Art figurines

Foto
Foto
Foto


A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa: o fascismo, por Frederico Firmo

A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.  O fascismo a la Bolsonaro se repete como uma farsa. Enquanto o primeiro nascia com um apelo popular, por aqui nasce com apoio nas classes superiores e média. Na tal massa cheirosa. 
Nasceu e foi gestada daqueles que, para golpear um governo legítimo, chamaram um capitão do mato, que foi alimentado passo a passo, na medida em que uma mídia sórdida criava os mitos e narrativas. Isto é,  criavam as justificativas para uma parcela da população que, definitivamente, foi alimentada pela incultura e  ultra especialização. Os que aprenderam ver o mundo através das lentes do status e de discursos auto centrados de auto promoção, auto ajuda unido à crença de que a sociedade é um facebook, ou twitter.  São pessoas que tiveram acesso ao que há de melhor na sociedade, saúde educação e padrão de vida. 
E não estou falando das tais classes emergentes, eu falo das castas e grupos sociais que de há muito estão  bem estabelecidos, falo dos bem nascidos. Eu falo daquela classe média que abraçou o discurso elitizante e pseudo meritocrático, ou o discurso de que a realidade do mundo é o Mercado. Falo dos que, cegos à realidade social, defendem canones desta economia. Eu falo das castas que, por gerações, se apropriaram das instituições do Estado, no judiciário e executivo e, quando na empresa privada, almejam sempre negociar com o estado. 
Falo dos que populam  universidades, tribunais, ou tem cargos em estatais. E também aos que gravitam em  torno deste cenário.
Estes são e foram os que mais aceitaram todo o trabalho da mídia. Afinal este discurso da mídia os empondera e os separa e reforça aquele desejo de se diferenciar do outro. O discurso reforça a diferença entre eles e todo o restante da plebe ignara e com o tempo eles naturalizaram as diferenças sociais. Assim como o naturalizaram o egoísmo e a falta de solidariedade, assim como acham, ou diriam realista, retirar direitos e desempregar o outro. Assim como acham natural pensar que a segurança é uma questão de ter uma polícia ou uma arma para nós. Assim eles não se chocam  e vão até mesmo dar suporte e defender a proposta de cercar, fechar e depois bombardear toda uma comunidade.
Junta-se a estes a casta religiosa, que fez dos templos o lugar dos vendilhões. Onde se submeter aos impostos dos dízimos, é pregado junto com a oposição a pagar os  impostos federais. Onde ficar rico ou enriquecer alguns é um meio de glorificar a Deus. Mas é também, infelizmente, o lugar daqueles crentes  desassistidos que caem no conto, pois o templo é o único lugar onde podem compartilhar seus sofrimentos.

Mas este fascismo não ocorre sem um exército de toga, criado pela pulverização de poder. Onde o poder se espalha por cada comarca, por cada tribunal, e é agora um poder que sequer tem limites, afinal a primeira instância é agora o poder. Emponderados os Procuradores do MP, são chefiados por uma casta que quer  o poder e se baseiam num conceito abstrato de que a corrupção é natural naqueles que eles definiram como o outro. Eles têm convicção disto. Mas morrem de dúvidas quanto aos seus, a quem aplicam a presunção da inocência. Uma casta  jurídica que investiga, prende, julga e condena e ainda pretende legislar sob os auspícios de um Clero superior do Sepulcro Federal, que pensa os estar usando, mas não percebe que já sem poder, estão sendo usados. A casta do Judiciário  transforma a corrupção em noção e adjetivo abstrato que, como adesivo, tem que estar colado nos outros. Ao invés de uma estrela de Davi, estampam a estrela do PT.

Mas o ponto central deste  fascismo é dar uma arma para cada um. Uma arma com a qual as pessoas possam se sentir poderosas. Para alguns é a arma que Bolsonaro promete, mas pode ser um cargo de Procurador, ou a comarca para um juiz de primeira instância, ou simplesmente pode ser o poder dos clicks num twitter, num facebook ou nos grupos de Whatsapp. Cada individuo pode amealhar milhões de seguidores  ou formar um templo apenas para falar ou manifestar algum pensamento, mesmo que seja doentio. E, principalmente, empondera qualquer outro indivíduo daquela rede, que obviamente passará a ter, logo após aderir, milhares de seguidores se auto reforçando. Cada um pode sentir o poder disto.

O fascismo atual é esta pulverização de poder que faz de qualquer juiz a autoridade máxima, que se sente o intérprete da sociedade, como disse Fux, ou pode simplesmente mandar o exército investigar as urnas eletrônicas, como aquele outro de algum lugar, alguma comarca. No Congresso, os antigos membros do baixo clero, se tornaram mão direita do rei, mas agora querem mais, querem o poder. E assim este fascismo não é mais centralizado ele é feito da pulverização do poder. Um poder falso, pois é de fato o poder manipulável, como os grupos da rede, que sequer sabem se respondem ou não a um robot, ou a um ou mais manipuladores.

Este fascismo é mais parecido com a barbárie, a destruição de padrões civilizatórios, onde os pequenos poderes fazem grandes estragos. Os que iniciaram o processo, com a  vã soberba de poder tudo controlar, foram deglutidos pelo mesmo monstro que soltaram. Chocaram o ovo desta serpente de muitas cabeças. Imagino o que agora sente uma cabeça dourada de um partido como o PSDB que em total submissão trouxeram para o seu interior  um outro capitão do mato, Dória.

Provavelmente irão aderir correndo à candidatura da barbárie, como sempre pensando que vão controlar o Coiso. Mas agora são reféns da criatura. Mas obedientes às ordens que recebem de longe vão correr para os braços do coiso Coiso para conseguir implementar as tais reformas, o fim do estado, e a privatização de tudo. Para os patrões destes não importa se a bárbarie se instala ou não. Assim estes mesmos patrões  financiam suas milícias, do tipo MBL, assim como milícias Zapistas twitistas e da Fake Newistas. E vão criando um candidato que se recusa a propor, e a falar, que nada sabe mas manda twittes contraditórios ao sabor dos acontecimentos.

Assim de Zap em Zap de click em click  vão dando a cada elo da corrente, uma sensação de poder total, que se retroalimenta. Basta criar alguma coisa para ver nos clicks de seguidores a sensação de poder, controle e aprovação. O movimento  tem uma origem organizada, e talvez  centralizada, mas se espalha de forma desorganizada gerando em seus militantes um sentimento de poder incontrolável, um caos um lumpem poder.  Os ataques de nível tão sórdido dão a eles um misto de poder e prazer. Afinal, tiveram muitos exemplos de como destruir moralmente alguém através da mídia. A falta de escrúpulos e a crueldade, os chutes mais baixos, se tornaram comuns, quase naturais, e os maiores incentivos aos mais  baixos instintos, extasia alguns que desopilam e se sentem livres e poderosos. É uma catarse, feita até em nome de  Deus.

A pulverização da sensação de poder  é uma arma letal, usada sem peias, e sem nenhum escrúpulo mas  com objetivos precisos. O Coiso, contrariamente a antigos fascistas, não governará com o povo, e sequer governará, pois sabemos de suas limitações. Se em sua vaidade tiver a veleidade de governar será colocado de lado, pois seu poder nasceu do ar fétido do golpe, e se tornará um alvo. Ele não tem asas para voar longe e como o mordomo do Jaburu só sobreviverá  pulverizando mais ainda o poder e seguindo alguma proposta que não é sua. Este fascismo não tem ideal de raça, ou ideal de nação, tem apenas o ideal de chegar ao poder, custe o que custar.

Destaques

Briguilinas

Quadrilha de Curitiba apronta mais uma contra a Democracia

bessinha.jpg

Como a quebra de sigilo da delação combinada de Palocci feita por sejumoro não surtiu o efeito desejado - tirar Haddad do segundo turno -, os morominions do ministério público decidiram entrar em ação, a três dias do primeiro turno da eleição reiteram pedido de condenação de Lula, com o único próposito de atrapalhar mais uma vez o partido dos trabalhadores. Mas, estão perdendo tempo. Venceremos esta corja, nas ruas e nas urnas.


"Nós passarinhos. Eles passarão!".
Canalhas!

Agradeço clique na propaganda dos anunciantes

Recado popular


Povo educado
Não precisa
Andar armado
Por:
+ Escolas
+ Arte
+ Respeito
- Violência
- Armas
- Discriminação

Agradeço clique na propaganda dos anunciantes

2º turno: não haverá espaço para murista


Resultado de imagem para muro tucano

A diferença é o Povão, por Fernando Brito
Está chegando a hora da primeira decisão, essencial para que se possa chegar em condições de vencer a segunda, aquela que resolverá se o Brasil será – com todos os defeitos imensos que tem o que resta dela – uma democracia ou deslizará para o fascismo, para o império dos esquadrões da morte, das milícias, da polícia e para a redução do povo trabalhador a uma escravização pela sobrevivência, sem direitos ou esperança, incapaz até de resistir à venda, por migalhas, de tudo quanto ainda é patrimônio da Nação.
É isso, e não menos, o que se desenha ameaçadoramente e que nos deve advertir.
Ninguém pense que os grupos fanatizados que, já agora, promovem espetáculos de barbárie e selvageria vão se manter nos cercadinhos das redes sociais e do whattsapp. Vão tomar as instituições policiais, as militares, sem que os seus integrantes que ainda queiram resistir tenham como fazê-lo. Daí para a formação de grupos de milicianos – não faltam embriões – é menos que um passo.
Mesmo que na cúpula haja alguma resistência, a quebra da institucionalidade nos fará viver tempos piores dos que o de 1964, quando o regime autoritário foi implantado a partir da cúpula das instituições armadas (e até contra parte de suas bases) e não havia um movimento como este, de microcéfalos sarados e de insanos querendo poder disparar contra todos os que achem “suspeitos”, “viados”, “drogados”, “feias”, “porcas” ou “comunistas” e uma sucessão de estigmas que, como a estupidez, é infinita e renovável.
Repito: é isso, e não menos, que virá se fraquejarmos.
De novo, explico a razão de, desde sempre, este blog ter assumido uma posição favorável à candidatura que representasse o ex-presidente Lula, que é agora encarnada por Fernando Haddad.
Não é e nunca foi petismo, e não preciso mais que minha trajetória pessoal para prová-lo, embora este tipo de “prova” ideológica, em si, já seja uma concessão ao preconceito e à estupidez. De qualquer forma, uso como atestado de que não estou, hora alguma, preocupado com “hegemonia petista” ou vantagens partidárias.
Mas estou, todo o tempo, preocupado com o significado que a disputa política toma para a população.
É a consciência que nutro, desde rapazote, de que não se faz transformações sociais sem povo, a partir de um grupo de puros e ‘iluminados’. Muito menos se defenderá a democracia pelos ‘doutos’, porque um regime de castas não a sustenta, pela iniquidade que exige.
E para o povo brasileiro, há mais de dez anos, é Lula quem personifica seus anseios e seus direitos.
Não compreendo que haja uma cegueira ao fato de que, com Lula candidato, este avanço do fascismo seria muito menor ou, talvez, existisse de forma apenas marginal. A direita, os dominadores do povo brasileiro e artífices do golpe jamais deixaram de ver esta verdade, tanto que tudo fizeram para persegui-lo, desmoralizá-lo, condená-lo, prendê-lo e, ainda agora, mantê-lo incomunicável com a população.
E fizeram algo, que alguns de mente fraca, na esquerda, agora adotam como “razão”: ou Lula cede e se retira ou “puxará cadeia pelo resto da vida”. Lula, que individualmente seria o mais prejudicado com isso, não cedeu porque sabia que isso seria entregar-lhes o país.
O que apontaram como “egoísmo” é, de fato, heroísmo e martírio.
Não pretendo “virar votos” e considero Ciro Gomes um homem digno, com todo o direito de candidatar-se. Também não o considero, mesmo com sua longa história de individualismo, que o fez transitar por sete partidos diferentes, um homem que coloque suas ambições acima de tudo.
Mas seria cúmplice  se silenciasse diante do uso de seu nome para atacar e desqualificar, com os argumentos que a mídia e o Judiciário querem fazer de “senso comum”,  aquela que será, a arma que teremos para enfrentar a ascensão fascista.
Há, na lei, a figura da tergiversação, que consiste em que alguém defenda na mesma causa,  partes contrárias.
Haverá dois lados, e todos terão de escolher aquele em que ficará.
Agradeço clique na propaganda dos anunciantes