Surto de febre amarela prova que há um vilão no país: o mosquito do subdesenvolvimento


Fabio Schivartche

Até parecia que o Brasil nunca tinha ouvido falar em febre amarela. Na semana passada, o anúncio de que havia onze vítimas da doença, uma delas fatal, suscitou reações de um pânico escandinavo. Governos municipais e estaduais pediam mais e mais vacinas. De norte a sul do país, milhares de pessoas enfrentaram filas para receber a imunização. Em Brasília, enfermeiros do Ministério da Saúde correram ao Palácio do Planalto para vacinar o presidente Fernando Henrique Cardoso e equipe.

No Congresso Nacional, só não foram protegidos os parlamentares gazeteiros – mas esses não merecem, mesmo. Na verdade, de seis em seis anos, em média, os brasileiros são ameaçados por um surto de febre amarela.

A última grande explosão da doença foi em 1993 – 83 doentes, dezenove mortos. Entre 1998 e 1999, saltou de 34 para setenta o número de infectados.

A vacina contra a doença garante proteção por, no mínimo, dez anos. Preço: 20 centavos por dose. Apesar de barata, estima-se que menos de 40% da população do país encontra-se imunizada contra a febre amarela. Por quê? Porque o governo prioriza a vacinação dos habitantes das áreas endêmicas (veja mapa abaixo) e não dispõe de um programa efetivo de alerta sobre os riscos de contágio para quem viaja com destino a essas regiões. Entre um surto e outro, baixa-se a guarda contra a doença. "As ações sanitárias só ocorrem quando há urgência", critica o infectologista e sanitarista Arary da Cruz Tiriba, professor da Universidade Federal de São Paulo.

O último alarme fez com que o governo trombeteasse uma vacinação em massa também em áreas não endêmicas. Vamos ver.

Não, não é o que vocês estão pensando. Esta notícia foi publicada na Revista Veja de 26 de janeiro de 2000. Ano em que, segundo dados do Ministério da Saúde houve 40 mortes NO ANO de febre amarela.

Com isto demonstro que atualmente os petistas têm memória seletiva. Vejam que em janeiro de 2000 houve UMA morte e a revista já falava em surto.

Hoje já são 13 mortes em UM MÊS, confirmadas pelo Ministério da Saúde, e os lulistas dizem que tudo não passa de propaganda da imprensa.

Agradeço muito a Ideline que me alertou sobre o surto em 2000. Agora em 2008 estamos numa situação muito pior.

E aí Briguilino, sua memória seletiva voltou?

ATÉ QUANDO ?

Nesta sexta-feira, Goiás confirmou mais duas mortes. Uma delas é a do garimpeiro de 57 anos que trabalhava na cidade de Crixás, no norte de Goiás. A outra é a do trabalhador rural Francisco Antônio Souza, 37 anos, que morreu na última terça-feira.

Até agora o Ministério da Saúde recebeu 48 notificações de casos suspeitos de febre amarela. Destes, 23 foram confirmados e 13 evoluíram para óbito.

Até quando vamos continuar aceitando as mortes por febre amarela? Foram 13 em UM MÊS. Em 2000 foram 40 em UM ANO e houve campanhas de vacinação até nas estradas.

Até quando vidas preciosas serão ceifadas por culpa da incompetência do governo?

Nas Garras da Patrulha - A piada do dia

GOVERNO FHC


Sempre que se denuncia uma irregularidade do governo Lula, como o recente caso da farra com os Cartões Corporativos, ante a evidência dos fatos, os lulistas vêm com a seguinte pergunta:

Mas e no governo FHC? Não existia também mal uso dos cartões corporativos? Não existia desonestidade e corrupção?

Claro que sim. Mas desde quando isto é permissão para que o governo Lula continue com a roubalheira?

Então porque Fernandinho Beiramar trafica drogas eu também posso? Porque Fernando Pimentel foi assaltante de banco eu também posso ser?

É muita cara de pau usar este argumento.

A Farra dos Cartões


A oposição, o TCU, a CGU e a CPI (que vai acabar resultando desse pântano dos cartões de crédito corporativos) podiam aproveitar a oportunidade e descobrir por que a Visa, via Banco do Brasil, opera sozinha nessa área. Vão acabar concluindo que é mais escandaloso do que a farra de Matilde.

Em 2006, outra empresa tentou vender aqui o sistema deles de cartão de crédito corporativo. Por pressão do BB levou um “não”. Nunca se esclareceu como a Visa ganhou de presente esse mercado sem licitação, nem sequer consulta à concorrência.

Há quem diga que foi por excesso de qualidade do produto concorrente. O outro software era mais detalhado, mais burocrático (no bom sentido), mais exigente, criterioso enfim. Por exemplo: não teria deixado Matilde pagar free shop, porque isso é obviamente um absurdo. O programa deveria fazer com que o cartão travasse a maquininha da loja.

Por que uma empresa de economia mista como Banco do Brasil pode morder sozinha um mercado tão expressivo quanto esse? Por que um sistema feito para dar maior transparência e controlar o gasto público se transformou no contrário?

Conta-se que o BB foi escolhido sem licitação porque é governo, tem integração com o SIAF e permite o saque a descoberto. Mas se não impede uma matildagem é pouco.

Apesar de o presidente Lula adorar uma pergunta sem resposta e a arenga marqueteira, nunca neste país uma explicação foi tão necessária. Em 2004, houve as primeiras denúncias de irregularidades, o senador Arthur Virgílio pediu explicações ao governo Zé Dirceu e nada aconteceu, como de hábito.

Agora que o presidente é Lula, é hora não apenas de mudar as regras para impedir o pagamento de chope com corporativo. É preciso achar os autores desse mesadão e cobrar o reembolso dos cofres públicos.

José Negreiros é jornalista. (josenegreiros@terra.com.br)

Não podemos nos esquecer de que o VISA foi um dos abastecedores do Valerioduto com dinheiro público

Todo Penso é Torto

Realmente há pessoas que têm sérios problemas de compreender as coisas, por mais claras que sejam e de se expressar também.

Fica difícil um debate de idéias com este tipo de gente.

A diferença entre o PSDB e o PT é nenhuma. O PSDB é o PT de gravata. Muitos dos ministros do atual governo foram ministros do governo FHC. O Presidente do Banco Central era do PSDB. A base de apoio é praticamente a mesma, exceto o DEM, diga-se de passagem.

Portanto lulista que ataca o governo FHC é hipócrita, assim como Lula é hipócrita. É lógico que esta premissa não é verdadeira, como não são verdadeiras as premissas do posto de Fernando Portugal no seu post "Todo Penso é Torto"

Portanto. como disse Briguilino há alguns dias atrás. "É preferível ficar calado e deixar que pensem que você é um idiota a abrir a boca e fazer com que todos saibam com certeza que você é um idiota".