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Cerâmica

Interessada em aproveitar, de maneira industrial, as cinzas do carvão mineral que moverá as usinas termelétricas Pecém I e II que a MPX e a EDP constroem no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, Agnes Verônica Schmitz Cattani, diretora da Envase Importadora & Exportadora Ltda NK Brasil, mantém contato com o secretário de Desenvolvimento de São Gonçalo do Amarante, Raimundo Vieira. Ela disse ao secretário que sua empresa e o Instituto Maximiliano Gaidzinski, de Florianópolis, pretendem criar "uma solução cerâmica" usando as cinzas como matéria prima. Excelente!

Posco integra projeto da siderúrgica do Pecém

A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) já conta, agora, com um novo parceiro: a Posco, líder do mercado coreano e uma das maiores do mundo, anunciou ontem que terá 20% de participação na joint venture cearense. A informação foi confirmada pela Vale, que fica como sócia majoritária do projeto, com 50% das participações. Desta forma, a também sul-coreana Dongkuk Mill Co. passa a ter 30% das ações do empreendimento. A entrada da nova empresa fortalece o projeto, cujas obras já estão em andamento no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). De acordo com a assessoria de comunicação da Posco, a empresa integrará o projeto participando apenas da primeira fase, que consiste na produção de três milhões de toneladas de placas de aço. Conforme a assessoria, a participação da companhia na segunda fase do projeto, em que a capacidade produtiva dobrará, ainda está sendo discutida.

O Diário do Nordeste já havia antecipado, na edição da última quinta-feira, que a Posco confirmara o interesse no projeto siderúrgico local, mas que, naquele momento, ainda não tinha chegado a uma decisão. A empresa estudava o empreendimento cearense desde março último. A inserção da nova sul-coreana na CSP é tida como estratégica para o desenvolvimento do empreendimento.

"A entrada deste novo sócio agrega ainda mais valor, pois contaremos com a tecnologia e experiência operacional da Posco em usinas siderúrgicas integradas de grande porte", avalia o diretor de Siderurgia da Vale, Aristides Corbellini. A CSP, que é uma usina integrada (transforma o minério de ferro em produtos siderúrgicos), deverá iniciar sua operação em 2014, com capacidade de produção para três milhões de toneladas de placas de aço anuais.

O presidente da Vale, Roger Agnelli, quando da inauguração da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, da qual também é sócia, afirmou que concretização dessa segunda fase irá depender da inserção de um novo investidor.

Entretanto, o presidente ressaltou, através de nota lançada ontem pela assessoria da empresa, que a inclusão da Posco na CSP demonstra um interesse crescente de investidores estrangeiros nos projetos do Brasil. "Entendemos que o Brasil é o melhor lugar para se produzir aço. Por isso, temos estimulado parcerias com nossos clientes para aumentar a produção no país", destaca Agnelli.

Orçada em US$ 4 bilhões, a CSP é considerada hoje um dos maiores empreendimentos privados do Nordeste e um dos maiores do Brasil. Durante a obra, está prevista a criação de 15 mil empregos, cujas vagas serão recrutadas, prioritariamente, entre a mão-de-obra local. Na operação, serão outros 4 mil diretos e 10 mil indiretos. A Vale informa que "vai atuar em parceria com instituições de ensino na promoção de cursos de capacitação técnica para formar os profissionais para os postos de trabalho que serão abertos".

Além da CSP e da CSA (esta em parceria com a alemã ThyssenKrupp), a Vale tem ainda projetos siderúrgicos no Pará (Alpa - Aços Laminados do Pará) e no Espírito Santo (CSU - Companhia Siderúrgica Ubu). No total, estes projetos totalizam investimentos de 21 bilhões de dólares, com geração de mais de 80 mil empregos na implantação. Com isso, serão somados 18,5 milhões de toneladas anualmente à produção siderúrgica nacional, que em 2009 foi de 42,1 milhões de toneladas de aço bruto, segundo o Instituto Aço Brasil. Continua>>>

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Cid 'Gomes fecha acordo com Anacé sobre área da refinaria

Governador do Ceará Cid Gomes, fecha acordo com representantes dos índios Anacés sobre terreno da refinaria.


Após quase três horas de reunião com representantes dos índios Anacé, o governador Cid Gomes e o líder da etnia, Jonas Alves Gomes, o cacique "Jonas", celebraram ontem, acordo, liberando a área que se encontrava em conflito com as terras reivindicadas pelos indígenas, para construção da refinaria, no município de Caucaia. "Ficou acertado. A refinaria vai sair. Vai ter um grupo de trabalho e vamos assinar um termo. Foi celebrado um acordo. Após a assinatura do termo de compromisso a gente dá a entrevista", limitou-se a dizer o índio Thiago, ao deixar a residência oficial do governador, ao fim da reunião, no início da noite de ontem.

Pelo acordo, o terreno destinado à refinaria será poupado do conflito de terras que já dura vários meses. Reticente, após publicação de matéria em revista nacional, desqualificando o interesse fundiário dos índios em todo o País, o cacique Jonas não falou com a imprensa.

Presente ao encontro, o quarto entre o governador e os índios Anacé, o prefeito de Caucaia, Washington Goes, garantiu que "tudo foi resolvido". Conforme disse ao fim da reunião, "o governo do Estado abriu mão de duas áreas e eles (índios) abriram mão de outras áreas".

Sem definir ao certo a dimensão do terreno cedido pelos Anacé, ao Estado, o prefeito estimou em 800 hectares. "A área que estava em conflito com a da refinaria foi resolvida", assegurou o prefeito, lembrando que o acordo também beneficia os terrenos destinados à siderúrgica e à Zona de Processamento de Exportações (ZPE).

Ele antecipou, ainda, que dos R$ 8,8 milhões que o governo do Estado teria se comprometido a aplicar em obras de infraestrutura na área do Pecém, R$ 4,5 milhões serão destinados para construção de obras sociais nas terras dos Anacé, em postos de saúde, escolas etc. Acrescentou que, na oportunidade, foi redigida e assinada uma ata. Hoje, um termo de compromisso será assinado entre as partes, para que seja submetido à Funai, amanhã. Goes não informou hora nem local da assinatura do documento oficial. Leia mais >>>

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Ceará - Zona de exportação é aprovada

O Pecém vai mudar. A tradicional vila de pescadores de anos atrás será uma região de forte crescimento a partir da metade da década de 2010. 


A aposta se deve à criação da Zona de Processamento de Exportação do Pecém, aprovada ontem pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportações (CZPE), em Brasília.

O superintendente do CIN (Centro Internacional de Negócios), Eduardo Bezerra faz a projeção de transformação do distrito, localizado em São Gonçalo do Amarante, e que recebeu um porto em 2002. 



"O Pecém não será mais o mesmo", diz. "Serão mais de 200 indústrias no complexo portuário". Leia mais>>>

Siderúrgica do Ceará


A partir desta quarta-feira (16/12), um dos grandes sonhos do Ceará   começou a ser concretizado. Em São Gonçalo do Amarante, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), o governador Cid Gomes, acompanhado do presidente da Vale, Roger Agnelli; do presidente da Dongkuk, Young Chul Kim, deu início às obras para a instalação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). O empreendimento entra em operação em 2013, com produção estimada em 3 milhões de toneladas de placas de aço por ano  sendo ampliada para 6 milhões de toneladas/ano em uma segunda fase. “Esse é sem dúvida um momento histórico para todos os cearenses. O Ceará hoje dá um passo decisivo para incorporar sua economia ao setor industrial”, afirmou.
Durante à solenidade, Cid Gomes ressaltou que a vinda da siderúrgica mudará perfil socioeconômico do Estado, pois tonará possível a vinda de novas indústrias para o Ceará, como a automotiva. “O desenvolvimento ficou concentrado no Sudeste do país, porque nos anos 50, um presidente decidiu implantar uma companhia siderúrgica em Volta Redonda, que está localizada entre Rio de Janeiro e São Paulo. Isso foi fundamental para atrair empresas para aquela região”, explicou. “A partir de hoje o Ceará será avaliado em antes e depois da implantação da CSP”, completou o Governador.
Cid enfatizou que o início das obras é resultado de um esforço de vários governadores. “Desde Virgílio Távora, passando por Tasso Jereissati, Ciro Gomes e Lúcio Alcântara. Esse é um grande dia para todos nós cearenses”, disse Cid, ressaltando em seguida, o empenho do presidente Lula para a CSP. O governador citou ainda os investimentos que estão instalados no CIPP. “Temos, no Porto do Pecém, recursos destinados à construção de dois grandes berços e o aprofundamento de seu calado. A instalação da esteira para o transporte de granéis sólidos e o descarregador contínuo de carvão mineral”, lembrou. Ele também destacou a preocupação com o meio ambiente, ressaltando que os equipamentos utilizados no Porto são completamente lacrados não oferecendo riscos ao meio ambiente.
O Chefe do Executivo lembrou também os números do Produto Interno Bruto (PIB) obtidos pelo Ceará nos últimos tempos, tendo ultrapassado a média nacional. Até o último trimestre deste ano, o Brasil decresceu 1,2%, enquanto que o do Estadocresceu 2,81%. Mesmo assim, segundo ele, o PIB do Ceará não representa 2% do PIB nacional, mas que isso vai mudar com a siderúrgica. “O Ceará tem 4,4% da população brasileira e o PIB não chega a 2% do Brasil. Com a CSP vamos ultrapassar essa barreira dos 2%”, disse.
Sobre a geração de empregos, Cid enumerou as vagas gerados no mercado de trabalho, ultrapassando em números absolutos e relativos, os demais estados da Região Nordeste. E ressaltou que um dos mais importantes investimentos realizados por sua administração é no setor da educação, especialmente na modalidade profissionalizante, com 52 escolas em operação e mais 51 em construção. “Além disso, estamos implantando o Centro de Treinamento Técnico do Pecém, local que irá qualificar, de forma intensiva, os trabalhadores, tanto da CSP, quanto das empresas que já existem e que irão se instalar no futuro”, relatou.
O presidente da Vale, Roger Agnelli, se considerou feliz por estar em um Estado onde os políticos são comprometidos com o desenvolvimento social. Agnelli confirmou que, após implantada, a CSP será com certeza, uma das maiores mais modernas fornecedoras de placas de aço do mundo. Ele explicou que o projeto se inicia com a Dongkuk e a Vale. Já o Governo do Estado é responsável por oferecer as condições de infraestrutura necessária para a implantação da CSP. “O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), poderá ser, se optar, um parceiro do empreendimento”, reforçou.
Para o presidente da Dongkuk, Young Chul Kim, o Ceará, com a implantação da siderúrgica, o Ceará possui um papel importante no mundo globalizado e vai contribuir para o desenvolvimento cultural entre os dois países. Ele agradeceu o empenho do presidente Lula e do governador Cid Gomes citando um provérbio coreano que diz: “não existe vento que derrube uma árvore com raízes fortes, e essas raízes são a CSP”. Mister Kim finalizou confirmando a siderúrgica do Pecém como “o grande empreendimento do século 21 para a Dongkuk”.
A CSP conta com um investimento total estimado de US$ 4 bilhões, cerca de R$ 7 bilhões. Além de placas de aço, a CSP também produzirá energia elétrica para consumo próprio, sendo que o excedente será disponibilizado ao mercado nacional. Cid Gomes confirmou que, somente em sua construção serão gerados cerca de 15 mil novos empregos e seis mil quando estiver em operação. 
A solenidade contou com as presenças do diretor executivo de ferrosos da Vale, José Carlos Martins; do vice-presidente da Dongkuk, Younyoung Nam; do diretor de siderurgia da Vale, Aristides Corbellini; do diretor geral da Dongkuk, Youngil Mun; do diretor presidente da CSP, Maurício Chu; do diretor vice-presidente da CSP, Luciano Ferreira, e do embaixador da Coréia no Brasil, Kyonglim Choi; presidente da Adece, Antônio Balhmann; do Conselho Econômico do Desenvolvimento, Ivan Bezerra; do presidente da Transpetro, Sérgio Machado; dos deputados federais José Airton Cirilo e Raimundo Gomes de Matos; e do presidente da Assembleia Legislativa, Domingos Filho.
Ordens de Serviço
Na solenidade ocorrida no Pecém, o governador Cid Gomes também assinou três ordens de serviço. A primeira, destinada a construção do trecho V do Eixão das Águas compreende cerca de 56 quilômetros. Conforme Cid o trecho se origina no açude Gavião e vai até o reservatório de água bruta no CIPP, localizado no Canal Sítio Novos-Pecém.“Essa é uma das obras que vão dar suporte à Companhia Siderúrgica do Pecém. Nela foram investidos um total de R$ 247 milhões em recursos”, disse.
O novo trecho a ser construído vai interligar o sistema de reservatórios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) com o Complexo Portuário. Serão três trechos de tubulações por quatro estações de bombeamento, com uma vazão final do sistema adutor de 9 metros cúbicos por segundo, dos quais cinco metros cúbicos por segundo se destinam a futura Estação de Tratamento de Água (ETA) Oeste da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Esse equipamento irá abastecer Caucaia e parte oeste de Fortaleza. O prazo para a conclusão da obra é de 15 meses.
O Pacajus faz parte dos quatro reservatórios que compõem o sistema de suprimento de água da RMF – Pacajus, Riachão, Pacoti e Gavião, além do apoio do açude Aracoiaba que é mais uma alternativa de suprimento d'água de Fortaleza. Até 2010 estarão concluídos os dois últimos trechos (4 e 5), o primeiro (trecho 4) já em obras, aumentando para 255 km todo o seu comprimento de água canalizada, até chegar ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
Na sequência Cid Gomes também a ordem de serviço autorizando a montagem de um Descarregador de navios para carvão mineral do tipo contínuo, com capacidade para 2,4 mil toneladas por hora. O equipamento será instalado no berço do Pier 1 do Porto do Pecém e contou com recurso total de R$ 22,9 milhões.
O evento também contou com a autorização para o início das obras de drenagem do Setor I, do Complexo Portuário do Pecém. O aporte financeiro foi de R$ 10,2 milhões, com prazo de execução de 8 meses. A obra compreende a construção de 5.333 metros de canais de drenagem revestindo-se de especial importância, por dotar a área contemplada com os serviços de macrodrenagem, adequadas para a instalação da CSP.

Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado