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Charge do dia


Se você treme de indignação cada vez que é perpetrada uma injustiça, então somos companheiros
Che Guevara
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Parabéns Comandante


Yo había estado interesado en Fidel Castro durante muchos años. Leí todo lo que escribió Herbert Matthews acerca de él y había leído mucho de la otra literatura que sé habia escrito sobre la Revolución Cubana, de manera que aunque no estoy de acuerdo con todo lo que ha hecho y personalmente no soy comunista, no obstante admiro su dirección y considero que es uno de los lideres más importantes del mundo de hoy. Cierta prensa internacional ha tratado de desfigurar la imagen de Fidel, pero no siempre creo todo lo que dice la prensa internacional. También a Ho Chi Minh se le vituperó mucho por parte de la prensa. Una vez que conocí al Presidente Castro, mi opinión sobre su capacidad, realmente se alzó mucho.

George McGovern, Político norteamericano, ex senador por el Partido Demócrata.

Unesco reconhece manuscritos de Che Guevara como patrimônio da humanidade

Escritos incluem seus "Diários de Motocicleta" e os registros feitos nas montanhas da Bolívia antes de sua execução
A Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) incluiu, em cerimônia realizada nesta sexta-feira (19/07) em Havana, os escritos do revolucionário argentino Ernesto "Che" Guevara no Programa Memória do Mundo. Com isso, os manuscritos são reconhecidos agora como patrimônio da humanidade.

"Vivemos em um país bloqueado, subdesenvolvido, e receber ajuda para preservar esses documentos para a história, para a posteridade, é muito importante", afirmou nesta sexta à Agência EfeAleida Guevara March, filha do segundo casamento do Che.

O Programa Memória do Mundo possui quase 300 documentos e compilações de cinco continentes. Os textos de Che estão entre as 54 novas adições de 2013. Os manuscritos incluem seus "Diários de Motocicleta" e os registros feitos nas montanhas da Bolívia antes de sua execução, em 1967.
O presidente da Comissão Nacional Cubana da Unesco, Juan Antonio Fernández, disse que a decisão da ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece a "contribuição do Che ao pensamento revolucionário latino-americano e mundial, que o converteram em símbolo de rebeldia, de liberação e internacionalismo".

O reconhecimento dos manuscritos de Che como patrimônio da humanidade faz com que esses documentos passem a contar com o apoio da Unesco para sua proteção e sua preservação. A viúva, a esposa e o filho de Che também estiveram presentes à cerimônia promovida hoje pela Unesco na capital cubana.

* Com informações da Associated Press

Marco Leite: Recebi condecoração com o nome de ANALFABETO POLÍTICO

[...] nome pomposo e chique fiquei lisonjeado com essa condecoração. Quem adjudicou tal premio foi meu atual mestre e grande conhecedor da política PETISTA. Informo, fui letrado nas áreas de política e ideologia na esquerda. Fiz cursos superiores na Escola CUBANA e, fui diplomado pelos professores Fidel Castro e Che Guevara. Lamento profundamente dizer que um ex-presidente tinha um conhecimento intenso em política mundial, mas na cultura escolar “male-male” se formou no primário, basta verificar a assinatura do cidadão iremos observar que trata-se de um garrancho primariano. Saliento,  professor não se trata de preconceito contra os analfabetos, mas no Brasil é o que não falta, tanto no aspecto político como ideológico. O povo não sabe distinguir quem é esquerda ou direita, centro ou ideologia indefinida, por esse motivo,  certos governantes são eleitos, comercializam um produto que não é autentico, para vender ao eleitor um produto pirata. Já a atual mandatária tem curso Universitário, já que sempre foi uma pequena burguesa. Essa pessoa não passou de uma guerrilheira “meia-boca”, visto que os grandes guerrilheiros da época  foram Carlos Mariguella e Capitão Lamarca.Espero ser compreendido e ter o escrito exposto para que vossos leitores venham saber o que de fato ocorre com a política no Brasil.

P.S. do blogueiro: Não sou mestre de nada nem de ninguém

Fábula contemporânea

Na natureza, a diferença que separa ou distingue os répteis de um ser humano, como Ernesto “Che” Guevara, por exemplo, é preenchida pela existência de vários outros seres, alguns deles até próximos a seres humanos como o “Che”, por exemplo, ou a ele comparáveis. A reflexão esdrúxula, alegórica e à primeira vista desprovida de algum sentido lógico, eu a faço por não ter conseguido entender até agora o significado da candidatura do cidadão José Serra à prefeitura da cidade de São Paulo. Continua sem sentido? Já me explico. O fato tem lá suas tintas surrealistas, o que me libera também para um comentário de igual teor. Continua>>>

Che Guevara



"Acima de tudo procurem sentir no mais profundo de vocês
qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa
em qualquer parte do mundo.
É a mais bela qualidade de um revolucionário."
(CHE)
Ernesto Guevara de la Serna nasceu em 14 de junho de 1928, em Rosário, Argentina, primeiro dos cinco filhos de Ernesto Lynch e Celia de la Serna y Llosa, família de origem aristocrática, donos de terras. A mãe descendia do último vice-rei do Peru e casou com Ernesto (pai), estudante de arquitetura, em 1927. Embora de família tradicional que aos poucos foi perdendo a sua riqueza, Che passou sua infância como menino típico de família de classe média, nunca se preocupando muito com a política. Celia teria papel importante na formação de Che, só inferior ao de Fidel Castro, conforme o biógrafos. Mesmo de educação católica, mantinha em casa um ambiente de esquerda, sempre cercada de mulheres politizadas. Ela é que cuidaria da educação do primogênito, o pai era muito amigo dos filhos, mas era mais distante e gostava da vida boêmia. Passaria para o filho porém, o gosto pelo esportes.
Che nasceu de oito meses, débil, aos quarenta dias de vida teve pneumonia e antes dos dois anos já sofria a primeira crise de asma.
A família mudava muito de cidade, em busca de um clima melhor para o garoto, até parar em Alta García, na região serrana de Córdoba, onde ele vai crescer. Ficava muito em casa, até de cama, por causa da asma, e assim começou a gostar de literatura: Julio Verne, Baudelaire, Antonio Machado, Cervantes, García Lorca, Pablo Neruda e outros clássicos passam a fazer parte de seu universos, embora esse último tenha o influenciado muito a política e a filosofia.
Era bom aluno, estudando em escola pública, freqüentada por meninos da cidade e da roça, remediados e pobres, e sempre teve facilidade imensa de relacionamento com os outros, já exercitando sua capacidade de liderança.
A adolescência será marcada fortemente pela Guerra Civil Espanhola e depois pela segunda Guerra Mundial, quando o pai forma a Ação Argentina , organização antifascista em que increve o filho.
Em Córdoba começa a jogar rúgbi, tênis, golfe, além de se dedicar à natação. Nessa cidade fica amigo dos irmãos Tomás e Alberto Granado, colegas de colégio com os quais viverá grandes aventuras. No colégio, revela-se bom em literatura e filosofia e medíocre em matemática e química - em música e física, um desastre, conforme seu boletim da 4ª série. Desde então é um grande enxadrista, brilhando nos tabuleiros da Olimpíada Universitária de 1948, Aí já terminara os estudos secundários, em 1946, e a família se mudara para Buenos Aires. Pensava em estudar engenharia, mas a morte da avó, à qual era muito ligado e de quem assiste à morte, leva-o adecidir-se pela medicina.
Aos dezoito anos alista-se no serviço militar obrigatório, mas é dispensado por causa da asma, sorte para um jovem de família antiperonista ( o exército argentino era então o grande reduto de Perón ).
Namorador, atrevido e divertido, não pertenceu a nenhuma organização estudantil. Sempre foi relaxado com roupas, camisa fora da calça, sapatos desamarrados e um fascínio por viagens o levaria, em 1949, aos 21 anos, a percorrer, mochila às costas, o norte argentino numa bicicleta motorizada que ele próprio desenhou e construiu.
Em dezembro do ano seguinte, inscreve-se como enfermeiro da marinha mercante Argentina e viaja em petroleiros e cargueiros para vários países, inclusive o Brasil.
Em 4 de janeiro de 1952, com 23 anos e a dois anos de sua formatura como médico,  lançou-se com Alberto Granado, o melhor amigo em uma aventura pela América Latina, 10.000 quilômetros, numa Norton 500 que apelidou de "La Poderosa II". Durante oito meses, percorreram cinco países e a aventura marcou sua ruptura com os laços nacionais.Para pagar as despesas deviagem, trabalharam como carregadores, lavadores de prato, marinheiros e médicos, o que já revelava sua coragem, espírito de independência e desprezo pelo perigo.
Foi a partir dessa viagem, que começou a se sentir e se expressar como um latino-americano e não apenas como argentino, quando viu o desamparo, a exploração e a miséria como traço característico do nosso continente. Quando voltou, escreveu em seu "Diário de Viagem" (Livro publicado em enches no ano de 1970) "Já não sou mais o mesmo". Talvez a sua viajem pelo continente tivesse mostrado-lhe a pobreza dos seus vizinhos....
Vai a Machu-Pcchu, vai navegar o Amazonas de balsa, vai atravessar o deserto de Atacama, conhecerá mineiros comunistas e povos indígenas. Dessa viagem ficará um diário que vai virar grande recesso editorial e pelo qual se nota sua crescente politização e o choque que lhe provocam a pobreza, a injustiça e a arbitrariedade que encontrou pelo caminho. O hábito de escrever diários irá acompanhá-lo até seus últimos dias, na Bolívia.
Em agosto de 1952 decide regressar a Buenos Aires para terminar o curso de medicina, formando-se pela Universidade Nacional de Buenos Aires em junho de 1953 como especialista em alergia e após fazendo doutorado.
Não deixa passar um mês e já pega a estrada,dessa vez com outro amigo, Calica Ferrer. Foi trabalhar em diversos países, na ânsia de descobrir a cura para a sua terrível doença, a asma, que o atormentava desde pequeno.Está com 25 anos e não voltará mais para a Argentina.
Rumou para a Venezuela, com parada na Bolívia por ficar mais barata a passagem do trem, onde ficara seu amigo Granados, para trabalhar na pesquisa da lepra,  conheceu o advogado argentino Ricardo Rojo (Autor do livro Meu Amigo Che), que estava refugiado naquele país, por sua atividade política antiperonista. Rojo lhe fez um convite decisivo:
"Para que queres ir a Venezuela, um país que só serve para ganhar dólares? Vem comigo a Guatemala, porque ali vai ter lugar uma verdadeira Revolução Social" .
Fica cinco semanas em La Paz, estuda os intentos de reforma agrária, e assiste ao país vivendo o primeiro ano do governo reformista de Paz Estensoro, o que valerá a Che um aprofundamento político que os biógrafos consideram de vital importância para seu amadurecimento,  embora venha depois a desencantar-se com os rumos tomados pelo governo dito revolucionário.
Che desembarcou na Guatemala a 24 de dezembro de 1953, acompanhado de Rojo e do Dr. Eduardo Garcia, também exilado argentino. Na Guatemala, o presidente Jacobo Arbenz Guzmán desenvolvia um governo Revolucionário do qual Che participou através do Instituto Nacional da Reforma Agrária.
Tentou formar um grupo armado para organizar a resistência contra a invasão norte-americana. Passa pela Costa Rica, onde faz contatos políticos e onde sua vida começa a dar guinadas definitivas: conhece em San José dois cubanos exilados que haviam escapado da célebre tentativa de tomada do Quartel Moncada, em 26 de julho de 1953. Os dois lhe contam a espetacular porém malograda ação de Fidel Castro buscando derrubar a ditadura de Fulgencio Batista a partir do assalto ao quartel da segunda maior cidade cubana, Santiago.
Fica amigo dos dois -Calixto García e Severino Rossel, e com eles irá para a Guatemala, onde será apresentados a outros cubanos, no final de 1953. Guevara está então com 26 anos, é admirador da URSS e deseja se inscrever a um partido comunista de qualquer país que seja, enquanto trabalha como médico para sindicatos guatemaltecos, reunido ainda mais experiência à sua sólida bagagem ideológica.
Vai permanecer quase nove meses na Guatemala e conhecer Hilda Gadea marxista convicta, militante política peruana que mais tarde tornará sua primeira mulher. Passa apertos, não consegue exercer a medicina, e tem de vender enciclopédias de porta em porta. O país está passando por grande reforma, conduzida pelo presidente eleito (era o segundo na história) Jacobo Arbenz, que iniciara um amplo programa de reforma agrária expropriando as terras da poderosa empresa norte-americana United Fruit Company. Ao tocar nos interesses da empresa é derrubado do poder por iniciativa de Washington e com o apoio da OEA, em junho de 1954.
A 18 de junho de 1954, mercenários pagos pelos americanos invadem o país processando um golpe militar que derruba o governo constitucional de Arbenz e instala a ditadura do coronel Castillo Armas, fiel aos interesses exportadores da United Fruit, cujas terras são devolvidas. Segundo alguns autores, esta experiência será decisiva na definição política de Guevara. Ele teria de sair imediatamente da Guatemala, pois tinha sido condenado à morte por ter apoiado o regime anterior.
Che, por sua atuação nos sindicatos, é informado de que corre perigo e se asila na embaixada Argentina. Hilda é presa, mas logo é solta e ambos sairão legalmente do país.
Tomaram a decisão de ir para o México, com Hilda já grávida, lá se casam em agosto de 1955 e têm uma filha, Hilda Beatriz, Hildita.
No México, onde vai ganhar o apelido de Che, por usar a expressão sempre que fala com os outros, Guevara compra uma máquina fotográfica e começa a ganhar a vida fotografando turistas nas ruas da capital, Cidade do México. E é até contratado por uma agência noticiosa Argentina para cobrir os Jogos Pan.Americanos de 1955, que se realizam no País. Ao mesmo tempo, escreve artigos científicos sobre sua especialidade, alergia.
Em junho, é apresentado a Raúl Castro, líder estudantil cubano recém-saído da prisão em Cuba. Poucos dias depois chega o irmão de Raúl, Fidel, em 8 de julho de 1955, que Raúl apresenta a Che. Fidel passaram um ano e dez meses preso na ilha de Pinos, Cuba, pelo episódio do Quartel Moncada. Fora anistiado por Batista, a quem derrubaria, com Che, Três anos depois. Chegava ao México para dali dar início à insurreição contra a ditadura em Cuba, instalada desde o golpe militar de 1952.
O treinamento para a luta armada em Cuba começa no México e Guevara se inscreve em setembro, dois meses após conhecer Fidel.
Na madrugada do dia 25 de novembro com Fidel Castro e os exilados cubanos do "Movimento 26 de julho" para combater a ditadura de Batista., zarpa do porto mexicano de Tuxplan o iate Granma, com capacidade para vinte passageiros, levando 82 guerrilheiros, entre eles Che Guevara, encarregado de atender os eventuais feridos no desembarque em Cuba.
Junto com mais 18 homens, organizaram e penetraram em Sierra Maestra,na ilha de Cuba para no ano de 1959, tomar a cidade de Havana e, de uma vez por todas por fim ao imperialismo norte-americano que habitava a pequena ilha.
Desembarcam no dia 2 de dezembro, e três dias depois são cercados e atacados pelos soldados numa emboscada, sobrando apenas 12 homens.
Foi um dos doze sobreviventes que por méritos de guerra foi nomeado comandante.
Estes conseguem refugiar-se em Sierra Maestra onde tomam contato com os camponeses e a guerrilha se multiplica e ganha prestígio, tanto dentro como fora de Cuba, obtendo inúmeras ações vitoriosas contra as tropas do governo. Em 1957 Che é nomeado comandante da 2ª Coluna ( Ciro Redondo) .  Invadiu Las Villas e, após atravessar toda a ilha, junto com a coluna de Camilo Cienfuegos, em 1 de janeiro de 1959, Guevara toma a cidade de Santa Clara e em 8 de janeiro, Fidel Castro entra triunfalmente em Havana.
As relações entre o governo de Fidel e os EUA tornam-se tensas a partir do momento que este tenta diminuir o domínio norte-americano sobre a economia cubana. Em abril de 1961 a CIA invadiu Cuba com um exército de mercenários e refugiados cubanos. Esta invasão à Baía dos Porcos resulta num fracasso total.
Os E.U.A estabeleceram um embargo econômico junto á mesma para que se fosse encerrada a Revolução. Mas nada disso aconteceu. Com a ajuda da URSS, Cuba foi se protegendo.
Em 1959 ocupou o cargo de diretor do Instituto Nacional de Reforma Agrária e posteriormente o de presidente da banca nacional, o de responsável pelas finanças do país, chefe do banco central cubano.
Em 19 de agosto de 1961 de passagem pelo Brasil é condecorado com a Ordem do Cruzeiro do Sul pelo então presidente Jânio Quadros que renunciaria uma semana depois.
Che transfere-se para a direção do Ministério das Indústrias(1961-1965). Discursa numa reunião da OEA em Punta del Este e denuncia o imperialismo americano e seu aliados.
Fidel declara-se socialista e aproxima-se da URSS recebendo dela mísseis nucleares que poderiam atingir os EUA, é a "crise dos mísseis" de 1962, Kennedy ordena o bloqueio de Cuba pela Marinha e ameaça invadi-la. Sem consultar os cubanos, os soviéticos retiram os mísseis. Durante todo este período Che escreve e publica suas principais obras. Em 11 de dezembro de 1964 discursa na ONU onde oferece o apoio de Cuba para as lutas de libertação no Terceiro Mundo.
Mas como ele mesmo dizia, era , para ele , impossível ficar sentado em uma sala fechada, Che representando o governo revolucionário parte para a África onde toma conhecimento dosmovimentos de libertação nacional africanos. Realizou varias viagens  por paises afro-asiáticos e socialistas (Checoslovaquia, U.R.S.S., China popular, etc.). Presidiu a delegação cubana na Conferencia de Punta del Este (1961) e no seminário de planificação de Argel (1963). Após uma volta pela África negra onde combateu pelo comunismo, volta a Cuba, e desaparece da vida pública e, poucos meses depois, Castro veio a conhecer sua renuncia a todos os cargos e sua partida da ilha. Após uma estadia no Congo como instrutor das guerrilhas de Sumialot e Mulele (1965-1966), em setembro de 1966 Che chega à Bolívia para estabelecer um centro de treinamento de guerrilha, onde deveria servir de quartel-general tanto para revolucionários bolivianos quanto para aqueles que iriam chefiar revoluções em países vizinhos. A posição boliviana era estratégica pois ocupava geograficamente o centro do continente sul-americano. Uma série de desentendimentos entre o PC boliviano e a guerrilha faz com que o primeiro retire o seu apoio, deixando Guevara e seus homens completamente isolados.
Foi dizimado pelo exercito dirigido e apoiado pelos Rangers norte-americanos. Em 8 de outubro é ferido em combate em "la Quebrada del Yuro" Bolívia.no dia 9 é executado covardemente por oficiais Bolivianos (Patrocinados pela CIA - Estados Unidos).
Em 18 de abril de 1967 é publicado em Cuba a mensagem de despedida de Che, após ter se tornado um líder para os cubanos e um dos responsáveis pela vitória da revolução.
Em 29 de junho de 1997, seus restos mortais são encontrados, em uma fossa em Vallegrande junto com mais 6 guerrilheiros.
Ao 12 de julho de 1997 é recebido no aeroporto de "San Antônio de Los Baños" por sua família e companheiros. Os restos de Che descansarão temporariamente na sala Granma do Ministério das Forças Armadas e serão levados em outubro a um mausoléu na Praça Ernesto Che Guevara em Santa Clara.
Suas ações e idéias tiveram um papel fundamental nas lutas do Terceiro Mundo para libertarem-no do jogo do imperialismo e a modificação para tornarem melhores  as estruturas sócio-econômicas vigentes. As idéias e a prática de Guevara abrangem um amplo espectro da vida política contemporânea
http://gilsonsampaio.blogspot.com.br/2011/06/hoje-na-historia-1928-nasce-che-guevara.html

Os mortos...que nunca morrem

[...] e/ou os vivos que nunca vivem

Do sensível e coerente Eric Nepomuceno, no Carta Maior:
“No dia em que executaram o Che Guevara em La Higuera, uma aldeola perdida nos confins da Bolívia, Julio Cortázar – que na época trabalhava como tradutor na Unesco – estava em Argel. Naquele tempo – 9 de outubro de 1967 – as notícias demoravam muito mais que hoje para andar pelo mundo, e mais ainda para ir de La Higuera a Argel.
Vinte dias depois, já de volta a Paris, onde vivia, Cortázar escreveu uma carta ao poeta cubano Roberto Fernández Retamar contando o que sentia: “Deixei os dias passarem como num pesadelo, comprando um jornal atrás do outro, sem querer me convencer, olhando essas fotos que todos nós olhamos, lendo as mesmas palavras e entrando, uma hora atrás da outra, no mais duro conformismo… A verdade é que escrever hoje, e diante disso, me parece a mais banal das artes, uma espécie de refúgio, de quase dissimulação, a substituição do insubstituível. O Che morreu, e não me resta mais do que o silêncio”.
Mas escreveu: 
Yo tuve un hermano
que iba por los montes
mientras yo dormía.
Lo quise a mi modo,
le tomé su voz
libre como el agua,
caminé de a ratos
cerca de su sombra.
No nos vimos nunca
pero no importaba,
mi hermano despierto
mientras yo dormía,
mi hermano mostrándome
detrás de la noche
su estrella elegida.
A ansiedade de Cortázar, a angústia de saber que não havia outra saída a não ser aceitar a verdade, a neblina do pesadelo do qual ninguém conseguia despertar e sair, tudo isso se repetiu, naquele 9 de outubro de 1967, por gente espalhada pelo mundo afora – gente que, como ele, nunca havia conhecido o Che.
Passados exatos 44 anos da tarde em que o Che foi morto, o que me vem à memória são as palavras de Cortázar, o poema que recordo em sua voz grave e definitiva: “Eu tive um irmão, não nos encontramos nunca mas não importava, meu irmão desperto enquanto eu dormia, meu irmão me mostrando atrás da noite sua estrela escolhida”.
No dia anterior, 8 de outubro de 1967, um Ernesto Guevara magro, maltratado, isolado do mundo e da vida, com uma perna ferida por uma bala e carregando uma arma travada, se rendeu. Parecia um mendigo, um peregrino dos próprios sonhos, estava magro, a magreza estranha dos místicos e dos desamparados. Foi levado para um casebre onde funcionava a escola rural de La Higuera. No dia seguinte foi interrogado. Primeiro, por um tenente boliviano chamado Andrés Selich. Depois, por um coronel, também boliviano, chamado Joaquín Zenteno Anaya, e por um cubano chamado Félix Rodríguez, agente da CIA. Veio, então, a ordem final: o general René Barrientos, presidente da Bolívia, mandou liquidar o assunto.
O escolhido para executá-la foi um soldadinho chamado Mario Terán. A instrução final: não atirar no rosto. Só do pescoço para baixo. Primeiro o soldadinho acertou braços e pernas do Che. Depois, o peito. O último dos onze disparos foi dado à uma e dez da tarde daquela segunda-feira, 9 de outubro de 1967. Quatro meses e 16 dias antes, o Che havia cumprido 39 anos de idade. Sua última imagem: o corpo magro, estendido no tanque de lavar roupa de um casebre miserável de uma aldeola miserável de um país miserável da América Latina. Seu rosto definitivo, seus olhos abertos – olhando para um futuro que ele sonhou, mas não veria, olhando para cada um de nós. Seus olhos abertos para sempre.
Quarenta e quatro anos depois daquela segunda-feira, o homem novo sonhado por ele não aconteceu. Suas idéias teriam cabida no mundo de hoje? Como ele veria o que aconteceu e acontece? O que teria sido dele ao saber que se transformou numa espécie de ícone de sonhos românticos que perderam seu lugar? Haveria lugar para o Che Guevara nesse mundo que parece se esfarelar, mas ainda assim persiste, insiste em acreditar num futuro de justiça e harmonia? Um lugar para ele nesses tempos de avareza, cobiça, egoísmo?
Deveria haver. Deve haver. O Che virou um ícone banalizado, um rosto belo estampado em camisetas. Mas ele saberia, ele sabe, que foi muito mais do que isso. O que havia, o que há por trás desse rosto? Essa, a pergunta que prevalece.
O Che viveu uma vida breve. Passaram-se mais anos da sua morte do que os anos da vida que coube a ele viver. E a pergunta continua, persistente e teimosa como ele soube ser. Como seria o Che Guevara nesses nossos dias de espanto? Pois teria sabido mudar algumas idéias sem mudar um milímetro de seus princípios.
Diz Eduardo Galeano, que conheceu o Che Guevara: ele foi um homem que disse exatamente o que pensava, e que viveu exatamente o que dizia.
Assim seria ele hoje.
Já não há tantos homens talhados nessa madeira. Aliás, já não há tanto dessa madeira no mundo. Mas há os mortos que nunca morrem. Como o Che.
E, dos mortos que nunca morrem, é preciso honrar a memória, merecer seu legado, saber entendê-lo. Não nas camisetas: nos sonhos, nas esperanças, nas certezas. Para que eles não morram jamais. Como o Che.”

Em diário inédito, Che narra seus combates em Cuba

Foi lançado em Cuba, hoje, pela editora mexicana Ocean Sur, um diário inédito, onde o próprio Che Guevara narra os fatos desde a chegada dos rebeldes no  iate Granma, em 2 de dezembro de 1956, a Cuba até a tomada da cidade de Santa Clara, em dezembro de 1958, batalha comandada por ele e  que fez com que o regime de Fulgêncio Batista desmoronasse.
“Diario de um combatente” foi lançado, segundo a agência France-Presse, num ato comemorativo do 83º aniversário de nascimento do Che, do qual participaram sua viúva, Aleida March, e sua filha Aleida Guevara.
O Che “nos faz falta em Cuba, com sua capacidade de trabalho, de planejar, de convencer as pessoas. Lembramos que, em três anos, inaugurou mais de 30 fábricas e projetava outras 30″, disse Oscar Fernández Mell, quem o acompanhou como médico e guerrilheiro durante toda a campanha em Cuba e no Congo (1965).
Fernández Mell, de 80 anos, recordou que a época em que Che foi presidente do Banco Nacional – nos primeiros cinco anos da revolução – foi a “mais frutífera e gloriosa” da instituição.
A pesquisadora María del Carmen Ariet explicou que Guevara foi um forte crítico dos países do bloco soviético, conforme o refletido no livro “Apuntes Críticos a la economía política”, publicado em 2006.”
por Brizola Neto

por Gilson Caroni Filho

[...] Cuba e a repórter da Folha, quem afunda?

Alaine Gonzáles e Reinel Herrera são trabalhadores autônomos cubanos. Ambos foram escolhidos pela jornalista Flávia Marreiro, enviada especial da Folha de São Paulo a Havana, como personagens errantes de uma economia em frangalhos. Seguindo um padrão de cobertura vigente há 50 anos, a repórter elabora um texto com pouca informação e direcionamento enviesado, não somente sobre o país, no sentido político e econômico, mas principalmente sobre o povo, sua história, sua cultura e seus hábitos.

A enorme propaganda orquestrada contra o regime cubano acabou por criar, como subproduto previsto e planejado, uma imagem distorcida sobre os habitantes da Ilha, apresentados ora como guerrilheiros ferozes, desconhecedores de fronteiras, ora como prisioneiros, tristes e infelizes, de uma ditadura. É compreensível o sucesso desse tipo de campanha, quando se avalia o poder da rede de comunicação capitalista.
É natural que o jornalismo nativo não possa perceber a dinâmica que se apresenta aos seus olhos. Se Flávia Marreiro conseguisse se desvencilhar da viseira ideológica, talvez conseguisse enxergar os personagens com outras roupagens e expectativas. Alaine e Reinel, como o restante do povo cubano, têm consciência das suas dificuldades. Por outro lado, crêem na revolução porque sabem que são participantes ativos  de um processo tão rico quanto denso. Não se sentem impotentes diante dos problemas: reclamam e atuam dentro de uma estrutura política que lhes permite, independentemente do poder econômico ou dos conchavos políticos, resolver problemas que os afligem.
Como  cidadão esclarecido, bem informado e politizado, o cubano é o verdadeiro crítico do regime. Critica e aponta saídas. Trabalha e, quando a nação necessita da sua presença, lá está ele, pronto para defender sua revolução com o seu próprio sangue. Aqueles que não quiseram trabalhar pela coletividade ou que sequer queriam trabalhar se foram pelo Porto Mariel, iludidos pela falsa propaganda que vinha dos Estados Unidos, onde pensavam encontrar dinheiro fácil.  Flávia chegou tarde, com uma pauta envelhecida.
Nem Alaine, nem Reinel Herrera viveram os problemas da etapa anterior a 1959, quando o desemprego era superior a 16,4% e o subemprego estava em torno de 34,8%. Eles já vieram ao mundo num país de – praticamente-pleno emprego. Também não conviveram com as taxas de analfabetismo de 23,6%, nem com o sistema escolar que, de 100 crianças matriculadas nas escolas públicas, deixava 64 no meio do caminho, sem terminarem o 6º ano. Hoje, apesar de todos os problemas, a taxa de analfabetismo não chega a 3% e não existem crianças em idade escolar sem colégio.
Com uma assistência médica nacionalizada, nenhum dos dois conheceu o país que concentrava 65% da população nas áreas urbanas, que tinha 70% da indústria farmacêutica controlados por empresas estrangeiras, em que a expectativa de vida era de 62 anos e a mortalidade infantil de 40 por mil nascidos vivos.  Já a mortalidade materna era de 118,2 por 10 mil nascidos. Esses dados, por certo, não estão no departamento de pesquisa dos jornais dos Frias, Marinhos e Mesquitas. Flávia, a nossa brava repórter, talvez não disponha de outras informações que lhe seriam de extrema utilidade na cobertura da reunião do Partido Comunista Cubano.
Antes da revolução, menos de 2.500 proprietários possuíam 45% das terras do país e 8% das fazendas concentravam 71% da área disponível. Até 1959, somente 11,2% dos trabalhadores agrícolas tomavam leite, 4% comiam carne,1% consumia peixe. Na Cuba de Alaine e Herrera, o consumo de leite e carne é superior a todos os outros países do continente. Se nos anos 1980, quando os dois entrevistados nasceram, a implementação do processo revolucionário continuava, foi a década de 1960 que abriu caminho ao desenvolvimento econômico e, sobretudo aquela em que se resistiu às agressões armadas, bombardeios e à tentativa de invasão norte-americana que definiu o caráter socialista da revolução.
Todo o conjunto de medidas políticas e econômicas custou a Cuba o bloqueio econômico e diplomático imposto pelos Estados Unidos. A situação voltaria a se agravar após o fim da URSS e do bloco socialista, mas o colapso tão esperado pelo Império e seus sócios não veio.
O sistema econômico procurou proporcionar o desenvolvimento e o crescimento  do país de uma forma igualitária. Ernesto Che Guevara, quando ministro da Indústria, ilustrou bem qual a diferença entre sistema econômico e desenvolvimento. Para ele, um anão enorme com tórax enchido é subdesenvolvido, porque seus curtos braços e débeis pernas não se articulam com o resto de sua anatomia. É produto de um desenvolvimento teratológico que distorceu suas formações sociais. A descrição sobre o restante da América Latina não podia ser mais precisa.
Se, de fato, o Partido decidir demitir 500 mil funcionários, enxugar o Estado e aumentar a produtividade, como relata a grande imprensa, a anatomia cubana não permite vislumbrar um mergulho na lógica fria dos ditames do mercado. A perspectiva que só a história dá, para avaliar  em toda a sua dimensão, os erros e acertos, o processo que implantou, pela primeira vez, o socialismo na região, mostra um organismo social saudável, preparado para mudanças necessárias.
O célebre “mudamos ou afundamos” atribuído a Raul Castro não é, como supõe a matéria da Folha, a expressão dramática de uma situação. As crises permanentes que a revolução atravessou, impostas para fazê-la fracassar, fizeram com que a retificação de rumos e a concepção de novas idéias se tornassem elementos constitutivos da nação caribenha. Fátima Marreiro pode ter uma certeza: Cuba não afundará.

Che Guevara

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Che Guevara
O  "Dossiê GloboNews" apresentará uma entrevista com o jornalista Flávio Tavares, que conta suas histórias sobre Che Guevara, com quem teve contato durante um trabalho que resultou em belíssimas fotos. 

Na entrevista a Geneton Moraes Neto, Tavares lembra que, ao notar que seria fotografado à noite, sem flash, Che disse: 

"Vocês, brasileiros, fazem milagre com tudo". 

Essa e outras histórias, vocês poderão conferir neste sábado às 21h05, na GloboNews (saiba mais).

Reflexões de Fidel - A vitória estratégica

EM poucos dias será publicado o livro no qual, sob o título "A vitória estratégica", narro a batalha que livrou do extermínio o pequeno Exército Rebelde.
Começo com uma introdução na qual explico minhas dúvidas sobre o título que lhe colocaria "... não sabia se chamá-la 'A última ofensiva de Batista' ou 'Como 300 derrotaram 10 mil′" que pareceria um conto de ficção científica.
Inclui uma pequena autobiografia: "Não desejava esperar que se publicassem um dia as respostas a incontáveis perguntas que me fizeram sobre a infância, a adolescência e a juventude, etapas que me converteram em revolucionário e combatente armado".
O título que finalmente decidi foi "A vitória estratégica".
Está dividido em 25 capítulos, contém abundantes fotografias com a qualidade possível naquelas circunstâncias e os mapas pertinentes.
Finalmente, apresentam-se esquemas gráficos sobre os tipos de armas que utilizaram ambos os adversários.
Nas páginas finais do capítulo 24 da narração fiz afirmações que foram premonitórias.
No último parte que escrevi para ser lido na Rádio Rebelde em sete de agosto, no dia seguinte de concluída a batalha final de Las Mercedes, expressei:
"A ofensiva foi liquidada. O maior esforço militar que se tenha realizado em nossa história Republicana concluiu no mais espantoso desastre que pôde imaginar-se o soberbo ditador, cujas tropas em plena fugida, depois de dois meses e meio [de] derrota em derrota, estão assinalando os dias finais de seu regime odioso. A Serra Maestra já está totalmente livre de forças inimigas".
No livro sobre "A vitória estratégica" se explica textualmente:
"A derrota da ofensiva inimiga, depois de 74 dias de incessante combate, significou a guinada estratégica da guerra. A partir desse momento a sorte da tirania ficou definitivamente jogada, na medida em que se fazia evidente a iminência de seu colapso militar".
"Nesse mesmo dia redigi uma carta endereçada ao major general Eulogio Cantillo, que dirigiu toda a campanha inimiga do posto de comando da zona de operações, instalado em Bayamo. Confirmei a Cantillo que se encontravam em poder de nossas forças aproximadamente 160 soldados prisioneiros, entre eles muitos feridos, e que estávamos em disposição de estabelecer de imediato as negociações pertinentes para sua entrega. Após complicadas gestões, esta segunda entrega de prisioneiros se efetuou vários dias depois em Las Mercedes.
"Durante esses 74 dias de intensos combates para o rechaço e a derrota da grande ofensiva inimiga, nossas forças sofreram 31 baixas mortais. As notícias tristes jamais desalentaram o espírito de nossas forças, apesar de que a vitória teve um sabor amargo muitas vezes. Ainda assim, a perda de combatentes pôde ser muito superior, levando em conta a intensidade, duração e violência das ações terrestres e dos ataques aéreos, se não o foram foi devido à extraordinária perícia atingida por nossos guerrilheiros na agreste natureza da Serra Maestra e à solidariedade dos rebeldes. Muitas vezes, feridos graves salvaram sua vida, em primeiro lugar, porque seus companheiros fizeram o impossível por transladá-los aonde os médicos pudessem assisti-los, e tudo isso apesar do abrupto do terreno e do som das balas em meio aos combates".
"Ao longo destas páginas fui mencionando os nomes dos tombados, mas quero relacioná-los de novo a todos aqui para oferecer duma só vez o quadro completo de nossos mártires, merecedores de uma recordação eterna de respeito e admiração de todo nosso povo". Eles são:
"Comandantes: Andrés Cuevas, Ramón Paz e René Ramos Latour, Daniel".
"Capitães: Ángel Verdecia e Geonel Rodríguez".
"Tenentes: Teodoro Banderas, Fernando Chávez, o Artista, e Godofredo Verdecia".
"Combatentes: Misaíl Machado, Fernando Martínez, Albio Martínez, Wilfredo Lara, Gustavo; Wilfredo González, Pascualito; Juan de Dios Zamora, Carlos López Mas, Eugenio Cedeño, Victuro Acosta, o Bayamés; Francisco Luna, Roberto Corría, Luis Enrique Carracedo, Elinor Teruel, Juan Vázquez, Chan Cuba; Giraldo Aponte, o Marinheiro; Federico Hadfeg, Felipe Cordumy, Lorenzo Véliz, Gaudencio Santiesteban, Nicolás Ul, Luciano Tamayo, Ángel Silva Socarrás e José Díaz, o Galeguinho".
"Colaboradores camponeses: Lucas Castillo, outros membros de sua família, e Ibrahim Escalona Torres".
"Honra e glória eterna, respeito infinito e carinho para os que tombaram nessa época".
"O inimigo sofreu mais de mil baixas, delas más de 300 mortos e 443 prisioneiros, e não menos de cinco grandes unidades completas de suas forças foram aniquiladas, capturadas ou desarticuladas. Ficaram em nosso poder 507 armas, incluídos dois tanques, dez morteiros, várias bazucas e doze metralhadoras calibre 30".
"A tudo isso haveria que acrescentar o efeito moral deste desenlace e sua importância na marcha da guerra: a partir desse momento, a iniciativa estratégica ficava definitivamente nas mãos do Exército Rebelde, dono absoluto, também, dum extenso território ao qual o inimigo não tentaria sequer penetrar de novo. A Serra Maestra, efetivamente, ficava libertada para sempre".
"A vitória sobre a grande ofensiva inimiga do verão de 1958 marcou a viragem irreversível da guerra. O Exército Rebelde, triunfante e extraordinariamente fortalecido pela quantidade de armas conquistadas, ficou em condições de iniciar sua ofensiva estratégica final".
"Com estes acontecimentos começou uma nova e última etapa na guerra de libertação, caracterizada pela invasão ao centro do país, a criação do Quarto Front Oriental e do Front de Camagüey. A luta se estendeu em todo o país. A grande ofensiva final do Exército Rebelde levou, com a fulminante campanha de Oriente e de Las Villas, à derrota definitiva do Exército da tirania e, consequentemente, ao colapso militar do regime de Batista e à tomada do poder pela Revolução triunfante".
"Na contra-ofensiva vitoriosa de dezembro desse ano, decidiu-se o triunfo com aproximadamente 3 mil homens equipados com armas arrebatadas ao inimigo".
"As colunas do Che e de Camilo, avançando pelas planícies do Cauto e de Camagüey, chegaram ao centro do país. A antiga Coluna 1 treinou novamente mais de mil recrutas na escola de Minas del Frío, e com chefes que surgiam de suas próprias fileiras, tomaram os povos e as cidades na estrada central entre Bayamo e Palma Soriano. Novas tanquetas T-37 foram destruídas, os tanques pesados e a aviação de combate não puderam impedir a tomada de cidades centenas de vezes maiores que o povoado de Las Mercedes".
"Em seu avanço, à Coluna 1 aderiram as forças do Segundo Front Oriental Frank País. Assim conquistamos a cidade de Palma Soriano em 27 de dezembro de 1958".
"Exatamente em 1º de janeiro de 1959 — a data assinalada em carta a Juan Almeida antes de iniciar-se a última ofensiva da ditadura contra a Serra Maestra —, a greve geral revolucionária, decretada através da Rádio Rebelde desde Palma Soriano, paralisou o país. O Che e Camilo receberam ordens de avançar pela estrada central rumo a capital, e não houve forças que fizeram resistência".
"Cantillo, em reunião comigo, com Raúl e Almeida reconheceu que a ditadura tinha perdido a guerra, mas pouco depois na capital realizou manobras golpistas, contrarrevolucionárias e pró-imperialistas e descumpriu as condições pactuadas para um armistício. Apesar disso, em três dias estavam a nossa disposição as 100 mil armas e os navios e aviões que pouco antes tinham apoiado e permitido a fugida do último batalhão que penetrou na Serra Maestra".
Uma incansável equipe do pessoal do Gabinete de Assuntos Históricos do Conselho de Estado, designers do grupo Creativo de Casa 4, sob a direção de professores assistentes; com a cooperação do cartógrafo Otto Hernández, o general-de-brigada Amels Escalante, o desenhista Jorge Oliver, o jovem designer Geordanis González, sob a direção de Katiuska Blanco, jornalista e escritora brilhante e incansável, são os atores principais desta proeza.
Pensava que este livro tardaria meses em ser publicado. Agora sei que no início do mês de agosto estará já na rua.
Eu, que trabalhei meses no tema depois de minha grave doença, agora estou animado para continuar escrevendo a segunda parte desta história que se denominaria, se a equipe não sugere outro nome, "A contra-ofensiva estratégica final".
Fidel Castro Ruz
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