Em queda nas intenções de voto, em alta nos índices de rejeição e vendo cada vez mais distante a possibilidade de passar para o 2º turno na eleição do mês que vem, o candidato dos tucanos a prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB-DEM-PSD-PV) perdeu o rumo. Agora, tudo indica, por completo.
Com um índice de rejeição que beira os 50% e crescendo ainda mais - subiu de 43% para 46% entre uma e outra pesquisa Datafolha - ele fala o que lhe vem à cabeça e só piora a sua situação. Agora vem com protestos contra a aparição da presidenta Dilma Rousseff no horário de propaganda eleitoral de nosso candidato a prefeito, Fernando Haddad (PT-PCdoB-PSB-PP).
O problema não é nem o protesto, mas a forma desabrida com que o faz. "Ela (a presidenta) vem meter o bico em São Paulo. Vem dizer aos paulistanos como eles devem votar. Ela, que mal conhece São Paulo, vem aqui dar o seu palpite", queixou-se José. É como se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não estivesse na campanha dele!
Mas está, agora, no desespero a que ele chegou, porque nas duas campanhas anteriores presidenciais de José ele impediu FHC de participar. Na 1ª, aquela de 2002, dispensou o presidente de subir em seu palanque; na de 2010, quase exilou FHC para que este não participasse de sua campanha.
A falta de compostura da candidatura José Serra só se explica pelo desespero a que ele chegou ante seu alijamento praticamente certo do 2º turno. Nos bairros os candidatos a vereador da chapa tucana já abandonam a campanha de José pregando o famoso voto camarão: pedem aos eleitores que votem na cauda da chapa (neles) e não na cabeça. "Esquecem" de pedir voto para José.
Ou simplesmente agem sem nenhuma cerimônia, já apoiando o nosso candidato, Haddad, ou o do PRB, ex-deputado Celso Russomanno, as duas mais prováveis apostas, à essa altura, de passagem para o 2º turno. José Serra já era!
por José Dirceu