.
Apenas 4% dos entrevistados se disseram pessimistas para 2012. Para 2010, 36% se disseram pessimistas. No ano passado, 47% dos entrevistados se diziam pessimistas com o ambiente para investimentos em 2010.
A Unctad estima que o montante de investimentos externos diretos deve chegar a US$ 1,2 trilhão neste ano, a entre US$ 1,3 trilhão e US$ 1,5 trilhão no ano que vem e de US$ 1,6 trilhão a US$ 2 trilhões em 2012.

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Itamaraty esclarece pedido de asilo para a iraniana SAKINEH ASHTIANTI

O Ministério das Relações Exteriores divulgou hoje (13), nota esclarecendo as informações sobre o pedido feito ao Irã de asilo político para a iraniana Sakineh Ashtianti, condenada à morte por adultério. Segundo a nota, o embaixador do Brasil em Teerã, Antonio Salgado, reuniu-se, em 4 de agosto, com o vice-ministro interino para as Américas do Ministério das Relações Exteriores do Irã para transmitir oficialmente o apelo em relação a Sakineh. Na visita também foi tratada oficialmente a oferta do presidente Lula de receber a iraniana no Brasil. 

“O Itamaraty considera que a gestão realizada pelo Embaixador do Brasil em Teerã constitui, do ponto de vista diplomático, formalização da oferta”. 

A resposta foi devido à afirmação do embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, de que nenhuma oferta formal de asilo político foi feita pelo governo brasileiro em relação ao caso de Sakineh.
L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Dívida externa é convertida para investimento em biomas brasileiros

A conservação da biodiversidade é essencial para um novo modelo de economia, baseada em segurança energética, alimentar e climática, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro desta quinta-feira (12/8). Ela aproveitou para anunciar a assinatura do primeiro lote de conversão da dívida externa para criação do fundo da Mata Atlântica e dos biomas brasileiros.
Estamos assinando hoje a primeira iniciativa com o governo americano de conversão da dívida brasileira. O Brasil tem uma divida externa com os Estados Unidos, que vem pagando regularmente, e um mecanismo possibilitou que nós pudéssemos converter esta dívida para projetos ambientais no Brasil. São recursos da ordem de US$ 21 milhões.

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

O Brasil, o Pig e a bicicleta ergométrica

    Tempos atrás, Luis Fernando Veríssimo especulou sobre o que pensariam alienígenas que chegassem à Terra após uma hecatombe nuclear e só encontrassem, como vestígio da civilização anterior, uma bicicleta ergométrica. Quebrariam a cabeça tentando interpretar o mundo e a vida através daquele aparato com pedais que não levava a lugar algum. A metáfora pode ser transportada para o Brasil de 2010.
      Aqui, um passar de olhos pelos grandes jornais, cadeias de rádio e TV fotografa um país imerso em escândalos que pipocam como catapora e haverão de nos tragar a todos para o mais profundo dos abismos; um Estado que torra dinheiro público pilotado por um presidente rude, simplório e analfabeto, um amigo de ditadores que nos faz passar vergonha, não sabe o seu lugar e nos deslustra além-fronteiras.
      Neste país, ler os diários é um convite ao lexotan e um perigo para a saúde dos dentes, cujo rilhar nos remete ao bruxismo. Os escândalos ou subescândalos saltam já embalados de uma linha de montagem fordista: Gamecorp, dólares de Cuba, aloprados, tapiocagate, Farc, Lina Vieira, grampo no STF, estado policial, dossiê da Casa Civil, CPI do MST, compra de aviões, Petrobrás, neoaloprados etc e adquirem uma dimensão, independentemente da sua gravidade ou não, extraordinária.          
      Mas são produtos perecíveis, efêmeros na era da descartabilidade. É de sua natureza. Os mais taludos rodam uma, duas, talvez três semanas, cumprem o percurso tradicional Veja-Folha-Globo-Estadão-Rede Globo, perdem as asas e se esvaem na sua irrelevância. Veio aquele da menina Mantega – que, ao menos, teve o dom de nos iluminar os olhos por alguns instantes – para infelizmente esmaecer e murchar em um par de dias. O mais recente atende por “dossiê da Previ”. Terá seus 15 minutos de ribalta antes de ser remetido ao limbo. Logo mais um virá substituí-lo.
       Porém, há outro país ausente da mídia. Nele há progresso no campo e na cidade, perceptível nas conversas, nas estatísticas oficiais ou não, no ritmo da economia, nos levantamentos sobre produção, vendas, emprego, safras, salários, crédito, matrículas e no retorno das políticas sociais. E seu presidente rude, simplório e analfabeto ostenta maior popularidade do que qualquer outro cidadão que já sentou na cadeira que ele ora aquece. Uma popularidade confirmada em todo o mundo, forjada através de sua capacidade de diálogo e de seu carisma e de uma diplomacia sem genuflexão e com um protagonismo planetário inédito em cinco séculos.
      O primeiro dos dois países é um apocalipse mental. Conforta os 5% da população que querem ser confortados por esta ficção de horror. Resulta da amargura da mídia hegemônica da qual emana uma contrariedade que, não raro, azeda em claro rancor. É a opinião publicada que transborda dos editoriais, assalta as manchetes e infecciona o noticiário.
      Uma característica marcante da opinião publicada é lixar-se para a opinião pública. Esta, que habita o segundo país, ultimamente tem dado o troco: passou a lixar-se para a opinião publicada. E boa parte da opinião pública começa a olhar enviesado para a opinião publicada. Percebe-a como uma geringonça bizarra, deslocada no tempo e no espaço, tão útil para quem deseja se movimentar, andar para a frente e para o futuro, como uma bicicleta ergométrica.
AYRTON CENTENO

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Hugo Chávez lamenta fim de governo Lula, mas acredita em vitória de Dilma

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse nesta sexta-feira que "lamenta" o fim do mandato de seu colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, mas disse acreditar na vitória da candidata Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de outubro.
"Lamento que você esteja deixando a Presidência, apesar de saber que será substituído pela pessoa que queremos", disse Chávez a Lula em alusão a Dilma.
Durante uma visita ao Brasil em abril, Chávez já tinha expressado sua preferência por Dilma.
Segundo a pesquisa CNT/Census divulgada na quinta-feira, Dilma aparece com 41,6% das intenções de voto, contra 31,6% de José Serra.
Lula chegou nesta sexta-feira a Caracas para analisar temas de cooperação bilateral e tratar com Chávez da crise entre Venezuela e Colômbia, duas semanas depois da ruptura das relações diplomáticas entre os dois países.
Venezuela e Brasil mantêm ativas suas relações bilaterais e de cooperação em setores como energia, petróleo, alimentos e infraestrutura, entre outras áreas.

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Brasil - Bem na foto

Celso Ming

celso.ming@grupoestado.com.br
Já passamos da metade do ano e, do ponto de vista da economia, dá para dizer que o Brasil vai bem, melhor do que esperava há seis meses e ainda melhor do que tantos outros países por aí.
O ano vai contabilizando um crescimento econômico (avanço do PIB) superior a 7%, com uma boa distribuição entre os setores. Desta vez, não é só a agricultura e a mineração que estão dando conta do recado. A indústria não tem do que se queixar, avança quase 12%; a construção civil menos ainda porque sobra financiamento e o restante do setor de serviços mostra boa saúde (veja tabela).
Não passa um dia sem que algum jornal importante do exterior não publique matéria em que dá conta de que alguns países emergentes, entre eles o Brasil, vão tendo, em 2010, um excelente desempenho. Enquanto isso, os países ricos amargam ou uma recessão ou um crescimento pífio, com um momento ruim para a criação de empregos. Nos Estados Unidos, 9,7% dos trabalhadores estão desempregados; na área do euro são 10,1%, enquanto no Brasil são 7,5%.
Não dá para esconder que esse salto no crescimento econômico vem queimando algum óleo a ponto de elevar o risco de prejudicar o motor. São dois os problemas. O primeiro deles é a falta de sustentação desse ritmo. A margem de ociosidade das máquinas está se estreitando, advertindo que, apesar dos melhores resultados deste ano, falta investimento.
O segundo problema é que esse desempenho não é totalmente “natural”. Ele se baseia no crescimento excessivo do consumo das famílias (de 12% ao ano), que, por sua vez, tem a ver com o forte aumento das despesas públicas, de 19,3% no primeiro trimestre deste ano, que é parte importante do governo neste período eleitoral.
E, quando cresce acima da capacidade de oferta da economia, o consumo desemboca no que todos já sabem: na inflação. Para 2010, a meta é de 4,5% e, no entanto, as projeções para este ano são de uma inflação de 5,6%, mais de um ponto porcentual acima do estipulado.
Se quiser conservar a iniciativa neste período de final de mandato, o governo terá forçosamente de agir para desacelerar a atividade econômica. O Banco Central já vem atuando com a calibragem da política monetária (alta dos juros). Mas, desta vez, vai ser preciso ir mais longe. A política fiscal poderá trabalhar já não mais para ganhar as eleições, mas para realinhar as despesas públicas às novas exigências da política econômica. Hoje não há nenhuma indicação sobre quando e em que proporção isso será feito.
Outra área em que o governo federal poderá atuar é no crédito, que está crescendo uma enormidade, nada menos que 18% ao ano. O segmento dos financiamentos para pessoas físicas vem se expandindo a 33%. O Banco Central começou o processo de aumento dos recolhimentos compulsórios por parte dos bancos. Não é um fator que vai inverter o processo, mas não deixa de ser a emissão de um sinal.
Em suma, para um final de mandato, a economia do Brasil continua bem na foto, embora imperiosamente necessitada de ajustes. Se eles não forem feitos, o risco de que a casa se desorganize aumenta muito.

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

A reinvenção de uma nação

No Huffington Post, “Os países mais felizes do mundo”. Megapesquisa Gallup com 136 mil pessoas de 132 países, publicada pelo “Journal of Personality and Social Psychology”, ouviu dos nórdicos as notas mais altas para “suas vidas” (7,7). Os EUA surgem em 12º lugar (7,2). O Brasil, em 14º, com 7.
Jornais e televisões americanos, do “Washington Post” à ABC, destacaram que o levantamento prova que “dinheiro pode comprar felicidade ou pelo menos uma forma de felicidade: a satisfação com a vida”. O coordenador do estudodeclara que, “sim, o dinheiro traz felicidade” -e que “a forte relação entre renda e felicidade é observada ao redor do mundo”.

Ainda melhor Na terça, o “Financial Times” deu seu quarto caderno sobre o país em um ano, “The New Brazil”, sobre pré-sal, Olimpíada etc. Na capa do jornal, “Lula, petróleo e esporte: a reinvenção de uma nação”. Nos dias seguintes, textos como “PIB do Brasil pode ficar ainda melhor?” e “Apostando no Brasil”. E, no sábado, “Pearson cerca Anglo no Brasil”, com a notícia de que a empresa que publica o próprio “FT” quer comprar o grupo educacional.
Inveja No “New York Times”, “Economias na América Latina correm à frente”. Abrindo o texto, “enquanto EUA e Europa se lamentam pelo alto deficit, a região surpreende” e traz “inveja aos parceiros do norte”.
Ressalta que “o Brasil, a potência regional em ascensão, comanda a recuperação”. E ouve de David Rothkopf, da “Foreign Policy”, que o país “encarna o crescimento das potências emergentes, um dos maiores temas do novo século”.
PETROBRAS LÁ
No site de estratégia Stratfor, Lula e o presidente da Petrobras
Nas manchetes de Folha.com e UOL, ontem, “Petrobras estudará prospecção em Cabo Verde, afirma Lula”. O primeiro-ministro do país “demonstrou entusiasmo com a exploração em águas ultraprofundas”. Na BBC, chamou Lula de “defensor da África”.
No site Stratfor, “Angola e Brasil: uma linha de crédito e uma mão”, sobre o financiamento de US$ 1 bilhão anunciado na visita do presidente angolano a Lula -com o fortalecimento da presença da Petrobras nos “depósitos de petróleo da plataforma angolana”.
L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Livro - Brasil a construção retomada

O senador e candidato ao governo paulista pelo PT, Aloizio Mercadante lança hoje pela Editora Terceiro Nome, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, o seu novo livro:  
L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Diplomacia - sabotadores da política externa independente estão no país

por Mauro Santayana
Em entrevista ao Jornal do Brasil, o chanceler Celso Amorim atribuiu os ataques que a diplomacia de Lula recebe de alguns ex-embaixadores – todos eles vinculados ao governo de Fernando Henrique – à dificuldade de as pessoas se adaptarem aos tempos novos. É realmente o que está ocorrendo, não só com relação à diplomacia, mas a toda a sociedade atual, tanto no Brasil quanto em todos os países do globo. O mundo mudou, para melhor e para pior. Trotsky pregava a necessidade de uma “revolução permanente”, sem perceber que a História é, em si mesma, uma revolução sem fim, com seus momentos de avanço e de recuo, como ocorre no interior de cada período revolucionário visto isoladamente.
Comecemos pelo problema maior do século passado, que permanece: o artificial Estado de Israel. Foram as melhores as intenções dos países aliados ao criar aquele “lar nacional” para os judeus, depois do Holocausto. O Brasil tomou parte ativa nisso, coube a Oswaldo Aranha presidir a Segunda Assembleia Geral da ONU que aprovou a resolução. Poucos se recordam, no entanto, que, ao longo destes 62 anos, Israel, com o apoio dos Estados Unidos e da Inglaterra, jamais cumpriu o mandamento de respeitar a criação de um Estado palestino no mesmo território.

O que está em jogo nestas eleições

Os verdadeiros objetivos são mascarados

Quem se der ao trabalho de ler as sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CS-ONU) verá que ele enfraquece a economia iraniana e sua capacidade de defesa, ou seja, elas têm o único propósito de   alcançar os reais objetivos de Israel e dos EUA. Nada mais.

Tanto que na resolução aprovada não há nenhuma menção sobre a alternativa incluída no acordo patrocinado pelo Brasil e pela Turquia, e assinado pelo Irã, colocando o controle do enriquecimento de urânio por este país sob controle internacional.

Isso nos leva à outra questão de fundo além dessa tentativa de tolher o Irã: a de que as atuais potências globais querem congelar o status quo pós Guerra Fria, não permitindo, em hipótese alguma, o surgimento de novas nações no centro de decisão do mundo. Não tenhamos nenhuma ilusão.

Essa tentativa fica tão evidente neste episódio, que o alvo das sanções inclui não apenas o poder militar ou nuclear, defensivo ou ofensivo, mas sobretudo o poder econômico e político do Irã.

Daí essa recusa absoluta das Nações Unidas, de seu Conselho de Segurança e do sistema econômico multilateral controlado pelos EUA via OMC, FMI e Banco Mundial de permitirem, de todas as formas, que o Irã desenvolva um programa nuclear com fins pacíficos de poduzir energia, pesquisas científicas e avanços, por exemplo, na área da medicina.

O recado é claro: nações emergentes como o Brasil terão que lutar sim para ter um lugar ao Sol dentro do centro de decisão mundial. Para isso precisamos desenvolver tecnologia e apostar na Educação de nossos povos, sem o que, será impossível ter um papel de peso no mundo do século XXI.

Assim se desmoralizam as Nações Unidas

Por Emir Sader
A ONU aprovou sanções contra o Irã, depois de deixar impune todos os atos de agressão militar dos EUA, cujo arsenal de guerra não deixa de crescer. O que esperar de uma instituição assim, controlada pelas potências que protagonizaram as grandes guerras e seguem com seu papel imperialista, contra a grande maioria dos países do mundo?
Leia na íntegra >>

Brasil e Turquia tiram máscara da ONU

Voto contra sanções ao Irã expõe falência do Conselho de Segurança sob controle dos EUA

A decisão do Conselho de Segurança da ONU, que impôs novas sanções contra o Irã por 11 votos a 2, foi encarada pelo governo brasileiro como uma "vitória de Pirro" dos EUA e expôs o fracasso do organismo internacional como um fórum imune aos interesses hegemônicos. 



A vitória da pressão americana já era esperada por Brasil e Turquia, os únicos a votarem a favor do acordo com o país persa, que fora incentivado antes da assinatura em Teerã pelo próprio presidente Barack Obama. 


O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, acusou: "O Brasil pode ser independente por não dever ao FMI”. Ele lamentou os prejuízos ao promissor comércio bilateral com Teerã. 

Brasil retoma círculo virtuoso de crescimento,

CEARÁ SEGUE TENDÊNCIA
Mais empregos, vendas aquecidas e planos de investimentos fazem a economia girar e ampliam expectativas
No primeiro quadrimestre deste ano, o Brasil bateu recorde na geração de empregos, o consumidor foi às compras, engordando o faturamento do varejo, e a indústria assistiu a sua carteira de pedidos crescer, revertendo-se no aumento da produção. Produzindo mais, novos investimentos virão, com eles, mais contratações. O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Luppi, aposta alto: em 2010, são estimados 2,5 milhões de novos postos de trabalho no País. Número que contagia o mercado, que já projeta um ano com grande potencial de crescimento econômico para o Brasil.

Com o pé no acelerador, os mais otimistas vislumbram taxas próximas a 7%. Mais empregos, vendas aquecidas e planos de investimentos, que fazem a economia girar, estão na pauta do setor produtivo, ratificados pelo sinais microeconômicos positivos dos primeiros meses de 2010. Desenha-se, assim, um novo círculo virtuoso de crescimento para o País. Continua>>>

Lula - Brasil não negocia de cabeça baixa

Ministro não troca pressão por vaga no Conselho de Segurança 

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, acha “infantil” a ideia de estremecimento entre Brasil e EUA por causa do Irã. Mas deixa clara a irritação com a ação americana contra o acordo de Teerã. 


“Eles têm o poder de veto, mas não podem violentar a nossa consciência”, afirmou o ministro, para quem a subserviência em troca de um assento no Conselho de Segurança da ONU é inaceitável. 


O presidente Lula também reagiu à secretária Hillary Clinton: para ele, armas nucleares é que deixam o mundo inseguro.

Lula reclama negociações para a paz e critica países ricos

O presidente Lula abriu ontem o 3º Fórum Mundial de Aliança de Civilizações, promovido pela ONU, criticando o comportamento dos países desenvolvidos durante e após a crise financeira internacional que eclodiu em 2008.
    “Incapazes de assumir seus próprios erros, alguns governantes buscam transferir o ônus da crise para os mais fracos. Adotam medidas protecionistas que oneram bens e serviços e, ao mesmo tempo, se mostram lenientes com os paraísos fiscais e responsabilizam imigrantes pela crise social”, afirmou o presidente.
     Lula também defendeu a busca de uma solução negociada para a crise nuclear iraniana e afirmou que o Brasil manterá seus esforços pela paz no Oriente Médio.
    “O mundo precisa de um Oriente Médio em paz. O Brasil não está alheio a essa necessidade. Defendemos um planeta livre de armas e o cumprimento do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares”.
    Aos representantes de 104 países presentes ao Fórum, no Rio, Lula lembrou a recente visita ao Irã, onde mediou um acordo de troca de combustível nuclear com Teerã, junto com o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. O acordo não impediu que potências ocidentais, que suspeitam que o Irã busca armas atômicas, seguissem pressionando por novas sanções ao país. Lula considerou os arsenais nucleares “obsoletos e de um tempo já superado” e disse que o Brasil “é um dos poucos países que consagram o desarmamento em sua Constituição”.

EXEMPLO E SENSIBILIDADE
   O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também lembrou a reunião com Lula em Teerã e falou de paz entre as culturas, tema desse 3º Fórum de Aliança de Civilizações. Para Erdogan, os países que criticam as armas nucleares devem seguir o exemplo da Turquia e do Brasil – que não tem arsenal nuclear – e eliminar as armas de seus próprios países.
    “Nos reunimos em Teerã para conseguir a paz mundial. Não conseguiremos isso com a proliferação de armas nucleares”, afirmou o primeiro-ministro.
    Erdogan foi aplaudido ao dizer que “Islã e terrorismo são palavras opostas e não caracterizam a essência do povo islâmico”.  Para ele, a história da humanidade não pode ser lida como sucessões de guerras e paz, mas como troca de ideias a partir da riqueza da interação entre as diferentes culturas. O primeiro-ministro da Turquia defendeu a sensibilidade como fator de principal para a paz.
    “É errado ignorar a sensibilidade dos outros. Choramos pelas crianças que estão no meio dos conflitos do Afeganistão e do Iraque, assim como pelas crianças que perderam suas famílias no terremoto do Chile. Choramos pelas vítimas das torres gêmeas em Nova Iorque, assim como pelas vítimas dos metrôs de Londres, Istambul e Madri e também ouvimos as vozes que estão na região de Gaza”, disse ele.
    O 3º Fórum Mundial de Aliança de Civilizações pretende mobilizar a opinião pública em favor da superação de preconceitos e percepções equivocadas que, muitas vezes, levam a conflitos entre Estados e comunidades heterogêneas.