Instalado no Instituto Nise da Silveira, Hotel da Loucura abriga intervenções artísticas que questionam o que é ser “normal”
Situado no bairro do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, o Instituto Nise da Silveira tem sido, durante meio século, palco de propostas revolucionárias no campo da saúde mental no país. Nos anos 40 a 60, a psiquiatra alagoana Nise da Silveira inovou ao montar um ateliê de pintura dentro do centro psiquiátrico e propor a troca do tratamento degradante, como os choques elétricos, por tintas e pincéis, estimulando os pacientes a se expressar por meio da arte. Nas décadas seguintes, a instituição foi a primeira a colocar em prática o serviço de atenção diária – no qual os pacientes recebem tratamento sem ter de deixar de conviver com a sociedade –, impulsionando a reforma psiquiátrica. Agora, um novo projeto faz jus à tradição inovadora do instituto: o Hotel da Loucura, uma ala inteira que abriga intervenções artísticas, feitas por pacientes, educadores e profissionais da saúde mental.
As antes assépticas paredes do terceiro andar do hospital estão sendo cobertas com poemas, frases de filósofos e dos pacientes-artistas. Cortinas coloridas alegram os quartos e salas de pintura e de meditação, ideia do psiquiatra Vitor Pordeus, adepto do pensamento de Nise de que a “cura” do que chamamos de loucura está na convivência.
A atividade no hotel é intensa. Há oficinas de artes plásticas e de teatro, nas quais a única regra é que não há distinção entre “loucos” e sãos. Atualmente, está sendo ensaiada a peça Dio-Nise, que relaciona o mito de Dionísio, deus da loucura, com a história da luta antimanicomial. Um local onde a insanidade é acolhida e compartilhada.
As antes assépticas paredes do terceiro andar do hospital estão sendo cobertas com poemas, frases de filósofos e dos pacientes-artistas. Cortinas coloridas alegram os quartos e salas de pintura e de meditação, ideia do psiquiatra Vitor Pordeus, adepto do pensamento de Nise de que a “cura” do que chamamos de loucura está na convivência.
A atividade no hotel é intensa. Há oficinas de artes plásticas e de teatro, nas quais a única regra é que não há distinção entre “loucos” e sãos. Atualmente, está sendo ensaiada a peça Dio-Nise, que relaciona o mito de Dionísio, deus da loucura, com a história da luta antimanicomial. Um local onde a insanidade é acolhida e compartilhada.