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Delação da Odebrecht contra Lula: não há crime, mas o prejuízo político é imenso, por Gustavo Castañon

Ouvi a delação do Marcelo Odebrecht e li a dos outros delatores sobre Lula. O que existe são duas acusações diferentes: gestão de caixa dois e tráfico de influência. Como tudo é complexo, se eu cometer erros nas descrições peço que me corrijam. Vamos procurar esclarecer as coisas tão complicadas.
Sobre os fatos:
1) Marcelo disse que havia sobra de recursos do caixa dois da campanha do PT de 2010. Que com esse dinheiro fez um fundo, e nele reservou quarenta milhões para serem usados a pedido de Lula. Disse que quem administrava esse fundo era Palocci e que Lula nunca falou com ele sobre isso;
2) Marcelo disse que Lula nunca usou nada para ele, a única alegação mais próxima disso seria a compra de um terreno para ser sede do Instituto Lula a pedido de Paulo Okamoto que depois foi revertido pela Odebrecht por desistência do próprio Okamoto;
3) Disse que Palocci solicitou alguma coisa desse dinheiro, que foi entregue a seu assessor em dinheiro vivo (dinheiro de fundo fantasma em moeda corrente), mas que não sabe para que destino;
4) Alguns favores teriam sido prestados pela Odebrecht a pedido de Lula (ou de sua mulher), basicamente a reforma no sítio que frequentava (e não é dele), uma reunião com seu filho para discutir um investimento na criação de uma liga de futebol americano nacional e uma suposta renda mensal a seu irmão mais velho que, segundo o prório delator, Alexandrino Alencar, pagava em consultoria sobre problemas sindicais (ie irrisória, inicialmente R$ 3 mil e, após, R$ 5 mil)

Aécio teve despesas pessoais pagas pela Odebrecht

Quando o marqueteiro João Santana, que trabalhou para a campanha eleitoral da chapa Dilma/Temer foi preso por Sérgio Moro, na Operação Acarajé, acusado de receber de caixa 2 no exterior, o senador e candidato derrotado Aécio Neves (Psdb-MG), afirmou:

" Ultrapassamos a fase testemunhal das delações e chegamos à fase documental. As investigações mostram que o publicitário do PT recebeu dinheiro durante o período eleitoral".

Pois não é que agora o tucano graúdo está envolvido nas delações da empreiteira por motivos bem mais sérios. Segundo executivos, Aécio teve despesas pessoais pagas por seu marqueteiro Paulo Vasconcelos. Afirmam os investigadores (PF e MPF) tudo está muito bem documentado.

Caso as delações sejam confirmadas, ficará provado que o esquema entre a Odebrecht e marqueteiro era com o mineiro emplumado e não com a presidenta Dilma Rousseff.
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Pressa dos golpistas não é pelo G20. É pela Odebrecht

A operação desencadeada semana passada para apressar o golpeachment  contra a presidente Dilma Rousseff não tinha nada a vê com o encontro do G20 no início de Setembro, mas sim com a delação premiada de Marcelo Odebrecht.

Os golpistas já sabiam que o empreiteiro e executivos da empresa haviam denunciado Michel Temer, Eliseu Padilha, Aécio Neves, Antônio Anastasia e José Serra entre outros demais golpistas.

Agora é ver se a força-tarefa da lava jato vai pedir a homologação da delação ou isso não vem ao caso, apesar das provas que Odebrecht garante ter para mostrar?

Eu aposto que farão exatamente como fizeram com acusações contra Eduardo Cunha, deixaram ele iniciar o golpe e só depois tomaram providências para afasta-lo da presidência da câmara federal.

Quem viver verá.

Odebrecht também irá a ONU

Caso não seja homologada a delação premiada (todas com provas incontestáveis) de Marcelo Odebrecht e demais executivos da empresa, os advogados de defesa já decidiram que todos eles denunciarão a ONU o desrespeito dos direitos humanos dos seus clientes.

O principal argumento será a seletividade da equipe de Procuradores, Moro e ministros do STF em relação às denúncias. 

Se atingir Lula, Dilma, PT e aliados, não precisa apresentar provas, basta delatar e recebe  benefícios da delação premiada.

Se for contra golpistas: Isso não vem ao caso. E não homologam a delação porque acham ser o melhor para eles. E as provas? Ninguém sabe ninguém viu.

Bomba atômica: encontraram Lula na lista da Odebrecht




MicheL Temer

             EdUardo Cunha  

        GeraLdo Alckmin

              Aécio Neves


O país tem direito à lista e à delação da Odebrecht, por Tereza Cruvinel


Quando divulgou a conversa ilegalmente grampeada entre Lula e Dilma, o juiz Sergio Moro alegou  "interesse público" no assunto.  Acrescentou que os governados têm o direito de saber o que fazem (inclusive na intimidade) os governantes.  Os mesmos argumentos , e muitos outros, podem ser invocados pela sociedade  para exigir a divulgação da "lista da Odebrecht", contendo mais de 300 nomes de políticos que receberam "capilés" da empreiteira, logo posta sob sigilo por Moro.  Por que nela há pessoas "com foro" ou porque ela não atende a seus critérios de seletividade?  Da mesma forma, a sociedade tem direito de exigir do Ministério Público que aceite a proposta da construtora para uma "colaboração definitiva", afastando a suspeita de que a recusa se relaciona com a amplitude do esquema de financiamento partidário-eleitoral que a Odebrecht planejava desnudar.
O desinteresse de Moro  e dos procuradores pelas revelações da construtora  transpareceu já na noite de terça-feira, conforme registrou este blog. O Jornal Nacional , ao noticiar a Operação Xepa, que fez buscas e apreensões em várias unidades da Odebrecht, destacou trechos da nota pública da empresa,  passando ligeiramente sobre o trecho em que afirma não ter a construtora "responsabilidade dominante" pelos fatos apurados e pela existência de "um sistema ilegítimo e ilegal de financiamento do sistema partidário-eleitoral".  A seguir, William Bonner informa que "nossos repórteres" ouviram do  Ministério Público que tal acordo não havia sido assinado e que seria analisado segundo as prioridades da Operação Lava Jato.  O desinteresse do Ministério Público confirmou-se nesta quarta-feira logo que começaram a ser divulgados nomes da oposição que figuram na lista da Odebrecht, tais como Aécio Neves, José Serra, Rodrigo Maia e Eduardo Cunha, para ficar só em quatro importantes lanceiros do impeachment.  Moro colocou o material sob sigilo e os procuradores praticamente descartaram a delação da Odebrecht.
A sociedade  tem o direito de conhecer este "sistema ilegal e ilegítimo" de financiamento do conjunto de partidos que a representa.  Quando diz que não tem  "responsabilidade dominante"  por sua existência, a Odebrecht diz implicitamente que não o criou sozinha,  que  ele não nasceu agora, nos governos do PT, que ele envolve um conjunto de empresas e partidos, enfim, que este é o sistema político-eleitoral que temos, fomentador da corrupção.   A lista contém informações que remontam aos anos 1980.   Se o objetivo é passar o país a limpo, tal sistema precisa ser conhecido  para ser desmontado e substituído.  Moro, em seu já muito citado artigo sobre a Operação Mãos Limpas da Itália, refere-se  à necessidade de "deslegitimação" do sistema partidário que lá estava fortemente associado à corrupção. Já a Lava Jato parece querer deslegitimar apenas uma parte do sistema partidário,  composta pelo PT e partidos aliados.
A divulgação da lista iluminaria uma parte do porão. Mas a "colaboração definitiva", expressão cunhada pela Odebrecht para indicar a disposição de seus dirigentes de falar tudo o que sabem, e certamente sobre todos, é fundamental para o completo desvelamento do esquema. Na colaboração eles não apenas citariam nomes mas apontariam mecanismos operacionais ainda não de todo conhecidos.   A parte ainda lúcida da sociedade, que não se deixou cegar pelo ódio, que mesmo não gostando do PT percebe a seletividade do processo, tem o direito de conhecer a lista e as revelações da Odebrecht. Depois do desgaste com as ilegalidades cometidas contra Lula, Dilma e outros políticos grampeados, a Lava Jato faria bem em afastar as evidências de que seu propósito não é uma faxina mas sim uma chacina política.

Solta o verbo Odebrecht




Moroliza a bafa jato de vez.

Queremos ver é os paladinos da moral e ética seletiva tomando Dallagnol.

Defenderam tanto a delação premiada.

Era uma divindade para combater a corrupção.

Pois não é que de repente, não mais que de repente esse instrumento maravilhoso deixou de ser importante.

Qual foi o motivo?

...

A maior empreiteira do país (Odebrecht) resolveu fazer delação ampla geral irrestrita.

Os salvadores da Pátria da República de Curitiba pularam bem acolá:

Conte com a gente não, o que nos interessa é delação combinada, pequena específica e restrita a Lula, Dilma, PT e aliados, oraite?

Uma morolização total.