IPVA para iates, helicóptero, jatinhos e lanchas de luxo, é justiça social

Ricardo Semler: colegas de elite, acordem


"Colegas de elite, acordem. Não se vota com bílis. O PT errou sem parar nos 12 anos, mas talvez queira e possa mostrar, num segundo ciclo, que ainda é melhor do que o Centrão megacorrupto ou uma ditadura autoritária. Foi assim que a Europa inteira se tornou civilizada. Precisamos de tempo, como nação, para espantar a ignorância e aprendermos a ser estáveis. Não vamos deixar o pavor instruir nossas escolhas", pontuou.
 
Semler lembra que, quando foi vice de Mario Amato na Fiesp, por volta dos seus 27 anos, convidaram diferentes figuras políticas para conversas informais, independentes da posição político-ideológica. "Chamei o FHC, que estava na mídia com a pecha de maconheiro. Chamamos os 112 presidentes de sindicato, vieram 8. Ninguém topava falar com "comunista"".
 
Para validar que suas análises políticas não costumam dar errado, o empresário lembra que, antes da eleição de Collor, foi entrevistado no Roda Viva e alertou o  país contar o caçador de marajás, o então "queridinho passional das elites".
 
Do mesmo modo, Semler buscou prevenir as elites contra a ida à Paulista para derrubar Dilma, quando já dizia que seria o mesmo que "eleger Temer e seus 40 amigos": 
 
"Ninguém da elite quis ir às ruas para pedir antecipação de eleições. Erraram feito, como no passado, ou como quando deram as chaves da cidade ao Doria. Quanta ingenuidade", reflete.
 
O ex-professor visitante da Harvard Law School e de liderança no MIT (EUA) afirma agora que estremece ao ouvir pessoas próximas, como metade da família, sócios e amigos "aceitando a tese de que qualquer coisa é melhor do que o PT", arrematando a falta de visão histórica que vem acompanhado as classes dominantes em toda no país.
 
"As elites avisaram que 800 mil empresários iriam para o aeroporto assim que Lula ganhasse. Em seguida, alguns dos principais empresários viraram conselheiros próximos do homem". Do mesmo modo, avalia, Haddad vencendo, "boa parte da Faria Lima e da Globo se recordará subitamente que foi amiga de infância do Fernandinho".
 
Semler acredita que a ignorante reação de medo e horror da esquerda é repetida pelo candidato Ciro Gomes. Ele mesmo, apesar de  não compartilhar dos pressupostos ideológicos do PT, sendo filiado até pouco tempo ao PSDB, reforça a necessidade de uma reflexão clara para desmanchar a nuvem de gás que torna o Partido dos Trabalhadores algo que, na realidade, não representa.
 
"Vivemos, nós da elite, atrás de muros, cercados de arames farpados e vidros blindados, contratando os bonzinhos das comunidades para nos proteger contra favelados. Oras, trocar vigias com pistolas por seguranças com fuzis é um avanço? Ou é melhor aceitar que o país é profundamente injusto e um lugar vergonhoso para mostrarmos para amigos estrangeiros?", questiona reconhecendo que as elites brasileiras "sempre foram atrasadas, desde antes da ditadura", nada fazendo para evitar o sistema de castas estrutural na sociedade brasileira.
 
"Nenhum de nós sabe o que é comprar na C&A e ser seguido por um segurança para ver se estamos para roubar, por sermos de outra cor de pele. Todos nós nos anestesiamos contra os barracos que passamos a caminho de GRU [Aeroporto Internacional de Guarulhos], com destino à Champs Élysées", concluindo que o Brasil precisa de “um governo para quem tem pouco", que é a quase totalidade dos cidadãos.
 
"Nós da elite, aliás, sabemos nos defender. Depois do susto, o dólar cai, a Bolsa sobe, e voltamos a crescer. Estou começando três negócios novos neste mês". Para ler o artigo na íntegra, na Folha, clique aqui. 
Pitaco do Briguilino:
A elite prefere perder os dedos a entregar os anéis.

Felicidade e simplicidade, faces da mesma moeda

Foto

Quem vive com simplicidade 
Desfruta de prazeres que a maioria nem conhece.
Lembre:
A felicidade pertence a quem acredita na força dos seus sonhos

Mais um dia de luta. Mais um dia pelo Brasil


Ciro embarcou na canoa furada de Bolsonaro?


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A lógica de Bolsonaro é ser anti-sistema, o representante do país sombrio, da maioria silenciosa que nunca se viu representada na política. No parlamento, é o baixo clero. Na mídia, é personagem secundário, restrito aos veículos regionais. Ou limitando-se a ver o país através das lentes dos programas policiais e do filtro dos jornais nacionais, sempre na posição passiva.
Os bolsonaristas são cidadãos de um país anacrônico, que acompanhava, passivamente, o cosmopolitismo provinciano do Rio e de São Paulo, mas não se sentia politicamente integrado.
É o valentão da moto, que só consegue se impor fisicamente sobre os nerds, esses moleques exibidos que querem falar chic. São os grupos, as gangs que se formaram em torno de temas não-políticos, colecionadores de motos, de veículos antigos, valentões de bar, grupos religiosos, colegas de bar, irmãos de maçonaria. Ou apenas cidadãos classe-média que escondiam preconceitos e ódios, comuns à pré e a pós-modernidade e que, graças às redes sociais, se descobriram maioria em seus redutos.
Junte-se a esse grupos empresários que aprenderam apenas a ganhar dinheiro, sendo submetidos dia após dia ao liberalismo superficialíssimo do sistema Globo, condenando qualquer forma de regulação e de atuação do Estado.
Quando a Globo decidiu levar o povo para as ruas, para atropelar a Constituição, e o STF (Supremo Tribunal Federal) convalidou o golpe, esse Brasil soturno emergiu com toda força. Pensaram repetir as maiorias silenciosas de 1964 que, depois de usadas, foram deixadas de lado. Não se deram conta do poder de aglutinação das redes sociais. Eles, agora, têm voz própria e se valem da desorganização total no sistema, da quebra de todas as regras e leis, para ocupar espaços, trazendo consigo agentes oportunistas de todas as espécies. -derrotados políticos, economistas, lideranças que foram sucessivamente derrotadas no jogo eleitoral e que, agora, se julgam em condições de cavalgar o leão sem ser devorado.
Tudo isso ocorre no país de Macunaíma. Aproveitam-se do jogo Ministros do Supremo, ministros de tribunais, economistas de mercado, mais abaixo um pouco, promotores liberados para prender, juízes liberados para condenar, fazendo acertos de contas em cada canto do país. Abrem a jaula achando que vão parlamentar com o leão faminto.
E aí acontece o paradoxo.
O Brasil que saiu às ruas no sábado, nas históricas manifestações das mulheres, é o país civilizado, defendendo bandeiras adequadas aos tempos modernos. O Brasil anacrônico dos grandes meios de comunicação, segura a informação. A reação da maioria silenciosa é aumentar a adesão a Bolsonaro – se a pesquisa IBOPE foi efetivamente séria, captando um soluço ou uma tendência.
A cada jogada de cena combinada, nos debates de presidenciáveis, mais se esboroa o Brasil institucional. A cada autodesmoralização do Supremo, mais gás para a besta.
O antipetismo desvairado da mídia, o oportunismo de presidenciáveis, de explorar o fantasma do suposto autoritarismo do PT tem efeito multiplicado nas redes sociais. Revive as maluquices do “comunista-comedor-de-criancinhas” e é tiro nos dois pés. Não demoniza apenas o PT, desmoraliza as instituições, o “sistema” – que Bolsonaro, mais uma vez, anunciou que irá destruir. E até Ciro Gomes, o presidenciável com melhores propostas, embarca nessa aventura que, em vez de levá-lo para o segundo turno, poderá levar Bolsonaro ao poder.
O PT tem defeitos enormes. Mas o oportunismo do país institucional, de atribuir ao partido propósitos ditatoriais, para navegar nas águas fáceis do anticomunismo mais primário, tem um efeito multiplicador terrível na base, nos escaninhos das redes sociais de onde se alimenta o bolsonarismo.
E fica o Brasil institucional aguardando o momento em que FHC descerá do seu ego e engrossará a frente contra o atraso. Sabe o que vai acontecer? Nada. Será anulado com um pum que Bolsonaro reteve no hospital.

Twitter do dia

A imagem pode conter: textoLeandro Nunes da Silva Bem assim Suzete Lanznaster. O PT teve 14 anos para dar um golpe comunista e nada! O Lula terminou o 2º mandato com 87% de popularidade, poderia ter mudado a lei e ficado eternamente no poder, e não fez. Vai fazer agora que o país está dividido? Bizarro.

Poesia da manhã


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Sem problemas
Se eu enlouquecer
Sem problemas
Já sou louca mesmo 
Se eu gritar
Sem problemas
Já grito mesmo
Se eu te mostrar quem sou
Sem problemas
Já me mostrei
Se eu chorar tua falta
Sem problemas
Sempre faltou mesmo
Se eu sofrer saudades
Sem problemas
Já sofro faz tempo, já sinto...
Se eu não seguir teus passos
Sem problemas
Não sei de você mesmo
Se eu espernear, cair no choro
Sem problemas
Choro mesmo, sofro.
Se eu te cantar calada
Sem problemas
Canto mesmo...
Se eu te lembrar as vinte e quatro horas
Sozinha,
Sem problemas
Lembranças dormem comigo !

Leônia Teixeira