Judiciário o mais corrupto dos poderes

Presidente do STJ, que concedeu domiciliar a Fabrício Queiroz, nega direito a outros presos do grupo de risco da Covid-19. 

Corja!

A LOBOTOMIA NACIONAL E O EFEITO PT, por Cláudio Viola Pinheiro

Esqueçam o partido político criado no colégio Sion em São Paulo, em 1980, por um grupo heterogêneo, formado por militantes de oposição à Ditadura Militar, sindicalistas, lideranças de movimentos sociais, intelectuais, profissionais liberais, artistas e católicos ligados à Teologia da Libertação. Esqueçam que tal partido nunca foi comunista e que governou, SEMPRE, aliado ao centro e a setores de direita do país, seja formando chapa com José Alencar do Partido Liberal (mandatos de Lula) ou com Michel Temer do P(MDB) nos governos de Dilma. Governou dentro do modelo capitalista e formando bases de governo com partidos de todas as matizes ideológicas. Esqueçam que esse partido tinha ministros do PP, do PMDB, do PTB, do PDT e de partidos menores. Esqueçam que presidentes de Estatais eram nomeados conforme negociações com a base de sustentação política do governo, e que TODOS os partidos que citei lá em cima FORAM GOVERNO. Esqueçam que a corrupção público-privada, pela qual o tal partido foi sentenciado como o ÚNICO culpado em mais de 500 anos de história do Brasil, já vinha de governos anteriores há muitas décadas. A Petrobras foi tomada pelos corsários tucanos ainda no governo de FHC. Esqueçam que esse partido tem mais de 1,5 milhões de filiados e que todos seus filiados e simpatizantes foram demonizados desde 2014 (com a ajuda inestimável de setores da mídia capitaneadas pela GLOBO), quando o processo eleitoral foi polarizado pelo ódio e quando foi criada uma operação anti-corrupção que deveria moralizar o país mas transformou-se num instrumento persecutório de um único partido político. Tão parcial, tão ideologizada e politizada que catapultou seu juiz coordenador para a cadeira de Ministro da Justiça de um governo fascista. Esqueçam esse partido e foquem numa coisa chamada EFEITO PT.
O EFEITO PT deu fim ao projeto econômico neoliberal de FHC e implantou a doutrina econômica do nacional-desenvolvimentismo no Brasil. Deu fim ao processo de privatizações sem critérios de FHC, retomou os investimentos do Estado em programas nacionais de desenvolvimento e investiu massivamente em programas sociais inclusivos. O EFEITO PT quitou a dívida brasileira junto ao FMI e tornou o país CREDOR do fundo. O EFEITO PT tirou o Brasil do Mapa Mundial da Fome (ONU/FAO) e colocou-o no patamar de SEXTA economia do mundo em 2011. O EFEITO PT empurrou o desemprego nacional para o patamar de 4,3% em dezembro de 2014, a menor taxa da história do país. O EFEITO PT apostou no PRÉ-SAL brasileiro, criou tecnologia própria de prospecção e capitalizou a PETROBRAS. Uma riqueza extraordinária que nos deixaria auto-suficientes na produção de petróleo bruto e também destinaria, por lei, grande parte dos ganhos em EDUCAÇÃO e SAÚDE. O EFEITO PT lutou contra os latifundiários do Norte brasileiro e preservou a Amazônia e seus povos nativos. Assinou tratados internacionais de preservação ambiental e de políticas climáticas. O EFEITO PT democratizou o ensino público, deu justiça ao seu acesso através do Programa de Cotas e permitiu que os pobres chegassem às universidades. O EFEITO PT criou programas de moradia popular, criou projetos nacionais de saneamento básico, tirou do papel e realizou a obra da Transposição do Rio São Francisco, para levar água a quem não a tinha. O EFEITO PT reforçou o SUS, normatizou o SAMU e implantou o Programa MAIS MÉDICOS para levar saúde preventiva onde isso nunca existiu. O EFEITO PT criou polos regionais de desenvolvimento econômico e gerou emprego e renda por todo o país. O EFEITO PT permitiu uma vida digna a milhões de pessoas e preservou a PREVIDÊNCIA SOCIAL SOLIDÁRIA. O EFEITO PT contrariou os interesses do grandes empresários e preservou as LEIS TRABALHISTAS. O EFEITO PT aumentou nossas RESERVAS CAMBIAIS que chegaram a mais de 370 bilhões de dólares, sem esquecer que recebeu o país das mãos de FHC com 10% desse valor em reservas. O EFEITO PT permitiu que o Partido dos Trabalhadores vencesse QUATRO eleições seguidas e que seu presidente mais popular saísse de seu governo com 87% de aprovação, índice nunca igualado por qualquer outro governante em nossa história. O EFEITO PT levou a um golpe parlamentar com um "impeachment" contra a presidenta Dilma baseado numa pedalada fiscal que foi desclassificada como tal por uma junta técnica do próprio Senado Federal, tendo esse parecer sido desprezado no processo de impeachment forjado pelos seus adversários políticos. Apresentei tudo isso para que entendam que os 57 milhões de brasileiros que votaram em Bolsonaro e os mais de 40 milhões de "isentões", que permitiram sua vitória, se opuseram, na realidade, ao EFEITO PT. Bolsonaro nunca enganou ninguém. Seu discurso odioso, preconceituoso, patético e racista foi cristalino e sua biografia acessível a qualquer um. Ele foi o bode mais do que oportuno para o "establishment" colocar na sala e vencer nas urnas o EFEITO PT.  Quanto um professor universitário poliglota, com doutorado, com experiência em gestão pública, defensor da democracia, defensor da justiça social, da igualdade social, racial, sexual, de gênero e do respeito pela diversidade de pensamento foi preterido em prol de um ex-milico tosco e político medíocre, o EFEITO PT mostra que incomodou muito e ainda incomoda.  
Difícil entender (ou nem tanto) esse ódio brutal, a falta de reflexão histórica, a ausência de senso crítico e até mesmo a falta de gratidão dos que foram favorecidos por treze anos de inclusão sócio-econômica. Mas é inegável que o "establishment" fez um bom trabalho. A lobotomia nacional funcionou. Vão sacar o bode da sala mas o EFEITO PT vai continuar vivo e incomodando o andar de cima. Os "arrependidos da hora" que o digam!

Lula x Ciro

Tão bom seria que Ciro Paris Gomes não fizesse como os ratos , moro e Dallagnol é fugisse de um debate com Lula. 
Rsss
Ele quer o avesso. 

Quem apoiou Bolsonaro não se regenera

É descoberto que indicado para ser ministro da Educação plagiou mestrado, forjou doutorado, pos-doutorado e ser professor da Fundação Getúlio Vargas, que faz o presidente?...
Elogia a honradez e honestidade do indivíduo. 
Sei não mas tenho a impressão que sei lá 

A política de ódio de Ciro Gomes

Ciro Gomes tem dedicado quase toda sua atividade política a atacar o PT e o Lula, de maneira incessante, raivosa. Culpa o PT e Lula por todos os males que se abatem sobre o País, parece querer fazer crer que “comem criancinhas”, como se dizia dos comunistas antigamente. Lamentável.

Ciro tem levantado questões interessantes sobre economia e política, mas desencanta em seguida. Agrada nacionalistas ao falar em soberania e ao criticar o sistema financeiro, desagrada em seguida ao ser favorável à privatização da água e ao atacar as estatais. Diz combater políticas fisiológicas e em seguida acena ao DEM e outros. Encantou Brizola em um momento e o desagradou em seguida.

Este estilo político de ataques e de ódio foi inaugurado pelo Senador americano Joseph McArthy, que via comunistas em tudo na vida americana, nas artes, na cultura, na política, no governo. Cassava comunistas até em Hollywood. Perseguiu muitos, processou, infernizou muitas vidas, até na prisão muitos foram parar. Foi o início da ação da direita extremada em período de vida democrática, após o fascismo. Seu movimento ficou conhecido como macarthismo. Voltou a ganhar expressão agora com Trump e sua montagem de redes sociais, estendeu-se por alguns países, veio parar no Brasil, tendo em Bolsonaro sua principal figura.

Ciro Gomes tem usado esses mesmos métodos. Usa a expressão “lulo-petismo” como xingamento, refere-se a lulo-petistas bandidos, enfatiza que são corruptos, diz que são responsáveis pela eleição de Bolsonaro (ele que foi descansar em Paris após o primeiro turno e voltou na véspera do segundo turno para xingar o PT e o Haddad na hora da decisão). Quer pegar a esquerda em cheio: ataca até o PSOL. Entrou de corpo e alma na política do ódio.

Até agora, na privatização da água, quando acuado por terem ele e seu partido, o PDT,  aprovado a lei que levará à privatização, diz que a culpa é do PT, do lulo-petismo. Até Bolsonaro, que procurou tirar proveito eleitoral dessa onda incensada pela mídia, não mais repete esta aleivosia com a mesma ênfase.

Na eleição de 2002, Brizola, procurando levar o PDT a apoiar Ciro, preocupado que Lula ainda enfrentava muita rejeição (o que já havia se dissipado), encontrou resistência em mim, pela orientação política do Ciro não condizente com o trabalhismo, e no Senador Jeferson Peres, que alertava por sua personalidade autoritária. Brizola não aceitou, mas certamente tomou a devida nota.

Na campanha, confirmou os descaminhos do Ciro, chocou-se com muita coisa, especialmente pela aproximação do Ciro com Paulinho, então Vice, com Roberto Jeferson, com Roberto Freire, procurando alijar Brizola e afogar sua candidatura ao Senado.

Reuniu o partido para sair da campanha do Ciro e pedir a retirada da sua candidatura para procurar assegurar a vitória de Lula no primeiro turno e evitar os riscos do poder econômico e da mídia em segundo turno. Não conseguiu dobrar o partido por manobras do Carlos Lupi, também candidato a Senador (duas vagas), interessado em minimizar Brizola e ficar com mais chances como praticamente candidato único ao lado de Ciro, então com boa margem no Rio, alegando falta de prazo para convocar Convenção. 

Ciro não aceitou e até menosprezou Brizola. Quando diversos de nós comunicamos nosso engajamento na campanha do Lula, Brizola deixou claro que iria também votar no Lula. Brizola e Ciro nunca mais se falaram. Só se encontraram no dia do anúncio do Ministério do Lula, Ciro nomeado Ministro, quando se cumprimentaram. Nunca mais.

Ciro pode dar contribuição importante à política brasileira, como já deu em algumas questões e em alguns momentos. Tem de abandonar a prática do ódio e entrar no campo da razoabilidade. Senão, mistura-se com manifestações direitistas, conservadoras, reacionárias, cujo objetivo é destruir a esquerda e impedir o avanço das forças populares. 

O colonialismo que ainda nos assola e a escravidão que ainda nos martiriza sempre tiveram seus porta-vozes, vociferantes alguns. Até com certo talento, como Carlos Lacerda.
Vivaldo Barbosa