Em defesa da família brasileira

Com todo respeito, eu queria entender como os seguidores dessa individúo dizem que votam nele porque ele defende a família, prefere ver um filho morto a ele ser gay, crítica mulheres por ficarem nuas em protestos (o que considero uma bobagem). Mas não se incomodam que um bixessual e ator pornô possa vir a ser ministro da cultura. Sinceramente, sei não, mas tenho a impressão que sei lá...



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Duas imagens valem mais que quantas palavras?

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Dia 28 o Povo escolherá, nas urnas o que prefere para seus filhos e netos.
Eu votarei novamente em Fernando Haddad 13 e você?
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1ª entrevista de Haddad no 2º turno


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Matemática básica

68% dos eleitores NÃO votaram
em Jair Bolsonaro.
Os 46% que ele teve foram
de votos válidos.
Votos reais são apenas 32%.
30% dos votos foram:
Nulo
Branco
Abstenção.
A democracia será salva.
Depende de você, depende de nós.
#AgoraéHaddad

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Psol agora é Haddad e Manuela



Para derrotar Bolsonaro e defender direitos, no segundo turno o PSOL defende o voto em Haddad e Manuela
As eleições no primeiro turno terminaram mantendo o mesmo cenário de instabilidade e polarização provocado pelo golpe de 2016 e que aprofundou uma crise econômica e social que já se desenvolvia. Também aprofundou uma crise de representação política de tal monta que gerou as condições para o surgimento de uma candidatura de extrema-direita e que chegou ao segundo turno com apoio de parte considerável das classes dominantes. A eleição golpeou diferentes caciques políticos, fazendo com que a extrema-direita capitalizasse a raiva social contra o “sistema”.
O segundo turno é a continuidade da luta contra o fascismo e o golpe. A tarefa central nesse momento é, portanto, derrotar Bolsonaro. Sua derrota abre a possibilidade de bloquear a agenda iniciada por Temer, garantir a soberania nacional e reunir condições para seguir defendendo as conquistas democráticas frente ao autoritarismo. Para isso, o PSOL apoiará a partir de agora a candidatura de Haddad e Manuela, mesmo mantendo diferenças políticas e preservando nossa independência. Convocamos toda a nossa militância a tomar as ruas para continuar dizendo em alto e bom som: ele não!
O PSOL e a aliança que conformamos no primeiro turno em torno de Boulos e Sônia, com os movimentos sociais e o PCB, intelectuais e artistas, continuará a defender a dignidade do povo brasileiro contra a desigualdade e os privilégios. Essa candidatura marca o início de um novo ciclo na esquerda brasileira e o PSOL tem orgulho de ter acolhido e estimulado essa construção. Por isso, continuaremos a defender as causas que nenhuma outra candidatura teve a coragem de sustentar.
Estaremos na campanha para derrotar Bolsonaro e eleger Haddad e Manuela, defendendo a soberania nacional e os direitos da maioria de nossa gente. Estaremos nas ruas e nas urnas exigindo a revogação de todas as medidas do governo Temer, contra a reforma da previdência, a reforma trabalhista, o fim do genocídio contra a população negra, o fim da violência contra a comunidade LGBT, a desmilitarização da polícia, a legalização das drogas, a demarcação das terras indígenas e quilombolas, o desmatamento zero e na defesa dos direitos das mulheres e todas as suas pautas – a igualdade salarial, a lista suja do machismo e a legalização do aborto. E, para tanto, não abriremos mão da luta por nossa soberania energética com a defesa do pré-sal, da Petrobras e da Eletrobras, na perspectiva de uma transição da matriz energética e do modal de transportes.
O PSOL compreende que a luta para derrotar Bolsonaro no segundo turno é para defender e ampliar direitos, e não para negociá-los. Seguiremos enfrentando privilégios e lutando para que o povo ocupe o centro das decisões. Só assim será possível garantir um ciclo de esperança, justiça, igualdade e soberania no Brasil.
Orientamos nossa militância a constituir comitês amplos pelo #EleNão. O exemplo das mulheres, que tomaram as ruas no último dia 29 de setembro nos inspira e fortalece para que novas manifestações massivas ocorram para derrotar a extrema-direita. Estaremos na campanha para levar Haddad e Manuela à vitória e para que a vontade do povo seja respeitada. Onde houver segundo turno para os governos estaduais, orientamos nossa militância a apoiar nomes que se oponham publicamente ao projeto de Bolsonaro. Em cada estado, as instâncias locais definirão as formas de contribuir ativamente na mobilização popular para derrotar o atraso, priorizando a construção de espaços plurais e que incorporem todos e todas que defendem a democracia, mantendo nossos princípios e a coerência que marcam o PSOL.
Continuaremos nas ruas, juntos, sem medo de mudar o Brasil. Ele não!
Executiva Nacional do PSOL
São Paulo, 8 de outubro de 2018

#EleNão
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Pós mentiras

Antes e depois do primeiro turno
- Prendo, torturo e mato qualquer um
que não concorde com a minha decisão!
- Não é bem assim.
 Temos de explicar o que ele disse e dirá.


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Sakamoto: Bolsonaro fez discurso de derrotado

Tem dúvida da sua vitória, uma tática para comover eleitores ou a maneira que se comporta diante das frustações? 

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Causou espanto a reação de Jair Bolsonaro (PSL) diante do resultado do primeiro turno das eleições. Seu discurso, transmitido através de uma live do Facebook, parecia o de um candidato derrotado e não daquele que recebeu 46% dos votos e têm um caminho mais fácil do que seu adversário, Fernando Haddad (PT) – que teve 29% – para o Palácio do Planalto.


Não só isso: Bolsonaro foi puxador de votos de seu partido, que deve ser o segundo maior na Câmara dos Deputados, saltando de oito para mais de 52 parlamentares, ficando apenas atrás do PT (56). E com um Congresso Nacional que promete ser eminentemente conservador, já tem o aceno das bancadas do agronegócio (...) e das corporações policiais e militares se vencer. Nunca a extrema direita teve uma votação tão grande no país. Sob vários aspectos possíveis, ele é o maior vencedor até aqui das eleições.

Contudo, o ex-capitão estava claramente abatido por não ter liquidado a fatura. O que mostra que não era bravata, ele realmente acredita no que disse no último dia 28, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes: ''Pelo que vejo nas ruas, não aceito resultado diferente da minha eleição.'' E completou: ''Se você ver como eu sou tratado na rua e como os outros são tratados, você não vai acreditar. A diferença é enorme''.

Do seu ponto de vista, portanto, não havia uma Presidência da República em disputa nas eleições, apenas um ritual para confirmá-lo como próximo mandatário neste domingo (7). Não admira, portanto, a frustração.

Caso confiasse nas pesquisas de intenção de voto, saberia que as coisas não sairiam do jeito que ele que desejava. Datafolha e Ibope, realizadas entre os dias 5 e 6 e divulgadas no sábado à noite, apontavam para 40% a 25% e 41% a 25%, respectivamente. Ele ganhou entre cinco e seis pontos e Haddad, quatro pontos, desconsiderando-se as margens de erro. Ambas mostravam que sua curva estava ascendente (e que isso poderia continuar acontecendo), mas que seria muito difícil atingir a maioria dos votos válidos até domingo.

O resultado dessa frustração foi um discurso com toques de esquizofrenia, paranoia e agressividade. Ao mesmo tempo em que prometeu acabar com a divisão do país, trazer paz e ''unir o nosso povo'', afirmou que vai acabar com toda forma de ''ativismo'', apesar de não explicar o que isso significa. Ativismo político, estudantil, sindical, empresarial, social, cultural? De direitos humanos, indo contra as leis brasileiras e os tratados internacionais que o país assinou? Ativismo, que significa a militância da sociedade voltada a mudar o que considera errado e apoiar o que acha certo? Se for isso, propôs tolher a liberdade.

Sem contar que também afirmou disse que o povo do Nordeste vota coagido no PT, região onde perdeu de Haddad, ignorando que o povo tem vontade própria – o que certamente não é um discurso apaziguador.

Além disso, apesar de bradar que o país está à beira do caos, colocou mais lenha na fogueira incentivando uma teoria da conspiração sem provas ao afirmar que as urnas foram fraudadas. Um de seus filhos havia compartilhado, ainda durante a votação, um vídeo que mostrava uma urna que autocompletava o número 13. O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais afirmou que o vídeo era fake, uma montagem, e peritos do tribunal mostraram como foi feita a falsificação grosseira. Mesmo assim, isso foi o suficiente para criar uma onda de indignação e protestos entre seus eleitores. Há quem foi protestar à frente de prédios da Justiça Eleitoral.

''Vamos juntos ao TSE exigir soluções para isso que aconteceu agora, e não foi pouca coisa, foi muita coisa. Tenha certeza: se esses problemas não tivessem ocorrido, e tivéssemos confiança no voto eletrônico, já teríamos o nome do futuro presidente da República decidido hoje'', afirmou Bolsonaro. Não importa que o resultado bateu com a pesquisa Boca de Urna Ibope, que deu 45% a 28%. Ele afirma que foi vítima de uma fraude, ou seja, algo ou alguém bloqueou o seu destino.

Esse tipo de declaração joga fora a legitimidade do voto popular e põe em risco a estabilidade do país. Já teremos muita dificuldade para evitar grandes comoções do lado derrotado, seja ele qual for, após o resultado ser confirmado dada a ultrapolarização em que nos encontramos.

Enfim, nada disso condiz com a situação privilegiada em que ele se encontra agora. Os discursos de Marina Silva e Geraldo Alckmin, cujas candidaturas tiveram rápida desidratação por conta da corrida pelo voto útil na últimas semanas, foram mais altivos e em nada rancorosos, ao contrário do dele.

Resta saber se realmente tem dúvidas sobre a possibilidade de sua vitória, se isso é uma tática para comover o eleitorado ou se essa é a forma com a qual age diante de frustrações.

Até porque, neste segundo turno, será chamado a participar de debates e entrevistas para expor mais detalhadamente suas propostas para o governo e a responder por declarações polêmicas dadas por ele, por seu candidato a vice, o general da reserva Hamilton Mourão (13o salário, ''branqueamento''…), e por seu assessor econômico, Paulo Guedes (CPMF, Imposto de Renda…). Bolsonaro pode se negar a ir e continuar produzindo vídeos, tuítes e memes para a rede. 

(...) Mas depois, em 28 de outubro, não pode se frustrar caso o resultado não seja de seu agrado.

por Leonardo Sakamoto no seu blog
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