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Luis Nassif - a disputa mídia x política

E o poder libertador do voto

Historicamente políticos e jornais sempre disputaram quem era mais autorizado a falar pela opinião pública.  É essa competição que explica os conflitos reiterados entre ambos.
Ambos têm interesses próprios – legítimos ou ilegítimos – e lutam com garras e dentes para preservá-los. Ambos dependem de financiadores privados; ambos disputam recursos públicos.
Mas existem diferenças.
Os grupos de mídia buscam o público escolarizado, bancarizado e consumidor, que garante os patrocínios comerciais – porque consumidores – e a influência política – porque abarcando setores influentes da sociedade.
Já para os políticos, cada cidadão é um voto. Portanto, seu público é universal, distribuído por todos os cantos do país.
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Tem mais.
A governança de grupos de mídia é autocrática, anacrônica, pré-mercado de capitais.
As grandes sociedades anônimas, embora sob comando de grupos de controle, são obrigadas a prestar contas de seus atos a acionistas minoritários, a autoridades reguladoras do mercado de capitais, do direito econômico. Independentemente do tamanho, os grupos de mídia são fundamentalmente familiares. O processo de decisão é solitário, monárquico.
No Congresso, a governança é negociada. São deputados de todas as partes do país, precisando prestar contas aos seus eleitores (em alguns casos, aos seus financiadores), mas tendo de convencer seus pares. Mesmo os lobistas têm que legitimar publicamente seus argumentos.
***
No parlamento prevalece a democracia (cada voto um voto) e a ampla discussão; nos grupos de mídia, as decisões individuais e o cuidado de não chocar os leitores – o que os torna agentes do status quo.
Esta semana, o presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Alves, ocupou rede nacional para uma prestação de contas. Mereceu notas pequenas nos jornais.
No balanço do ano, Alves divulgou as seguintes votações que representaram avanços civilizatórios importantes:
1. Criação do Plano Nacional de Educação, obrigando o governo federal a destinar 10% do orçamento para a área.
2. Votação do Marco Civil da Internet, assegurando a neutralidade da rede, dificultando a formação de novos monopólios, como existe hoje em dia na radiodifusão.
3. Prorrogação por quinze anos dos incentivos para a indústria de informática.
4. Aprovação das cotas raciais nos concursos para o serviço público.
5. Instituição do piso de R$ 1.014,00 para agentes comunitários de saúde e endemias.
6. Aprovação da Lei Menino Bernardo, para coibir violência doméstica contra crianças.
7. Votação de emenda constitucional que obriga a União, estados e Distrito Federal a garantir a presença de defensores públicos em todas as comarcas.
8. Aprovação do Código de Processo Civil.
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Em relação a esses temas  , dentre os quatro grandes grupos de mídia, prevalece o entendimento de que qualquer gasto aplicado na melhoria das condições de vida da população subverte as contas fiscais. E que qualquer política que melhore a vida dos excluídos é eleitoreira.
Aí acertaram. Não fosse o interesse eleitoral pelo voto, não fosse o papel libertador do voto, não fosse o direito de voto estendido a analfabetos, esse país ainda seria uma grande fazenda.

Político assaltante

Querido povo brasileiro, estou aqui no horário nobre da TV para dizer que prometo baixar as seguintes tarifas: Energia, Água, Esgoto, Gás, Passagem de ônibus, Imposto de renda, Lincenciamento de veículos, Seguro Obrigatório, Gasolina, Álcool, IPTU, IPVA, IPI, ICMS, PIS, COFINS...
L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

A mídia e a tática da demonização

As pesquisas qualitativas dos institutos de pesquisa Datafolha e Ibope são bastante reveladoras de métodos tradicionais da velha mídia.

Até algum tempo atrás, uma das táticas mais bem sucedidas do jogo jornalístico consistia na demonização de personagens. Criavam personagens à altura dos filmes de terror classe B de Hollywood, passando para o leitor a sensação do perigo iminente, do vilão de sete vidas cujo único antídoto era o trabalho corajoso e pertinaz da mídia.
Depois da democratização, viveram esse personagem sucessivamente Orestes Quércia, Paulo Maluf, José Sarney, Fernando Collor, Sérgio Motta. Em caráter regional, Joaquim Roriz. Mais recentemente, Renan Calheiro e José Dirceu.
É só conferir o depoimento do leitor que foi pesquisado pelo IBOPE – com a pergunta sobre o que achava de José Dirceu – e a matéria de hoje da Folha, uma forçada de barra para colocar o nome de Dirceu na campanha.
um jogo tão óbvio que no ataque perpetrado pela Folha contra mim, a editora de Política Vera Magalhães colocou na matéria que, no tal episódio da Eletronet, eu tinha feito a defesa do Dirceu. Quem leu sabe que não houve nada disso, mas incluindo o nome do "maldito", julgava poder prescindir da necessidade de levantar argumentos consistentes sobre a cobertura que dei ao caso - e que comprometia a Folha.
Embora a própria opinião pública considerasse vilão maior, ACM jamais entrou nessa lista. Sempre foi poupado mercê dos grandes favores prestados a grupos de comunicação, quando foi Ministro de Sarney; e também graças às ligações com grupos de influência entre jornalistas – pessoas que, mesmo sem ocupar cargos de direção, lograram montar um séquito de aliados nas diversas redações.
Na ponta do lápis, não há grandes diferenças entre os métodos de alguns capitães de mídia e alguns coronéis políticos.
No início da série sobre a Veja, mostrei a estratégia da manipulação de escândalos, comparando a uma gôndola de supermercado, na qual o jornal retira o pacote de escândalo conveniente a cada momento, se não tem fabrica, com o intuito de transformar em arma dos seus próprios interesses pessoais. O denuncismo da mídia não obedece a uma lógica de depurar a política e controlar os poderes, mas como ferramenta de seus próprios interesses.
Logo depois, esse jogo se escancarou de maneira inédita com os desdobramentos do caso Satiagraha, no qual a velha mídia fuzilou reputações de juízes, desembargadores, jornalistas, delegados de polícia de forma inédita. E tudo isso em defesa de Daniel Dantas.
Com as características da política brasileira, a indignação seletiva pe desmascarada instantaneamente. Aliançcas são inevitáveis. Lula se alia a Collor e Renan; Serra a Quércia e Maluf; FHC recebe Joaquim Roriz. Ou seja, demônios para todos os gostos e partidos. A velha mídia seleciona apenas os dos adversários, praticando o velho jogo dos tempos das cortinas fechadas. Só que a blogosfera inteira acompanha o jogo de dentro do palco. Algo ridículo.
Por isso mesmo, esse denuncismo tende a perder força a cada momento. E, insistindo nesse jogo aberto – porque escancarado hoje pelas novas mídias – a velha mídia arrisca-se a ser o próximo ator do personagem que ela escolheu: o demônio da hora. 

Algumas opiniões de Adolf Tobeña autor do livro "Cérebro e Poder".

  •       Político tem que ter caráter, muita coragem e dormir bem. Dormir bem é um atributo fundamental para um líder. Aqueles que levam os problemas para a cama nunca serão bons líderes. Significa que os mais frios no topo dormem como crianças, sem remédios. Aqueles que tiveram que sacrificar pessoas a sua volta e dormem bem, tem ganhado a liderança. Estes são bons e tem têmpera. Os grandes políticos, todos eles dormiam muito bem.
  • Ontem eu ouvi um elogio: esse político é capaz de cortar a cabeça de seu aliado mais fiel e, em seguida, ter pena de um pássaro morto. Não é sentir pena. Sacrifica seu amigo mais fiel e, em seguida, finge que está perto das pessoas comuns. Eles fazem isso tão bem que até acredito que esse sentimento é real.
  • Claro que existe uma base biológica para o poder. Há um gene da liderança. Supõe-se 30 ou 35% da capacidade de comando. O resto é aprendizado. O líder tem uma especial habilidade para mentir, manipular, recrutar aliados. Os genes fornecem um coquetel de hormônios, em proporções que você tem e outros não. Fornecem atributos: a sabedoria, coragem, crueldade, mentira, o egoísmo a todo custo.
  • Eles vendem que estão a serviço dos outros, mas apenas seguem seus próprios interesses. Eles têm uma grande capacidade de auto-engano, de acreditar no que dizem. Isso os torna verdadeiros. Talvez por isso passem da política para a empresa com facilidade. A transição da social democracia para a gestão capitalista tem sido feita nos últimos anos, sem pudor.
  • Blair: O melhor dos últimos trinta anos: forte, implacável. Tem cara de bebê e sorriso de inocente. Tem uma frieza absoluta, difícil de detectar.  Bem, eu chamo de "psicopatias". Mas são necessários, tomam decisões difíceis. Também é verdade que existem líderes que conseguem disseminar o conhecimento e a riqueza, e outros que são destrutivos, que geram a tragédia e o atraso.

FORÇA ESTRANHA


A matéria pertence a cientistas políticos e a sociólogos, mas é bom meter a colher na panela: que força estranha será essa impulsionando candidatos sem a menor chance de vitória a concorrer às eleições presidenciais?


Não se fala dos picaretas e dos vigaristas ávidos de quinze segundos  de  exposição nas telinhas, megalômanos sem a menor importância. Importa indagar por que, por exemplo, Marina Silva, pelo PV,  e Plínio de Arruda Sampaio, pelo Psol, insistem em apresentar-se sabendo que nem por milagre seriam eleitos?


O leque contém opções diversas: a defesa de uma idéia ou de um programa, a possibilidade de participarem de debates com os demais concorrentes, com chance de superá-los na retórica e no conteúdo, a fidelidade a princípios tradicionais, a vontade de mesmo inutilmente  demonstrar ao eleitorado o erro em que irá incorrer.


Tem sido assim no passado, continuará ser assim no futuro.   São profundas  as raízes dessa força estranha que expôs líderes como Ulysses Guimarães, Mário Covas, Aureliano Chaves, Ciro Gomes, o próprio Leonel Brizola,  a correrem para a  derrota inevitável.  O problema é que Marina Silva fará falta, no Senado, e Plínio de Arruda Sampaio, na Câmara.

Freiras, sonsos e oportunistas

Na boa, sem ofensa, ela e Heloisa Helena podem ser ótimas freiras, mas são péssimas politicas. Aliás o PT tem uma boa cota de não-políticos, sonsos e oportunistas. Ainda não sei em que categoria colocar Mercadante, se na segunda ou na última.

O Cristovão Buarque é sócio fundador da categoria “oportunista”. Para ser politico é preciso ou ler “O Príncipe” de Maquiavel ou, não sendo letrado, entender porque cargas d’agua alguém criaria uma frase como “dividir para conquistar”. Quem não entender que era absolutamente necessário colocar Virgílio contra Sarney (e vice-versa) não é politico. É um banana.

Quem não entender a necessidade de um partido trabalhista (e nacionalista) implantar o arcabouço jurídico do pré-sal, não vai entender porque manter Sarney é um meio necessário para o fim maior da soberania energética nacional.

Quem achar que nenhum fim justifica nenhum meio, ou é uma freira ou é um não-politico ou um sonso ou um oportunista.

Em tempo: observe que freiras, sonsos e oportunistas SÃO políticos

Quanto às chances eleitorais de Marina…

Acho bom ela arranjar um jeito de gerar energia a partir do bagre
Francisco

Picareta por picareta

Focado
Podem falar o que quiserem , mas o Lula está dando um banho em matéria de competencia política. Também pudera, vindo de operário , chegando onde chegou e com toda a experência que tem, não seriam aprendizes de feiticeiro, jornalistas - economistas-cozinheiros, que iriam lhe passar uma rasteira. Pelo menos nisso podemos nos orgulhar de nosso políticos.

Picareta por picareta são bem mais malandros do que a mídia partidária.

50 conselhos de um político para outros políticos

  1. Nunca mude de personagem.
  2. Não fale mal de seu adversário na frente da família. Ela nunca entenderá quando for seu parceiro.
  3. Nunca minta. Fale o necessário.
  4. Mais importante que ganhar eleição é seu antagônico perder. Dentro ou fora.
  5. A internet não substitui a imprensa.
  6. A imprensa continua importante.
  7. A imprensa não é fundamental.
  8. A noticia de hoje desaparece duas horas depois.
  9. Cuidado quando as noticias forem em série.
  10. Nunca tranque as portas. No máximo as feche.
  11. Há uma diferença em buscar recursos para fazer política e buscar a política para fazer recursos.
  12. A eleição de hoje não é a ultima da historia.
  13. Ninguém sabe no exterior que o brasileiro é alegre e festivo. Nem aqui.
  14. Atire sempre na pessoa jurídica de seu adversário. Nunca na pessoa física.
  15. Ideologia na política não é tudo. Política sem ideologia é nada.
  16. Fique bravo por fora, e tranqüilo por dentro.
  17. Na TV se fala com voz escandida. No rádio se faz discurso.
  18. Seu assessor de imprensa não conhece a imprensa.
  19. Seu publicitário sabe muito menos que você sobre política.
  20. Sempre haverá um bêbado numa reunião. Dê a palavra a ele.
  21. Político: Mulheres se cumprimentam com olhar fixo e aperto de mão rígidio. Política: Homens se cumprimentam, com olhar esguio e aperto de mão frouxo.
  22. Só polemize se souber o que vai dizer na quinta jogada.
  23. Seu adversário sabe tudo de você. Você só precisa saber uma coisa dele.
  24. Enxugue o suor de sua mão antes de apertá-la.
  25. Abrace o eleitor envolvendo-o. Ele é seu intimo. Nunca use freio de mão.
  26. Ouça seu eleitor envolvendo-o. Olhe para seus olhos olhando os cantos do rosto. Preste atenção.
  27. Cada aperto de mão é uma pesquisa qualititava,
  28. As pesquisas tratam do que você deve fazer e não do que já fez.
  29. Case com uma mulher mais velha. Case com um homem muito mais velho.
  30. Aprenda a sorrir como o Blair e faça assim na TV e nos velórios.
  31. Os âncoras da TV tem mais credibilidade que você. Não os desminta.
  32. É na pré-campanha que se fixa a imagem no celulóide. Na campanha se revela.
  33. Ataque com palavras sinonímicas. Nunca subindo o tom da voz.
  34. Use parábolas, eufemismos,mas sempre...............curtos.
  35. Deus não vota.
  36. O fotojornalismo é mais importante que o jornalismo escrito. Até que as manchetes.
  37. Fale com narrativas e imagens. Só assim vai gerar memorabilidade.
  38. Escolha a biografia de no mínimo dois políticos, e as conheça bem.
  39. Historia é o fundamento da política.
  40. Leia o noticiário do dia do veiculo que o vai entrevistar e o use como argumento.
  41. Os números quebrados impressionam mais.
  42. A retórica pomposa, ridiculariza.
  43. Conheça umas 4 piadas sobre políticos. Curtas. E as use.
  44. Nunca desminta a imprensa: faça uma nova afirmação.
  45. Não é você que é bonito, mas o poder que você tem. Dura seu mandato.
  46. Em plenário, responda concordando, e prossiga,... discordando.
  47. A ultima palavra é a de Deus.
  48. O voto se pede. Mas não se suplica.
  49. A cada contato com o eleitor você deve estar como se estivesse acabado de tomar banho: alegre, perfumado, arrumado.
  50. Prometer o possível.