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Cadê os manifantoches?

Ontem o dólar turismo foi vendido a 4,35, o Euro a 5,15 e o dólar oficial a 3,92 reais, cadê o pessoal que protestou e cobrou da presidenta Dilma dólar a 1,99 ?
Estarão tentando tirar o cabo da panela da bunda?
Creio que sim.




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"Guerra Total" na crise política com os filmes "Polícia Federal" e "Real"



(...) por Wilson Ferreira
Espera-se para esse ano o lançamento de dois filmes nacionais que aproveitam a atmosfera da atual crise política. O thriller judiciário “Polícia Federal: A Lei é Para Todos” e um “thriller econômico” - “Real: O Plano por Trás da História”, sobre o Plano Real e a derrota da hiperinflação. “Esculhambação da Polícia Federal e do Judiciário” (pelo fato da PF ter cedido equipamentos, gravações de vídeos e informações sigilosas para uma produção privada sobre uma investigação ainda em andamento) e “propaganda tucana” foram algumas reações das esquerdas. Qual é a surpresa? Como em toda a História, os conquistadores chegam ao poder determinados a exterminar os vencidos. Desde o nazi-fascismo esse extermínio tornou-se simbólico por meio da “Guerra Total”: a conquista de corações e mentes através do cinema e audiovisual. Assim como o Governo dos EUA fornece armas, aviões e soldados reais para as produções patrióticas hollywoodianas, a PF transforma sua sede de Curitiba em “laboratório de interpretação” para os atores. Dentro do espectro político, quanto mais nos dirigimos à direita vemos uma aplicação mais eficiente das armas da comunicação. Como demonstrou Donald Trump na semana passada em suas incursões pela Internet e redes sociais nas madrugadas.

Temos de fazer mais pelo Real


ImageO câmbio vai continuar se valorizando, os juros permanecerão altos e a liquidez persistirá no mundo. O mesmo vale para as políticas cambiais e de juros administradas nos Estados Unidos e China – ou seja, as guerras comercial e cambial seguirão o seu curso.

Devemos e podemos fazer mais para impedir uma valorização maior do real. Mas, enquanto não mudarmos nossa política monetária, não haverá solução no curto prazo. Ela só é possível no médio prazo, com menos impostos e dinheiro mais barato, melhor infraestrutura e logística, mais educação e, principalmente, inovação tecnológica.

Já é hora de o governo e de todo país priorizar - de fato - a educação e a inovação. Temos de fazer a reforma tributária, implantar a nova fase da política industrial e evitar todo tipo de dumping e fraude comercial, como, por exemplo, as famosas triangulações via MERCOSUL. E, inclusive, fazer avançar a integração regional. Isso significa dar um salto no próprio bloco comercial do continente (leia mais neste blog). E, como sabemos, nada disso se dá no curto prazo.

Taxas imbatíveis


Daí, a urgência de uma mudança na política de juros, que hoje paga quase 6% de juros reais. Com a taxa Selic a 12,50% e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 6,71%, no acumulado de 12 meses até junho, os juros reais no Brasil tornam-se praticamente "imbatíveis", segundo analisa boa parte dos estrategistas do mercado financeiro.

Com essa taxa, não há câmbio que se sustente! A título de exemplo, a Índia, um país emergente e do grupo dos BRICS como o Brasil, com seus 9,44% de inflação anuais tem juros de 8%, ou seja, negativos. Por outro lado, como o Brasil está crescendo, oferece oportunidades de investimento, garantia e segurança jurídica - fundamentos razoáveis no mundo de hoje - o capital, como ave de rapina, não tem dúvidas: ruma para cá.

Basta ver que nosso país saltou do 15º lugar para o 5º, na lista mundial do investimento direto estrangeiro, o famoso IDE, levantado pela UNCTAD, a agência da ONU para o comércio e o desenvolvimento.

Não deveríamos ter permitido a venda da Repsol


Por aqui, o IDE aumentou 84,6% em 2010 na comparação com o ano anterior, totalizando US$ 48,4 bi, de acordo com esse estudo da UNCTAD chamado Investimento no Mundo 2011. E, mesmo que US$ 7 bi contabilizados neste ranking sejam resultantes da venda da filial brasileira da Repsol espanhola para a chinesa Sinopec - o que nunca deveríamos ter permitido, comprando nós a Repsol - o grosso dos valores do IDE representa investimentos voltados à produção.

Esse volume de IDE veio, portanto, para a criação de fábricas e para diversas operações empresariais internacionais, como fusões e aquisições, compra de participações acionárias, empréstimos para filiais e reinvestimento dos lucros. Ainda bem.
Zé Dirceu

A notícia da morte de Itamar nos surpreendeu a todos

por Marcos Coimbra
Embora seu estado de saúde fosse complicado, tudo indicava que o pior já tivesse passado. Quem tinha lutado contra uma leucemia e vencido não deveria ter grande dificuldade de superar uma pneumonia.
Para dizer o óbvio, sua morte deixa um vazio na política mineira. Especialmente no plano simbólico.
Ele nunca foi um líder político típico, daqueles que cultivam “suas bases” e ficam à frente de “seu grupo”. Talvez apenas no início da carreira, ainda em Juiz de Fora, tenha existido um “itamarismo”, com seu séquito de apoiadores e representantes.
Dessa época, alguns amigos ficaram, mas são poucos hoje em dia. Afinal, embora sempre tivesse permanecido ligado à sua cidade de coração, fazia tempo que Itamar tinha saído de lá.
Assim, são poucos os órfãos políticos que deixa. No Congresso e na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, por exemplo, não há bancadas que lhe fossem fiéis e que agora ficam sem a liderança.
Tampouco se pode dizer que seu desaparecimento modifique o partido pelo qual se elegeu senador ano passado. O PPS foi seu ancoradouro por breves momentos e não se pode dizer que eram profundas suas ligações com os companheiros atuais.
No plano partidário, aliás, Itamar foi, acima de tudo, um peemedebista. Pena que seus caminhos tivessem se separado tão cedo, pois, quando saiu do PMDB, não se sentiu mais em casa. Foi um longo percurso de sigla em sigla, sem nunca encontrar seu lugar.
O espaço que fica é no sentimento da sociedade, na opinião pública. Especialmente em Minas, mas também no restante do país, Itamar era um símbolo.
É curioso que, embora tivesse sido presidente da República e governador de estado, sua imagem pouco decorresse das passagens pelo Executivo. Ambas perderam conteúdo concreto. Não é como administrador público que as pessoas pensavam em Itamar.
Sua importância na solução da crise aberta pelo impeachment de Collor só não foi maior que na percepção de que a solução do problema econômico brasileiro exigia medidas não-convencionais. Quem, em última instância, tomou a decisão de implantar um programa anti-inflacionário sem qualquer garantia de sucesso foi ele.
Depois de tantas tentativas frustradas, era preciso coragem para apostar em um novo plano. Os ministros milagreiros que os propuseram sobreviveram, mas os presidentes não. Quem bancou os riscos do Real foi Itamar.
O sucesso do programa lhe foi, no entanto, subtraído. Não foi sem mágoas que teve que reivindicar, daí para a frente, seu papel na estabilização.
Para os mineiros, a memória do Itamar governador é controversa. A grande maioria das pessoas se lembra apenas do enfrentamento com Fernando Henrique, ilustrado pela resistência que opôs à privatização de Furnas.
Itamar era um símbolo em outra dimensão. Em Minas e no Brasil, um exemplo de político, que podia ser admirado por mais de um motivo.
De alguém que sempre foi firme na defesa de suas ideias (mesmo daquelas com as quais muitos não concordavam). De alguém que nunca colocou interesses privados acima dos públicos. De alguém que sempre foi coerente na defesa da democracia e do desenvolvimento.
Para o mineiros, também por outra razão: Itamar, à sua maneira, foi um representante legítimo do estado e do sentimento de sua gente.

Cresce no governo a preocupação com a crise econômica mundial

As declarações em que o atual e futuro ministro da Fazenda, Guido Mantega, adiantou a política econômica - principalmente a que vai ser seguida em 2011 -  expressam a crescente preocupação do governo atual e do que tomará posse dia 1º de janeiro com a situação da economia mundial. A preocupação principal no novo ano é com os sinais claros de que os problemas da Irlanda contaminam toda a economia da zona do euro.

Os sinais da economia mundial e as soluções encontradas para a falência irlandesa anunciam um longo período de baixo crescimento e austeridade fiscal com repercussão no nível do comércio e dos investimentos em todo mundo. Mas, no Brasil a diretriz é seguir estimulando o crescimento da nossa economia.

A situação de crise vivida pela Europa - com irradiação pela economia mundial - é agravada pela ausência de lideranças e a falta de acordos na área do G-20 (grupo dos países desenvolvidos e dos emergentes) sobre como reorganizar as finanças e o comércio mundial depois da crise norte-americana.

Brasil: medidas em defesa de sua economia

É, assim, um quadro econômico que leva o Brasil a ter que tomar medidas não apenas para defender a sua economia da valorização cambial, mas para evitar qualquer risco de endividamento público fora do controle e suas repercussões inflacionárias.

A questão é que não se pode apenas controlar os gastos públicos e reduzir o déficit sem tomar medidas para reduzir os juros e, assim, eliminar o principal estímulo a tendência mundial de desvalorização do dólar. Essa depreciação impõe ao país, de fora para dentro, uma valorização contínua de sua moeda.

É uma situação agravada, também, pelas políticas da maioria dos países tendo a frente os Estados Unidos e a China, de administrar o câmbio de uma forma ou outra sempre para expandir as exportações, seja para manter o seu crescimento - caso da China -, seja para minorar a situação de seu balanço comercial e de contas correntes - caso dos Estados Unidos.

País não pode continuar com real supervalorizado

Assim, com ou sem controle dos gastos públicos de que tanto falam, o Brasil não pode deixar de tomar medidas com relação aos juros e ao câmbio. Cortar gastos apenas, ainda que seja do custeio, é se iludir. O país não pode continuar com as atuais taxas de juros reais e muito menos com sua moeda super valorizada como está.

Precisa, urgentemente, fazer uma reforma tributária e reduzir não apenas seus custos de transporte - de logística e de infraestrutura em geral - mas, principalmente, seus custos financeiros. Pode adotar tudo isso, tomar as devidas providências, mas já não pode mais fugir de enfrentar a valorização cambial e seu irmão siamês, os juros [leia] algumas das principais diretrizes econômicas anunciadas pelo ministro Mantega).
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Avante, ministro Mantega, na questão do câmbio!

Todo apoio ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que em palestra para empresários na Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), ao reconhecer a crescente valorização do real ante o dólar, anunciou que o governo vai tomar medidas para conter a excessiva alta da moeda. "Vamos tomar as medidas necessárias para impedir uma valorização excessiva ou indevida do real", prometeu.



Mantega dissertava sobre o o momento atual da economia brasileira e suas perspectivas. Previu que o processo de capitalização da Petrobras - a data está mantida, o martelo vai ser batido no próximo dia 30 - atrairá grande volume de investimento externo e pode ser responsável pela valorização ainda maior do real.

A capitalização da Petrobras é um sucesso absoluto, apesar de toda campanha contra da mídia e da oposição que fizeram de tudo para que ela não desse certo, colocando em risco a própria empresa e a exploração do pré-sal.





Mídia e oposição jogaram o que queriam e o que não podiam


Neste processo a imprensa e os oposicionsitas jogaram pesado, não tiveram limites. Como este mercado (petróleo) é altamente sensível, teve dias em que as notícias foram para lá de preocupantes quanto ao nível de riscos que traziam. Não fosse a credibilidade e solidez da Petrobras...

O ministro reconheceu, ainda, que o momento é desfavorável para as exportações em consequência da queda do dólar, destacou a importância de manter o equilíbrio das contas externas e citou o combate à guerra fiscal importadora como uma das preocupações para manter esse equilíbrio.

Tudo bem, o ministro nem detalhou as providências que serão adotadas para conter a alta excessiva da moeda, mas o importante é que elas venham porque nós - e a nação inteira - esperamos mesmo medidas rápidas e concretas contra o câmbio supervalorizado. Medidas para já, ministro!

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Ritmo de crescimento do PIB é o mais rápido desde o Real

O IBGE divulga hoje o PIB do primeiro trimestre. 


Na média, o mercado aponta alta de 2,5% ante o trimestre anterior, o que significa 10,2% anualizados. 


Assim, o Brasil deve registrar, a partir do segundo semestre de 2009, o período de crescimento mais rápido desde o Real. 


Mesmo no piso das expectativas (2,2%), a economia terá dado salto de 6,1% em nove meses, isto é, na comparação com o PIB do segundo trimestre de 2009. 

O porque do escândalo do Goldman Sachs

Na esteira, ainda, da maior crise econômico-financeira do capitalismo nos últimos 150 anos os escândalos continuam a se suceder. O desse fim de semana (estourou ontem) envolve o banco norte-americano Goldman Sachs que depois de escapar com lucros recordes da turbulência global viu suas ações despencarem 13% na 6ª feira ao ser descoberta a fraude que teria praticado - enganou investidores na negociação de ações que favoreceram clientes preferenciais em detrimento dos outros.

A denúncia do escândalo feita pela Securities and Exchange Comission (SEC - equivalente nos EUA à nossa Comissão de Valores Mobiliários) provocou bilhões em perdas para as vítimas e, descobre-se, ganhos bilionários para os favorecidos. A queda das ações, que se refletiu em uma perda de cerca de US$ 10 bilhões do valor de mercado do Goldman Sachs, afetou outros bancos - entre os quais o Citi - e as Bolsas de Valores dos EUA e da Europa encerraram a semana em baixa.

Por quê isso continua a acontecer mais de dois anos depois da eclosão da maior crise econômico-financeira desse século e do anterior?

Porque nada mudou no mundo das finanças. A fraude e a manipulação dos mercados continuam impunes, sem regulação e fiscalização, sem uma ampla reforma do sistema e das instituições em nível global tais como o FMI, o Banco Mundial (BIRD), a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Organização das Nações Unidas (ONU), dentre outras.

Sem reforma e regulação do sistema financeiro mundial vamos continuar a mercê dos especuladores, os mesmos que fazem de tudo para manter o nosso real valorizado e a taxa de juros no Brasil alta. Assim, ganham bilhões e pagam centenas de milhões de dólares a seus executivos à custa do resto do mundo que paga e sofre o preço dessas crises com desemprego, fome, analfabetimso e o crescimento da pobreza e da miséria.