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Privatizar é do DNA tucano e Serra é seu representante

Semana passada postei aqui entrevista de Fernando Henrique Cardoso à Veja em que ele dizia que José Serra foi quem mais se empenhou para a privatização da Vale. E no domingo, o ex-presidente concedeu entrevista à Marília Gabriela, na qual louvou a privatização da maior mineradora do país (veja vídeo). Não resta dúvida que é assim que pensam os tucanos e o que falta a Serra é falar isso abertamente em sua campanha, e não ficar de trololó inventando histórias para acusar Dilma e o PT.
Os tucanos foram e são privatistas e sua visão de economia é de que o mercado resolve as coisas melhor do que o Estado. Serra vendeu empresas enquanto ministro influente do governo FHC e continuou vendendo como governador de São Paulo. Sorte é que foi o Banco do Brasil que comprou a Nossa Caixa, do governo de São Paulo, senão era mais uma instituição pública que acabaria em mãos privadas.
Em sua mais recente entrevista, Fernando Henrique Cardoso revela claramente como os tucanos vêem o que consideram ganhos da privatização. Para acusar Lula e os que hoje estão no governo, disse que foram contra a privatização da Vale do Rio Doce, que hoje é “sucesso absoluto”. Sucesso para quem, cara pálida? Certamente para os acionistas da empresa e não para o povo brasileiro, já que mostrei no mesmo post  que em apenas três meses a Vale lucra mais do que o preço de banana por que foi vendida.
FHC louva a venda de nossa maior mineradora e uma das grandes empresas do mundo pelo fato de o governo estar recebendo dela “mais impostos do que jamais recebeu”. Como sempre, a visão tucana é monetária. Mesmo que se considere que política pública se faz com a arrecadação de impostos, uma empresa como a Vale ou a Petrobras também funciona estrategicamente para o país. Se fosse do governo, a Vale não compraria navios no exterior, como fez recentemente, no momento em que o país recupera sua indústria naval.
Aliás, tal recuperação só foi possível através das compras da Petrobras, que Lula determinou que fossem feitas majoritariamente no país, ao contrário de Fernando Henrique, que deixava a empresa funcionar voltada exclusivamente para seus lucros, ignorando a realidade brasileira. Durante os anos FHC, a Petrobras comprou todas as suas plataformas no exterior, deixando a indústria naval, forte geradora de empregos, à míngua.
FHC diz que os integrantes do atual governo também foram contra “o que fizemos com o petróleo, que deu no pré-sal, uma descoberta feita a partir de uma área em leilão público”. É preciso corrigir o ex-presidente, porque o vício da mentira parece ser contagioso nas hostes tucanas. O pré-sal foi uma descoberta da Petrobras, uma empresa que se manteve pública e pujante, provando que não existia contradição nisso. O governo de FHC e de Serra planejaram privatizar a Petrobras, como fizeram com a Vale, e tentaram rebatizá-la de Petrobrax para ficar com nome mais internacional e palatável aos futuros compradores.
É por isso que não adianta ficar colocando bonezinho com o nome das empresas públicas, como Geraldo Alckmin fez melancolicamente durante a campanha presidencial de 2006, porque a sanha privatista está no DNA tucano. E Serra é seu atual representante para tentar recuperar essa política de entrega dos bens públicos, interrompida há oito anos, com a primeira eleição de Lula, não por acaso dando início à maior fase de crescimento do país nos últimos tempos.

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Em 3 meses Vale lucra mais do que o valor que custou

O dia em que este país for, [de novo] do povo brasileiro, ao menos a memória dos homens que entregaram, de mão beijada, a imensa riqueza do povo brasileiro representada pela Vale vai fazer companhia à de Joaquim Silvério dos Reis na galeria dos grandes traidores da brasilidade.


Saiu agora á noite o resultado semestral da Vale e só no segundo trimestre do ano ela deu lucros líquidos – líquidos! – de R$ 6,63 bilhões ou US$ 3,75 bilhões.

O valor é mais que os US 3,3 bilhões pelos quais ela foi vendida pelo Governo Fernando Henrique Cardoso.


Tentei, inutilmente, nesta legislatura, abrir uma CPI sobre esta privatização criminosa.

Se conseguir ser eleito, voltarei à carga no ano que vem. E no outro, e no outro e no outro e enquanto eu puder.


Posto aqui embaixo um video, da insuspeita Veja, para que todos saibam, da boca do próprio Fernando Henrique Cardoso, quem foi o grande incentivador deste crime de lesa-pátria.
do Tijolaço

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Posco integra projeto da siderúrgica do Pecém

A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) já conta, agora, com um novo parceiro: a Posco, líder do mercado coreano e uma das maiores do mundo, anunciou ontem que terá 20% de participação na joint venture cearense. A informação foi confirmada pela Vale, que fica como sócia majoritária do projeto, com 50% das participações. Desta forma, a também sul-coreana Dongkuk Mill Co. passa a ter 30% das ações do empreendimento. A entrada da nova empresa fortalece o projeto, cujas obras já estão em andamento no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). De acordo com a assessoria de comunicação da Posco, a empresa integrará o projeto participando apenas da primeira fase, que consiste na produção de três milhões de toneladas de placas de aço. Conforme a assessoria, a participação da companhia na segunda fase do projeto, em que a capacidade produtiva dobrará, ainda está sendo discutida.

O Diário do Nordeste já havia antecipado, na edição da última quinta-feira, que a Posco confirmara o interesse no projeto siderúrgico local, mas que, naquele momento, ainda não tinha chegado a uma decisão. A empresa estudava o empreendimento cearense desde março último. A inserção da nova sul-coreana na CSP é tida como estratégica para o desenvolvimento do empreendimento.

"A entrada deste novo sócio agrega ainda mais valor, pois contaremos com a tecnologia e experiência operacional da Posco em usinas siderúrgicas integradas de grande porte", avalia o diretor de Siderurgia da Vale, Aristides Corbellini. A CSP, que é uma usina integrada (transforma o minério de ferro em produtos siderúrgicos), deverá iniciar sua operação em 2014, com capacidade de produção para três milhões de toneladas de placas de aço anuais.

O presidente da Vale, Roger Agnelli, quando da inauguração da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, da qual também é sócia, afirmou que concretização dessa segunda fase irá depender da inserção de um novo investidor.

Entretanto, o presidente ressaltou, através de nota lançada ontem pela assessoria da empresa, que a inclusão da Posco na CSP demonstra um interesse crescente de investidores estrangeiros nos projetos do Brasil. "Entendemos que o Brasil é o melhor lugar para se produzir aço. Por isso, temos estimulado parcerias com nossos clientes para aumentar a produção no país", destaca Agnelli.

Orçada em US$ 4 bilhões, a CSP é considerada hoje um dos maiores empreendimentos privados do Nordeste e um dos maiores do Brasil. Durante a obra, está prevista a criação de 15 mil empregos, cujas vagas serão recrutadas, prioritariamente, entre a mão-de-obra local. Na operação, serão outros 4 mil diretos e 10 mil indiretos. A Vale informa que "vai atuar em parceria com instituições de ensino na promoção de cursos de capacitação técnica para formar os profissionais para os postos de trabalho que serão abertos".

Além da CSP e da CSA (esta em parceria com a alemã ThyssenKrupp), a Vale tem ainda projetos siderúrgicos no Pará (Alpa - Aços Laminados do Pará) e no Espírito Santo (CSU - Companhia Siderúrgica Ubu). No total, estes projetos totalizam investimentos de 21 bilhões de dólares, com geração de mais de 80 mil empregos na implantação. Com isso, serão somados 18,5 milhões de toneladas anualmente à produção siderúrgica nacional, que em 2009 foi de 42,1 milhões de toneladas de aço bruto, segundo o Instituto Aço Brasil. Continua>>>

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Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Odebrecht tentam agora aderir ao consórcio vencedor

As empreiteiras Camargo Corrêa e Odebrecht, que desistiram de disputar o leilão da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e a Andrade Gutierrez, que foi derrotada, procuraram a Chesf, líder do grupo vencedor, para negociar a adesão ao consórcio. 


A Andrade Gutierrez mantém o interesse pela obra, ainda que só participe como contratada. 


Também manifestaram interesse Gerdau, CSN, Braskem e Vale.


Comentário:
Só estas 7? Uai, e não diziam os ëspecialistas" que não havia interesse da iniciativa privada?


O que elas (empresas) queriam era botar pé no buxo do governo.Quebraram a cara.

Lula volta a cobrar mais investimentos em siderurgia


Agência Estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiu na defesa do aumento da produção nacional de aço na reunião que teve com toda a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Rio, na terça-feira.
Ao recomendar que o banco concentre esforços para elevar os investimentos em siderurgia, o presidente, mais uma vez, se disse inconformado com o fato de o Brasil, maior produtor mundial de minério de ferro, fabricar “somente 35 milhões de toneladas de aço”.
Aos executivos do banco, Lula repetiu que gostaria de ver o País transformado em exportador de placas de aço, e não de matéria-prima. Mas, na prática, o banco não tem como “convencer” o setor a investir em novos projetos. Também não há, segundo fontes do BNDES, estudos para um programa com taxas específicas para o setor. Acionista da Vale, CSN e Usiminas, o banco pode, porém, participar da estratégia dessas empresas.
A retomada da demanda externa por aço e as vantagens competitivas do setor no Brasil estão por trás da insistência do presidente Lula. O BNDES compartilha do diagnóstico de que há uma oportunidade para o País no mercado internacional de semiacabados. A intenção não é estimular projetos voltados para o mercado interno, cuja demanda por aço é de apenas um terço da capacidade atual da indústria. O projeto é aumentar a produção brasileira de placas para o exterior, que não sofrem as taxações do aço acabado.
A recuperação mais lenta da demanda em relação à Ásia está levando ao fechamento de várias plantas de semiacabados na Europa e nos EUA. O aumento do preço do minério em mais de 100% por gigantes como a Vale deve agravar ainda mais a dificuldade de compatibilizar custos e vendas nesses países, e abre uma oportunidade ao Brasil.

Previ quer Vale investindo em siderurgia

A direção da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, não aceita a ideia de que os investimentos em siderurgia devam ser contidos em razão do excesso de oferta de aço no mundo. 


Maior acionista da Vale, a fundação quer, a exemplo do governo, que a empresa invista na produção de aço no país.


Em entrevista ao Valor, o presidente da Previ, Sérgio Rosa, rompeu o silêncio que vinha se impondo desde o início da polêmica envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Vale, Roger Agnelli. 

"Não se pode decidir investimento em aço com base no consumo de hoje. É preciso olhar para dez, vinte anos à frente", disse Rosa. Para o dirigente, a perspectiva do consumo de aço é crescente, porque o Brasil terá uma indústria de petróleo forte, que vai demandar investimentos em plataformas e navios.

A Previ é o maior fundo de pensão do país, com patrimônio de R$ 130 bilhões. Na Vale, tem investimento de R$ 30 bilhões por meio de participação de 50% na Valepar, que controla a mineradora. Segundo Rosa, há “compartilhamento” de poder na empresa entre a Previ e o Bradesco.

CPI para o MST. CPI para a Vale


Brizola Neto


Ontem, o Congresso deu número legal para a instalação da CPI que se propõe a investigar supostos repasses de recursos públicos para o Movimento dos Sem-Terra. Você, leitor, já sabe o que há por detrás disso. Não  que os repasses não devam existir e seu uso deva ser fiscalizado, como o de quaisquer outros.  E os  excessos ou eventuais crimes cometidos por sem-terras, da mesma forma que deveriam ter sido punidos os responsáveis pelo massacre de Eldorado de Carajás, onde 19 trabalhadores rurais foram brutalmente assassinados. Morte de seres humanos que, até agora, dez anos depois, estão impunes, sem que se veja nenhum furor midiático contra isso.

Bom, vou procurar cada um dos signatários desta CPI e perguntar: se o senhor quer zelar para que não haja desvio de dinheiro público de suas finalidades, gostaria de ter sua assinatura para investigarmos para onde está indo o dinheiro público colocado à disposição da Vale. Sou capaz de apostar que, se somarmos todos os recursos de que possam acusar o MST de mau uso, nem chega na sola do chinelo dos créditos do BNDES concedidos à empresa, incrivelmente controlada pelo Bradesco, que só tem 9% do seu capital.

Os nossos amigos da imprensa, sempre tão indignados, perderam o interesse na Vale, depois que o sr. Agnelli disse que vai seguir o que o Governo quer. Ninguém questionou a afirmação que ele fez - um escárnio à inteligência das pessoas - de que suas ligações com o Brtadesco eram “meramente afetivas”, depois de sair direto de 20 anos no bancão e ir direto para a presidência da Vale.

Assim é o “todos são iguais perante a lei” no Brasil. O Sr. Agnelli pode mandar meter não um, mas centenas de tratores abrirem rombos imensos no nosso território, em áreas desapropriadas pelo Estado para que possa haver a mineração. Nada demais.  Um provocador infiltrado ou um insensato derruba - e isso é uma atitude que deve ser punida, sim  - alguns pés de laranja em terra pública, adquirida irregularmente por uma empresa (multinacional) de agronegócio e isso é motivo de comoção nacional.

Nós, deputados, juramos uma Constituição que diz que os brasileiros são iguais. Só o que queremos é que uma empresa que explora concessões públicas milionárias, que tem como maiores acionistas entes ligados ao Estado e sujeitos à fiscalização do Tribunal de Contas e que recebe enormes créditos beneficiados do Estado seja investigada como pretendem investigar o MST.



A Vale e os bancos privados erraram

Ao anunciar a sua proposta de nova Lei do Petróleo no final do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializará uma inflexão no papel do Estado brasileiro: o governo passará a ter maior ação na economia.

Nos seis anos e oito meses de governo, Lula aumentou a influência do Palácio do Planalto sobre a Petrobras. Concluída a proposta de novo marco regulatório para o petróleo, Lula deverá aumentar a pressão sobre a Companhia Vale do Rio Doce.

A Petrobras é uma estatal de capital misto na qual o governo tem a maioria das ações com direito a voto. O governo indica o seu presidente. No entanto, do capital total, 60% estão em mãos privadas.

A Vale, a maior empresa brasileira depois da Petrobras, é uma companhia de capital misto também, mas um pouco diferente. O governo não interfere diretamente na gestão da Vale como faz na Petrobras, mas tem feito pressões para influenciar os rumos da administração da empresa.

Do capital com direito a voto, a Valepar tem 53% das ações da Vale. Na Valepar, um consórcio de fundos de pensão detém 49% das ações. O BNDESPar tem 11,5%. O Bradesco, 21%. E o Mitsui, 18%.

Ou seja, o Bradesco comanda a empresa por meio de um acordo de acionistas. O banco indicou Roger Agnelli para presidir a Vale. Mas uma eventual aliança entre a Previ e o BNDESpar, que é o braço do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para participar de empresas, poderia indicar um novo presidente. O governo tem enorme influência sobre os fundos de pensão das estatais.

Nos bastidores, o governo Lula ameaçou interferir no comando administrativo da Vale a fim de levar a empresa a fazer investimentos considerados estratégicos pelo Planalto --sobretudo na área de siderurgia. Lula mandou um recado ao Bradesco. Insatisfeito com a ação da Vale durante a fase mais aguda da crise global, o presidente deseja que a companhia ouça mais o governo.

Agnelli e o Bradesco não gostam da revelação pública da pressão de Lula, mas ela existe e tem sido sentida pelo executivo e pelo banco. Em conversa reservada recentemente, Agnelli procurou selar a paz com Lula, sendo bastante cordato ao usar as palavras a fim de explicar ao presidente decisões da empresa.

Lula considera que a Vale "amarelou" no começo da crise, cortando investimentos e demitindo trabalhadores numa hora em que o governo, que sempre atendera aos pedidos da empresa, insistia na manutenção de expectativas positivas. A Vale frustrou parte desse plano, levando outras empresas a adotar o mesmo caminho, dizem auxiliares do presidente.

Na visão do governo, a Vale e os bancos privados erraram. A lucratividade do Banco do Brasil, a diminuição do desemprego e o aumento da renda evidenciariam um pessimismo desnecessário do setor privado brasileiro.

Ora, se as empresas gostam de recorrer ao Estado para tomar recursos públicos ou se aliar a fundos de pensão que sofrem influência do governo, deveriam tratar como normal algum nível de intervenção estatal. Pegar dinheiro público e tratar como se fosse privado é fácil. É capitalismo sem risco.

Nesse sentido, Lula está certo ao pressionar a Vale e ao recuperar a influência política sobre as ações estratégicas da Petrobras. O presidente avalia que as ações dos governos na crise global reforçaram seus argumentos. E ele pegou gosto pela coisa.

As grandes empresas privadas que têm o governo como sócio serão mais pressionadas por Lula daqui em diante.

Kennedy Alencar, 41, colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília. Escreve paraPensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre bastidores do poder, aos domingos. É comentarista do telejornal "RedeTVNews", de segunda a sábado às 21h10, e apresentador do programa de entrevistas "É Notícia", aos domingos à meia-noite.

E-mail: kennedy.alencar@grupofolha.com.br