Se eu morrer antes de você

Chico Xavier

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:

Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado.

Se não quiser chorar, não chore.

Se não conseguir chorar, não se preocupe.

Se tiver vontade de rir, ria.

Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão.

Se me elogiarem demais, corrija o exagero.

Se me criticarem demais, defenda-me.

Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.

Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.

Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver.

E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:

"Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus !"

Aí, então, derrame uma lágrima.

Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal.

Outros amigos farão isso no meu lugar.

E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu.

Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus.

Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.

E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui Ele nos preparou.

Você acredita nessas coisas ?

Então ore para que nós vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito.

Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.

Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu...

"Ser seu amigo... Já é um pedaço dele!"

Pátria madrasta vil

Por Clarice Zeitel Vianna Silva UFRJ

Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência... Exagero de escassez... Contraditórios? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.

Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.

O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.

Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe.

Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.

A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'.

Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.

E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome.

Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir.

Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade.

Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa.

A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!

É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!

A mudança que nada muda é só mais uma contradição.

Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar.

E a educação libertadora entra aí.

O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.

Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura.

As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?

Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.

Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?

Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos...

Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?

FHC sofre de doença grave

- Quer saber quem FHC apoia numa eleição?

- Quero

- É, simples. Por exemplo em São Paulo quem ele disse que apoia?

- Geraldo Alckmim.

- Pois bem, na verdade ele apoia o Kassab.

- Como assim?

- Ele sabe que o povo não vota no candidato dele , assim...

- Ah, entendi.

- FHC sofre de rejeição agudis. Para o povo o dito sujo fede.

PSDB/DEMO aparelha SP

"A secretaria municipal de Saúde de São Paulo é ocupada por um membro do partido de Alckmin. As principais secretarias municipais estão nas mãos do PSDB. Alckmin quer tirar o PSDB de Serra da prefeitura para se instalar ali com o seu PSDB".

Mas, quequéisso, não é o PT que aparelha o Estado? KKKKKkkkk

Noblat (
o profeta de quixibim), e demais colonistas tucademos são hilarios e sem-vergonha.

Momento de reflexão

O que predomina na Administração Pública é o princípio da publicidade, pois o interesse público está acima do privado (art. 37, caput, Contituição da República).

O direito à intimidade, ao sigilo das comunicações telefônicas, telegráficas, postais, etc., são uma proteção do cidadão em face do Estado.

O Sr. Ministro do STF é membro de um Poder (ou de uma função) do Estado, ou seja, o representante maior desse Poder, é Estado em si mesmo.

Idêntico raciocínio para um Senador da República, é agente político.

A proibição de escuta ilegal existe para proteger o cidadão em face do Estado.Entre agentes estatais não deve haver proteção, sigilo, mormente quando se relacionam durante o trabalho, em razão do desempenho de suas atividades.

Ora, assim, em toda abordagem policial, ou em todo depoimento à autoridade policial, deveria ser obrigatória a gravação de sons e imagens.

Enquanto isso não ocorrer haverá casos e casos de torturas e obtenção de falsas confissões em razão do poder de convencimento do policial.

Mas numa conversa durante o expediente entre o Presidente do STF e um Senador da República, ou entre servidores públicos em serviço, melhor seria que sempre fossem gravadas as conversas, pois aí o que deve prevalecer é o espírito público, as tais conversas republicanas.

Assim como nas reuniões com os advogados nos gabinetes de autoridades, pois entre o público e o particular há de prevalecer o interesse público.

Escaparia a isso questões de segurança nacional.

Isso não percebi ninguém abordar até o momento.

por Luciano