Mostrando postagens com marcador Silvia Mendonça. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Silvia Mendonça. Mostrar todas as postagens
A muralha
Do cimo da muralha o vasto deserto inabitado e ancestral trouxe luzes ao meu silêncio
Abraçada às suas estátuas recordei-me dos afagos e dores de outrora [O cheiro funesto e secular inebriou-me]
No topo deste ícone imponente o vento forte desafia as alturas
Posso ver o mundo todo [meu mundo interior]
Desolei a noite em lamentos
Sentindo o vazio coletivo
[repensei toda a minha existência]
Corredores sem vozes, cheiro de solidão [miséria humana]
Durmo acuada há muitos janeiros
deixei de sonhar [As janelas da minha fronte vêem apenas rostos sem face]
Morrerei confinada poeira destes pavimentos
Sou muralha no deserto
Refúgio de almas errantes
Lágrimas e mágoas pungentes
Terra inóspita sem nome molda-me [semblante]
Vivendo de lembranças atrozes
Perseguida pela implacável memória
Sou a sombra de um velho sorriso que insiste em atormentar-me
Todo mundo quer ser bom, mas da lua só vemos um pedaço
Vida que segue..
Medos, por Silvia Mendonça
Quando eu era criança tinha medo do escuro e do "bicho papão"; Embora eu queira negar, em cada etapa da vida eu cultivei alguns medos, que, aos poucos superei. Os psicólogos dizem que o medo tem um fator positivo, pois nos faz analisar com cuidado as situações em que nos metemos. O medo só não pode nos engessar, nos impedir de viver.
Leia também: Caminhada
Assinar:
Postagens (Atom)