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Porto Rico, uma colônia dos EUA; gringos queriam o mesmo para Cuba

Em discussão há 30 anos, Nações Unidas não avança no processo de descolonização



O Comitê de Descolonização das Nações Unidas (ONU) retomou, nessa segunda-feira (20), o debate sobre a situação de Porto Rico. O Comitê debate anualmente a questão, há pelo menos três décadas, sem que se resolva o pleito dos que querem o fim da centenária relação de dependência dessa ilha com os Estados Unidos (EUA). Diante desse quadro, a Frente Socialista de Porto Rico denuncia a inação do Comitê e o acusa de cumplicidade com os EUA.


A Frente pede que a questão seja discutida no âmbito do Pleno da Assembleia Geral das Nações Unidas. “Seguir postergando essa discussão e intervenção internacional é converter-se em cúmplice de um sistema que continua em seu plano de aniquilar uma nacionalidade com o intuito de manter um enclave econômico-militar no Caribe”, afirma o Comunicado de Imprensa da Frente Socialista.


Este ano, o debate no Comitê está sendo realizado aproximadamente uma semana depois da visita de Barack Obama, presidente dos EUA, a Porto Rico. Durante a visita, o tema veio à tona pelos protestos de movimentos sociais. Eles reivindicaram independência e liberdade para presos políticos que lutam pela descolonização da ilha.
A visita foi a primeira de Obama, após 50 anos da ida de John F. Kennedy. Barack Obama, que estaria fazendo campanha para sua reeleição em 2012, prometeu realizar plebiscito sobre o tema. Os movimentos rechaçam e duvidam de tal postura, já que sequer podem manifestar livremente suas opiniões atualmente, diante da repressão aos independentistas. Oscar López Rivera, por exemplo, é o preso político mais antigo do hemisfério, detido há quase três décadas.


Nesse sentido, o comunicado da Frente Socialista de Porto Rico denunciou também “a criação de um grupo especial do FBI [Departamento Federal de Investigações] para perseguir e deter os lutadores políticos, classificando-os em uma nova categoria de terroristas domésticos, a qual permite às agências repressivas federais dos Estados Unidos violarem nossos direitos e utilizar todos os recursos para perseguir os independentistas”.
O Comitê discute um projeto de resolução, apresentado por Bolívia, Equador, Nicarágua e Venezuela. O projeto enfatiza a urgência de que o governo estadunidense assuma sua responsabilidade de propiciar um processo que permita aos porto-riquenhos exercer seu direito inalienável à autodeterminação. Tal ação de solidariedade desses países é recebida com apreço pelos membros da Frente.
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Em diário inédito, Che narra seus combates em Cuba

Foi lançado em Cuba, hoje, pela editora mexicana Ocean Sur, um diário inédito, onde o próprio Che Guevara narra os fatos desde a chegada dos rebeldes no  iate Granma, em 2 de dezembro de 1956, a Cuba até a tomada da cidade de Santa Clara, em dezembro de 1958, batalha comandada por ele e  que fez com que o regime de Fulgêncio Batista desmoronasse.
“Diario de um combatente” foi lançado, segundo a agência France-Presse, num ato comemorativo do 83º aniversário de nascimento do Che, do qual participaram sua viúva, Aleida March, e sua filha Aleida Guevara.
O Che “nos faz falta em Cuba, com sua capacidade de trabalho, de planejar, de convencer as pessoas. Lembramos que, em três anos, inaugurou mais de 30 fábricas e projetava outras 30″, disse Oscar Fernández Mell, quem o acompanhou como médico e guerrilheiro durante toda a campanha em Cuba e no Congo (1965).
Fernández Mell, de 80 anos, recordou que a época em que Che foi presidente do Banco Nacional – nos primeiros cinco anos da revolução – foi a “mais frutífera e gloriosa” da instituição.
A pesquisadora María del Carmen Ariet explicou que Guevara foi um forte crítico dos países do bloco soviético, conforme o refletido no livro “Apuntes Críticos a la economía política”, publicado em 2006.”
por Brizola Neto

Guantánamo

[...] uma das maiores derrotas de presidente Barak Obama

ublicado em 25-Abr-2011
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Barack Obama
Enquanto a imprensa internacional repercute o escândalo divulgado pelo Wikileaks, dos prisioneiros ilegais mantidos em Guantánamo (uma baía de Cuba ocupada desde 1903 pelos EUA) pelo governo dos Estados Unidos, numa violação inédita e permanente dos direitos humanos mais elementares, no Afeganistão quase 500 presos, a maioria vinculada aos Talibãs, fogem de uma prisão em Kandahar.

O que os EUA fazem em Guantánamo lembra os regimes fascistas. Está aí uma prova da ineficácia da política norte-americana que viola permanentemente as leis e tratados internacionais e a sua própria legislação penal.

A manutenção da situação em Guantánamo, para o presidente Barack Obama, é uma de suas piores derrotas. Embora durante a sua campanha eleitoral (2008) acenasse com a possibilidade de desativar a prisão, já se passou mais da metade de seu mandato e ele até já se lançou candidato à reeleição (2012).

Uma vergonha mundial


O presidente Barack Obama não foi capaz, no entanto, de cumprir seu compromisso de campanha e fechar a prisão, um símbolo da violação dos direitos humanos pelos EUA e uma vergonha mundial.

O Wikileaks publica, agora, a ficha de mais de 700 presos e gráficos da prisão - aliás, um segredo de polichinelo. Uma vergonha, repito, e uma desmoralização de todo o discurso pró-direitos humanos dos EUA. Tudo uma farsa.

Como, aliás, é a intervenção na Líbia e o silêncio sobre a Síria, onde o povo é metralhado todos os dias e barbaramente assassinado por pistoleiros do regime, desde que há mais de um mês a onda de rebeliões nos países arábes chegou a Damasco.

Guantánamo

[...] a vergonha desumana

É frequente vermos acusações sobre a violação de direitos humanos em Cuba. E, hoje, os principais jornais do mundo trazem descrições minuciosas sobre elas. Mas não na Cuba castrista, mas no pedaço de Cuba que é ilegalmente controlado pelos Estados Unidos: Guantánamo.
“Guantanamo criou um sistema policial e penal, sem qualquer garantia, que só se preocupa com dois temas: quanta informação é obtida a partir de prisioneiros, embora eles sejam inocentes, e se poderiam ser perigosos no futuro. ” , diz o El País. “Idosos com demência, jovens, pacientes psiquiátricos graves e professores ou agricultores sem conexão com a Jihad ( guerra santa, em árabe)foram levados para a cadeia e misturados com verdadeiros terroristas, como os responsáveis 11 de setembro.
El País teve acesso -  juntamente com outros meios de comunicação internacionais – e através da Wikileaks, aos registros secretos militares de 759 dos 779 prisioneiros que passaram na prisão, dos quais aproximadamente 170 continuam detidos.  A revelação dos segredos de Guantanamo, transformada em prisão por George W. Bush em 2002, à margem das leis nacionais e internacionais, vem em um momento ruim para o presidente Barack Obama. Fechar a prisão foi a sua primeira promessa depois de tomar posse em janeiro de 2009. O anúncio, um mês atrás, que iria retomar os julgamentos da comissão militar foi o reconhecimento de seu fracasso.
Os relatórios, datados entre 2002 e 2009, que na maioria dos casos são destinados a recomendar se o preso deva permanecer na prisão, ser libertados ou transferidos para outro país, documentado pela primeira vez como os EUA no valor de cada internamente eo que sabia deles. Revelam um sistema baseado em acusações de outros detentos, sem regras claras, baseadas na desconfiança e conjecturas, que não necessita de provas: 143 pessoas ficaram presas mais de nove anos sem acusação formal.
Entre os presos, estavam um velho de 89 anos com demência e depressão, um pai que fui à procura de seu filho entre os  talebans, um comerciante que viajava sem documentos, um homem que estava pedindo carona para comprar remédios. Pelo menos 150 dos presos em Guantánamo eram afegãos e paquistaneses inocentes, incluindo motoristas, agricultores e cozinheiros, que foram detidos durante operações de inteligência em zonas de guerra.
Muitas vezes, o único crime de que as autoridades os culpam é de o de ter um primo, amigo ou irmão relacionadas com a Jihad, ou viver em uma cidade onde haja guerrilheiros, ou andar em  vias de circulação utilizadas por terroristas e portanto, conhecê-los bem.
A reação da Casa Branca foi lamentar que o El País, o The New York Times e o Washington Post tenham publicado dos documentos divulgados “de forma ilegal” pelo Wikileaks.
Não se pode deixar de reconhecer que o Governo americano, responsável pelo campo de concentração, entende bem o que é “de forma ilegal”.

Cuban citizen

The streets of Havana seem the same after years of absence. The Malecon, the waterfront promenade that is the postcard of the city, still full of tourists and "riders" trying to pull them a few bucks.Across the bay, intense dark green sea, there is the strong, just like I remembered.
But this time, something changed. No, there were shouts and oudoors pro-revolution spread across the island, which was communist dream of my father, though we had died without knowing it. They are still there.
We also have not changed the great houses dark and careless, full of colorful clothes hanging on their walls. I can still see the Catholic Cathedral, built in the middle of old Havana, a symbol of religious people as syncretistic as ours.
Remain the laughter and shouting, the loud and sung so typical of the Cubans who makes every conversation an opinion thread, inspiring the poet José Agustín Tamargo to say: "I am not a citizen, I am a passion that goes."
Pensive way through the narrow streets on Capitol Hill that will give (exact reproduction of Washington) to find out what bothers me.Suddenly, I find what has changed. I'm no longer a tourist. I can no longer stay in hotels myself, ride a taxi, lunch and dinner every day in restaurants and buy expensive excursions in resorts of Varadero, one of the major beach towns where Cubans are not allowed.
The reality that affects the Cubans and noticed that out as a tourist, limitations and contradictions, it is now mine. For at least a year, I am a Cuban citizen, with rights and duties. I'm no longer a spectator, I am the protagonist. Cuba is my country, my city Havana.
Leave behind the chaos of the metropolis, known as the city that never sleeps, the few old cars in Havana, who stopped in time. I changed a frenetic lifestyle on the other where there is no hurry. An apartment in Sao Paulo for a house on the bay. The country's future by the Isle of Fidel.
Face the reality that I have to go with ease, knowing what awaits me. My view of the city of Havana is now another. I am no longer gringa, going forward, I am a "habanera".

Habanera

Cidadã cubana

As ruas de Havana parecem as mesmas após os anos de ausência. O Malecón, avenida beira-mar que é o cartão postal da cidade, continua repleto de turistas e "gineteras" tentando arrancar-lhes uns trocados. Do outro lado da baía, de mar verde-escuro intenso, lá está o forte, tal e qual me lembrava.

Mas dessa vez, algo mudou. Não, não foram os oudoors e mensagens pró-revolução espalhados por toda a ilha, que já foi sonho comunista do meu pai, embora tivesso morrido sem conhecê-la. Eles estão lá, intactos.
Também não mudaram os grandes sobrados sombrios e descuidados, repletos de roupas coloridas penduradas em suas fachadas. Ainda posso ver a catedral católica, erguida no meio de Havana velha, símbolo religioso de um povo tão sincretista como o nosso.
Permanecem os risos, as gritarias, a voz alta e cantada tão típica dos cubanos que faz qualquer conversa parecer uma discussão, inspirando o poeta Agustín Tamargo a dizer: "Não sou um cidadão, sou uma paixão que caminha".
Pensativa, caminho pelas ruas estreitas que vão dar no Capitólio (reprodução exata do de Washington) até descobrir o que me incomoda. Subitamente, descubro o que mudou. Não sou mais turista. Não posso mais hospedar-me em hotéis, andar de táxi, almoçar e jantar em restaurantes todos os dias e comprar passeios caros em resorts de Varadero, uma das principais cidades de praia onde não são permitidos cubanos.
A realidade que afeta os cubanos e que observei de fora como turista, de limitações e contradições, agora é a minha. Durante pelo menos um ano, sou cidadã cubana, com direitos e deveres. Não sou mais espectadora, sou protagonista. Cuba é o meu país, Havana minha cidade.
Deixei para trás o caos da metrópole paulistana, conhecida como a cidade que não pára, pelos poucos carros antigos de Havana, que parou no tempo. Troquei um estilo de vida frenético por outro onde não se tem pressa nenhuma. Um apartamento na Paulista por uma casa na baía. O País do futuro pela Ilha de Fidel.
Encaro a realidade que tenho pela frente com tranquilidade, sabendo o que me espera. Meu olhar sobre a cidade de Havana agora é outro. Não sou mais gringa, daqui para a frente, sou uma "habanera".

Cuba

Fidel Castro se despede do partido e se perpetua na história
Emocionante!

Ligo a TV e novamente vejo a boiada sendo toureada...

Vai uma leizinha aí ? ...em todos os canais "eco-reporteres" não cansam de exaltar a nova lei belorizontina que proíbe a distribuição de saco plástico no comércio  ..claro que pra tanto MENTEM e exageram dizendo que um saco daqueles demora de 100 a 500 anos pra sumir  ..mais claro ainda  foi notarmos que dos depoimentos selecionados só conseguimos ouvir os de quem era favorável a esta tontice  ..e enquanto a boiada MAIS UMA VEZ ficava entretida como farelo de vida que este modelo democrático lhes serve no coxo, mais triste foi não ter ninguém atentando pra se perguntar quanto em impacto ambiental tb custa pra fazermos uma caixa de papelão ou, evidente, se perguntando que em se tirando deste saquinho VAGABUNDO e o substituindo por um MUITO mais durável e resistente - vendido - se isso seria melhor pro meio ambiente - saquinho aqui, daqueles que temos que usar pra embrulhar o lixo doméstico por exemplo ...muuuu
olé !!ooooolé
Mudo de canal e escorrego em mais uma tragédia  ..uma em que um TANQUE para tratamento de esgoto rompeu e espalhou porcaria por um bom pedaço da cidade  ..aqui, de lamentável, foi ter que ouvir pessoas feridas e chorosas narrando que no meio de tanta correria ainda caíam pra ter que engolir um pedaço de bost?  ..pior, pior ainda foi o depoimento duma jovem que pensou que aquela fúria "da natureza" era um TSUNAMI  ..mas que merd?, pensei
ooooolé !!! praqui também
Continuo a me informar e leio que tem gente querendo cirminalizar o bulling  ..gente que acha que o figuras jurídicas como a injúria e a difamação, o constrangimento ilegal, a agressão etc, tudo isso, e mais um pouco de orientação e educação, não seriam suficientes pra conter os mais exaltados e exagerados que hoje são inspirados, muito mais que antes, pelas "pegadinhas" contidas nas inúmeras mídias   ..se assim, haja cadeia, haja internação   ..tudo, menos informação de qualidade, claro
olé olé olé
Dantas protestando por vazamento do inquérito do mensalão  ..Marta querendo o abafamento do caso do piscinão  ..Aécio fugindo do bafômetro ..e Requião tendo suspensa a sua super- aposentadoria de R$ 24 mil por ele ter sido apenas um governador
BOLSA derretendo desde 2010, DILMA dizendo e se contradizendo, COPÃO sendo anunciado como que irá fazer mais do mesmo,  EUA sendo rebaixado, Japão intoxicado, campanha do desarmo-placebo em endamento ..BRASIL promovido a exemplo econômico,  e ainda dando o juros mais alto do mundo...
gente do céu  ..é tanta besteira que eu nem sei o que comentar  ...tem até o FIDEL que continua ameaçando que UM DIA ainda irá se aposentar.
...francamente, de tanta frivolidade fica até difícil escolher um tema pra engatar e prosear
e assim, de besteira em besteira, de distração em distração, às vêzes meio que no tranco e no solavanco me pego novamente a tourear ..difícil
ZZZZzzzzzz ...zzzz
mas hein ?! 
ERR - todos os direitos reservados sobre os erros ortográficos
venha comigo pelo plebiscito - VC é a favor do FIM do SENADO ?

Cuba

Um país com chance de decidir seu futuro
Com o VI Congresso do Partido Comunista (PCC) aberto no fim de semana, Cuba está de novo frente ao futuro e a seu destino, à sua vocação inarredável de sobreviver - apesar do Império -  e de não voltar a ser uma colônia dos Estados Unidos.

O Congresso (leiam o post, Cuba: a última chance de mudanças) dá ao país a chance - e ele não vai desperdiçá-la - de não se converter em uma república independente apenas na aparência, como era até a Revolução em 1959.

Mas, para sobreviver autonônoma, independente, respeitada em sua soberania, o tempo corre contra seus dirigentes e seu povo. E as reformas não podem esperar, já que a economia como está organizada hoje garante a sobrevivência do país, mas não dá sua coesão social e política, nem o bem-estar de sua juventude, que não pode e nem quer esperar mais.

As decisões finais deste VI Congresso e a renovação da direção do PCC darão o tom das mudanças, bem como indicarão se elas trarão resultados imediatos. Indicarão as possibilidades reais das mudanças vigorarem e surtirem os efeitos desejados já a curto prazo, como exige o momento histórico.

A vida como ela é

...as coisas como elas são.

Castros restringem mandatos em Cuba, FHC amplia no Brasil...

Castros são ditadores!

FHC é democrata!

Acorde, com um silêncio deste...

Sei não. Mas tenho a certeza quiseilá...

por Gilson Caroni Filho

[...] Cuba e a repórter da Folha, quem afunda?

Alaine Gonzáles e Reinel Herrera são trabalhadores autônomos cubanos. Ambos foram escolhidos pela jornalista Flávia Marreiro, enviada especial da Folha de São Paulo a Havana, como personagens errantes de uma economia em frangalhos. Seguindo um padrão de cobertura vigente há 50 anos, a repórter elabora um texto com pouca informação e direcionamento enviesado, não somente sobre o país, no sentido político e econômico, mas principalmente sobre o povo, sua história, sua cultura e seus hábitos.

A enorme propaganda orquestrada contra o regime cubano acabou por criar, como subproduto previsto e planejado, uma imagem distorcida sobre os habitantes da Ilha, apresentados ora como guerrilheiros ferozes, desconhecedores de fronteiras, ora como prisioneiros, tristes e infelizes, de uma ditadura. É compreensível o sucesso desse tipo de campanha, quando se avalia o poder da rede de comunicação capitalista.
É natural que o jornalismo nativo não possa perceber a dinâmica que se apresenta aos seus olhos. Se Flávia Marreiro conseguisse se desvencilhar da viseira ideológica, talvez conseguisse enxergar os personagens com outras roupagens e expectativas. Alaine e Reinel, como o restante do povo cubano, têm consciência das suas dificuldades. Por outro lado, crêem na revolução porque sabem que são participantes ativos  de um processo tão rico quanto denso. Não se sentem impotentes diante dos problemas: reclamam e atuam dentro de uma estrutura política que lhes permite, independentemente do poder econômico ou dos conchavos políticos, resolver problemas que os afligem.
Como  cidadão esclarecido, bem informado e politizado, o cubano é o verdadeiro crítico do regime. Critica e aponta saídas. Trabalha e, quando a nação necessita da sua presença, lá está ele, pronto para defender sua revolução com o seu próprio sangue. Aqueles que não quiseram trabalhar pela coletividade ou que sequer queriam trabalhar se foram pelo Porto Mariel, iludidos pela falsa propaganda que vinha dos Estados Unidos, onde pensavam encontrar dinheiro fácil.  Flávia chegou tarde, com uma pauta envelhecida.
Nem Alaine, nem Reinel Herrera viveram os problemas da etapa anterior a 1959, quando o desemprego era superior a 16,4% e o subemprego estava em torno de 34,8%. Eles já vieram ao mundo num país de – praticamente-pleno emprego. Também não conviveram com as taxas de analfabetismo de 23,6%, nem com o sistema escolar que, de 100 crianças matriculadas nas escolas públicas, deixava 64 no meio do caminho, sem terminarem o 6º ano. Hoje, apesar de todos os problemas, a taxa de analfabetismo não chega a 3% e não existem crianças em idade escolar sem colégio.
Com uma assistência médica nacionalizada, nenhum dos dois conheceu o país que concentrava 65% da população nas áreas urbanas, que tinha 70% da indústria farmacêutica controlados por empresas estrangeiras, em que a expectativa de vida era de 62 anos e a mortalidade infantil de 40 por mil nascidos vivos.  Já a mortalidade materna era de 118,2 por 10 mil nascidos. Esses dados, por certo, não estão no departamento de pesquisa dos jornais dos Frias, Marinhos e Mesquitas. Flávia, a nossa brava repórter, talvez não disponha de outras informações que lhe seriam de extrema utilidade na cobertura da reunião do Partido Comunista Cubano.
Antes da revolução, menos de 2.500 proprietários possuíam 45% das terras do país e 8% das fazendas concentravam 71% da área disponível. Até 1959, somente 11,2% dos trabalhadores agrícolas tomavam leite, 4% comiam carne,1% consumia peixe. Na Cuba de Alaine e Herrera, o consumo de leite e carne é superior a todos os outros países do continente. Se nos anos 1980, quando os dois entrevistados nasceram, a implementação do processo revolucionário continuava, foi a década de 1960 que abriu caminho ao desenvolvimento econômico e, sobretudo aquela em que se resistiu às agressões armadas, bombardeios e à tentativa de invasão norte-americana que definiu o caráter socialista da revolução.
Todo o conjunto de medidas políticas e econômicas custou a Cuba o bloqueio econômico e diplomático imposto pelos Estados Unidos. A situação voltaria a se agravar após o fim da URSS e do bloco socialista, mas o colapso tão esperado pelo Império e seus sócios não veio.
O sistema econômico procurou proporcionar o desenvolvimento e o crescimento  do país de uma forma igualitária. Ernesto Che Guevara, quando ministro da Indústria, ilustrou bem qual a diferença entre sistema econômico e desenvolvimento. Para ele, um anão enorme com tórax enchido é subdesenvolvido, porque seus curtos braços e débeis pernas não se articulam com o resto de sua anatomia. É produto de um desenvolvimento teratológico que distorceu suas formações sociais. A descrição sobre o restante da América Latina não podia ser mais precisa.
Se, de fato, o Partido decidir demitir 500 mil funcionários, enxugar o Estado e aumentar a produtividade, como relata a grande imprensa, a anatomia cubana não permite vislumbrar um mergulho na lógica fria dos ditames do mercado. A perspectiva que só a história dá, para avaliar  em toda a sua dimensão, os erros e acertos, o processo que implantou, pela primeira vez, o socialismo na região, mostra um organismo social saudável, preparado para mudanças necessárias.
O célebre “mudamos ou afundamos” atribuído a Raul Castro não é, como supõe a matéria da Folha, a expressão dramática de uma situação. As crises permanentes que a revolução atravessou, impostas para fazê-la fracassar, fizeram com que a retificação de rumos e a concepção de novas idéias se tornassem elementos constitutivos da nação caribenha. Fátima Marreiro pode ter uma certeza: Cuba não afundará.

por Alon Feuerwerker

De uma panelinha só

O Partido Comunista de Cuba está reunido para desfazer boa parte do que fez no meio século de poder. Vai liberalizar a economia e buscar na energia do empreendedor os meios para superar a estagnação.

É um momento decisivo para o grupo dirigente.

O propósito é caminhar para o modelo chinês. Economia pujante, mas com o monopólio do mando político.

Não é fórmula fácil de alcançar. Mesmo quando alcançada, não garante estabilidade confortável.

Crescimento econômico não é sinônimo mecânico de paz política. Que o digam os árabes.

Há um detalhe na China que costuma passar despercebido. O partido é único, mas há nele mecanismos compulsórios de renovação da cúpula e regras razoavelmente claras para ascensão.

Os caminhos da política não estão obstruídos por uma -para usar o termo elaborado nos anos da União Soviética- gerontocracia.

Há também, e isso é tão importante quanto, regras para garantir certo grau de separação formal entre quem toca a política e quem toca os negócios.

Quando se discute a democracia como valor universal, a ênfase costuma ser na liberdade. É a associação mais imediata.

Talvez se devesse refletir sobre outra associação, entre estabilidade democrática e alternância no poder.

Da Tunísia à Costa do Marfim, do Egito à Líbia, da Síria a Cuba, o edifício a chacoalhar não é o autoritarismo tomado de modo abstrato. O que balança é o monopólio do poder.

A ideia de que a felicidade de um país depende de as “pessoas certas” assumirem o comando, e ficarem nele sem data para sair.

A conveniente teoria de que o sucesso nacional depende de impedir que adversários assumam o leme.

É empírico. A falta de mecanismos razoávelmente viáveis para alternância leva, sem exceção, à decadência nacional. Pode levar à destruição nacional. Aconteceu na União Soviética.

E a situação se agrava quando o país apresenta divisões sectárias bem marcadas, mais ainda quando são geograficamente definidas. Quando existem dentro da mesma nação um ou mais problemas de nacionalidades.

A tendência à fragmentação fica muito forte.

Pois não dá para as diversas panelinhas assistirem de braços cruzados, por todo o tempo, à festa de uma panelinha só. Cada grupo político tem correligionários a empregar e empresários amigos a beneficiar.

E como a separação absoluta entre a política e os negócios só existe no mundo da lua, a permanência excessiva de uma turma no poder acaba produzindo insatisfações crescentes.

Que se agravam muito quando o sistema degenera para cleptocracias hereditárias. Nas quais, como nos tempos da monarquia, não há salvação fora do DNA.

Sendo intelectualmente rigoroso, os levantes árabes devem ser catalogados na conta das revoluções burguesas. Para depor neomonarquias comandadas por quem um dia chegou ao poder para acabar com a monarquia. E que no poder reproduziu a moldura.

É também, em boa medida, o problema cubano. Como quebrar o poder absoluto de um núcleo dirigente que carimba toda opção política externa ao grupo -mesmo quando dentro do partido- como "ameaça à revolução".

A alternância, nas suas diversas formas, é um ativo das sociedades para controlar o Estado.

É natural que partidos, correntes e movimentos busquem maneiras de se perpetuar no poder. Mas para haver democracia e prosperidade perenes é indispensável que a sociedade tenha instrumentos legais e operacionais para resistir.

Terrorismo

[...] anti-Cuba não é crime


Clique na imagem para ver o documento oficial da CIA
Um tribunal americano absolveu hoje o ex-espião da CIA, Luis Posada Carriles das acusações movidas pela  Venezuela e pela própria imigração americana, que lhe faz onze denúncias de perjúrio e fraude na imigração.
Posadas é acusado por Cuba pela prática de vários atentados terroristas, sendo considerado por Havana o homem que, durante anos, tentou matar Fidel Castro.
Posada Carriles  é fugitivo da justiça venezuelana, onde foi indiciado pela explosão de um avião comercial cubano que havia decolado de Caracas, em 1976. A ação deixou 73 mortos. Documentos da própria CIA,disponíveis na internet, reconhecem que havia esta informação, mas dizem que não fora solicitada.
Segundo a Agência France Press, Havana atribui a ele um longo rosário “terrorista”, incluídos ataques a bombas a hotéis nessa cidade, em 1997, nos quais morreu um turista italiano.
“Nascido em Cienfuegos, Cuba, em 15 de fevereiro de 1928, Posada Carriles se opôs ao governo da Revolução cubana desde o começo e fugiu do país para os Estados Unidos, onde ocupou um papel importante entre o exilados cubanos de Miami.
Em 1961, alistou-se como voluntário para invadir a Ilha através da Baía dos Porcos, uma ação patrocinada pela CIA, embora não tenha chegado a entrar em combate porque a invasão foi logo impedida pelas forças cubanas.
Dois anos depois, ingressou no Exército americano, onde foi treinado em operações de inteligência.
A CIA apoiava, então, os esforços dos exiliados cubanos para derrotar o governo comunista de Fidel Castro, mas esse tornou-se menos decidido depois da frustrada invasão da Baía de Porcos e de outros acontecimentos da política americana, como a Crise dos Mísseis com a União Soviética em 1962, e o assassinato do presidente John F. Kennedy em 1963.
No entanto, Posada Carrilles continuou sendo, por um longo período da Guerra Fria, um homem importante para os Estados Unidos e um fator de tensão permanente na relação com Cuba.
Documentos americanos demonstram que Posada Carriles trabalhou para a CIA desde 1965 até junho de 1976.
Parte da documentação desarquivada pela CIA, e divulgada em agosto de 2009 pelo Arquivo de Segurança Nacional americano (NSA, na sigla em inglês), diz que Posada Carriles ofereceu a essa agência nos anos 60 seus serviços para dirigir grupos de exilados que realizariam ações militares contra o governo cubano.
Segundo o governo de Havana, Posada planejou assassinar Fidel Castro durante uma visita deste ao Chile, em 1971.
Tratava-se de um plano “cuidadosamente planejado” pelo então agente da CIA, que assassinaria Castro com um revólver escondido numa câmara.
Em 2005 foi detido nos Estados Unidos por suspeita de fraude para a obtenção da cidadania – acusações das quais foi absolvido nesta sexta-feira.”

Che Guevara

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Che Guevara
O  "Dossiê GloboNews" apresentará uma entrevista com o jornalista Flávio Tavares, que conta suas histórias sobre Che Guevara, com quem teve contato durante um trabalho que resultou em belíssimas fotos. 

Na entrevista a Geneton Moraes Neto, Tavares lembra que, ao notar que seria fotografado à noite, sem flash, Che disse: 

"Vocês, brasileiros, fazem milagre com tudo". 

Essa e outras histórias, vocês poderão conferir neste sábado às 21h05, na GloboNews (saiba mais).

por Zé Dirceu

Socialismo à cubana

A chegada dos cabos submarinos que partiram da Venezuela em direção a Cuba para levar internet de alta velocidade à ilha é mais um sinal, entre muitos, de um processo acelerado de modernização que teve início no regime cubano nos últimos anos. Trata-se de um momento delicado de reorganização interna, que coloca Cuba na mira de críticos à direita e à esquerda, e cujos efeitos sobre a população cubana são, na verdade, imprevisíveis.

Por um lado, socialistas ortodoxos veem nas transformações conduzidas pelo governo de Raul Castro uma traição à filosofia marxista, como se o que está em curso fosse apenas uma lenta transição rumo ao Capitalismo de Estado. De outro lado, a direita, exagerada, vê nas reformas uma admissão de fracasso que busca estampar nas costas de todas as vertentes da esquerda do mundo.
Subestimam, ambos os lados, a complexidade do processo e dos resultados da revolução cubana. É verdade que a ilha sustenta estruturas de Estado e metodologias de trabalho ultrapassadas, como excessivas centralização e burocratização, que levaram a uma permanente crise econômica. Mas, também graças a esse processo, mantém uma rede de saúde pública de abrangência e qualidade invejáveis, bem como um sistema educacional e de acesso à cultura exemplar.
Em um momento em que Cuba têm mais aliados do que inimigos, existe espaço para conduzir reformas que permitam ao país construir um novo modelo de desenvolvimento, baseado no trabalho coletivo, na dinamização do mercado interno e na distensão das relações políticas. O plano qüinqüenal que será aprovado em abril e seguirá até 2016 deve conter mudanças importantes: a reforma na economia pode incluir a liberação do comércio de casas e carros, além de uma redução considerável nos itens da libreta.
Leia a íntegra do artigo Aqui 

Médicos cubanos no Haiti deixam o mundo envergonhado

No Haiti cubanos fazem o que o mundo prometeu e não cumpriu


Números divulgados na semana passada mostram que o pessoal médico cubano, trabalhando em 40 centros em todo o Haiti, já trataram mais de 30.000 doentes de cólera desde outubro. Eles são o maior contingente estrangeiro, tratando cerca de 40% de todos os doentes de cólera. Um outro grupo de médicos da brigada cubana Henry Reeve, uma equipe especializada em desastre e em emergência, chegou recentemente. Uma brigada de 1.200 médicos cubanos está operando em todo o Haiti, destroçado pelo terremoto e pela cólera. Enquanto isso, a ajuda prometida pelos EUA e outros países...


Enciclopédia cubana

O Governo cubano divulgou esta semana a sua enciclopédia virtual, a EcuRed. 

Ela é parecida a Wikipedia e traz 21.9243 artigos até o momento. 

A intenção é divulgar e democratizar o conhecimento de forma não-lucrativa. 

A página conta com uma biografia de Fidel Castro. 

O endereço é:  

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Lula e a abertura política em Cuba

Sergio Leo  

O governo brasileiro quer cooperar com Cuba, para facilitar a abertura econômica do país, segundo oferta feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em carta entregue, no sábado, ao presidente cubano, Raúl Castro, pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Na carta, Lula sugere que a continuidade do processo de abertura política em Cuba, com a libertação de dissidentes presos é um passo necessário para a normalização das relações com todos os países do continente americano.
"Falei muito ao presidente sobre o apoio que podemos dar por meio do Sebrae, para a constituição e formalização de pequenas e médias empresas em Cuba", relatou Amorim, ontem, pouco antes de embarcar para Nova York, onde participa da Assembleia Geral das Nações Unidas. O governo cubano, segundo o ministro, recebeu com agrado a oferta de envio de uma missão técnica brasileira, em três a quatro semanas, para discutir a cooperação com as autoridades. O ministro defendeu maior integração comercial de Cuba com o Mercosul.

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Das ruas de SP para a faculdade em Cuba

Falar mal de Cuba é um dos exercícios preferidos da grande imprensa brasileira e dos integrantes do campo conservador, como José Serra. Ontem mesmo, no Jornal da Globo, Dilma foi inquirida sobre a postura do presidente Lula em relação a Cuba, e sempre que alguém defende Cuba, o oponente na discussão sempre a encerra com a indefectível e tendenciosa pergunta: Por que você não vai morar lá?
Pois é bom saber que muitos brasileiros vão morar lá em busca de oportunidades que não têm aqui. Um comentarista me chamou a atenção para uma carta, publicada no blog Balaio do Kotscho, do jornalista Ricardo Kotscho, de uma jovem brasileira, Gisele Antunes Rodrigues, de 23 anos, que foi menina de rua em São Paulo e hoje estuda medicina em Havana.
Gisele estuda com outros 275 brasileiros numa instituição voltada a estudantes de toda a América Latina. Cuba, com seus parcos recursos, é um país solidário, o que definitivamente não entra nas cabeças competitivas do mercado, que desconhece tal valor.
Mas o que me impressionou e tenho certeza que impressionará a todos é a história de Gisele e sua luta para levar adiante os seus sonhos.
Esta exemplar brasileira saiu de casa aos 9 anos por não suportar a desestrutura familiar, que incluía agressões físicas, e caiu na rua. Cheirou cola, consumiu drogas e só não se acabou numa cracolândia da vida porque teve gente que se interessou por seu destino e encontrou instituições sérias, dedicadas à recuperação e à educação de crianças de rua.
Gisele foi seguindo sua trajetória ascendente até chegar à Faculdade de Pedagogia. Quando cursava o primeiro semestre, um educador do abrigo em que se encontrava lhe informou sobre um processo seletivo para estudar medicina em Cuba. Gisele foi aprovada e desde 2007 está em Cuba. Mês que vem, começa o terceiro ano de Medicina. No total, ficará sete anos em Cuba. Seis de faculdade e um de pré-médico.
O seu relato após três anos no país é singular. Alguém que comeu o pão que o diabo amassou tem uma visão da sociedade diferente de quem nunca passou dificuldades. E o que Gisele conta é o oposto do que lemos com frequência na grande imprensa.
“Ir a Cuba foi minha maior conquista. Além de aprender sobre a medicina, aprendo sobre a vida, a importância dos valores. Antes de ir, sempre lia reportagens negativas sobre o país, mas quando cheguei lá, não foi isso que vi. Em Cuba, todos têm direito a educação, saúde, cultura, lazer e o básico pra sobreviver”, conta Gisele.
“Li em muitas revistas que o Fidel Castro é um ditador, e descobri em Cuba, que ele é amado e idolatrado pelos cubanos. Escrevem que Cuba é o país da miséria. Mas de que tipo de miséria eles falam? Interpreto como miséria o que passei na infância. Em casa, não tinha água encanada, luz, comida”, prossegue.
Gisele lembra dos tempos difíceis da infância, quando ela, seu irmão e sua mãe enganavam a fome bebendo água doce. “Então, quando abro uma revista publicada no Brasil e nela está escrito que Cuba é um país miserável, eu me pergunto: se em Cuba, onde todos têm os direitos a saúde, educação, moradia, lazer e alimento, como podemos denominar o Brasil?”
Apesar do embargo econômico sofrido por Cuba, Gisele ressalta os níveis de educação e saúde gratuitas e os indicadores positivos do desenvolvimento humano no país. “Vivenciando tudo isso, eu queria também que o Brasil fosse miserável como Cuba, como é escrito em varias revistas. Acho que o brasileiro estaria melhor e não seria tão comum encontrar tantos jovens sem educação, matando, roubando e se drogando nas ruas.”
O objetivo de Gisele é concluir a faculdade para ajudar a saúde dos brasileiros e outros jovens a realizarem seus sonhos, assim como foi ajudada. Com a consciência adqurida, pede ao povo brasileiro que nas próximas eleições “escolha a pessoa adequada pra administrar o nosso país tão injusto.”
Transcrevi aqui alguns trechos que me chamaram a atenção, mas a carta de Gisele merece a leitura integral e pode ser acessada no link do blog. É o depoimento de uma pessoa vitoriosa, que julga as coisas a partir de seus olhos e sua vivência e não do que ouve falar.
Quando Gisele se formar, daqui a quatro anos, espero que o Brasil já tenha vencido a burocracia que atrapalha o reconhecimento de diplomas universitários de outros países. Relatei na Comissão de Educação da Câmara um projeto que cria um sistema de credenciamento de cursos no Mercosul, que está pronto para ser votado  em plenário.  Com ele, estabeleceremos parâmetros que poderão ser estendidos a outros países, como Cuba.
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