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A luta fratricida escamoteada num partido que se aceitou satélite

Lupi está na berlinda
Mas quem está contra ele só quer se dar bem

"Não quero mais ver o PDT servindo de escada para nenhum outro partido".
Osmar Dias, senador em fim de mandato e candidato derrotado ao governo do Paraná.

Sinceramente, parece meio delicado meter o bedelho nos conflitos internos do PDT, até porque nunca concordei com seu alinhamento automático ao governo do PT, especialista em demolir aliados, razão da minha dolorosa desfiliação.
No entanto, as informações que chegam ao meu conhecimento me obrigam a dizer qualquer coisa, nem que não interesse à maioria dos leitores ou deixe de ser considerada pelos sobreviventes da legenda (um dia) brizolista.
Antes de entrar em detalhes, devo reconhecer: independente de posições equivocadas, ninguém sintetiza melhor o passado e o presente do PDT do que Carlos Roberto Lupi. Ninguém mais do que ele preocupou-se tanto com o partido enquanto ocupante de um cargo em um governo, mesmo colocando-se ele próprio no centro dessas preocupações e adotando algumas atitudes em que priorizava abertamente o governo a que servia, perdendo correligionários, como aconteceu na Bahia.(Ali as urnas deram razão a ele).
O que sei é que estão querendo fazer dele bode expiatório de algumas derrotas,  responsabilizando-o pelo fato do partido não ter feito um único governador, fato sem precedentes, e de ter priorizado a eleição de Dilma Rousseff em prejuízo de alguns correligionários.

Lupi fez das tripas coração para garantir apoio do PDT à Dilma já no 1º turno. Agora, tem de fazer o mesmo para não levar uma rasteira dos correligionários.

 
De costas para Brizola
De olho no novo governo, alguns pedetistas não hesitam em querer sacrificá-lo no Ministério do Trabalho, ou para ocupar seu lugar, ou para ter alguém mais afinado ali ou para garantir compensações a candidatos que ficaram sem mandatos e poderiam ir para outra pasta.
Não se trava uma luta política, uma disputa sobre o próprio destino do PDT nesse novo momento da vida brasileira.  Os que articulam ou se manifestam de forma terceirizada com notas plantadas na mídia não estão nem aí para o legado de Brizola,  o caudilho que pagou um preço caríssimo por sua postura nacionalista.
Querem tão somente as minguadas fatias de poder reservadas a um partido que não aparece sequer entre os que teriam vencido a hipotética cláusula de barreira, embora possa exibir como fenômeno a exuberante votação do deputado José Antônio Machado Reguffe (266.465), a maior do país em relação ao eleitorado. (Ele foi um dos mais corajosos adversários do esquema de corrupção que culminou com a prisão e a cassação do governador José Roberto Arruda).
Conflitos fisiológicos
Essa corrida nitidamente fisiológica culmina uma crise que poderá expor pelo menos dois segmentos frontalmente adversários dentro da própria legenda, sem bandeiras e sem referências políticas.
Antes mesmo da morte de Brizola, em 2004, o seu partido já vinha perdendo o verniz de esquerda. Há Estados em que está de braços com o que há de mais reacionário e alguns dos seus 27 parlamentares eleitos não escondem posturas totalmente heterodoxas. Curioso: nos Estados em que apresentou candidatos a governadores viáveis – Paraná, Alagoas e Maranhão – não elegeu um único deputado federal. Dos majoritários, apenas Ronaldo Lessa chegou ao segundo turno em Alagoas: assim mesmo teve que engolir o apoio de Fernando Collor, numa inacreditável aliança de ocasião.
Há sinais de que a bancada federal,  ferramenta de negociação para o futuro governo, tende a aparentar-se ainda mais com o PTB, isto é, a jogar pesado na defesa dos interesses pessoais de cada um.  Constrangido por não ter sido reeleito, Brizola Neto afastou-se da liderança, que passou ao comando de Paulinho da Força Sindical, cujo perfil é por demais conhecido.
Paulinho agora diz publicamente que quem tem representatividade para pleitear cargos no governo federal é ele e não o ministro Carlos Lupi, que não disputou mandato, inviabilizado pelo quadro criado no Diretório do Rio de Janeiro, que se abriu à pior direita do Estado, numa inesperada manobra do prefeito de Niterói, Jorge Roberto.
É bem possível que Carlos Lupi saia bastante arranhado nessa convulsão, embora conte a seu favor, perante a nova presidente, com a determinação de bancar sua indicação no primeiro turno, recorrendo a todos os expedientes possíveis para impedir a tradicional candidatura própria.
Só com mais cargos o partido não racha
Sua tentativa de ampliar a participação no governo, abrindo espaço para o ainda senador Osmar Dias, derrotado nas eleições de governador do Paraná, parece ser a única carta na manga para permanecer ministro e presidente do partido, ao mesmo tempo.
Muito ligado ao agronegócio do Paraná, Osmar Dias só foi disputar a eleição de governador atendendo a um apelo de Lula, através de Lupi, já que a base governista não tinha ninguém em condições de enfrentar o prefeito de Curitiba, Beto Richa.
O pedetista achava mais seguro tentar a reeleição, no que tinha razão. Mesmo aliado com Roberto Requião, seu adversário na eleição anterior, não logrou sequer ir para o  segundo turno. Há quatro anos, numa aliança com os partidos de direita, perdeu por muito pouco (50,1% X 49,9%) de Requião, o político mais proeminente do Paraná.
Segundo minhas fontes, ao pressionar Osmar para ser candidato a governador, Lupi teria garantido que ele "não seria esquecido para um cargo à altura de sua carreira política" pela presidente Dilma Rousseff. Osmar está esperando ser ministro da Agricultura, com base em sua experiência de engenheiro agrônomo e secretário de Agricultura em duas gestões no seu Estado.
Independente dessa corrida ao poder, já se fala em algumas defecções. Os aliados mais exaltados do ex-governador maranhense Jackson Lago, que apoiou José Serra diante da aliança do PT com Roseana Sarney, já pensam em procurar outra legenda. O velho, fundador do partido e signatário da Carta de Lisboa, o primeiro documento do renascer brizolista, não esconde que está muito magoado, mas permanece numa postura de prudência.
Há muito mais minas afetando a terrível condição de aliado sem peso parlamentar e político (apesar do seu charme histórico) de um governo com um projeto que se baseia nos vitoriosos. Mas se os pedetistas quiserem preservar a legenda, mesmo envoltos na guerra das prebendas, precisam agir com mais tranquilidade e resgatar o que tem de maior patrimônio: o legado brizolista, uma referência que a história conserva com o devido respeito.
 

Amor


Quando encontrar alguém
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Desenhos 3D


Desenhos de Justin Beever


































Desenhos de Edgar Mueller





A regulação da mídia deve ser amplamente discutida


A presidente Dilma afirmou que as propostas para a criação de um projeto para regular a mídia deverão ser discutidas antes de serem acatadas. Na semana em que Brasília sediou o Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergência das Mídias, Dilma declarou: "O que acredito é que, como em qualquer processo, tem de haver uma grande negociação. Deixa aparecer o projeto para eu avaliá-lo", disse.

O ministro da Secretaria da Comunicação Social, Franklin Martins, havia dito que a regulamentação do setor de mídias brasileiro acontecerá mesmo sem consenso sobre o tema: "Nenhum grupo tem o poder de interditar a discussão. A discussão está na mesa. Pode ser num clima de enfrentamento ou de entendimento".

"Não tem lei, não tem projeto ainda. Nada me foi entregue", disse a petista. Martins pretende entregar até o final deste ano um anteprojeto de regulação do setor à presidente eleita para que a discussão sobre o tema seja prioridade em sua agenda. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os coordenadores do governo de transição, os deputados Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo, do PT, e o presidente do partido, José Eduardo Dutra, receberão Dilma no próximo sábado (13) para falar sobre sua gestão após a posse e sobre a formação de seus ministérios.

Na última quarta, durante o evento MediaOn, o coordenador da campanha on-line da presidente eleita, Marcelo Branco, declarou que o conteúdo publicado na Internet não poderia receber o mesmo tratamento que "veículos de comunicação de massa", pelo fato de ser "território livre, de expressão individual". O coordenador chegou a comparar a incerteza da garantia de proteção de conteúdos à quebra de garantias individuais ocorrida com o Ato Institucional Nº 5 (AI-5), durante a ditadura militar.   

Poema do coração


De ti somente um nome sei, Amor,
É pouco, é muito pouco e é bastante
Para que esta paixão doida e constante
Dia após dia cresça com vigor!

Como de um sonho vago e sem fervor
nasce assim uma paixão tão inquietante!
Meu doido coração triste e amante
Como tu buscas o ideal na dor!

Isto era só quimera, fantasia,
Mágoa de sonho que se esvai num dia,
Perfume leve dum rosal do céu...

Paixão ardente, louca isto é agora,
Vulcão que vai crescendo hora por hora...
O meu amor, que imenso amor o meu!

Florbela Espanca


Brasil precisa de novo mix macroeconômico

País precisa de mais controle de capitais

Claudia Safatle | VALOR

O tripé macroeconômico formado pelo superávit primário, meta de inflação e regime de câmbio flutuante permanecerá como a base da gestão da economia no governo de Dilma Rousseff. Mas é certo que haverá uma nova distribuição de peso para cada perna desse tripé. O esforço fiscal será maior, com o retorno da meta de 3,3% do Produto Interno Bruto; o câmbio terá uma administração cada vez mais suja; e, como consequência do reforço fiscal, os juros para manter a inflação na meta podem ser menores.

A valorização do real, agravada pela enorme disponibilidade de dinheiro no mundo em busca de rentabilidade, e a dificuldade de coordenação internacional para evitar a "guerra cambial" que coloca Estados Unidos e China nos extremos opostos, como parece claro na reunião do G-20 em Seul, exigirá esse novo "mix".

O controle mais estrito do gasto público dividiria com a política monetária a responsabilidade pelo combate à inflação, permitindo a redução da taxa básica de juros. Com o tempo, a queda da Selic diminuiria o ingresso de capitais externos no país em busca de ganhos de arbitragem com os juros internacionais.

Para trilhar esse caminho de forma mais rápida, porém, não bastaria voltar aos 3,3% do PIB de superávit, que representa reduzir despesas ou aumentar receitas de quase um ponto percentual do PIB. O esforço teria que ser maior e, aí, começa o impossível. Não há como cortar R$ 35 bilhões nos gastos e atender à demanda infinita da sociedade por políticas públicas (educação, saúde, estradas, segurança).

Ciente dos limites que a equação política do novo governo vai impor à adoção de um regime fiscal mais austero, a proposição que se mostra mais sensata é a que combina um pouco de cada uma das alternativas.

O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), na "Carta" que divulga na próxima semana, chama a atenção para o fato de que o país precisa, agora, de uma ação "mais drástica" em relação à questão cambial e aborda algumas possibilidades para administrar esse que é o problema mais complicado que se coloca para o próximo governo: a excessiva valorização do real que pode, no limite, varrer setores industriais inteiros da economia brasileira, e fomentar o surgimento de bolhas de ativos imobiliários e financeiros.

Uma das sugestões, segundo Luiz Guilherme Schymura, diretor do Ibre, é estender de forma horizontal o IOF de 6% (ou até maior) para toda a conta financeira e para as transações correntes do balanço de pagamentos do país, não deixando isento nenhum canal por onde possa entrar dólares burlando a taxação.

A ideia é ousada, pois inclui no rol dos dólares tributados os gerados pelos exportadores, na medida em que podem ser usados para entrar em aplicações financeiras domésticas, e os ingressos para operações em bolsa de valores.

A isso se agregaria, ainda, uma pitada de imprevisibilidade na atuação do BC no mercado de câmbio. O que seria possível com a redução na acumulação de reservas cambiais. Deixar a taxa mais volátil nesse momento criaria incertezas e risco de prejuízos aos investidores externos na hora da saída, diz Schymura.

Essas são propostas que vão no caminho inverso ao da "Carta do Ibre" de fevereiro, quando advogou maior abertura da economia e livre movimento de capitais, na linha do modelo australiano. "A situação se complicou bem mais nos últimos seis meses", avalia Schymura. Ficou clara a imensa liquidez internacional e acirrada a briga entre os países consumidores (que geram déficits em conta corrente) e os poupadores (que acumulam superávits nas transações correntes), num mundo em que hoje a produção é maior do que o consumo. E mesmo a Austrália, que servia como modelo de inspiração, já está impondo controle de capitais.

As medidas para regrar o ingresso de dólares, porém, esbarram num outro aspecto importante das contas externas: o Brasil vai precisar de pelo menos US$ 60 bilhões para financiar o déficit em transações correntes em 2011. Para um país que depende da poupança externa, impedir que ela entre em excesso "é um delicado exercício de sintonia fina", salienta a "Carta do Ibre".

No conjunto de possibilidades, restariam algumas outras, como: deixar como está e assistir à valorização do real sem intervenção do BC na compra de reservas. O efeito desinflacionário da apreciação cambial poderia permitir a queda dos juros e a consequente redução nos fluxos de capital; e a "saída argentina", com a adoção de uma meta de câmbio e esterilização apenas parcial dos reais correspondentes emitidos para a compra de dólares. Os juros tenderiam a cair pela injeção de liquidez na economia e o regime de metas para a inflação acabaria. Por razões óbvias, essas são propostas fora de cogitação.

Os sinais já emitidos pelo novo governo indicam que a opção será pela associação de um reforço fiscal que for possível com a ampliação dos controles do ingresso de capitais e continuidade no processo de acumulação de reservas.