TOMARA QUE A MODA PEGUE

A esquerda no Brasil, liderada por José Dirceu, insiste e não desiste de dar nomes diferentes aos bois (inclusive os do Renan).

Passaram a chamar provas de indícios. Jefferson Perez se baseou em provas testemunhais (não existe indícios testemunhais) e em provas documentais para indiciar Renan Calheiros. No caso em que vergonhosamente foi absolvido em seção secreta pelos seus pares em troca de favores, haviam provas documentais recolhidas pela Policia Federal e pela Receita Federal de que ele mentira vergonhosamente apresentando documentos falsos em sua defesa. Se isto não é falta de decoro, o que mais é?

No caso do mensalão (não importa o nome que se dê ao crime) o STF aceitou a denuncia do Procurtador Geral da República, por unanimidae, tendo por base as provas apresentadas, e não indícios, como quer fazer crer o réu José Dirceu.

No estado democrático de direito em que vivemos, para tristeza do Lula e do PT, mesmo uma pessoa presa em flagrante, como por exemplo assissinando uma pessoa a tiros em frente ás camaras de TV, tem direito à defesa e a um julgamento.

É o que está acontecendo com os quarenta, réus, inclusive o José Dirceu. Eles serão punidos com base nas provas apresentadas e após apresentarem a sua defesa. Até os carrascos nazistas que mataram milhares de judeus foram julgados e tiveram direito de defesa, porque não esta turma de ladrões? Só está faltando o chefão.

Se nós queremos um Brasil de que possamos nos orgulhar, um país descente e honesto, não podemos aceitar a premissa de que se muitos senadores cometem crimes, então o Renan Calheiros pode também cometer e ficar impune. Temos de começar de algum lugar e que seja de Renan.

Por exemplo, se Briguilino fosse eleito senador, vocês acham que o mesmo ia roubar e cometer desonestidades só porque a maioria dos senadores assim o fazem? Desde quando os fins justificam os meios? Se não começarmos agora uma ca mpnha e uma pressão contra a desonestidade no Brasil, nunca alcançaremos a patria com que sonhamos.

Não importa o partido ou a coloração política, a luta tem de ser de todos. Vamos denunciar e pressionar, vamos incentivar a imprensa a continuar denunciando, a PF a investigar e a justiça a condenar e punir. Este é o desafio que faço. Vamos largar de lado o lulismo, o petismo, o tucanismo, o demomismo, etc e vamos nos tornar defensores do Brasil, contra a malandragem, oportunismo, falta de ética e de moral de nossos políticos. Este é o desafio que lanço aos leitores. Quem topa?

No mundo da lua - II

Leitorado

O PSDB cearense realizou a sua convenção estadual e Tasso Jereissati disparou a seguinte pérola: ´Em Fortaleza, sempre tivemos uma votação maravilhosa´.
Deve estar delirando. (Fernando Antônio M. Fontenele - Bairro Otávio Bonfim)

Da coluna É - Neno Cavalcante

MATEM O CAVALO - Luis Fernando Verissimo

"Matem o cavalo!”
O filme “Viva Zapata” (dirigido por Elia Kazan, escrito por John Steinbeck, com Marlon Brando no papel do revolucionário mexicano) termina com a morte de Zapata numa emboscada dos “federales”.

O antigo aliado que o traiu, um intelectual vivido no filme por Joseph Wiseman, insiste para que os soldados não deixem escapar com vida o cavalo branco de Zapata. “Matem o cavalo! Matem o cavalo!”, grita, em vão.
A última cena do filme é a do cavalo branco solto numa montanha, um símbolo não muito sutil do espírito que sobreviveu ao sacrifício do seu dono para inspirar outras gerações e outras revoltas.
O intelectual entende que símbolos são perigosos e que não basta abater o homem para anular o exemplo. É preciso trucidar a sua memória, emporcalhar a sua legenda e apagar qualquer vestígio simbólico da sua rebeldia.
Parecido com o que está sendo feita entre nós com o Che Guevara, que, de acordo com a revisão atual, não só cheirava mal como era um péssimo caráter.

É difícil entender porque estão tentando matar este particular cavalo branco agora. Se Che simbolizava alguma coisa, nos últimos anos, era a absorção de todas as formas de revolta pela cultura pop.
O ex-ícone da esquerda era visto principalmente nas paredes e camisetas de gente que jamais sonharia em ir para as montanhas, a não ser pelo fondue de queijo. E no entanto o empenho em demitificá-lo, e desmistificá-lo, é evidente. Do que será que estão com medo? O que assombra tanto o neo-macartismo, a ponto de atirarem com tanta fúria contra um defunto de 40 anos?
Talvez seja o caso de rever o significado da figura do Chê, e do seu exemplo de idealismo e inconformismo, entre as novas gerações.
Talvez a direita esteja vendo um cavalo branco solto por aí que nós não vemos.
Quanto ao filme “Viva Zapata”, é um bom exemplo da romantização do proletariado que o cinema americano fez bastante - em mais de um caso, baseado em textos do mesmo Steinbeck.

Brando e Anthony Quinn (que ganhou um Oscar pela sua interpretação do irmão de Zapata) estão ótimos no filme, e Wiseman está perfeito como o intelectual traidor. Mas a romantização de revoluções alheias não dá em muita coisa além de bons filmes.
Nota histórica: “Zapata” foi o nome de uma das suas empresa escolhido por adivinha quem? George Bush, o pai.
O nome chegou a aparecer numa das tantas teorias conspiratórias sobre o assassinato do Kennedy.
Não adianta, o capitalismo absorve tudo.
O que só torna maior o mistério.
Do que será que estão com medo?

Se a moda pega?...

O senador Jefferson Péres (PDT-AM) se baseou em "indícios" para pedir a cassação de Renan Calheiros.
Se fizerem um levantamento de todos os "indícios" que pesam contra senadores...quantos sobrariam?

ACORDÃO PARA SALVAR RENAN

Se esse ‘acordão’ estiver em marcha [a absolvição de Renan em troca da aprovação da CPMF], e eu acho muito provável que esteja, será a desmoralização do Senado. Isso é espúrio e imoral.”Senador Jefferson Péres (PDT-AM)

NAPOLEÃO CHAVES