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Artigo dominical de Janio de Freitas


De forma clara e cristalina o jornalista Janio de Freitas demostra que a "disciplina e hierarquia" nas forças armadas tão cantada em verso e prosa não passa de lenda. Confira abaixo:

Os militares do Exército pulverizaram o que houvesse de positivo no seu conceito público. Uns, por conduta degenerada em termos éticos, cívicos e profissionais. Outros, por omissão solidária, ou comodismo carreirista, ou imaginada correção. Estes três segmentos apresentam-se sob a obediência ao princípio militar de “hierarquia e disciplina”.

Mais um ataque desmoralizador ao Estatuto das Forças Armadas e ao Regulamento Disciplinar do Exército (o RDE), bases das funções militares constitucionais, faz irromper uma torrente de alarmes. “Escancaradas as porteiras para a anarquia militar, o Exército põe a disciplina em risco, incentivo à indisciplina e à bagunça”, ninguém faltou.

A irrupção da valentia é justificada. Seu moinho de vento é, no entanto, uma lenda velha, consolidada na pobreza da instrução e da reflexão em todas as classes sociais. E, entre militares, pelo mesmo motivo, lenda acreditada como verdade inquestionável. “Hierarquia e disciplina.” Desde a sua proclamação por um golpe de Estado, a República tem a história pontilhada por interferências de militares do Exército na política e nas instituições civis. É um percurso traçado pela luta entre o regime constitucional e os ataques militares para devastá-lo. Com vários êxitos e sempre contra o caminhar civilizatório.

Os quase 132 anos de República ainda não bastaram para trazer o Exército à maturidade. Não tem pensamento militar próprio, é caudatário embevecido do colonialismo militar americano —o que esvazia a concepção e nega o sentimento de soberania— e vive mais de ideologia política que de qualquer das especificidades apropriadas.

Na América do Sul desafeita às guerras, os Exércitos não são temidos pelos congêneres, mas por seus respectivos povos. Todos esses já os encontraram do outro lado de justas reivindicações materiais e legítimas aspirações políticas. No Brasil isso continua sendo verdadeiro também no jogo político do regime de Constituição democrática.

Jota Camelo: os fora da lei

- Meus alunos de Direito
não entendem porque Lula
está preso.
- Eles ainda não sabem quanto
nós do judiciário somos corruptos
e fazemos politicagem.

Vida que segue

Tiririca tem vergonha da política, mas disputará reeleição

Tiririca pode ter vergonha da política como disse. O que ele e quem votar nele não tem mesmo é vergonha na cara.


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***

Brazil o país da canalhice pronta

O golpista que ocupa o Palácio do Planalto decreta intervenção federal num Estado do país com a desculpa de combate as drogas e armas (todo mundo sabe que é politicagem). No outro dia o mesmo canalha corta 50% dos recursos para a proteção das fronteiras.

Bandido!


***

Política - Fortaleza 190

2015: "Eu capitão Wagner Sousa, em nome de todos os meus eleitores, manifesto publicamente a nossa indignação com a dimensão da corrupção que sangra nosso país".

2016: O capitão Wagner Sousa se alia ao Pmdb do senador Eunício Oliveira, acusado de receber 5 milhões de propina para sua campanha em 2014.

Fortaleza hum nove zero : 
Combater a corrupção se coligando com o Pmdb não é o mesmo que se unir com o PCC para combater o roubo e o tráfico de drogas?

Sei não, mas tenho a impressão que sei lá...


Lula, o grande problema do Brasil


:

Prender o Lula, acabar com Lula, é resolver os problemas do Brasil!
Acabar com a corrupção, afinal ele é o grande responsável por todos os desvios de recursos e de conduta ao longo da história brasileira; acabar com os desequilíbrios da economia, pois foi ele quem permitiu que muita gente, tratada como vagabunda, tivesse uma renda mínima e se recusasse ao trabalho quase de graça, encarecendo a produção; acabar com políticas públicas que aumentam gastos e desequilibram as finanças públicas, protegendo setores, raças e classes, em detrimento do empreendedorismo, da força de vontade, do empenho de cada um. Lula não pode voltar, apesar de ninguém ter perdido com ele, mas o fato de uma parcela da população, que nunca ganhou, ter ganho mais, o faz "persona non grata".
Conheci o Lula na campanha de 1989. Fazia movimento estudantil naquela época. No primeiro turno apoiei Brizola. No segundo, fiz campanha para Lula. Não consigo esquecer o debate fatídico com Collor em que, dentre outras coisas, foi acusado de ter um aparelho de som "três em um". Como podia? Um operário?! Com certeza era fruto de algum desvio. Mas não foi só isso. Naquele segundo turno intensificaram-se as denúncias. Ele era o maior agitador do Brasil, era comunista. Tinha pacto com Cuba, com a Rússia, com a China. Fecharia as igrejas, era ateu! Ainda mais, ia dividir as terras, e também a casa das pessoas!
Afe, como o povo brasileiro poderia eleger alguém assim?! Collor era meio diferente, de um estado periférico, mas mais confiável, porque era da elite! O resto da história nós conhecemos.

Quem preside o III Reich?

Paulo Henrique Amorim alerta a presidente Dilma e o PT sobre quem são os operadores da conspiração, falta a gente descobrir quem é o "Pai".

Vamos ter de esperar cenas do próximo capítulo até quando?...

A Navalha Afiada de PHA antecipa algumas "surpresas" que virão por aí, confira:


Assim como é improvável que o Cerveró tenha arrumado uma grama para o Wagner com seis anos de antecedência - é o que demonstra o Fernando Brito - é absolutamente provável que o Cerveró e a OAS tenham ressuscitado para ferrar a Dilma e a candidatura do Wagner.

Não precisa desenhar!

O Conversa Afiada já tinha dito que o Golpe é isso aí!

Na atual versão, o Golpe remonta aos vazamentos seletivos do mensalão (o do PT porque o do PSDB sumiu com o Brasileirinho da Globo).

E prossegue em 2016 com a fúria que se alimenta do fracasso do impítim.

Existe uma articulação política, estruturada, institucional, com organograma e - provavelmente folha de pagamentos... - para vazar em nome do combate à corrupção.

Porque só o Governo Dilma e seu inepto ministro da Justiça são capazes de imaginar que os vazamentos integrem uma política republicana de fazer "doer a quem doer"!

Ou que, por trás dos vazamentos, não exista nada articulado, estruturado com a função de dar o Golpe.

Dilma parece Julio Cesar: ao receber a punhalada de Brutus, achou que era uma manifestação de carinho inesperado.

Assim como ela parece respeitar, acima de tudo, o fetiche do mercado - e, quando parecia tudo em paz, quando "deixou de respirar por aparelhos", como diz colonista da Fel-lha - quando parecia que o ano de 2016 ia começar melhor, ela diz que vai mexer no vespeiro de Previdência.

E desmonta toda a articulação para realinhar as centrais sindicais com o Governo, depois da indispensável substituição do Levy.

O outro fetiche que persegue este Governo é o "ninguém combateu a corrupção como nós".

Mas, ninguém permitiu que permanecessem impunes os crime cometidos em nome do combate à corrupção: como esses crimes da indústria do vazamento.

Todo mundo sabe quem está por trás disso.

Quem são os criminosos.

É só perguntar ao Brito e ao Marcelo Auler.

Os vazos são os de sempre.

Os que se valem da irrestrita liberdade de imprensa para golpear o regime democrático que a tornou possível!

Dessa Oposição não se pode esperar nada.

Não tem homens, ideias nem escrúpulos.

E seus líderes só estão soltos porque o Dr Janot deixa e, para o Dr Moro, não vem ao caso!

Não falta muito e o "método" chegará ao Supremo.

Como chegou ao Ministro Fachin, que foi cercado em casa, em Brasília, e no restaurante, Curitiba, pelos vândalos da SS!

E, acionada, a Polícia Federal não fez nada.

Já, já, os ministros (alguns) do Supremo começarão a sofrer delações selecionadas!

Ninguém está livre!

São todos suspeitos!

O Governo tem a responsabilidade - temporária, até 1º de janeiro de 2019 - de impedir a consolidação de um sistema stalinista, como o descrito pelo eminente professor Pedro Serrano.

"Doa a quem doer"?

Está doendo é no lombo da Democracia!

Dos direitos do cidadão.

No lombo da Constituição!

Da Carta dos Direitos do Homem.

E fica todo mundo achando natural, um apanágio da liberdade de informar!

Não é isso, Gushiken?

Não é assim que se combate a corrupção.

Com outros crimes.

Mas é assim que se instala o III Reich!

O PT tem a estrela de David, amarela, no peito!

Paulo Henrique Amorim


Na lata

Empresario que "Doa" para eleger candidatos ao poder Legislativo ou Executivo é Corruptor.
Sem melas nem churumelas.
Oraite?



Josias de Souza: Renan e Cunha como paladinos da responsabilidade estatal é comédia

Chama-se Projeto de Lei de Responsabilidade das Estatais a penúltima casca de banana que Renan Calheiros e Eduardo Cunha jogaram na estreita calçada de Dilma Rousseff. O bololô é grande. Mas a cereja da proposta patrocinada pelos presidentes do Senado e da Câmara é um artigo que transfere do Planalto para o Senado a palavra final na escolha dos presidentes de estatais.
Dilma chiou baixinho: “Eu gostaria de dizer que nós consideramos que a nomeação de estatais, ministérios e autarquias é prerrogativa do Executivo.” Renan deu deu de ombros: “É papel do Legislativo fiscalizar o Executivo. Esse projeto é apenas para ordenar, dar racionalidade, transparência, abrir a caixa preta e fortalecer o papel do Congresso nessa fiscalização, juntamente com a sociedade. É uma resposta do Legislativo ao desalinho das estatais, de todas, inclusive da Petrobras.'' Hummm…
Na origem das desavenças entre Dilma e Eduardo Cunha está uma decisão de madame de varrer de Furnas, estatal do setor elétrico, o grupo do deputado. Uma das evidências da sintonia que havia entre o Planalto e Renan foi a permanência de um apadrinhado dele, Sérgio Machado, na presidência da Transpetro por 12 anos. Não fosse a Operação Lava Jato, Machado fincaria raízes no posto.
Em tese, todo tipo de controle do Legislativo sobre o Executivo é benfazejo. O que estraga a bandeira são as pessoas que se enrolam nela. Renan e Cunha são investigados na Operação Lava Jato. Escolheram como presidente da comissão que analisará a proposta o senador Romero Jucá, outro investigado do mesmo escândalo.
A troica Renan-Cunha-Jucá quer levar o projeto a voto em 30 dias. Nessa hipótese, participarão da votação as três dezenas de parlamentares que, embora enrolados na Lava Jato, continuam circulando pelo Congresso como se nada tivesse sido descoberto sobre eles.
Brasília está migrando do drama para a comédia de (maus) costumes. A peça é mal alinhavada. Os atores estão nos papeis errados. Os ensaios são feitos às pressas, para substituir o espetáculo anterior. Não há a menor chance de o público gostar de algo assim. Mas o que interessa ao elenco é o seguinte: enquanto estiver discutindo a confusão que se desenrola no palco, a plateia deixa de falar sobre o escândalo da Petrobras.

O santinho-do-pau-oco




 Nas últimas semanas, os principais jornais e revistas elegeram Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seu Homem de Bem preferencial. Tem sido objeto de perfis humanizando-o, de reportagens mostrando sua garra, denodo, inspiração, transpiração. Definitivamente transformou-se em herói da mídia, assim como outras figuras irrepreensíveis, como o Ministro Gilmar Mendes do STF (Supremo Tribunal...Leia mais>>>



Josias de Souza: aliados chantageiam escancaradamente

Com aliados assim, para que oposição?

O que assusta na marcha resoluta de Dilma Rousseff rumo ao arcaico é sua crueza explícita. Se a sessão mais recente do Congresso serviu para alguma coisa foi para informar à presidente reeleita que ela não deve esperar nenhuma colaboração altruísta dos seus aliados. Ficou entendido que, no segundo mandato, os sócios do empreendimento governista enquadrarão a presidente da República em três leis: a lei da oferta e da procura, a lei do mais forte e a lei da selva.
O fato de os partidos aproveitarem a hora para exigir definições sobre o rateio dos ministérios e otras cositas não deveria surpreender o Planalto. O pessoal está apenas exigindo a consideração que Dilma não demonstrou no primeiro mandato, quando ainda se achava uma gerente extraordinária. A presidente encomendou uma meia-sola para disfarçar o rombo nas contas de 2014. Os aliados querem ajudar. Mas exigem recompensa compatível com o valor do conserto —são regras do mercado persa.


Renan Calheiros reuniu-se com Dilma na terça-feira. Acertou o envio do senador Vital do Rêgo, PhD em gestão de CPIs, para uma sinecura no TCU. E prometeu apressar a aprovação do jeitinho fiscal. Renan ligou o trator. Numa única noite, arou os 38 vetos presidenciais que obstruíam a passagem da manobra que transformará deficit em superavit. Programou o grand finale para o dia seguinte, na hora do almoço. Foi mastigado pela oposição e engolido pelo seu PMDB.
Chamado de “vergonha do Congresso” por Mendonça Filho, líder do DEM, Renan tentou fingir que havia quórum para manter o funcionamento da sessão. Para entregar a mercadoria a Dilma, precisava dos votos de 257 deputados e 41 senadores. Mas passaram pelo plenário apenas 222 dos 513 deputados e 32 dos 81 senadores. Em plena quarta-feira, dia de Casa cheia, não se chega a uma falta de quórum como essa na base do improviso.
A bancada do PMDB na Câmara soma 71 deputados. Passaram pela sessão 28. Ausente, o líder Eduardo Cunha atribuiu o fenômeno à hora do almoço. Ele mesmo estava num repasto com a turma do PSC, que irá apoiá-lo na briga pela presidência da Câmara. No Senado, o PMDB controla 19 cadeiras. Apenas oito estavam ocupadas. Foi como se os peemedebistas gritassem para Dilma que Renan representa os interesses dele, não as reivindicações das bancadas.
Além do PMDB, estavam sub representados na sessão do Congresso outras legendas cujo governismo anda meio cansado, dependendo de uma vitamina para revigorar-se. O PP, por exemplo, desfilou no plenário apenas 23 cabeças. O PR, 17. E o PSD, 26. Reduzido à rara condição de general sem tropa, Renan reconheceu a ausência de infantaria, enfiou a empáfia no saco, encerrou os trabalhos  e convocou nova batalha para terça-feira, já em pleno mês de dezembro, a 20 dias do recesso parlamentar.
Na semana passada, Dilma adiara o anúncio de sua nova equipe econômica porque lhe disseram que seria possível apresentá-los ao mercado já com a página do buraco nas contas virada pelo Congresso. Deu chabu. Nesta quinta, Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) virão à boca do palco tendo como pano de fundo a nódoa da meta descumprida do superavit. Por um instante, serão coadjuvantes de um enredo que tem a chantagem como protagonista.
Tramada e executada com esmero, a ausência de governistas na sessão do Congresso foi uma mensagem do lado mais forte para o mais fraco. E no Brasil de Brasília, os partidos governistas chegaram à conclusão de que o lado politicamente mais fraco é a presidente da República que acaba de ser reeleita. Chantageada assim, à luz do dia, Dilma terá de decidir rapidamente que tipo de papel deseja desempenhar nos próximos quatro anos: presidente ou refém?

Psdb faz terrorismo

Em carta aberta o Psdb veio a publico acusar o governo de chantagear as empreiteiras para que pressionem parlamentares a aprovar modificações na LDO - Lei de Diretrizes Orçamentária -. Não existe nada de chantagem. Isso é politicagem desse partideco (apêndice do pig, verdadeiro partido de oposição). A verdade é que se a modificação não for aprovada o governo terá que cumprir a Lei. E para que isso seja feito será necessário suspender pagamentos. E os terroristas abrigados no Psdb sabem disso. Se o Parlamento não aprovar, o governo irá a público, em pronunciamento oficial do Ministro da Fazenda botar os pingos nos is. Que decidam. Mas, desde já ficam sabendo, o governo não assumirá a culpa da decisão dos deputados e senadores.
Falei!
Dilma Invocada


PF a serviço do Psdb

do Observatório da Imprensa

De onde vem os factóides

Não há nada mais interessante nos jornais de quinta-feira (13/11) do que a reportagem do Estado de S.Paulo revelando que os delegados federais responsáveis pela Operação Lava-Jato compunham uma espécie de comitê informal do candidato Aécio Neves à Presidência da República enquanto vazavam seletivamente para a imprensa dados do inquérito. A repórter Julia Duailibi teve acesso a perfis restritos do Facebook, nos quais autoridades da Superintendência da Polícia Federal do Paraná agem como os mais fanáticos ativistas da polarização política que marcou a campanha eleitoral.

O texto não explica como a jornalista teve acesso ao material, nem quando, o que autoriza o leitor a considerar que o jornal podia já saber, na ocasião, que a fonte das especulações publicadas pela revista Veja na véspera da eleição era o próprio núcleo de investigações, atuando a serviço do candidato do PSDB. Segundo o relato, praticamente todos os agentes envolvidos na apuração, inclusive o chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários e a titular da delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvios de Recursos Públicos do Paraná, onde estão os principais inquéritos da operação, agiam como cabos eleitorais na rede social.

Entre as manifestações coletadas pela repórter há xingamentos vulgares à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula da Silva, e elogios de todo tipo a Aécio Neves – entre eles uma página em que o ex-governador de Minas aparece em montagem de fotografias na companhia de mulheres atraentes. Nessa página, o responsável pela Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, a quem estão vinculados os delegados empenhados na Operação Lava-Jato, escreveu: “Esse é o cara!”

Os policiais citados participam de um grupo fechado autointitulado Organização de Combate à Corrupção (OCC), cujo símbolo é uma caricatura da presidente da República com dois grandes dentes incisivos e coberta por uma faixa onde se lê: “Fora, PT!” O conteúdo repete factoides, mitos, boatos e todo o arsenal usado durante a campanha eleitoral contra a reeleição da presidente.

 A página inicial da organização ainda pode ser acessada (ver aqui) no Facebook, embora a participação seja exclusiva para inscritos sob convite, e apresenta a OCC como “um instituto de orientação da cidadania, da democracia, da promoção do desenvolvimento econômico e social e de outros valores universais”.

Ela remete ao blog da suposta entidade (ver aqui), onde se desenvolvem campanhas em defesa da ditadura militar, teorias conspiratórias e textos que procuram desacreditar alguns profissionais da imprensa – num deles, os autores expõem os repórteres Gustavo Uribe, da Folha de S.Paulo, e Ricardo Chapola, do Estado de S.Paulo.

A OCC tem todas as características de outra organização de extrema-direita que atuou como força auxiliar da repressão nos tempos da ditadura militar: o CCC (Comando de Caça aos Comunistas) também começou como uma entidade da sociedade civil preocupada com a defesa de supostos “valores universais” e acabou transformado em milícia terrorista, praticando ações extremas como a depredação de uma emissora de rádio, atentados a bomba e o assassinato de um padre católico no Recife.

A reportagem inclui entrevistas com especialistas em Direito Administrativo e Penal para os quais o posicionamento político de delegados na condução de uma investigação pode colocar em xeque a neutralidade e conduzir até mesmo à nulidade de um inquérito. Alguns dos consultados citam a Operação Satiagraha, que levou à destituição e condenação do delegado federal Protógenes Queiroz por vazamento de informações sigilosas. Como se sabe, com essa justificativa a Operação Satiagraha foi esvaziada por decisão do Supremo Tribunal Federal, deixando livre o principal acusado, o banqueiro Daniel Dantas.

A revelação feita pelo Estado de S.Paulo e o que se pode apurar sobre os personagens dessa história compõem um escândalo dentro do escândalo da Petrobras e expõem a perigosa contaminação de toda uma superintendência regional da Polícia Federal por interesses externos ao da atividade policial, o que coloca em dúvida a qualificação de seus agentes para conduzir essa investigação, e, por consequência, de todo o noticiário que se seguiu.

Além disso, revela de onde vêm os factoides utilizados pela imprensa para exercer sua influência em questões importantes para a sociedade brasileira, como a eleição para a Presidência da República.

Ciro Gomes: Ele é o Picareta Mor

[...] Este cara deve ser assim, entre mil picaretas, o Picareta Mor!


Eu conheço esse cara desde o governo Collor. Ele operava no escândalo do PC Farias na Telerj. Depois tava enrolado no fundo de pensão da Cedae do governo Garotinho e aí vem vindo. Depois tava enrolado no governo Lula com Furnas e agora enrolado até o gogó em tudo em quanto. E ele é o que banca os colegas. Todo mundo sabe disso. Antigamente, o picareta achava a sombra, procurava ali o bastidor, ia fazendo as picaretagens dele escondido. Agora não! Quer ser o presidente da Câmara. Se o PT mais a Dilma aceitarem, eu rompo e vou pra oposição. Claramente. Pouco importa a boa-fé do meu irmão Cid Gomes. Eu enchi”...




A meus amigos tucanos, por Emir Ruivo

Carta aberta

Amigos tucanos,
Vocês se tornaram, por inocência ou cinismo, pequenos Aécios.
Quando penso em vários de vocês, um por um, tenho certeza que quase todos são capazes de enxergar a demagogia no discurso de Aécio.
Esse discurso que, aliás, me fez entender porque FHC, na ausência de Mário Covas, tentou emplacar os fracos Serra e Alckmin como sucessores antes deste jovem senhor cujo cinismo me parece beirar a sociopatia.
O discurso agressivo e raso segue a mesma receita do discurso de Collor: apontar e amplificar erros de lá que também existem cá; apontar e amplificar falta de ética de lá que é ainda maior cá.
Eu sei que vocês veem. Eu sei que vocês notam. E ainda assim, toleram. Alguns, gostam.
Para vocês, a preocupação com as urnas eletrônicas, “fáceis de forjar resultados”, sumiu a partir do dia que Aécio ganhou da Marina. Tivesse ganho a Marina ou acabado no primeiro turno, queria ter visto a gritaria.
Agora, para vocês, acusações na Petrobras que cutucaram o PSDB, devem ser investigadas, quando há poucos dias eram tidas todas como verdades absolutas.
Todas as acusações ligadas ao Aécio, aliás, têm que ser provadas. Mas é bom lembrar que quem trouxe acusações sem prova em tom de veredicto final foi Aécio, chamando as acusações da Petrobras de “mar de lama”.
E vocês sabem.
E vocês sabem da incoerência.
Dilma não é minha candidata ideal, é verdade. Mas não posso deixar um massacre ocorrer com uma pessoa honesta e franca, com todos os defeitos que possa ter, e me manter calado.
Minha candidata ideal, aliás, me deixou decepcionado não apoiando Dilma num momento tão delicado do Brasil.
Aos amigos cínicos, digo que vocês não precisam ganhar dos inocentes no golpe. Vocês não precisam falar essas bobagens desonestas, cujo único efeito real, no fim das contas, é diminuir a vocês mesmos e a humanidade.
Aos inocentes, digo que vocês não precisam ser inocentes para sempre. É só questionar (os dois lados) e buscar dados.
Neste momento de polarização e de manipulação ferrenha da mídia, só dados salvam.
E a quem interessar possa, sugiro Dilma, meu voto aberto, pela competência e honestidade.
E se votarem no Aécio, que pelo menos votem pelos motivos certos. Acreditar na direita é um direito absoluto e inquestionável. Preferir o PSDB por questões ideológicas também.
O que não dá para ser é outro Aécio, porque um já é demais.
Vocês são tão lindos, amigos, e estão tão feios. E o pior é que mesmo que vocês cometam uma loucura, eu os amo e amarei.


Com carinho,
Emir

Sobre o Autor
Emir Ruivo é músico e produtor formado em Projeto Para Indústria Fonográfica na Point Blank London. Produziu algumas dezenas de álbuns e algumas centenas de singles. Com sua banda, Aurélios, possui dois álbuns lançados pela gravadora Atração. Seu último trabalho pode ser visto no seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=dFjmeJKiaWQ

Festival de pornopolítica

Desde que foi fundido à força pela ditadura com o Estado do Rio, em 1975, o Rio de Janeiro tem sido um cemitério de governantes, como Brizola, Moreira Franco, Garotinho, Rosinha e Sérgio Cabral, que saíram do governo como zumbis políticos. Mas o tal espírito carioca, sempre celebrado por sua irreverência, criatividade e independência, na política estadual tem produzido mais desastres do que avanços.
O espetáculo constrangedor da recente orgia partidária, protagonizado por arqui-inimigos que param de se acusar das piores baixezas e vilanias para se unir na busca do poder a qualquer preço, escancara a sem-vergonhice da cena política carioca, com a contribuição do paraibano Lindbergh Farias e do pernambucano Eduardo Campos, cuja união desmoraliza as duas candidaturas.
Uma coisa eles estão provando: têm estômago e não temem o ridículo.
O Rio de Janeiro é tão peculiar que o PT e o PSDB, que protagonizam a grande polarização nacional, aqui têm mínima expressão e reduzido poder de fogo. Além do “brizolismo de resultados” do PDT, as siglas menores se misturam e se confundem, só mudam os nomes dos candidatos.
É como se essa geleia fluminense fosse um grande PMDB, como nos tempos de Chagas Freitas, ao mesmo tempo governo e oposição, marcado pelo populismo, o oportunismo e a cafajestice, mas agora com expressivo eleitorado evangélico, disputado por Garotinho e Crivella. É mole?
Apesar de toda sua importância cultural, empresarial e política, falar de partidos políticos no Rio de Janeiro nos aproxima de Alagoas e Maranhão: são bandos de interesse guiados pela melhor oportunidade, digamos que não necessariamente desonestos, mas sem nenhuma qualificação profissional ou representatividade popular.
Nesse festival de pornopolítica fluminense, que envergonha até quem apenas o testemunha, o grande vencedor é o voto branco ou nulo. Pelo menos está servindo para o eleitorado saber com quem está lidando, se é que ainda tinha alguma ilusão, e se conformar em escolher o menos pior, com os aliados menos nefastos.
Pensando melhor: em que estado o quadro é muito diferente disso?

Nelson Mota - O Globo

Uma dupla de oportunistas

Eduardo Campos e Aécio Neves, pregam uma moral que não praticam:

Hipócritas!

O duplo oportunismo

[...] Aécio Neves e Eduardo Campos procuraram, de imediato, tirar proveito político e eleitoral dos xingamentos proferidos contra Dilma. Imputaram a culpabilidade dos xingamentos à própria presidente, o que revela uma falta de ética. O homem público, principalmente alguém que alimenta a pretensão de ser presidente do Brasil, tem o dever político e moral de dar o bom exemplo. O bom exemplo dos governantes é fundamental para a constituição de uma adequada moralidade social. Tentar tirar proveito de atitudes desrespeitosas, antes de tudo, também revela uma falta de respeito. Percebendo que esta atitude poderia voltar-se contra ele mesmo, Aécio emitiu uma desaprovação envergonhada aos xingamentos na sua página no Facebook.
A conduta do candidato tucano revela um duplo oportunismo: nos dois casos, não foi ditada pelo dever moral, mas pela conveniência de extrair vantagem eleitoral de uma atitude, moral e politicamente condenável. O oportunismo político é avesso à moralidade política ou à chamada ética da responsabilidade de Weber. Ele desvincula a necessária adequação entre meios e fins para fazer pontificar a tese de que todos os meios são justificados pelo fim. O oposto do oportunismo pode ser definido como o dever moral da honestidade. Esta ensina que, mesmo na ação política, deve haver limites tantos nos meios, quanto nos fins. Somente assim se pode conciliar a ética das convicções com a ética da responsabilidade. Se não existissem limites morais na ação política não existiriam crimes políticos e nem mesmo crimes de guerra.
Ao conduzir-se dessa forma oportunista, Aécio Neves desmente na prática aquilo que vem prometendo em entrevistas: resgatar a dignidade da política, unir o Brasil e abandonar a política do ódio. Os xingamentos de baixo calão à Dilma são a pura expressão do ódio. Partindo de onde partiram, tudo indica que as suas motivações foram os méritos de Dilma e do PT e não as suas falhas, que são muitas e merecem ser debatidas e criticas. Sabe-se que a chamada “elite branca paulista”, no dizer de Cláudio Lembo, odeia o Bolsa Família, o Prouni, o salário mínimo e as demais políticas sociais que, de alguma forma ou de outra, contribuem para a redução da desigualdade no país.
Essa mesma “elite branca”, que condena a corrupção, mas a atribui apenas ao PT e se recusa em ver a corrupção do PSDB e de outros partidos, é bastante dada à prática da sonegação fiscal. Corrupção e sonegação se equivalem e provocam danos irreparáveis ao bem público e à moralidade social. Mas os danos causados pela sonegação são muito mais graves: estimativas indicam que a corrupção promove o desvio de R$ 85 bilhões anuais dos cofres públicos. Nos primeiros cinco meses de 2014, a sonegação já atingiu os R$ 200 bilhões. Dessa forma, espera-se que todos os candidatos se pronunciam também sobre a sonegação durante a campanha eleitoral.
Se os candidatos não tiverem a coragem de conduzir política e moralmente seus adeptos nenhuma dignidade da política será resgatada e a campanha corre o risco de descambar para o superficialismo e para a vulgaridade. O fato é que existe uma crise de representação e uma deslegitimação dos políticos. Os índices de rejeição de Aécio e de Eduardo Campos não são tão diferentes dos de Dilma. A dignidade da política será minimamente resgatada se tanto os candidatos quanto os eleitores se esforçarem no sentido de promover um debate qualificado e respeitoso acerca dos problemas, dos desafios e do futuro do Brasil.
Aldo Fornazieri – Cientista Político e Professor da Escola de Sociologia e Política.

O partido da suprema corte

Ministros nomeados por influência política extrapolam e assumem palanques como se militantes fossem

 
Um país em que ministros da sua Suprema Corte saem do sério rotineiramente, metendo os pés pelas mãos hostilizando partidos, é um país destituído de qualquer segurança jurídica, eis que esses supremos magistrados seriam por dever de ofício inteiramente infensos a qualquer manipulação tendenciosa, mesmo que tenham sido nomeados por suas ligações políticas. E, se assim fossem, seriam eles guardiões inabaláveis dos direitos pétreos de cada cidadão, independente de cor, raça, ideologia, filiação partidária ou orientação sexual.

Como quase todos esses ministros são elevados aos píncaros muito mais por articulações políticas do que pelo superior saber jurídico, tendem a se mover sob impulsos facciosos. Ou na reafirmação da fidelidade a quem lhes outorgou as prebendas, ou, segundo o paradoxo registrado desde Co nfúcio, para negar seu cordão umbilical.
Desde que a Tv Justiça entrou no ar naquele 11 de agosto de 2002 o que se cognomina liturgia do cargo sofreu um arranhão profundo. Como todos os seres humanos dotados de um incontida carga de exibicionismo, os ministros do STF passaram a cuidar mais do penteado, dos óculos e das inflexões vocais. Afinal, são apenas 11 os reais detentores de todos os poderes, inclusive legislativos, de onde assimilarem por encanto personagens midiáticas de semideuses,  grandes protagonistas em sintonia com o avassalador domínio das comunicações.
Essa espetacularização da corte maior serviu não apenas para o aparecimento de fãs clubes de magistrados, mas também ofereceu cenas de grande apelo de audiência, como o bate boca entre Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, que até hoje rola na internet com números competitivos de visualizações.
Serviu para mostrar também co m relevo exuberante o nível de autoendeusamento desses magistrados num nível de desprezo por normas e condutas exigidas dos demais mortais.
 
Quanto o ministro Gilmar Mendes, no STF desde os 47 anos, ameaçou o juiz Fausto De Sanctis para forçar por duas vezes a soltura do banqueiro Daniel Dantas, pego com a mão na massa num tentativa de suborno devidamente filmada, ele se dizia indiferente ao "populismo jurídico", eufemismo usado para blindar suas decisões, fossem elas justas, corretas, ou sabidamente insustentáveis.

Se perguntarem hoje a quem tem o mínimo de interesse pela coisa pública, vai ser mais fácil ouvir a escalação dos ministros do presumivelmente sóbrio Supremo Tribunal de que dos auxiliares diretos da presidenta ou dos governadores do seu Estado.

Esse autoendeusamento engendra uma consciência de exceção semelhante aos dos cabeças de uma ditadura.
 
E lhes embala em tais poderes difusos que cria por si, em movimentos silentes, uma casta togada, tutora de toda a vida do país.

Não surpreende, portanto, que o ministro Gilmar Mendes, do corpo jurídico do Executivo nas épocas de Fernando Collor e Fernando Henrique, tenha extrapolado mais uma vez, de forma acintosa e arrogante, escrevendo para o senador Eduardo Suplicy para reclamar das "vaquinhas" destinadas a juntar a grana necessária ao pagamento das multas a petistas no chamado processo do "mensalão"
 
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Pig faz politicanalhice o tempo todo


Os veículos de comunicação dos Marinho, TV e jornal, e seus congêneres na imprensa, apavorados com a sucessão de vitórias populares em toda América Latina e com o fim dos privilégios e monopólio das famílias que controlam a midia em todos países do continente - famílias que derrubavam governos e mudavam leis - continuam a fazer o que sempre fizeram: política o tempo todo.

Como agora, nitidamente, nos casos da energia elétrica e dos combustíveis. Sempre se beneficiaram das ditaduras. Como beneficiaram-se aqui no Brasil. Daí a política de pressão e chantagem que exercem sobre o governo Dilma Rousseff, que vai até além da oposição pura e simples e da tentativa de desgastar o governo e derrotá-lo.

Querem cooptá-lo e impor suas posições e interesses. Querem sentar à mesa para decidir os destinos do país. Querem se precaver dos riscos do governo da presidenta Dilma Rousseff, o 3º governo do PT, dar certo. Daí a torcida pelo quanto pior melhor, e a leniência, a prevaricação com os malfeitos da oposição e de seus candidatos velhos e novos, com seus escândalos e desgovernos.

Querem se precaver dos riscos de o governo dar certo

Como nos casos do contraventor Carlos Ramos Cachoeira, que capturou um governo - o de Goiás -, e do fracasso tucano em  São Paulo depois de 20 anos de governo do PSDB. São agentes políticos e atuam como tais. Basta ver como a cada eleição assumem posições políticas e apoiam candidatos - na melhor das hipóteses em editoriais, mas geralmente dirigindo o noticiário.

Ultimamente andam articulando e participando de ações políticas como no julgamento da Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal (STF). Defendem interesses econômicos e comerciais. Fazem uma espécie de trafico de influência, de lobby encoberto. Encoberto na forma, mas atuam abertamente em oposição às politicas dos governos do PT, aprovadas três vezes nas urnas pela soberania popular nas duas eleições do presidente Lula (2002 e 2006) e na da presidenta Dilma (2010).