da Folha Online
A Força Tarefa Previdenciária prendeu 31 fraudadores da Previdência Social, nesta quarta-feira, dos quais 29 em Belém (PA) e dois em Santa Inês (MA). Entre os presos, nove são servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social): sete servidores administrativos e dois peritos médicos. Os outros 22 são intermediários, e entre eles, há dois falsos médicos.
A Força Tarefa, que é composta por servidores do INSS, Polícia Federal e Ministério Público Federal, concluiu as investigações iniciadas pelo INSS em outubro de 2006.
Estão sendo investigados 517 benefícios concedidos a partir de 2003. Segundo o Ministério da Previdência Social, no entanto, há suspeitas de que a quadrilha tenha fraudado 17 mil benefícios. A estimativa inicial é que o prejuízo seja de mais de R$ 10 milhões para os cofres da Previdência.
A quadrilha buscava pessoas com interesse de conseguir benefícios fraudulentos (auxílio-doença, aposentadoria por tempo de contribuição, por idade ou invalidez, pensão por morte ao idoso e portador de deficiência) para participarem do esquema.
Segundo a Previdência Social, o grupo confeccionava a documentação falsa necessária para solicitar o benefício e, em seguida, dava entrada no requerimento do benefício em uma das agências onde trabalhava um membro da quadrilha. O servidor dentro do esquema habilitava e concedia o benefício ou o médico perito que atestava a existência de doença ou invalidez.
Um dos presos na operação desta quarta-feira é o chefe da Agência da Previdência Social de Mosqueiro, que estava funcionando na capital paraense. No caso dos dois casos no Maranhão, após obter os benefícios fraudulentos, eles fizeram empréstimos consignados para pagar a quadrilha.
Entre
2003 e 2008, já foram realizadas
145 operações pela Força Tarefa Previdenciária, sendo que quatro delas foram realizadas neste ano (em Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo e esta do Pará). Neste período, foram presos
868 fraudadores, sendo
48 deles em 2008. Entre os presos, 30 são servidores do INSS.