Desenho

O que você consegue ver?



 


 


Ex-blog do Cesar Maia

Lula criou mais uma estatal


Cesar Maia

linha


1. O Democratas vai arguir a inconstitucionalidade por não ter nada a ver com urgência.

2. O Presidente Lula, no último dia de governo, em edição especial do diário oficial, criou por Medida Provisória, mais uma Empresa Estatal. Dessa vez o dinheiro público vai financiar a criação de uma empresa de "gestão hospitalar". Incrível Empresa Estatal de Gestão Hospitalar - EBSERH. Por que não Ghospibrás. É uma medida esdrúxula, pois nem respeita a gestão de cada hospital público, nem atende aqueles que preferem um modelo descentralizado.

3. Pode fazer de tudo, até contratar empregados temporários. Ah... E para ser contratada pelo setor público, para serviços supridos em marcado, a Ghospibrás -aliás, EBSERH- é dispensada de licitação. Ah... E muito mais.

4. Como todos os problemas que ocorrem de forma reiterada no sistema, ainda se pensa em centralizar a gestão numa empresa, indicando fornecedores, equipamentos, materiais e medicamentos. Como justificar urgência e relevância – pressupostos constitucionais da MP – de sua criação no último dia de governo?

5. Curiosamente, o ministro da saúde não assina, e sim o ministro da educação. Conheça os inacreditáveis termos desta Medida Provisória.

                                                * * *

SEGUNDA PARTE DE "IMPRENSA MILITANTE"!

1. A diferença é informar com base no compromisso com os princípios democráticos – igualdade de direitos, a tolerância à diversidade, respeito às diferenças de opinião, acesso a oportunidades de expressão, responsabilidade, transparência na utilização dos recursos públicos, ampla participação – ou a adesão a governos da vez e plataformas partidárias. As experiências de outras democracias mostram que o "jornalismo militante" privilegia a opinião em detrimento dos dados.

2. Em todo o mundo, o jornalismo não é uma ilha, mas parte de complexas redes de informações, políticas e econômicas. A autonomia do jornalismo, tão celebrado da esquerda a direita, na realidade, é difícil.

3. Outra questão sensível é o financiamento do "jornalismo militante". Quem paga pela produção diária de notícias, informação e opinião? Vejamos as opções. A escolha pelo velho jornalismo partidário, em vias de extinção no mundo, vem sendo financiada pelas grandes estruturas políticas.

4. A última década, com acesso gratuito a sites de notícias na Internet, confirma que o público leitor é pouco disposto a pagar mesmo quando lê religiosamente, e depende de certos meios para a sua dieta cotidiana de notícias. Somos um mundo ávido por notícias, mas sem interesse de pagar pelo custo de produção, nem mesmo uma contribuição monetária mínima. Outra possibilidade, atualmente em discussão nos Estados Unidos e algumas democracias europeias, é a filantropia como suporte do jornalismo. Por enquanto, isso não parece viável.

5. As possibilidades restantes são aquelas clássicas que têm sustentado financeiramente a imprensa na América Latina: publicidade, fortunas pessoais e fundos públicos gerenciados pelo governo. Se for a publicidade, como conciliar interesses comerciais com militância política? A publicidade militante? O capitalismo partidário? Se forem as fortunas pessoais, é possível imaginar que os interesses individuais dos magnatas nem sempre coincidam com a mística e a ideologia militante. E as fortunas pessoais investidas nos meios de comunicação são propensas a crises econômicas e acordos políticos pontuais.

                                                * * *

O DESEMPENHO DA INDÚSTRIA EM 2010! ESTADOS ACIMA E ABAIXO DA MÉDIA NACIONAL!

1. Entre janeiro e novembro de 2010, a Indústria brasileira, segundo o IBGE, cresceu 11,1%, comparando com o mesmo período de 2009. Se tomarmos o crescimento nos 12 meses até novembro de 2010, também comparando com o mesmo período anterior, o crescimento foi de 11,7%.

2. O IBGE mede o crescimento em 13 Estados de nossa federação. Entre janeiro e novembro a Indústria cresceu mais nos Estados do Espírito Santo (+24,9%), Amazonas (+16,9%), Goiás (+16,8%), Minas Gerais (+15,8%), Paraná (+15,6%). No bloco intermediário, a indústria de Pernambuco cresceu (+11,2%), a de S. Paulo (+10,9%), a do Ceará (+10,8%), a da Bahia (+9%) e Pará (+9%). O crescimento da Indústria no Nordeste todo foi de (+9,6%).

3. Finalmente, um pouco mais atrás vêm os Estados em que a Indústria cresceu menos: Estado do Rio (+8,8%), Rio Grande do Sul (+7,5%), e Santa Catarina (+6,6%).

4. Ficaram 10% ou mais, abaixo da média nacional, os Estados de Bahia, Pará, Estado do Rio, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

5. Conheça a Tabela divulgada pelo IBGE.

                                                * * *

IGNÁCIO DE LOYOLA: EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS!

1. Em 1520, com 29 anos, Ignácio de Loyola, escreveu "Exercícios Espirituais" com instruções para quem ministra e para quem recebe os mesmos. Só em 1534 fundaria em Paris a Companhia de Jesus, reconhecida como uma nova Ordem Religiosa em 1540 pelo Papa Paulo III, publicando para isso a bula de confirmação, 'Regimini militantis ecclesiae'.

2. A Primeira Parte de "Exercícios Espirituais" de Ignacio de Loyola trata das "Anotações Orientadoras". A décima nona anotação orientadora é dirigida a quem estiver ocupando cargos públicos. Seria bom que todos os que assumem funções agora no governo federal e nos governos estaduais, fizessem esta breve leitura. Especialmente aqueles que em governo pecam ou possam pecar, atentando contra o sétimo (não roubar), e oitavo (não mentir) mandamentos.

3. DÉCIMO NONO. "Quem estiver ocupado em cargos públicos ou negócios de que convém ocupar-se, se é instruído ou inteligente, tome uma hora e meia para se exercitar, se lhe exponha para que seja criado o homem. Pode dar-se-lhe também, por espaço de meia hora, o exame particular e depois o exame geral e o modo de se confessar e de receber o sacramento da eucaristia. Faça, durante três dias, em cada manhã, por espaço de uma hora, a meditação do primeiro, segundo e terceiro pecado; depois, durante outros três dias, à mesma hora, a meditação do processo dos pecados; depois, outros três dias, à mesma hora, faça a das penas que correspondem aos pecados. Se lhe deem, em todas as três meditações, as dez adições; para os mistérios de Cristo nosso Senhor, siga-se o mesmo processo que mais adiante e amplamente nos próprios exercícios se declara."



Twitter do Cesar Maia


Facebook


Cesar Maia Responde


Acesse o site





O tempo



A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
                                                                                     Mário Quintana

Faça Hoje, Não Amanhã


Diz o preguiçoso: "Amanhã farei."
Exclama o fraco: "Amanhã terei forças."
Assevera o delinqüente: "Amanhã regenero-me."
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura,
adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda,
a noção real do tempo. Quem não aproveita
a bênção do dia vive distante da glória do século.

A alma sem coragem de avançar cem passos
não caminhará vinte mil.
O lavrador que perde a hora de semear
não consegue prever as conseqüências da procrastinação
do serviço a que se devota, porque,
entre uma hora e outra,
podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.
Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida.
Contudo a lei é clara quanto à destinação de cada um de nós.
Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos.
Se todas as aves possuem asas, nem todas
se ajustam à mesma tarefa nem planam no mesmo nível.
A andorinha voa na direção do clima primaveril,
mas o corvo, de modo geral, se consagra,
em qualquer tempo, aos detritos do chão.
Aquilo que o homem procura agora surpreenderá amanhã,
à frente dos olhos e em torno do coração.
Cuida, pois, de fazer, sem delonga,
quanto deve ser feito em benefício de tua própria felicidade,
porque o Amanhã será muito agradável
e benéfico somente para aquele que trabalha no bem,
que cresce no ideal superior
e que aperfeiçoa nas abençoadas horas de Hoje.
 Desconheço autoria

Os fatos vistos e revistos por Pedro Porfírio


A guerra suja dos podres poderes com o salário mínimo servindo de bala de festim
E o povo se divide entre os últimos capítulos de "Passione" e o final feliz da novela de Ronaldinho

"Neste momento, é temerário aumentar acima de R$ 540. Se vier diferente, vamos vetar. Não tem risco de termos um aumento acima. O Executivo tem a prerrogativa de vetar",Guido Mantega, ministro da Fazenda, falando como se fosse o presidente da República.

Não há a menor hipótese dessas "divergências" em torno do novo salário mínimo serem  resultantes de compreensões diferentes sobre a justeza política ou técnica de qualquer um dos valores conhecidos.
Para variar, o reajuste virou peça de manobra na corrida desembalada por uma fatia rendosa desses podres poderes. Ou mesmo para definir quem é o gostoso nesse time de pernas de pau que a presidente Dilma Rousseff sacramentou em nome do pai, do filho e do espírito santo.
O salário mínimo entra nessa rusga como Pilatos entrou no Credo. Mas ainda vai dar muitos panos pras mangas. E servir de trunfo para a turma do deixa disso, sempre à espreita de um entrevero para exibir suas receitas de como engolir sapos ensandecidos.

Lupi fala grosso
Que eu saiba, esta foi a primeira vez que o ministro Carlos Roberto Lupi  falou grosso e  se expôs em público num confronto com Guido Mantega, o ministro da Fazenda que sempre criou dificuldades para ele, numa espécie de represália por ter o Ministério do Trabalho escapado ao controle do Partido dos Trabalhadores.

Nascido em Gênova, na Itália, Mantega é uma figura sem carisma, que começou a ocupar cargos públicos como assessor de Paul Singer, quando este era secretário municipal de Planejamento da prefeita Luiza Erundina, no início da década de 90.

Quando Lula assumiu a presidência, pôs Mantega no Planejamento e Paul Singer, um dos mais importantes revisionistas do sistema econômico socialista, no terceiro  escalão do Ministério do Trabalho.
Lupi o encontrou lá, escondido na penumbra, cuidando de formação de empresas auto-geridas, e o prestigiou. Aliás, com seu jeito de ser, o ministro pedetista assimilou praticamente todo a equipe que encontrou, inclusive Luiz Orlando Medeiros, ex-presidente da Força Sindical, que havia sido desbancado por Paulo Pereira da Silva, seu ex-pupilo, com quem Lupi estabeleceu uma aliança de conveniências mútuas, hoje meio barro, meio tijolo.

Mantega, o que quer ser o tal
Como não é segredo, Mantega foi o primeiro ministro indicado por Lula para continuar no cargo, sob o comando de Dilma Rousseff. Medíocre, mas oportunista por convicção, ele sempre foi muito discreto e cumpriu sem pestanejar todas as tarefas confiadas pelo chefe, ao qual passou a assessorar, em 1993, depois de passar alguns anos no CEBRAP, tendo FHC como seu amado mestre.

Mas ele não se manteve no cargo sob os aplausos gerais. Pelo contrário: Dilma o nomeou sem pestanejar, mas colocou na chefia de sua Casa Civil o sanitarista Antônio Palocci, a quem Mantega substituiu no Ministério da  Fazenda, depois que Lula o demitiu em 26 de março de 2006, como consequência do escândalo  da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa.

Ao assumir o ministério que tem poderes excepcionais sobre a vida econômica das empresas e das pessoas, Guido Mantega tratou de montar seu próprio "staff" e definir suas próprias cartadas, livrando-se de quem tinha amores pelo antecessor. Aliás, ele já guardava uma certa mágoa, por achar que Palocci teria tido alguma influência na sua demissão do Ministério do Planejamento, em novembro de 2004.

O ministro que não criava caso
Durante todo o governo Lula, Carlos Roberto Lupi aceitou o confinamento do Ministério do trabalho nos limites do FAT - o Fundo de Amparo ao Trabalhador que tem ajudado também aos empresários - e do CAGED - cadastro que registra admissões e demissões no Ministério do trabalho.

Com o FAT, pôde dar alguma mãozinha a prefeituras e entidades não governamentais que prometiam treinar a mão de obra.  Como os delegados regionais do Trabalho são indicados por seu partido - o PDT - ele incentivou seus partidários a assumirem secretarias do Trabalho nos âmbitos dos Estados e municípios, independente da filiação dos chefes dos Executivos. E aí costurou um "trabalho conjunto".

Já com relação ao CAGED, ele passou a ser o divulgador de suas estatísticas mensais,  criando uma imagem de que o seu ministério tinha alguma coisa a ver com o aumento dos empregos no país.
Fora disso, havia admitido sem espernear a desfiguração de sua Pasta, criada por Getúlio Vargas em 26 de novembro de 1930, no bojo da revolução que se propunha modernizadora das relações de trabalho. Até então, apesar da criação do Departamento Nacional do Trabalho, em 1918, pouco depois de uma rebelião que mobilizou tecelões e metalúrgicos no antigo Distrito Federal, sob a liderança do anarquista José Oiticica, as reivindicações dos trabalhadores eram tratadas como casos de polícia.

Abriu mão da principal função do Ministério, mediar os conflitos trabalhistas. Ficou fora das investigações sobre trabalho escravo nas plantações de cana em São Paulo, da greve dos correios e da ameaça de greve nos aeroportos.

Pior: ficou sozinho, sem nenhum apoio do governo, diante de uma greve dos funcionários do seu Ministério, que durou de abril a novembro de 2009, e terminou sem ganhos, deixando-o mal na fita.

Nenhuma semelhança com João Goulart
Pisando em ovos, sem mandato e sem padrinhos influentes, Lupi não se assemelhou nem de longe a João Goulart, que partiu para o confronto ao lado dos trabalhadores, defendendo e obtendo de Getúlio Vargas o aumento de 100% do salário mínimo, em 1954 (durante todo o governo do general Dutra o mínimo havia sido congelado). O reajuste lhe custou o cargo, com sua demissão em fevereiro do mesmo ano, mas a partir daí Jango se tornou a grande referência dos assalariados.

Lupi preferiu aceitar as regras de um jogo adverso, no qual foi ignorado até na montagem da "reforma trabalhista" concebida por Mangabeira Unger, em estreita colaboração com a equipe do ministro Mantega, mais uma rasteira que ele aguentou calado.

PDT a reboque de olho no amanhã pessoal
Para construir seu "direito a permanecer no cargo", Lupi colocou o PDT a reboque da candidatura Dilma, interferindo para que nos Estados o partido criado por Brizola também fosse caudatário do PT, e operando com dedicação os interesses da candidata. Foi por seu intermédio que o senador Osmar Dias concordou em ser candidato governador do Paraná, mesmo sabendo da força de Beto Richa, do PSDB, a quem poderia ter se aliado para garantir sua reeleição. Nessa negociação, Lupi foi portador de uma garantia do presidente Lula de que Osmar não ficaria no sereno se perdesse a eleição. O pedetista perdeu e já está em maus lençóis com as ofertas de prêmios de consolação humilhantes.

O salário mínimo passou a ser agora uma espada afiada nas mãos de alguns. O PMDB, que se sente mal servido pelas prebendas do novo governo, ameaça virar a mesa e ajudar a votar um mínimo maior do que o concebido pelo governo, a partir do diagnóstico de Mantega.
Paulinho da Força Sindical, defensor de um mínimo de R$ 580,00 por que quer ser mais ele,  resolveu ignorar Lupi e pediu ao deputado Marco Maia, candidato petista à Presidência da Câmara, que o leve à presença da presidente Dilma Rousseff para tratar do assunto, juntamente com dirigentes de outras centrais sindicais.

Entre a cruz e a espada, Lupi, que não é de dar murro em ponta de faca, foi pedir a cobertura de Palocci e surpreendeu ao desautorizar Mantega, que, se achando o rei da cocada preta, avisou ao Congresso que vetará (ele?) qualquer aumento acima dos R$ 540,00 previsto na medida provisória assinada ainda por Lula.

Temos aí mais uma crônica típica do mundo encantado dos podres poderes. É uma queda de braço sobre um assunto do interesse de milhões de trabalhadores. Que pareciam até ontem divididos entre a audiência da novela "Passione" e o desfecho da novela de Ronaldinho Gaucho, agora semideus da nação rubro-negra.
CONHEÇA MELHOR PEDRO PORFÍRIO. ADQUIRA SEUS LIVROS
Sem medo de falar do Aborto e da Paternidade Responsável


Opinião documentada
R$ 13,90*
Confissões de um Inconformista


Memórias
R$ 25,00*
O Assassino das Sextas-feiras


Romance realidade
R$ 23,90*
*mais despesas de correio

Eles não conseguem esquecer

A tucademopiganalhada não consegue esquecer Lula...

Faz uma semana hoje que o Brasil mudou de presidente. Como todo mundo viu, saiu Lula, entrou Dilma, um novo governo assumiu, a roda da história girou, a fila andou. Para certos setores da imprensa brasileira, no entanto,  que até hoje não se conformam com a vitória de Lula em 2002 e 2006, e o sucesso dos oito anos de seu governo, aprovado ao final por 87% da população, é como se nada houvesse mudado.

Parece obsessão _ e é. Entre as perturbações mentais mais comuns, a obsessão compulsiva caracteriza-se pela presença de ideias, de imagens ou de impulsos recorrentes, segundo o Manual Muck da Biblioteca Médica Online.

Dia sim, noutro também, eles não conseguem virar o disco, mudar de assunto. Lula continua sendo o assunto dominante nas manchetes, nas colunas, nos blogs. A única diferença é que, quando ele ainda estava no governo, o presidente respondia aos ataques no mesmo tom, dando a sua versão dos fatos, o que levava a imprensa a falar em ameaças à liberdade de expressão.

Agora, não. É um monólogo do pensamento único. Só um lado investiga, denuncia e julga, sem dar tempo para que as instituições se manifestem. Até entendo o comportamente de editores, colunistas, blogueiros e repórteres da grande mídia, que afinal ganham para isso ou pensam mesmo aquilo que escrevem em seu nicho de mercado.

Mas o massacre é de tal ordem que atingiu até alguns leitores do Balaio, principalmente aqueles que usam codinomes; não importa o tema tratado, escrevem comentários com a mesma ferocidade dos tempos da campanha eleitoral que acabou faz mais de dois meses.

Neste clima, pouco importa se o ex-presidente tem ou não razão ou direito nos atos adotados em seus últimos dias de governo e na primeira semana depois de passar a faixa. Nem tudo o que a lei permite é eticamente recomendável, eu sei. Não estou aqui para julgá-lo ou defendê-lo, não ganho para isso. Posso discordar dele em várias coisas, mas me espanta o tratamento raivoso e vingativo dado a Lula fora do governo em comparação aos seus antecessores.

Qualquer coisa que o agora ex-presidente faça ou deixe de fazer é motivo de críticas, denúncias, editoriais irados, como se devesse simplesmente desaparecer do mapa para ter um pouco de paz.

Nestes primeiros dias de 2011, procurei tratar de assuntos mais amenos, fugir da eterna pauta política de confronto entre governo e oposição, mas está difícil. Cada um entende o que quer, enxerga intenções que não tive e usa qualquer argumento para avivar a guerra ideológica. Até quando?

Agora vou à praia, atendendo a um convite do sol.

Bom dia a todos.

Ricardo Kotscho



“SP está cada vez mais preparada para as chuvas”

Diz o secretário Ronaldo Camargo, nomeado por Gilberto Kassab
capa_enchentes_JT-577x1024.jpg