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Rodrigo Vianna: romper o cerco conservador

O PT não é um partido de santos. Há gente boa e ruim ali – como em toda parte.

Mas você já reparou que, em toda eleição, há sempre uma onda de denúncias contra o PT? E só contra o PT?

Onde estão as investigações sobre os trens de São Paulo? Sobre a privatizações tucanas? Jamais prosperaram. Agora, a 15 dias da eleição, surge a delação premiada de um réu desesperado – jogando lama sobre Dilma, Lula e o PT como um todo. Não há chance de responder. Não. O rolo compressor midiático está acionado.

Beira o ridículo dizer que todo o problema do Brasil “é a corrupção do PT”. Não há corruptores? E os empresários? Não há uma reforma Política a fazer. Não.

Esse moralismo todo encobre o debate maior: teremos um Estado a serviço dos pobres ou dos ricos? Um Estado para a elite paulista, ou a serviço das maiorias? Esse é o centro da disputa. E os tucanos sabem que essa disputa está perdida. Então apelam para o moralismo seletivo.

Nada disso é novo: a ferramenta contra governos trabalhista sempre foi essa. Vargas foi tratado como um “bandido a acobertar criminosos”. Vejam bem: Vargas, o maior presidente da história brasileira foi cercado no Palácio por um boçal chamado Carlos Lacerda… Há 5 ou 6 anos, FHC lamentou que não tivéssemos um Lacerda no século XXI. Na verdade, temos sim: dezenas de lacerdinhas espalhados pelos jornais, rádios e revistas da marginal.

O círculo se fecha. E o bombardeio vai durar 15 dias.

O PT contava com a campanha de João Santana pra equilibrar o jogo: uma campanha da marquetagem. Só que o PSDB terá os mesmos 10 minutos na TV até o dia 26 – e mais a Globo, a Veja, todos os portais de internet, além das manchetes de jornal e rádio. Terá tudo… E esse discurso de que “é preciso varrer a quadrilha dos corruptos” ecoa pela internet.

Aqui, nos blogs, cansamos de dizer que o maior inimigo do projeto trabalhista no Brasil é a mídia velhaca. A diretora da Associação Nacional de Jornais (ANJ) disse, em 2009: “na falta de partidos de oposição, a imprensa virou o partido de oposição”. A mídia velhaca produz o conteúdo que depois se espalha pelas redes e pelas ruas.

Em 2010, blogs de esquerda conseguiram oferecer um contraponto à ofensiva da Globo de Ali Kamel e de Serra. Nunca mais isso acontecerá. Por que? Porque a elite e o PSDB nunca mais serão pegos de surpresa: criaram sua própria rede, e já atuaram fortemente nas redes em junho de 2013.

A Globo deu o roteiro para o Mensalão. A Globo criou os “aloprados” petistas em 2006. A Globo e seus parceiros midiáticos vão ecoar o escândalo da Petrobrás agora em 2014. Um escândalo de boca-de-urna.



Seria mais fácil enfrentar essa onda, se o PT tratasse a Globo, a Veja e outros como os inimigos que são. Brizola sempre fez isso. Requião sempre fez, no Paraná.


Brasil quer mudança! por Rodrigo Vianna

O Brasil quer Mudanças.

O sentimento está nas ruas e nas redes. Só que há um detalhe: ”Mudança” não significa andar pra trás.

O Escrevinhador tem lado. Quer Mudanças, sem retrocesso. Ninguém precisa amar o PT, Lula e Dilma para entender o que está em jogo nessa eleição.

Quem está do outro lado?
“Mudança” com FHC, Serra e Alckmin?
“Mudança” com a turma do apagão de eletricidade, do desemprego, do arrocho salarial, do Brasil entregue ao FMI, da falta d´água e do preconceito contra o Nordeste?
“Mudança” com a Globo mandando no Brasil?

Não. O Brasil não quer essa “mudança”. Há um clima estranho no ar. Há uma onda conservadora. Há um ódio contra o Nordeste e o povo trabalhador. É preciso enfrentar essa onda. Para ganhar ou perder. Mas com a certeza de que é possível ganhar. E de que o melhor para o Brasil é derrotar o ódio que vem da elite de São Paulo.

O Escrevinhador também quer Mudanças. De verdade. Votamos Dilma. De peito aberto, mantendo a independência para fazer as críticas necessárias às vacilações e inconsistências dos governos do PT.

Votamos Dilma, à espera de um segundo mandato que enfrente a direita e se oponha à onda conservadora que avança – especialmente em São Paulo.

O Escrevinhador quer Mudanças. E faz a sua parte. Nós mudamos.

A partir desta quinta-feira (9 de outubro), o blog está de cara nova. A mudança no “layout” deve ocorrer no fim da tarde… No mesmo endereço, com outra cara.

Mudamos, sem mudar de lado.

Confira, navegue, critique, compartilhe, comente.


Carta para além do muro (ou porque agora Dilma) por Jean Wyllys

O muro não é meu lugar, definitivamente. Nunca gostei de muros, nem dos reais nem dos imaginários ou metafóricos. Sempre preferi as pontes ou as portas e janelas abertas, reais ou imaginárias. Estas representam a comunicação e, logo, o entendimento. Mas quando, infelizmente, no lugar delas se ergue um muro, não posso tentar me equilibrar sobre ele. O certo é avaliar com discernimento e escolher o lado do muro que está mais de acordo com o que se espera da vida. O correto é tomar posição; posicionar-se mesmo que a posição tomada não seja a ideal, mas a mais próxima disso. Jamais lavar as mãos como Pilatos – o que custou a execução de Jesus – ou sugerir dividir o bebê disputado por duas mães ao meio.

Sei que cada escolha é uma renúncia. E, por isso, estou preparado para os insultos e ataques dos que gostariam que eu fizesse escolha semelhante às suas.

Por respeito à democracia interna do meu partido, aguardei a deliberação da direção nacional para dividir, com vocês, minha posição sobre o segundo turno. E agora que o PSOL já se expressou, eu também o faço.

Antes de mais nada, quero dizer que estou muito feliz e orgulhoso pelo papel cumprido ao longo de toda a campanha por Luciana Genro. Jamais um(a) candidato(a) presidencial tinha assumido em todos os debates, entrevistas e discursos – e, sobretudo, no programa de governo apresentado – um compromisso tão claro com a defesa dos direitos humanos de todos e de todas. Luciana foi a primeira candidata a falar as palavras "transfobia" e "homofobia" num debate presidencial, além de defender abertamente o casamento civil igualitário, a lei de identidade de gênero e a criminalização da homofobia nos termos em que eu mesmo a defendo; mas também foi a primeira a defender, sem eufemismos, as legalizações do aborto e da maconha como meios eficazes de reduzir a mortalidade da população pobre e negra, a taxação das grandes fortunas, a desmilitarização da polícia e outras pautas que considero fundamentais. O PSOL saiu da eleição fortalecido.

Agora, no segundo turno, a eleição é entre os dois candidatos que a população escolheu: Dilma Rousseff e Aécio Neves. E eu não vou fugir dessa escolha porque, embora tenha fortes críticas a ambos, acredito que existam diferenças importantes entre eles.

A candidatura de Aécio Neves – com o provável apoio de Marina Silva (e o já declarado apoio dos fundamentalistas MAL-AFAIA e Pastor Everaldo; do ultrarreacionário Levy Fidélix; da quadrilha de difamadores fascistas que tem por sobrenome Bolsonaro e do PSB dos pastores obscurantistas Eurico e Isidoro) – representa um retrocesso: conservadorismo moral, política econômica ultraliberal, menos políticas sociais e de inclusão, mais criminalização dos movimentos sociais, mais corrupção (sim, ao contrário do que sugere parte da imprensa, o PT é um partido menos enredado em esquemas de corrupção que o PSDB), mais repressão à dissidência política e menos direitos civis.

Mesmo com todos as críticas que eu fiz, faço e continuarei fazendo aos governos do PT, a memória da época do tucanato me lembra o quanto tudo pode piorar. Por outro lado, Aécio representa uma coligação de partidos de ultradireita, com uma base ainda mais conservadora que a do governo Dilma no Parlamento. Esse alinhamento político-ideológico à direita entre Executivo e Legislativo é um perigo para a democracia.

Vocês, que acompanham meus posicionamentos no Congresso, na imprensa e aqui sabem o quanto eu fui crítico, durante esses quatro anos, das claudicações e recuos do governo Dilma e do tipo de governabilidade que o PT construiu. Mas sabem, também, que tenho horror a esse antipetismo de leitor da revista marrom, por seu conteúdo udenista, fundamentalista religioso, classista e ultraliberal em matéria econômico-social. Considero-o uma ameaça às conquistas já feitas, que não são todas as que eu desejo, mas existem e são importantes, principalmente para os mais pobres. As manifestações de racismo e classismo que vi nos últimos dias nas redes sociais contra o povo nordestino, do qual faço parte como baiano radicado no Rio, mais ainda me horrorizam.

Por isso, aderindo à posição da direção nacional do PSOL, que declarou "Nenhum voto em Aécio", eu declaro que, neste segundo turno das eleições, eu voto em Dilma e a apoio, mesmo assegurando a vocês, desde já, que farei oposição à esquerda ao seu governo (logo, uma oposição pautada na justiça, na ética, nas minhas convicções e no republicanismo), apoiando aquilo que é coerente com as bandeiras que defendo e me opondo ao que considero contrário aos interesses da população em geral e daqueles que eu represento no Congresso, como sempre fiz.

Hoje, antes de dividir estas palavras com vocês, entrei em contato com a coordenação de campanha da presidenta Dilma para antecipar minha posição e cobrar, dela, um compromisso claro com agendas mínimas que são muito caras a mim e a todas as que me confiaram seu voto.

E a presidenta Dilma, após argumentar que pouco avançou na garantia de direitos humanos de minorias porque, no primeiro mandato, teve de levar em conta o equilíbrio de forças em sua base e priorizar as políticas sociais mais urgentes, garantiu que, desta vez, vai:

1. fazer todos os esforços que lhe cabem como presidenta para convencer sua base a criminalizar a homofobia em consonância com a defesa de um estado penal mínimo;

2. fazer todos os esforços que lhe cabem como presidenta para mobilizar sua base no Legislativo para legalizar algo que já é uma realidade jurídica: o casamento CIVIL igualitário (ela ressaltou, contudo, que vai tranquilizar os religiosos de que jamais fará qualquer ação no sentido de constranger igrejas a realizarem cerimônias de casamento; a presidenta deixou claro que seu compromisso é com a legalização do CASAMENTO CIVIL – aquele que pode ser dissolvido pelo divórcio – entre pessoas do mesmo sexo);

3. realizar maior investimento de recursos nas políticas de prevenção e tratamento das DSTs/Aids, levando em conta as populações mais vulneráveis à doença;

4. dar maior atenção às reivindicações dos povos indígenas, conciliando o atendimento a essas reivindicações com o desenvolvimento sustentável;

5. e implementar o Plano Nacional de Educação (PNE) de modo a assegurar a todos e todas uma educação inclusiva de qualidade, sem discriminações às pessoas com deficiências físicas e cognitivas, LGBTs e adeptos de religiões minoritárias, como as religiões de matriz africana.

Por tudo isso, sobretudo por causa desse compromisso, eu voto em Dilma e apoio sua reeleição. Se ela não cumprir serei o primeiro a cobrar junto a vocês.



A juventude está cada vez mais antenada com as idéias de Dilma Rousseff

Com tantas ações e projetos sendo realizados em prol da juventude, da cultura, da educação e da igualdade social no Brasil, não tem como os jovens não abraçarem a causa da reeleição da nossa presidente.

A Luísa Moreira, da Juventude do PT em Juiz de Fora - MG é exemplo disso. Junto com a mãe, Margareth Campos, Luísa teve a ideia de confeccionar camisetas de apoio, com as figuras das "Dilminhas" produzidas pelo Muda Mais. E a que está fazendo mais sucesso, até o momento, é a "Dilminha Frida Kahlo".

Ao todo, foram mais de 40 delas, com artes impressas gratuitamente. E a galera gostou tanto da iniciativa que, cada vez mais gente, tem se interessado! Já a Laiz Perrut, coordenadora da Juventude do PT na cidade, juntou a militância para pintar as camisas com o stencil #RenovarAEsperança e do Coração Valente.



Brasil de hoje não é igual ao da época deles

Em campanha no Nordeste, a Presidenta Dilma Rousseff deu o tom da postura que vai adotar no segundo turno, em que enfrenta Aécio Neves (PSDB) na corrida pelo Palácio do Planalto. A candidata à reeleição esteve em João Pessoa (PB), onde comparou as gestões petistas com a do PSDB a frente ao governo federal. 

"Quando eles dirigiam o país o salário era pequeno e desemprego alto. Eles elevaram os juros à estratosfera. O Armínio Fraga (ex- presidente do Banco Central no governo de Fernando Henrique Cardoso e já anunciado como ministro da Fazenda de Aécio) conseguiu que os juros médios praticados no Brasil fossem de 25%. Hoje, são 11%.", declarou a Presidenta nesta quarta-feira (8).

Em seu discurso, Dilma  enalteceu as medidas de seu governo no combate à corrupção ao lembrar a diferença no número de investigações feitas pela Polícia Federal em seu mandato e no do ex-presidente FHC. "Defendo a PF autônoma, pois, no passado, diretor da PF era filiado ao PSDB. No meu governo, diretor da Polícia Federal não é filiado a partido nenhum. No governo do meu adversário, o Ministério Público era escolhido fora da lista. Nunca tivemos o engavetador geral da República. Eles (PSDB) tiveram a pachorra de engavetar todas as investigações", disse.

A Presidenta ainda citou a última crise econômica para confrontar os números da sua administração com a dos adversários. "Eles quebraram esse país três vezes. Na crise de 1998 e 1999, eles se ajoelharam ao FMI (Fundo Monetário Internacional) porque não tinham dinheiro para honrar as contas do país. A dívida era de R$ 162 bilhões e eles tinham R$ 38 bilhões. Hoje, somos credores líquidos, o mundo nos deve R$ 77 bilhões, inclusive o FMI, porque temos R$ 376 bi de reservas. Nossa  inflação é metade da deles.  Enfrentamos crises e não desempregados nem arrochamos salários.", enfatizou.

"(Eles) Conseguiram uma verdadeira e fantástica maldade com os jovens: eles aprovaram uma lei que proibia o governo federal de investir em escolas técnicas. Em oito anos, eles fizeram 11. Hoje, em quatro anos, fizemos 208 para oito milhões de estudantes. O Brasil de hoje não é igual ao Brasil da época deles. As Universidades chegaram. Os jovens fazem doutorado, mestrado", continuou a Presidenta em referência ao PSDB.

Ao lado do governo Ricardo Coutinho (PSB), que mais cedo havia oficializado o apoio à candidatura petista, Dilma defendeu a criminalização da homofobia e uma reforma política. "O Brasil precisa de uma reforma política. Ninguém aguenta mais e ninguém tem forças para fazer a reforma política sem a participação popular. E eu sou a favor de um plebiscito que defina o tipo de financiamento de campanha", finalizou.



Abaixo, outras frases de Dilma:



Agradeço aos cidadãos da Paraíba o voto que me deram nessa eleição.

Eu só posso agradecer essa honraria que me deram

Eu carrego esses votos com imensa honra, 

Grandes brasileiros, homens e mulheres, perceberam que o Brasil sem o Nordeste não era o Brasil inteiro

Estou aqui porque aqui Paraíba é um estado essencial para o Brasil.

Eu acredito que a Paraíba é essencial para o Brasil ser uma nação rica e soberana. Eu estou falando do Nordeste do Brasil

Estamos (ela e o governador) estamos juntos e misturados

Vamos combater a mentira e o ódio

Quero lembrar a vocês que nessas eleições vamos assistir duas coisas: a mentira e a desinformação

A mentira e a desinformação pra tentar impedir que o povo faça a escolha do desenvolvimento e não do retrocesso

O sentimento é a esperança que temos no Brasil

Nós vamos combater a mentira. A nossa palavra chave é verdade 

Quando o outro projeto, o projeto tucano do PSDB, dirigiu o nosso país, muitos de vocês ainda eram muito jovens


Os jovens estavam condenados a não ter oportunidades.Aconteceu que o Lula fez 214

Só por isso, fizemos o Pronatec. Fizemos uma parceria com o sistema S.

A maioria dos matriculados no Pronatec são mulheres

Eles vivem falando que fizeram o Bolsa Família. Os programas deles são micro para um Brasil que é macro.

O Bolsa Família atingiu 50 milhões de pessoas. Com ele, atingia 5 milhões

Para nós, todos os brasileiros são importantes

Nós, além de colocar no orçamento políticas que equilibram relação regional, portanto colocar Norte e Nordeste no orçamento

No Brasil de hoje as pessoas melhoraram de vida

Brasil de hoje é um q as pessoas melhoraram de vida. Na época deles 52% era classe D e E. Hj, mais de 70% é A, B ou C

Houve uma imensa transformação social. Imensa e silenciosa

Por isso aqui, na Paraíba, investimos em infraestrutura, além de investimento em políticas sociais

Eles não dizem como vão fazer as coisas

Tem muita coisa a melhorar a fazer no Brasil. Eu e o Ricardo Coutinho queremos melhorar saúde, segurança e infraestrutura

A gente não mexe em time que está ganhando

Nós somos um governo que se preocupa com o social: igualdade de oportunidade para todos

Questão que considero fundamental: respeito a homens, mulheres, índios, negros e a qualquer orientação sexual

Temos que combater também a homofobia e criminalizar a homofobia sim

Não teremos democracia, se não criminalizamos a homofobia

É um absurdo querer romper com os BRICS


Alisson Matos, editor do Conversa Afiada




2º turno campanha começa pelo Nordeste

A presidente Dilma inicia campanha do 2º turno, hoje quarta-feira (08) visitando quatro capitais do Nordeste. Na região a candidata do PT obteve quase 60% dos votos e apenas não venceu em Pernambuco. O empenho será para também ser vencedora no Estado. A equipe está confiante que é possível conseguir o objetivo. Leia mais>>>


Rodrigo Vianna: A implosão de Marina Silva: a candidata do “novo” já negocia reeleição com Aécio




O tucano-marinismo forma um bloco único: essa é a realidade cada vez mais evidente
Marina Silva já havia implodido nas urnas. Agora, implode também sua imagem, e o capital que poderia carregar para 2018.

O PPS apoiar Aécio é parte do jogo. O partido sempre foi próximo dos tucanos. Mas e a “Nova” Política de Marina? O eleitor vai engolir mais esse vai-e-vem da ex-ministra?

Marina – que era de esquerda e se apresentou como alternativa, criticando o “toma lá dá cá” – agora já negocia com Aécio Neves nos bastidores. Pode até virar ministra?

Ou coisa pior: Aécio estaria oferecendo a ela “acabar com a reeleição”, assim Marina poderia ser candidata em 2018. Uai, mas não foram os tucanos que aprovaram a reeleição na época do FHC? Marina vai aceitar essa mudança de regras, na canetada, só pra acertar a vida dela?

Não é apoio a Aécio. É apoio em troca de mudança nas regras políticas para beneficiar a aliança tucano-marinista. Nova política? Sei…

Alguns amigos, jornalistas, blogueiros (e até militantes que votam em Dilma) acham que o PT “exagerou” nas críticas a Marina. Discordo dessa análise.

Marina tinha que ser confrontada, porque a partir de agosto ela virou a candidata da direita e dos liberais. Não havia como enfrentar aquela onda com meias palavras. Se o PT errou, foi por não ter enfrentado antes a adversária.

Marina e o PSDB formam um bloco único: o tucano-marinismo. Dilma, Lula e o PT precisam enfrentar os adversários em bloco. Não há escolha, nem meias-palavras.

Maior prova do que Marina significava são os movimentos que ela faz agora. A imprensa amiga do PSDB espalha a notícia de que Marina vai apoiar Aécio porque está “magoada” com a “violenta campanha movida pelo PT”.

Hehe… Marina vai apoiar Aécio porque a afinidade dela com o PSDB é hoje muito maior do que com o PT. Marina foi confrontada e criticada em agosto e setembro exatamente porque essa afinidade já era evidente.

Falo nas afinidades na Economia e nas Relações Internacionais. Marina defendeu “independência do Banco Central”, criticou Mercosul, colocou o Eduardo Gianetti e Neca Setúbal para falar nos jornais.

A consequência lógica era o apoio a Aécio. Não deve haver susto nem surpresa.
O caminho para quem apóia Dilma é procurar os eleitores de boa-fé – que acreditaram na “nova” Política de Marina – e perguntar: vocês não acham que Marina traiu a confiança de seu eleitorado?

Quem apóia Dilma não deve temer esse debate. O apoio a Aécio facilita as coisas, é didático.

Marina vai transferir votos para Aécio em São Paulo? Sim, de forma consistente. Ela teve 5,5 milhões de votos em São Paulo. Calculo que 4 milhões – pelo menos – irão para Aécio, consolidando a onda antipetista no Estado.

Mas e no Nordeste? Bem, no Nordeste Marina teve 6,5 milhões de votos. Tirando Pernambuco, onde a transferência para Aécio deve ser forte, o povo nordestino que votou em Marina não vai embarcar na canoa tucana.

É ali, no Nordeste, que a aproximação entre Marina e Aécio ficará mais claramente definida como traição.

Dilma deve ficar com 4,5 milhões dos votos marineiros no Nordeste, Aécio com 2 milhões. Esse movimento compensará São Paulo.

O PT não vai conquistar esses votos falando bem de Marina. Vai conquistá-los mostrando que o apoio de Marina a Aécio é uma traição ao povo nordestino que confiou nela.

O tucano-marinismo é um bloco. E assim precisa ser enfrentado. Em bloco.



Briguilinks do dia passado a limpo

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Dilma é uma incógnita.  A personalidade forte e centralizadora conflita com a mulher de discursos engessados e nada incisivos. As roupas padecem do mesmo mal. Constantemente oscilando entre pólos opostos, buscam suavidade para alguém de postura rígida. É inegável que ela soube utilizar seu posto político para aperfeiçoar e rejuvenescer sua imagem. Embora ela seja admiradora
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Sofrer! Mas, relembrar o passado é importante para decidir o futuro. Retirado de: http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/05/26/tem-saudade-do-fantasma-fhc-lembra-do-que-ele-fez/#.VDJrjlA42tU.facebook É como fizeram com a Vale do Rio Doce já faziam com a Petrobrás: encolhem a empresa para que ela desvalorize e seja mais fácil para vender barato.
Perguntas simples e cascudas aparecem para todo mundo nesta época. Daí o sujeito reflete com as poucas informações que tem e encontra uma resposta. Na primeira verbalização ela se mostra frágil. Ele então pergunta em mesas de almoço, trabalho e bar e recebe três respostas radicalmente diferentes de três pessoas que admira profundamente. Apela para a timeline do Facebook, pergunta para os seletos
por Fábio Martins, no Facebook, sugerido por Débora Sampaio Ameaças, injúrias, racismo!Entre outras coisas é o que venho enfrentando desde sexta feira quando neguei cumprimentar um político!Me calei fiz questão de não responder individualmente insultos que venho recebendo, pois acredito e ponho fé no direito das pessoas se posicionarem perante qualquer situação (democracia é isto!) e foi somente
A unica coisa que se iguala a vaidade desse sujeito é a capacidade de falar besteira, ele é a Ofélia da política brasileira - só abre a boca quando tem certeza -, triste. Confira abaixo mais um excelente texto do jornalista Luis Nassif: FHC, um presidente bom de bico Nas redes sociais popularizou-se a figura do troll. São perfis do Twitter, Facebook e comentaristas de sites jornalísticos e
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Muitos dos meus amigos falando sobre Dilma e PT que eu acho que esqueceram de procurar alguns fatos sobre o candidato "limpo" Aécio, eis alguns fatos sobre ele também: 1- Censurou a parte da imprensa mineira que ousou denunciar esquemas de corrupção quando governador de MG. 2- Também tentou censurar o Google, Yahoo! e Bing, movendo um processo para retirada de links relacionados ao uso de
É preciso muita calma nessa hora, é preciso ir fundo para entender para onde podem levar o Brasil Por enquanto é temerário comentar o produto das urnas deste dia 5 de outubro, cujas características mais protuberantes foram os conflitos ameaçadores: se tivemos algumas boas novas nas escolhas majoritárias (executivos e senadores) já parece incontestável que entre os deputados a nova turma é ainda..
O elitismo e o preconceito que vemos se espalhar pelas redes sociais e pela imprensa se reflete no discurso do tucano FHC. Nesta segunda, o ex-presidente desmereceu os eleitores de Dilma: "Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados", afirmou em entrevista ao UOL.Na absurda entrevista de Fernando Henrique ainda encontramos frases aterrorizantes como a afirmação de
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MAÇONARIA - Após errarem 88% das previsões para o primeiro turno, Ibope, Datafolha, CNT/Sensus e Vox Populi resolveram aumentar a margem de erro de suas pesquisas. "Subimos para 40% para mais ou para menos. É a mesma probabilidade de acerto que têm hoje o horóscopo dos jornais e a previsão do tempo para mais de cinco dias", explicou Turíbio dos Santos, diretor do sindicato dos pesquisadores. Em
“Não queremos os fantasmas do passado A recessão e o arrocho. O povo não quer mais aqueles que chamavam aposentado de vagabundo. Não quer mais racionamento de energia, nem aqueles que se ajoelhavam para o FMI” 
FHC: "Não é porque são mais pobres que votam no PT, mas porque são menos informados. Como era a Arena no regime militar: se apoiava nos grotões. Essa caminhada do PT dos centros urbanos industriais para os grotões é um sinal preocupante, porque é um sinal de perda de seiva. Estão apoiados num setor da sociedade sobretudo mal informado. Mas é preciso colocar um pouco na perspectiva, porque, por
do blog do Zé Passou o 1º turno, ontem, agora é hora de consolidar o apoio do cidadão eleitor que apoiou e votou na presidenta Dilma Rousseff no 1º turno contra tudo e contra todos. Menos do que contra os candidatos Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (coligação PSDB-DEM), o que mais se sobressai é que a maioria (a presidenta Dilma ganhou quase 42% dos votos) votou contra a posição da mídia, toda

Dilma: "Essa história de que o povo não sabe votar porque não fez universidade é uma falácia, uma mentira"

Em entrevista após encontro com governadores e senadores eleitos da base aliada, Dilma relembrou que a comparação que deve ser feita pelo eleitor agora, no segundo turno, é entre projetos de governo que já estiveram no poder.

A presidenta disse que é muito importante ter propostas em todas as áreas, mas principalmente na área da saúde. Nesse momento destacou os avanços que pretende continuar implementando na saúde, com o Mais Especialidades - que irá ampliar o serviço que já é oferecido em algumas policlínicas do país, realizando e agilizando as consultas, exames e tratamentos com especialistas no mesmo lugar e com rapidez. Dilma destacou também a Integração das polícias e da Força Nacional , que criará os Centros de Comando e Controle de Segurança em todo o Brasil, integrando as polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil, Militar, a Força Nacional de Segurança e o apoio das Forças Armadas no combate ao crime. O sucesso da integração das polícias foi comprovado na Copa do Mundo.

Dilma chamou atenção para o que ela chamou de "oposição parcialmente verdadeira", que vem circulando em alguns meios: há análises que indicam que PT e PSDB são dois projetos antagônicos e que, enquanto o primeiro governa para os pobres, o outro governa para os ricos. Realmente, trata-se de dois projetos antagônicos - a parte verdadeira da afirmação, mas o PT governa o país para todos:

"Os governos dessa coligação tivemos uma preocupação que pode ser sintetizada com a seguinte frase: incluir os pobres no orçamento e elevá-los a uma situação cada vez melhor. Temos muito orgulho disso. Mas fizemos uma política no Brasil em que todos ganharam. A classe média no Brasil foi a que mais cresceu. Tem uma mudança significativa na estrutura de classes no Brasil", concluiu.

A presidenta demonstrou uma série de dados que dão conta de que a afirmação supramencionada é verdadeira:

"Em 2002, 54% da população brasileira estava na classe D e E. Aconteceu uma expansão da classe média. Uma grande expansão. A classe C passa de 68 milhões para 118 milhões e 900 mil brasileiros. A classe A e B passam de 14,1 milhões para 29 milhões e 500 mil. E a classe D e E sai de 97,8 milhões e vai pra 54,2 milhões. O que significa isso? Significa que, a cada 4 brasileiros, 3 estão na classe C, B e A. Essa foi a grande revolução histórica e silenciosa que fizemos".

Dilma disse ainda: "O Brasil precisa olhar para o mais pobre. Além disso, os governos precisam melhorar a qualidade d emprego pra classe média. O que eu quero dizer é que o Brasil não tem uma política só. O Brasil tem que ter as duas. Para os mais pobres e para a nova classe média. Para todos".

Antes de finalizar a coletiva, Dilma respondeu algumas perguntas. Ao ser questionada sobre a afirmação de que quem vota no PT é "menos informado", foi taxativa: "Acho lamentável. Acho uma visão elitista. A visão mais atrasada do mundo é não perceber que cada um dos 202 milhões de brasileiros é importante. Fico estarrecida com isso, de que o povo não sabe votar, e eu ouvi muito isso na minha vida. Essa história de que o povo não sabe votar porque não fez uma Universidade é uma falácia, uma mentira", finalizou.


Vem para Dilma você também!

Chegou à hora de todo cidadão do N/NE, que tem um braço familiar em SP, mostrar mais uma vez, o amor pelo Brasil! Liga para o parente e destrincha para eles porque Dilma é a melhor opção para o Brasil e em especial para o N/NE.
Digam para eles com estamos e quais são as perspectiva de estudo, trabalho e renda para um segmento representativo da nação brasileira que estava relegado ao improviso...
Continua>>>


O programa de governo da oposição

O programa de governo de governo de Arrocho Neves, Blablarina e a GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão -, é o programa CARACU, ondeles entram com a cara e o povo brasileiro com o resto.
É isto que eles pensam.
Mas, vão cagar fora do penico outra vez.


Charge do dia

Segundo round




Algumas informações sobre o "Limpinho" Neves

Muitos dos meus amigos falando sobre Dilma e PT que eu acho que esqueceram de procurar alguns fatos sobre o candidato "limpo" Aécio, eis alguns fatos sobre ele também:

1- Censurou a parte da imprensa mineira que ousou denunciar esquemas de corrupção quando governador de MG.
2- Também tentou censurar o Google, Yahoo! e Bing, movendo um processo para retirada de links relacionados ao uso de drogas
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Na primavera nem tudo são flores

É preciso muita calma nessa hora, é preciso ir fundo para entender para onde podem levar o Brasil Por enquanto é temerário comentar o produto das urnas deste dia 5 de outubro, cujas características mais protuberantes foram os conflitos ameaçadores: se tivemos algumas boas novas nas escolhas majoritárias (executivos e senadores) já parece incontestável que entre os deputados a nova turma é ainda...Continua>>>


Agora é Esquerda x Direita

Agora Aécio e aliados vão dizer que é mudança versus continuidade. Mas não é. Agora é esquerda versus direita. Ou centro-esquerda versus centro-direita. Com Marina no segundo turno, se poderia levar razoavelmente a sério a hipótese da mudança. Mas com Aécio, não. O Aécio real, o de Armínio Fraga, tem um programa econômico que é uma réplica do thatcherismo dos anos 1980. Thatcher, para quem
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Dilma solta o verbo

“Não queremos os fantasmas do passado
A recessão e o arrocho.
O povo não quer mais aqueles que chamavam aposentado de vagabundo.
Não quer mais racionamento de energia, nem aqueles que se ajoelhavam para o FMI”


É hora de campanha, não de avaliação

do blog do
Passou o 1º turno, ontem, agora é hora de consolidar o apoio do cidadão eleitor que apoiou e votou na presidenta Dilma Rousseff no 1º turno contra tudo e contra todos. Menos do que contra os candidatos Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (coligação PSDB-DEM), o que mais se sobressai é que a maioria (a presidenta Dilma ganhou quase 42% dos votos) votou contra a posição da mídia, toda ela contra a candidata do PT e as posições do partido.

É hora, também, de chamar o voto de esquerda a partir de compromissos sociais e políticos históricos do PT com nosso projeto de desenvolvimento nacional apoiado na distribuição de renda, nos programas sociais, no mercado interno e na poupança nacional.

Apoiado, também, não se pode deixar de ressaltar, na defesa de nossa política externa soberana, da integração sul-americana, de uma política econômica que não se renda ao neoliberalismo e ao Estado mínimo, porque aí, nesse apoio e reeleição da presidenta, está a garantia de manutenção e ampliação das conquistas sociais, trabalhistas, da continuidade do aumento real do salário mínimo e dos benéficos da previdência.

Reeleger Dilma é dizer não ao recuo e ao retrocesso social

Além da manutenção de conquistas sociais como o Bolsa Família, o PróUni-FIES (financiamento de curso superior a estudantes), o programa Mais Médicos, o PRONATEC (escolas e curso técnicos) e o Minha Cada Minha Vida.

A hora, então é de apoiar a presidenta Dilma como reafirmação do apoio ao papel dos bancos públicos, do investimento publico que garanta em 1º lugar o emprego e a renda dos trabalhadores e que se oponha a banca e ao capital financeiro. Fazer campanha e reeleger Dilma é compromisso com as reformas política e tributária, com os avanços sociais na reforma agrária, na saúde e educação e na mobilidade urbana.

A hora, portanto, insistimos, é de chamar e convocar a juventude, para fazer avançar nosso governo na defesa de seu lazer e cultura. Hora de compromisso com a diferença e de repúdio à homofobia e ao racismo. Hora de se comprometer com uma mudança radical do país em suas políticas de segurança e penitenciária.

Para tanto é preciso diálogo e a reafirmação de compromissos programáticos

Um apoio e um ânimo cada vez maior na campanha que virão no 2º turno, com certeza, em cima e com base em compromissos programáticos e de abertura do governo para o diálogo e participação na elaboração das políticas públicas. Compromisso como o de mobilizar o país para avançar na reforma política com financiamento público das campanhas eleitorais, único caminho para por fim ao domínio do poder econômico nas eleições, o que hoje ocorre pelo financiamento privado.

Compromisso pela reforma tributária que realize a justiça social e federativa, viabilize os investimentos públicos e a estabilidade fiscal do país – e que o faça sem recessão, arrocho salarial, desemprego, diminuição da renda do trabalhador e desindustrialização do país. Que possibilite e dê as condições para uma revolução social, cultural e tecnológica no nosso Brasil.

É hora, também, de refazer o pacto produtivista e nacional entre os trabalhadores e os empresários que não se conformam com a rapina do capital financeiro; hora do mercado interno e da reindustrialização do país; hora de mais, cada vez mais amplos investimentos em educação e inovação; hora de se avançar nas concessões da infraestrutura e no pré-sal; em uma nova política urbana como a de São Paulo, que rompa com o atual modelo onde predomina a especulação imobiliária e a segregação social; hora de eleger a juventude como prioridade de governo e da sociedade.

É hora – e o momento nunca foi tão crucial quanto este – de chamar todas as forças democráticas, nacionalistas, populares para defender nosso legado e a reeleição da presidenta Dilma e do governo do PT. Para fazer avançar e aprofundar as mudanças e reformas que nossa juventude e sociedade reclamam, nossos empresários demandam e nosso povo aspira. Hora mais do que nunca, de garantir as conquistas dos últimos 12 anos. Hora de dizer não ao recuo, ao retrocesso, ao atraso, a volta aos fantasmas do passado.


Paulo Nogueira: Agora é esquerda versus direita e não mudança versus continuidade

Agora Aécio e aliados vão dizer que é mudança versus continuidade.

Mas não é.

Agora é esquerda versus direita. Ou centro-esquerda versus centro-direita.

Com Marina no segundo turno, se poderia levar razoavelmente a sério a hipótese da mudança.

Mas com Aécio, não.

O Aécio real, o de Armínio Fraga, tem um programa econômico que é uma réplica do thatcherismo dos anos 1980.

Thatcher, para quem não lembra, foi a real inspiração de FHC – a começar pela fé cega em que privatizações e desregulamentações eram a receita sagrada para dinamizar uma economia.

Na verdade, como o tempo mostrou em todos os países que adotaram o thatcherismo, era uma fórmula para concentrar renda e favorecer uma pequena elite que seria apelidada posteriormente de o “1%”.

No Brasil, a concentração só não foi maior porque um efeito colateral da estabilização favoreceu os pobres, que não tinham refúgio nos bancos para se proteger da inflação.

Fosse o Brasil, na era FHC, um país estável, como a Inglaterra de Thatcher, hoje provavelmente ele seria amaldiçoado como é, entre os britânicos, a Dama de Ferro.

Enxergar com clareza a oposição entre direita e esquerda vai ajudar muita gente indecisa a tomar uma posição, quer para um lado ou para outro.

A alta votação de Aécio surpreendeu, mas nem tanto assim. Muita gente antipetista se bandeara para Marina por entender que ela era a chance real de bater Dilma.

Quando, às vésperas da eleição, Aécio começou a aparecer na frente de Marina, os marinistas de ocasião voltaram para seu favorito.

Ficaram com ela, essencialmente, as mesmas pessoas que votaram nela em 2010. São eleitores que gostam de sua trajetória, e enxergam nela uma espécie de Lula de saias, com colheradas de sustentabilidade.

É difícil acreditar que a maior parte desses eleitores opte por Aécio, ainda que a própria Marina o apoie.

Também não devem ser subestimados os mais de 2 milhões de votos que tiveram, conjuntamente, Luciana Genro e Eduardo Jorge.

Os que os escolheram – tipicamente jovens idealistas – tenderão a ficar com Dilma diante do bloco de direita que se comporá em torno de Aécio.

Passada a ressaca, fica claro que parte da euforia tucana – e da mídia que apoia o PSDB — é fruto de uma estratégia de marketing destinada a convencer indecisos de que a vitória está próxima e intimidar os adversários.

É o chamado otimismo de conveniência.

Nunca, nos embates entre PT e PSDB, foi tão nítida a diferença entre as visões de mundo que os comandam.

Isso pode ser demonstrado pela opção que terão os simpatizantes de quatro candidatos com propostas opostas, Pastor Everaldo e Levy Fidelix, de um lado, e Luciana Genro e Eduardo Jorge, de outro.

Os eleitores de Everaldo e Fidelix cravarão certamente Aécio. Os de Luciana Genro e Eduardo Jorge, muito provavelmente, Dilma.

Isso conta, se não tudo, muito da escolha que os brasileiros terão que fazer em 26 de outubro.

Diga-me quem apoia você e eu direi quem você é: esta é uma frase que ajuda a entender o que está em jogo agora.

Luis Nassif: no segundo turno, a disputa será política

O único ponto previsível dessa campanha foi a imprevisibilidade.

As ondas se deram entre quatro públicos distintos:

Um segmento centro-esquerda, representado pela candidatura Dilma, que vota nela por convicção..
Um segmento neoliberal, em torno de Aécio, também por convicção.
Os inconformados – os que não conseguem se ver representados em nenhum candidato.
Os indignados, que acreditam que toda política é corrupta e são fundamentalmente antipetistas.

Movimento 1 – a mídia e a construção da corrupção.

O primeiro divisor de água da campanha, transformando o antipetismo na maior força da oposição. Esse sentimento cresceu exponencialmente com a cobertura intensiva do julgamento do mensalão, com o episódio Paulo Roberto Costa e com Pasadeña – que Dilma jogou, de graça, no caldeirão das suspeitas. A grande vitória da mídia foi ter pregado no PT a máscara da corrupção.

Movimento 2 – a busca do sonho.

No início da campanha, Dilma Rousseff representava o establishment. Eduardo Campos e Aécio Neves não representavam nada – por absoluto desconhecimento junto ao eleitor.

A tragédia de Eduardo Campos empurrou os inconformados para Marina Silva, que acabou soçobrando, não por falta de tempo, mas por excesso. Só quando acabou o sonho Marina, aparentemente parte dos inconformados passou a olhar e a descobrir Aécio.

Movimento 3 – o início da politização.

A campanha permitiu, pela primeira vez, que Dilma exercitasse (ao menos no discurso) um início de politização – de explicar um projeto de governo, em vez de enumerar obras -, assim como Aécio Neves.

O segundo turno
Nos últimos debates, Aécio descontraiu e recuperou a imagem do “moço de família” que não havia conseguido no início. Por outro lado, deixará de ser novidade. Haverá quase um mês para que sejam expostas suas vísceras e as diferenças programáticas com Dilma.

Na outra ponta, a visibilidade do horário gratuito reduziu a rejeição a Dilma. Sua arma estará no discurso político, na explicitação das diferenças programáticas.

Nos últimos tempos, a própria Dilma melhorou o discurso, tornando-o mais redondo e substituindo a evocação de projetos pontuais por uma visão mais politizada e abrangente do modelo político que representa.

Aécio cavalgou a última onda dos inconformados. Continuará com os indignados e provavelmente irá ganhar o apoio de parte do eleitorado de Marina. As mágoas de campanha dificultarão a passagem dos eleitores de Marina para Dilma.

Por outro lado a explicitação dos princípios político-econômicos de Aécio farão os inconformados pensar duas vezes antes de pular para seu barco. E, apesar de Aécio não ter a face macilenta e tenebrosa de José Serra, a perspectiva de se jogar fora um projeto de país em que acreditam deverá mobilizar as forças que hoje em dia apoiam Dilma sem entusiasmo.

O desempate programático
Aguardem baixarias dos grupos de mídia e nas redes sociais, menos na campanha propriamente dita. Se Aécio resolver apelar pelas denúncias, ambos os candidatos serão soterrados por um caminhão de denúncias recíprocas.

A partir de agora, o embate será eminentemente programático.

Dilma conseguirá crescer se expuser de forma clara o que o país poderá perder com o abandono das bandeiras social-desenvolvimentistas por um candidato neoliberal.

De seu lado, Aécio explorará o que o país terá a ganhar com a condução mais competente da macroeconomia. Essa ofensiva em cima do ponto mais vulnerável do governo Dilma a obrigará a atitudes firmes para mostrar que efetivamente o segundo governo será composto por ideias novas.

Antes de demonstrar que a política econômica irá mudar, Dilma terá que convender os recalcitrantes que ELA mudou.

Assim como ninguém esclarecido acreditará que Aécio ganhará sensibilidade social com a campanha, poucos estão acreditando que a pedagogia da campanha mudará o temperamento e o estilo de Dilma.

Ambos terão enormes desafios para reduzir o ceticismo. Terão que explicitar projetos e programas – e serem confrontados com sua história.

Os modelos em jogo
Assim como nas democracias maduras da Europa, há dois modelos em jogo. Um trabalhista ou socialdemocrata, representado por Dilma; outro neoliberal, representado por Aécio.

Ambos estão calçados em diferenças programáticas significativas.

O socialdemocrata – ou desenvolvimentista apud Dilma -, pressupõe prioridade para a construção do estado do bem estar social e para as políticas econômicas proativas. É mais sensível aos pleitos das minorias (está-se falando do governo como um todo, não especificamente da postura pessoal de Dilma) e para o combate à miséria. Menos sensível para a melhoria do ambiente econômico e para reformas institucionais, embora ambos os objetivos sejam conflitantes entre si. Aceita a iniciativa privada mas sem abrir mão do protagonismo da presidência. O erro é muito mais na forma autoritária, que no conteúdo. Muitas vezes é descuidado com a gestão macroeconômica.

O neoliberal concede toda prioridade à melhoria do ambiente econômico. É insensível em relação às políticas sociais – com exceção dos períodos eleitorais - e aos reclamos da sociedade como um todo e a formas de coordenação da economia, como as políticas industriais. E mais sensibilidade para a gestão macroeconômica e para a responsabilidade fiscal.

Essas diferenças explodem em dois ambientes preferenciais.

Orçamento

O desenvolvimento de Dilma utilizou o orçamento arbitrariamente, mas tendo como foco o social e o desenvolvimentismo. Avançou muito no combate à miséria mas contaminou o ambiente econômico com sua imprevisibilidade. A melhoria depende apenas da vontade pessoal, não de dogmas ideológicos.

O neoliberalismo de FHC – que está na matriz de Aécio – entrega todo o ouro ao mercado. O ajuste fiscal proposto visa ganhar espaço para o Banco Central praticar políticas de juros sem restrição fiscal. E julga que, abrindo tudo ao mercado e à economia internacional, o progresso virá por si só. Está firmemente amarrado aos princípios ideológicos do neoliberalismo.

Emprego

Dilma preservou o emprego ainda que à custa de sacrificar o ambiente econômico (não por relação direta com o emprego, mas pela pouca eficácia da área econômica). O ajuste de Aécio-Armínio, por mais que negue, é fundamentalmente recessivo e, sem ter que prestar contas aos eleitores, tratará o pleno emprego como ameaça à estabilidade de preços.

O que queremos ser quando crescer

O terceiro campo é dentro da ideia “o que queremos ser quando crescer”.

O último capítulo do meu livro “Os Cabeças de Planilha” foi uma longa entrevista com FHC. Ele não tinha a menor ideia sobre mecanismos de desenvolvimento, papel das pequenas e micro empresas, da inovação, das políticas sociais, da diplomacia, criação de redes econômicas, arranjos produtivos etc. Sua única proposta era turbinar os grandes grupos financeiros, julgando que eles trariam a reboque a modernização do país.

Dilma sabe como crescer. Sua vulnerabilidade está no seu método centralizador de governar.

Os fatores político-midiáticos
Dois episódios poderão influir com maior ou menor intensidade na campanha:

Os escândalos de Paulo Roberto Costa e Yousseff.
Há um acordo de delação premiada. E a informação de que o sigilo dos relatos é protegido por lei. Mas como a lei – ora, a lei -, os vazamentos continuarão sendo praticados, com direito a cada revista colocar o que quiser no texto – e atribuir a fontes anônimas.

O caso da água em São Paulo.
Nos próximos dias a Sabesp terá que encarar, finalmente, a crise de água. Dependendo da abrangência do rodízio, poderá colocar em xeque as promessas de campanha do PSDB.


Pedro Porfírio: Na primavera nem tudo são flores

É preciso muita calma nessa hora, é preciso ir fundo para entender para onde podem levar o Brasil

Por enquanto é temerário comentar o produto das urnas deste dia 5 de outubro, cujas características mais protuberantes foram os conflitos ameaçadores: se tivemos algumas boas novas nas escolhas majoritárias (executivos e senadores) já parece incontestável que entre os deputados a nova turma é ainda pior do que a anterior, cujo maior emblema é o descarado Eduardo Cunha,  patrocinador de expedientes nada republicanos, que ganhou um caminhão de votos. Quando o porta-voz da ditadura Jair Bolsonaro se faz o deputado federal mais votado do Estado do Rio com quase 500 mil votos temos de admitir que na primavera nem tudo são flores.

Obrigo-me pessoalmente a fazer uma verdadeira devassa nessa  eleição que insiste, por indefensável pressão do Judiciário, em proteger as urnas contra o elementar direito de conferência, ao  contrário do que acontece em países estigmatizados como não democráticos, como a Venezuela, em que cada voto eletrônico foi  comparado com o impresso numa das suas mais acirradas disputas.

É preciso ir fundo para saber por que o ministro Gilmar Mendes, conhecido por todo um histórico comprometedor, resolveu sentar sobre a decisão, já definida por maioria de 7 votos no âmbito do próprio Supremo Tribunal Federal, que proibia o investimento pragmático de empresas sob forma de financiamentos de campanha a quem lhe parecesse mais confiável.
Temos que entender o porquê da transformação de cada grande veículo de comunicação em palanque político com o propósito deliberado de impedir a reeleição de Dilma Rousseff, influir nas eleições estaduais e contribuir para essa bancada de baixíssima qualidade moral que vai continuar chantageando os chefes dos executivos como condição para a governabilidade.

Claro que o poder de uma articulação movida a interesses dolarizados não tirou o passaporte para a vitória final, no returno.  Mas assim como seus monitores não tiveram recato em atacar por todos os lados, operando com frieza as duas alternativas contratadas, o arsenal do retrocesso está mais azeitado do que nunca. É preciso analisar as coincidências em fatos envolvidos direta ou indiretamente com o processo de votação em si.

Há casos em que a opinião pública ficou sem entender nada. Enquanto a batalha campal atraía a distinta platéia, o Judiciário se concedia privilégios absurdos, como auxílio moradia para todos os juízes e auxílio-educação de até R$ 7 mil, sem falar na proposta de aumento linear de vencimentos que rompe com todos os parâmetros da razoabilidade. Não poderiam ter sido mais inoportunos  esses procedimentos que envolvem dinheiro público.

Neste momento, só posso me comprometer a jogar meus 53 anos de vida profissional como jornalista para tentar contribuir para a defesa do regime de direito porque sacrifiquei minha juventude, como quase toda uma geração, entre os quais muitos jovens desaparecidos, cujos familiares até hoje não conseguiram sequer saber o destino dos seus corpos.

Nas próximas reflexões, conto com a sua colaboração honesta. Sei que muito pouco posso influir, mesmo assim não me entregarei à amargura do pessimismo e do fatalismo.